Fanfic: Afaste-se de Mim | Tema: (AyA)
CAPÍTULO 3
"Mi plan no era enamorarme, pero me sonreíste y lo arruinaste."
Enquanto isso Maite correu até Mane pedindo para que ele a levasse no salão e que Anahi teve que ficar até mais tarde hoje fazendo o trabalho de artes com a Angel e que a mãe da Angel levaria ela para casa depois. Mane acreditou e sem pestanejar levou a amada para o salão. À noite quando eu cheguei em casa fiquei no telefone com a Maite e lhe contei tudo. Rodrigo era um amor comigo, me perguntava sobre a minha vida e a escola, eu me sentia a vontade com ele para falar tudo, mesmo ele me interrompendo quase sempre para falar dele.. Mas quem se importa? Ele me beijou, três vezes! Eu estava em êxtase total, parecia que pisava em nuvens.. Maite deu grito no telefone quando eu contei que ele queria me ver de novo e que pegou meu telefone. "amiga tá ficando sério" foi o que ela disse, mas eu sei não.. Ainda ando com o pé atrás. Maite desligou o telefone porque a mãe dela a estava chamando para jantar. E eu fiquei no meu quarto, de barriga para cima, pensando em tudo que aconteceu hoje, quando Mane abre um pouco a porta..
– Posso entrar? – diz com cara de pidão na porta e eu sorrio.
– Claro. – digo carinhosa
Ele entra e fecha a porta e se deita ao meu lado na cama
– Vem cá, pirralha – ele abre os braços e eu me deito em seu braço e o abraço.
– O que deu em você hoje? – ele ri.
– Estava com saudade. – diz de forma carinhosa, sorrindo.
– Ah, qual é.. – reviro os olhos, sorrindo - Diz logo o que você quer. – brinco com ele.
– Conversar. – e eu sinto e sua voz que algo não está bem.
– Problemas com a Mai? – me preocupo.
– Na verdade não, mas queria te perguntar algo.. – ele se mexe, desconfortável e começa.
– Diga, ué. – o encaro.
– Você acha que ela aceitaria namorar comigo? – arregalo os olhos, me apoiando na cama e o olhando – Assim, sério mesmo, para todo mundo, nossas famílias. – diz inseguro, mas cheio de animação.
– Nossa! – realmente eu levei um susto, o olho surpresa e começando a sorrir, ele continua.
– Ela não é uma menina qualquer, não gosto de fazer isso escondido.. – ele fala com propriedade, certo de que o que ele quer de verdade é ficar com Maite e eu sorrio ao ouvir ele se declarando assim.
– Mane, ela ama você. – ele tem uma cara de bobo ao ouvir isso - É lógico que ela aceitaria, é lógico que vocês merecem se assumir, é lógico que juntos vocês enfrentam o que for. – ele me olha com ternura - O sentimento de vocês é o mais sincero que existe. – ele sorri.
– Fico meio inseguro às vezes.. – ela desabafa, voltando a deitar na cama.
– Ela também, acho que é normal.. - digo sincera, mesmo sem entender muito da situação e ele apenas assente.
– Mas mudando de assunto.. – ele me olha - E você e aquele carinha da festa.. – dou de ombros e volto a deitar no seu ombro.
– Nada demais. – digo tentando não demonstrar nenhuma animação.
– Não gostei dele – rio.
– Me diz um cara que eu vou sair e que você vai gostar – ele revira os olhos e sorri.
– Só não quero que você sofra. – diz com carinho, me olhando como se desejasse me proteger do mundo para sempre.
– Calma, eu sei onde piso. – digo segura.
– Não tenho tanta certeza disso.. – ele bufa, balançando a cabeça em negação – Mas a vida é sua, não vou me meter, você vai ter que cometer seus próprios erros – eu assenti.
– Às vezes eu sinto que pertenço a alguém, sabe? – desabafo, sorrindo - Como se eu estivesse destinada a um grande amor. – fecho os olhos ao lembrar - Alguém que complete todos os espaços que aqui dentro me faltam. – abro os olhos e ele me olha, sorrindo.
- É muita loucura da minha cabeça? – ele faz carinho no meu cabelo e eu sorrio.
– Não, a mamãe vivia te contando contos de fadas, ela acreditava nisso também. – ele balança a cabeça, sorrindo ao lembrar - Espero que você não acabe casando com um cara como nosso pai achando que é príncipe encantado. – faço careta.
– Deus me livre! – me assusto e bato na bateria da cama exasperada e ele ri.
– Você vai saber fazer escolhas melhores, tenho certeza. – ele me diz com segurança.
– Mane, me fala mais dela? – apoio o queixo em seu peito e o olho com expectativa.
– Da mamãe? – pergunta intrigado e eu confirmo.
– Sim, às vezes eu acho que com o passar do tempo eu vou acabar esquecendo da lembrança dela, lembro tanta pouca coisa.. – digo triste, o olhar baixo - E isso me dói. – sorrio triste de lado, mas ele abre um bonito sorriso se lembrando.
– Você era a boneca dela, ela era apaixonada por você. Te olhava com tanta doçura e admiração. Ela sempre dizia que você seria uma mulher belíssima e inteligente, tenho certeza que estaria orgulhosa de você. – sorrio feliz em ouvir aquilo - Você adorava ficar escrevendo cartinhas para ela, com aquela letra garranchuda horrível. – dou uma risada gostosa – Ela te chamada de jornalistinha, porque suas cartas eram sempre engraçadas contando alguma coisa para ela do seu dia e no final se declarava para ela.. – o interrompo.
– Você acha que ela gostaria que eu seguisse essa carreira? – digo animada.
– Acho que gostaria que você fizesse o que te faz bem, ela ficaria orgulhosa de todo modo vendo você seguir seus sonhos. – confirmo sorrindo, porém ponderando aquela ideia.
– Acho que quero fazer jornalismo. – digo confiante.
– Se for isso mesmo que você quer, saiba que tem todo meu apoio. – sorrio.
– Me fala mais, como ela era.. – volto a olha-lo animada, cheia de empolgação por ouvir sobre a mamãe.
E nessa conversa ficamos horas, ás vezes sinto que estou perdendo ela, que ela esta se afastando de mim.. Eu sinto tanta saudade, tanta! Já não lembro seu cheiro, da força de seu abraço, nem do seu olhar, só lembro dos seus carinhos e das palavras. Eu daria qualquer coisa para ter ela aqui, de volta, me abraçando e me dizendo que se orgulha de mim. Queria tanto ela aqui para me ouvir falar do Rodrigo ou de como a escola é insuportável, queria seu colo quando eu chorasse, queria seus conselhos, queria não me sentir tão sozinha nesse mundo, queria ter apenas ela e seu amor, só isso e eu juro que não pediria mais nada a Deus. Eu só queria que ela não tivesse partido, queria seu abraço e seu sorriso sempre comigo. Só isso.
A mensagem dele chegou um dia depois no meu celular. E eu fingi que não passei as últimas 24h lembrando do quão bom era seu beijo e como nossos corpos se encaixaram quando ele me puxou pela cintura e nos abraçamos, parecendo mágica. O papo foi se estendendo e o que foi uma ficada irreal de sexta à noite e um sorvete pós a aula, tornou-se expectativa. E eu só queria vê-lo outra vez. Nas semanas seguintes foi à vez da Maite de me acobertar para eu sair com Rodrigo, mesmo eu sabendo que ela odeia mentir para o Mane, ela nem se pós contra a me ajudar, ou a falar para ele. Pelo contrário, foi a primeira a me incentivar a ir e para deixar "o resto com ela". Saí com o Rodrigo duas vezes naquela semana, eu já sabia absolutamente tudo sobre a vida dele, o cachorro que ele cuidava, o nome de todos os irmãos, a história dos pais dele e o trajeto da mãe dele até o trabalho.. Eu de verdade mostrava contentamento em ouvi-lo, mas sentia falta que ele pergunta-se para variar um pouco, como eu estava. Talvez seja afobação, estamos nos conhecendo agora, ele quer compartilhar a vida dele comigo e isso é mágico! Ele é meio "abusado" não no lado ruim da coisa, mas é que eu não me sinto pronta ainda para ir mais além com ele. Nós não estamos juntos ainda e eu não me sinto segura para isso, nem beijei quase nenhum cara na vida, não sei o que fazer, não me sinto a vontade com o meu corpo, é tipo, fora de cogitação para mim! Mas também compreendo que ele já é um homem, com seus 25 anos ele não vai querer ficar aos beijos e conversas comigo para sempre.. E isso me apavora! Ele às vezes desce a mão das minhas costas para a minha bunda, ou as coloca nas minhas pernas e aperta as minhas coxas, eu não me sinto a vontade, mas tento colocar na minha cabeça que aquilo é normal e que eu devo relaxar, mas é tão complicado..
Em algum canto da cidade..
Mane levou Maite para jantar em um restaurante vegetariano discreto que ela amava de paixão. Ele lhe levou flores vermelhas e escolheu a melhor mesa do local, com uma vista incrível da cidade. Maite falava sem parar, agitada com sempre, sem pausas, toda risonha e ele prestava atenção com real devoção na alegria e entusiasmo que ela tinha ao contar seus planos e sonhos. Eles sentavam bem próximos, do mesmo lado da mesa. Depois do jantar, Mane se aproximou dela, lhe segurando a mão que repousava em sua coxa, ela parou de falar por um instante e sorriu. Ele segurou seu rosto, a olhando admirado.
– A gente não consegue mesmo esconder quando o sentimento é de verdade. – ele abaixa a cabeça, balançando-a e sorrindo - Eu sempre fui completamente apaixonado por você. - ela sorri docemente e ele volta a encara-la - A única coisa que eu quero hoje é viver cada dia da minha vida ao seu lado e gritar o amor que eu sinto por você para todo o mundo. Você me faz querer ser melhor a cada dia que eu acordo, porque sei que está comigo. - ela lhe acaricia a mão, emocionada e olhando em seus olhos - Minha Luna, eu te amo, você quer ser minha namorada? - ela sorri e se joga para ele em um abraço apertado.
Ele a segura firme as costas e ela o solta, segurando seu rosto e lhe dando um beijo totalmente intenso e apaixonado.
– Ser sua namorada é tudo que eu quero. Eu amo você! - ele sorri empolgado, como se não acreditasse.
– Mesmo? – diz com os olhos brilhando em expectativa.
– Claro que sim, oras.. – ela confirma com um sorriso gigante nos olhos.
– Fiquei com medo de que.. – ela o interrompe, silenciando os lábios com o indicador e sorrindo.
– Não existem dúvidas quando existe amor. – ele volta a sorrir - Eu estou com você, de mãos dadas em cada passo e em todos os momentos. – ele pega suas mãos e a acaricia - Quero passar toda minha vida ao seu lado, sendo sua Luna. – ele lhe dá um selinho apaixonado.
– Minha sempre minha. – sem se desgrudar dela ele diz com a voz baixa.
Eles se beijam apaixonadamente e ao sair do restaurante ele a leva para uma praça e eles ficam sentados no banco, abraçados, trocando carinhos e vendo a lua até se perderem dentro das horas..
Eu voltava para casa depois de ir ao cinema com o Rodrigo, entre nós quanto mais as coisas ficaram "sérias" mas eu me apavorava. Eu estou completamente envolvida por ele, mas.. Eu não me sinto pronta para transar com ele, me sinto uma criança ainda. Nesses momentos tudo que eu queria ter era a minha mãe aqui, tenho certeza que ela saberia o que me dizer e como me orientar, tenho certeza que ela me ajudaria, me orientaria.. Eu literalmente me sinto perdida nesse assunto. Não tenho como conversar com meu pai, Maite sabe tanto quanto eu e Mane.. Bem, ele é meu irmão e por mais que seja incrível para mim, ele não é como a minha mãe. Hoje Rodrigo abusou de tentar uma mão boba no cinema e eu ia ao banheiro de 5 em 5 minutos para me esquivar, eu acho que ele acabou percebendo porque no fim do filme ele estava de cara fechada e meio seco, eu tentei - o quanto pude - descontrair o clima e falar coisas engraçadas, mas não adiantou, então eu desisti de puxar assunto, comemos praticamente em silêncio e aqui estamos, em silêncio no caro..
– Estava aqui pensando, será que você queria.. – ele faz uma pausa, passando a língua nos lábios e respirando fundo.
– Sei lá, ir lá para casa um pouco.. – eu o olho – Para ficarmos mais um pouco juntos. – diz malandro.
– Acho melhor não, Rodrigo. – falo baixo, meio apavorada - Hoje não. – forço um sorriso descontraído.
– Você mesmo disse que seu irmão saiu com a namorada e seu pai não está, eu te trago daqui a pouco. – ele insiste
– Me dá um tempo, por favor, só isso que te peço. – eu tento me explicar claramente em pânico e ele fecha a cara outra vez – Isso tudo que eu estou vivendo, vivendo com você é.. É tudo muito novo para mim, eu ainda não me sinto pronta. – explico, desabafando, quase que em súplica para que ele me entendesse.
– Eu entendo. – ele me olha e eu respiro aliviada, mas ele continua – Só que também tente entender o meu lado. Não é fácil para mim, ok? – eu fecho a cara, triste - Eu não tenho a sua idade, eu não sou nenhum menininho virgem de colegial. – engulo a seco, magoada – Eu quero estar com você, mas eu quero uma mulher do meu lado, não uma menina. – respiro fundo, fechando os olhos e controlando a imensa vontade de sair correndo chorando.
– Eu sei disso, só me dê um tempo, por favor. – tento forçar um sorriso e segurar meu choro.
– Eu não vou esperar para sempre, Anahi. – diz duro, me olhando.
– Você não entende.. – digo baixo, olhando para baixo, quase em súplica..
– Eu entendo sim, entendo que você é uma menina apavorada com sexo, ok, isso é compreensivo, mas eu não preciso passar por esse processo outra vez. – ele fala firme, a voz dura e me magoa ouvir aquilo - Pensa no tanto de coisa bacana que a gente pode viver juntos se você deixar desse medo bobo, eu te garanto que vai ser muito bom, hein.. – ele aperta minha coxa, beijando meu rosto, descendo pelo meu pescoço e eu finjo sorrir.
– Eu tenho certeza que você fará ser especial. – digo tentando me animar - Deixa eu pensar um pouco ok? – forço um sorriso - Por favor. – ele se ajeita no banco e bufa, passando a mão no rosto.
– Anahi, eu tenho minhas necessidades. – ele está realmente bravo e eu me odiando por agir como uma criança com ele.
– Eu acho melhor eu entrar. – lhe dou um beijo na bochecha – Prometo pensar melhor, ok? – lhe acaricio o rosto, mas ele não se mexe.
– Só não se esquece do que eu disse, eu não vou te esperar para sempre. – diz firme olhando em meus olhos e eu confirmo.
– Boa noite. – lhe dou um selinho e saio do carro.
Quando eu entro em casa, meu pai está sozinho na sala, vendo um canal de política na TV.
– Onde você estava? – o olho assustada.
– Na casa de uma amiga.. – gaguejo - ..estudando – sua feição era fechada e sua postura como sempre autoritária, ele me amedrontava somente pelo fato de se dirigir a mim.
– Não gosto quando você sai essa hora da noite sozinha e sem avisar. – ele desliga a TV e se vira para sair da sala, dando seu recado e me ignorando por completo. Dentro de mim aquela vontade de rir da cara dele, ele nunca fez questão de me proteger e agora isso?
– Como se você se importasse.. – digo com sarcasmo.
– O que disse? – ele volta a me olhar, irritado.
– Que você nunca se importou, não é agora que vai se preocupar com a hora que eu ando na rua. – ele dá dois passos em minha direção, fervendo em raiva.
– Anahi, eu acho bom você medir as palavras quando se referir a mim. – ele passa a mão em seu rosto e se aproxima com a expressão de raiva – Eu não sei com que tipo de amigos você anda, mas eu não admito que você aja como se fosse uma qualquer. - ele cospe as palavras perto de mim com ignorância, duro.
– Fique tranquilo. – digo sarcástica, forçando sorriso - Meus amigos são melhores que você. – sua mão pesada voa pelo ar e acerta com força bem no meio do meu rosto, queima, eu levo minhas mãos ao rosto.
Pelo impacto dei dois passos para trás e quase me desequilibrei, meu rosto queimava e lágrimas escorriam sem que eu pudesse controlar, a última coisa que eu queria era ser fraca na frente dele, chorar, não.. não era isso que a minha mão ia querer de mim. Antes que eu pudesse abrir a boca para responde-lo, ou ele dizer algo, ou eu correr para o quarto... Mane abre a porta e entende toda a cena.
– Posso saber o que está acontecendo aqui? – diz duro, encarando meu pai.
Mane se aproxima
– A insolente dessa garota! – ele tira os olhos de Mane e os pousa em mim - Mais uma dessa e eu vou te mandar de passagem só de ida para um colégio interno na Suíça. – ele abaixa o rosto, ficando bem próximo a mim e olhando em meus olhos, apontando o dedo em minha cara - Lá você vai aprender a ser gente. – seu rosto queima em raiva, mas eu permaneço firme, desafiando ele, sem demonstrar fraqueza.
– Ser for para aprender a ser o tipo de gente que você é, eu prefiro morrer. – digo com todo desprezo que sinto e ele cospe fogo, se não fosse Mane presente certamente ele me bateria bastante.
– Chega! Epa! Chega vocês dois! – Mane se coloca no meio de nós dois – Parem com isso! Anahi, vai para o seu quarto. – diz firme me olhando quase implorando para eu acabar com aquilo para o meu próprio bem – Depois conversamos. – eu assenti e sai em disparada para o meu quarto.
Corro para a minha cama e me afundo nas almofadas, chorando tudo que tinha e não tinha para chorar. Como se não bastasse esse dia horrível, todos os meus problemas com o Rodrigo, ainda meu pai tinha que ser tão idiota como sempre, logo hoje. Logo hoje que eu só queria um abraço, um colo, alguém que me ouvisse e me entendesse. Eu não tinha controle nenhum, da minha vida, dos meus sentimentos. Eu era aquela que não tinha sonhos, nem vontades para o futuro, não tinha nenhuma razão de existir.. Ai eu conheci Rodrigo, com ele veio uma vontade de ser alguém, de ser melhor, ser a altura dele, uma mulher de verdade, forte, acolhedora, como minha mãe foi um dia. Minha mãe, ela saberia o que me dizer agora..
– Mãe, como eu sinto a sua falta! – sentia aquela dor do vazio, da saudade, da falta gigantesca que ela fazia em cada segundo do meu dia dor no mais profundo da minha alma – Eu tenho certeza que você me abraçaria agora se pudesse, que saberia o que eu deveria fazer. Eu queria tanto pode ter chamar de melhor amiga e te contar toda a minha vida, queria tanto seu colo agora. – abraço minha almofada com toda força que conseguia como se em um segundo, Deus pudesse ser generoso comigo ao ponto de me dar um segundo dentro do abraço da minha mãe – Eu não quero mais viver aqui sozinha, não quero mais esse mundo sem você, mãe.. – soluço chorando, quando a porta abre.. É o Mane.
– Oh, minha pequena. – ele fecha a porta e vem até mim, se sentando do meu lado da cama e abrindo os braços para mim.
Eu ergo meu corpo e jogo dentro do seu abraço. Ele me acolhe, me abraça e eu sei que se ele pudesse, faria qualquer coisa para tirar essa dor de dentro de mim, preencheria esse vazio. Ele afaga meus cabelos e me segura sem pensar em me tirar do seu colo nem um segundo, deixando com que eu molhe toda sua blusa com minhas lágrimas.
– Quer falar sobre o que aconteceu lá embaixo? – ele diz baixo e eu me solto de seu colo, secando meu rosto.
– Ele não te disse? – digo soluçando.
– Não quis ouvir da boca dele, quero saber de você. – ele seca minha lágrimas sorrindo de lado – Só o que você sente e faz que me importa. – eu confirmo.
– Você conhece ele, Mane. – reviro os olhos - O mesmo de sempre, usando a autoridade para descontar na gente problemas do trabalho. – Mane revira os olhos concordando, afinal, sempre era assim. Foi assim com ele e agora é assim comigo – Ele reclamou que eu estava fora e sai sem avisar. Mas me diz, avisar a quem? Que pai que eu tenho? Você acha mesmo que ele se preocupa comigo? Com que eu estou ou que pode acontecer? – digo eufórica e voltando a chorar, Mane me acalma – Eu só queria que ele fosse um homem digno, nem precisava ser bom pai, só queria que tivesse pelo menos algo que remetesse a um coração. – ele assente quieto – Eu apenas disse que ele não se importava comigo, respondi ele.. Eu tô cansada de ser de ferro. – fecho os olhos, respirando fundo – Foi isso, ele me chamou de insolente e me bateu. – relaxo meu corpo, apertando a almofada.
– Eu o conheço, sei que ele age exatamente assim, afinal, eu também já sofri exatamente isso. – fala com tristeza em ver o filme se repetir - Mas Any, não tem jeito, ele é nosso pai. Querendo ou não, é a única pessoa que temos no mundo. – era verdade, nossos avós já tinham morrido, tínhamos apenas tios distantes por parte da minha mãe que nunca víamos já que meu pai fez questão de afastar todos quando a minha mãe morreu – É nosso laço de sangue, talvez até nosso karma, mas temos que tentar ser tolerantes com ele. Você sabe que ele sempre vai abusar do poder que ele acha que tem, você tem que tentar ignorá-lo, apenas aceitar e sair de perto. Quanto menos contato mais a salvo você vai estar, foi assim que eu me livrei, foi assim que consegui respeito dele e eu acho que é a melhor forma de você agir. – eu nego de mau humor.
– Eu nunca vou conseguir isso, Mane. – me sento na cama abraçando, minhas pernas e apoiando a cabeça nos joelhos e falando baixo – Ele acabou com a vida da minha mãe a cada dia. A cada sim que ela dizia querendo dizer não e fugir, eu não vou deixar que ele faça o mesmo comigo. Eu não vou deixar por ela. – digo firme, segura.
Eu ia dar o meu melhor por ela, me defenderia por ela!
– Any, certamente a mamãe admiraria sua postura e eu não tenho dúvidas que, de onde ela estiver, ela está orgulhosa de você. – ele acaricia meu rosto, ternamente – Mas ela também iria querer mais que tudo te ver feliz, te ver indo atrás dos seus sonhos e tenho uma vida cheia de amor, não enfrentando nosso pai a cada conflito, até ela sabia que não valia a pena. Pensa bem, é isso mesmo que você quer? Passar a vida em pé de guerra com ele? – fico quietinha e ele me beija o rosto, acariciando meus cabelos – Vou te deixar sozinha um pouco, se precisar de mim já sabe. – ele se levanta – Pensa no que te disse, ok? – ele se vira para sair do quarto.
– Ei, espera. – ele se vira para mim de novo – Vai, agora me dá uma notícia boa nesse dia péssimo. – ele franze o cenho, sem entender aonde quero chegar – E você e Mai? – ele abre o sorriso mais bobo e feliz do mundo – Me conta! – ele balança a cabeça absolto em seus pensamentos.
– Acho que ela vai querer te contar isso melhor.. – ele volta a sentar na cama, tentando disfarçar a empolgação e a vontade de me contar tudo.
– Vai, eu disfarço amanhã que eu não sabia de nada para ela. – ele ri.
– Estamos namorando. – o sorriso aberto e os olhos brilhando de tão apaixonado me cativam – Oficialmente! – eu levo as mãos a boca em surpresa, sorrindo feliz.
– Ai meu Deus! Que coisa mais linda! – vibro em empolgação – Me conta! – digo sorrindo.
– Ela estava agitada hoje, falava sem parar.. – ele ri bobo – Eu ensaie umas mil vezes como pedir ela em namoro. – ele me olha de rabo de olho – Eu nunca me senti assim antes, é tão.. Diferente com ela, sabe? – confirmo sorrindo – E quando ela me abraçou e disse que me amava e ser minha namorada era tudo que ela queria. – ele passa a mão no rosto sorrindo, todo bobo – Eu fui o cara mais feliz dessa cidade hoje. – eu sorrio e o puxo para um abraço apertado.
– Vocês merecem! – o aperto em meu abraço rindo – Me faz muito feliz ver as pessoas que eu mais amo na vida se querendo tanto. Eu torço tanto por vocês. – ele sai do meu abraço e sorri para mim.
– Obrigado, pirralha. Eu sei que sempre teremos seu apoio. – confirmo feliz – Eu me sinto como se antes dela entrar na minha vida eu, eu nunca tinha sido feliz de verdade. – diz pensativo e sorrindo - E ela me faz feliz com tão pouco, basta sorrir ou me abraçar. – ele sorri apaixonado – Acho que o que eu posso dar de conselho hoje, para qualquer pessoa, sobre o amor é que quando a voz de dentro do coração fala, a maior idiotice nossa é privar-nos da felicidade por medo de ouvi-la. Às vezes seguir o coração trás adversidades e problemas, mas para felicidade, não tem jeito.. É o único caminho que eu sei. – sorrio.
- Você acha mesmo? – pergunto curiosa.
- Sim. – ele balança a cabeça confirmando - Por amor vale qualquer pecado. – ele sorri e se levanta, beijando minha testa – Boa noite, tampinha! – ele pisca para mim.
- Obrigada, Mane. – ele me olha sorrindo – Por tudo. – ele me abraça apertado – Eu já estou melhor. Amo você!
- Eu também te amo! – ele me solta e sorri para mim – Obrigada também, por me ouvir. – sorrio de olha e pisco – Vê se descansa, foi um dia cheio. – ele sai do quarto.
Eu passei toda a noite pensando sobre o que Mane disse, que mesmo sem ter a intenção acabou me servindo. Tudo que ele falou sobre a entrega ao amor, sobre seguir o coração, no quanto Rodrigo me faz bem e hoje se tornou a pessoa que dá sentido a cada dia da minha vida, em como ele me deu uma razão para ser uma mulher forte, de verdade. Por que não me entregar a ele? A forma tão repentina e mágica que ele apareceu na minha vida me faz ter a certeza que os acasos felizes existem. Eu quero que seja especial, quero que seja com alguém especial, alguém que eu ame.. E eu o amo, não amo? Quando se ama alguém o sexo ele é, é.. complemento. Por que isso me apavora tanto? Respiro fundo, virando de barriga para cima na cama e fechando os olhos. Isso deveria ser apenas mais uma fase, como tantas outras, mas a transformação de uma menina em uma mulher não me parece tão tranquila assim.
~
E ai, já tá liberado os xingamentos ao Rodrigo ou ainda esperamos um pouco?
Quem ai já é #TeamManerroni?
Autor(a): jadepegas
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CAPÍTULO 4 "Deja de plantar flores en jardines de personas que no van a regarlas." No dia seguinte Maite chegou atrasada, mas escancarando felicidade. Eu abri um sorrisão quando a vi entrando na sala e ela - toda atrapalhada como é - saiu desesperada para sentar do meu lado, me deu um abraço forte e eu sorri. - Tem alguém feliz por aqui ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 43
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Juliana Santos Postado em 13/12/2020 - 03:21:50
Sofro esperando a continuação
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danisouza Postado em 27/07/2016 - 11:24:14
Leitora nova e já acho essa fanfic perfeita. Estou ansiossima por esse encontro de Annie e Poncho. Não estou gostando nadinha dessa nova Annie, espero que Poncho mude ela rapidoo. Continuaaa
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clara_herrera Postado em 31/05/2016 - 17:01:20
Continuando Maite sempre a apoiando :uma amizade linda -apesar de ter que lidar com os obstáculos da amiga . Uma amizade perfeita ;uma sempre apoiando outra . Uma amizade que só com o olhar já se saber o que sente . Tantas coisas aconteceram ... É até inexplicável vier falar desse começo ,pois aconteceu tantas coisas . O Mane foi uma pessoa em que teve horas em que eu queria que ele ficasse , pois quem sabe(?), ele poderia derrete esse gelo na Anahí .Queria que a Mai e o Mane ficasse juntos ... mas tem coisas que é pro nosso próprio bem . Mais tem coisas em nós não podemos mudar . Espero que ela encontre um pouco da doçura que foi deixada para traz e volte ser um terço do que era .... TALVEZ o Poncho possa a traze de volta ... Deixei um comentário lá no seu vídeo que está no youtube . Beijões,-e continue ,linda ....(Por isso que dizem "Quando você lê um livro tem que está prepara para o que se pode acontecer "o que é verdade . ) <3
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clara_herrera Postado em 31/05/2016 - 16:44:00
OMG ,que começo !Nossa ! Foi tantas coisas que aconteceu ... A minha vontade era de dar uns socos no Enrique pelo simples fato dele ter um pedaço de culpa de ser o que a Anahí é hoje : Fria . Uma atitude completamente não pensada ,calculista por algum que no fim nem teve valor o: cara acabou morrendo . O Rodrigo ... sem palavras , uma pessoa que só a usou ,a usou como um pedaço de carne . (chorei quando ela o viu com outra ) . Uma pessoa sem escrúpulo ,um ser considerado parente de um Monstro ! Odeio pois a uma grande parcela acaba sendo dele ,pois ele a fez perde o bebe o que era o seu grande sonho .Ela sempre foi muito ingênua sonhando em conhecer seu príncipe ,o que não é errado (pois eu mesmo acredito! ) . Mais ele foi o seu escape diante as situações em sua casa ,com seu pai a forma como ele a tratava . Ela queria pouca coisa :apenas carinho ,atenção ,um abraço quando chegasse em casa . Coisa simples ,que nós mesmo temos ... Maite sempre a apoiando :uma amizade linda -apesar...
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clara_herrera Postado em 18/05/2016 - 17:07:00
Como assim você tem essa Web ??? Leitora nova e que ,tenho certeza ,amará essa sua nova Web !!!!
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mari_ponny Postado em 04/05/2016 - 23:02:04
Maiteee melhooor pessoa !!!!! <3 Finalmenteee conseguiu tirar Anahí de casa!!! Ponchitooo vai chegaar!!!! <3 <3 CONTINUUUUA <3 <3 <3 <3
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mari_ponny Postado em 28/04/2016 - 23:42:39
Último comentário foi meu!! O nome nao apareceeu :/ :( por: mari_ponny
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Postado em 28/04/2016 - 23:40:45
Dioooosito!!! Como estou viva ainda??? Que capitulo cheioo de tirooos!!! Nem acredito q a Anny perdeu o baby :( Adiós Anny ingênua... Aiin to ansioosa pra conhecer a nova Anny.... :/ como o Rodrigo ainda teve a cara de pau de aparecer no hospital?? Aah faça-me o favor nee!! Manee deu tudo o que ele merecia!! Ninguém mandou machucar a Anny! Beem feito! :@ CONTINUUUUUUUA <3 <3 <3 <3 estouu cada diia mais apaixonada <3
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franmarmentini♥ Postado em 27/04/2016 - 15:21:44
CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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mari_ponny Postado em 24/04/2016 - 23:17:15
Anahí grávida... Mds ! Era oq faltava!! Mane com todos esses problemas.... Oq será q ele vai decidir? :/ affz.... O pai dele só sabe atrapalhar a vida deles.... CONTINUUUUUUUA <3 <3 <3 <3 <3 <3