Fanfics Brasil - Capítulo 5 Afaste-se de Mim

Fanfic: Afaste-se de Mim | Tema: (AyA)


Capítulo: Capítulo 5

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CAPÍTULO 5


"Nadie puede pertenecer jamás a otro... el amor es un contrato libre que se inicia en un chispazo y puede concluir del mismo modo."


Batem na porta do banheiro.


- Anahi? – seco meu rosto e paro de chorar depressa – Sou eu, Maite – me levanto depressa e começo a ajeitar minha roupa, lavar o rosto.


- Só um minuto, já vou sair. – digo após respirar fundo e secar o rosto.


Afinal, hoje era a noite da Maite e do Mane e eu precisava sorrir, precisava apoia-los. Precisava encarar meu pai na mesa de jantar. Não havia tempo para minhas dores, lamúrias ou "dramas" como bem pai encheu a boca para dizer, só importava eles dois hoje. Não havia nada que eu podia fazer para me ajudar, então pelo menos que eu ficasse feliz vendo quem eu amava feliz. Abro a porta do banheiro e ela está sorrindo


- O que aconteceu? – ela fecha a cara e me olha preocupada, tocando meus ombros.


- Nada – sorrio de lado.


- Anahi, você não me engana. – diz firme - Hein, o que foi? – ela insiste, acariciando meu rosto.


- Eu.. – penso em algo rápido – Eu apenas estava lembrando da minha mãe e.. você sabe, sempre choro um pouco. – ela confirma ternamente e me puxa para um abraço.


Bem, de todo não foi mentira e isso sempre acontecia. Maite já me pegou chorando nos mais diversos lugares, mais diversos momentos e sempre pelo mesmo motivo: a saudade incalculável da minha mãe. Às vezes eu estava bem, mas é um segundo de fechar os olhos e pensar que você está sozinha nesse mundo, que sua vida é uma grande abismo, um buraco negro sem fim, que foi embora a única pessoa que podia te salvar do mundo com um abraço, que te defenderia de quem fosse, que era meu alicerce, para eu perder todas as forças.


- Eu sei, amiga. Sei o quanto te dói.  – ela me beija o rosto – Mas agora eu estou aqui e vou te distrair, não quero te ver triste. – ela segura minha mão – Você sabe que onde ela estiver, ela está com você em todos os momentos. – eu confirmo.


- Mas deixa isso para lá. – sorrio de lado – Me conta como foi lá, sua mãe e o Mane. – ela ri.


- Foi hilário! – ela vai me contando enquanto caminhamos para a sala de jantar.


Maite disse que sua mãe estava mais apreensiva que ela, afinal, Maite nunca fez esse mistério todo com o namorado. Quando a campainha tocou a mãe se levantou em um salto para abrir e ela nem se mexeu, ficando logo atrás sentada esperando a reação da mãe. Ela abriu e deu de cara com Mane segurando um enorme buquê de rosas, ela ficou boquiaberta. Maite se levantou, se aproximou de Mane, o abraçando e finalmente disse: "Mãe, esse é Mane, meu namorado", passado o susto, ela cumprimentou Mane e ficou feliz. "Não precisava tanto mistério, Maite." – brincou. Ela disse claramente que nunca esperarava que isso fosse acontecer, mas gostava de Mane e conhecia sua criação, índole e caráter, fazia gosto dos dois juntos. Maite sorria plena em cada palavra de apoio que a mãe dizia. No fim ela disse, "Tysha ficaria muito feliz em vê-los juntos se estivesse aqui.", e eu sorri com isso, afinal, eu nunca tive dúvidas que minha mãe seria a maior apoiadora deles dois. Logo todos estavam tranquilos, Mane e a mãe da Maite estavam relaxados e conversando como amigos que sempre foram. A preocupação dela era apenas a reação de Enrique perante aquilo, mas avisou logo que com a Maite ele não mexia e que iria defender os dois. Fiquei orgulhosa da tia (assim que eu chamava a mãe da Maite) e isso me fez pensar no quanto seria bom ter uma mãe para poder me defender agora.


Me sento a mesa ao lado de Maite, Maite ao lado de Mane e de frente para sua mãe. Meu pai distante, na cabeceira, do outro lado da mesa. E nos servem o jantar. Eu mantenho o olhar baixo, sempre quieta, ou quando Maite fazia algum comentário comigo, eu apenas respondia ela, sem expandir minha visão, ou assunto para os demais. Mas me notaram..


- E você, Anahi? – perguntou minha tia – Está tão quieta.. – ela me olha com doçura.


- Estou bem, tia! – sorrio – Muito bem. – ela me sorri de volta e eu não aumento o assunto, até que meu pai se pronuncia..


- Bem, com todo respeito, eu desconheço a finalidade desse jantar. Afinal de contas todos nós já nos conhecemos muito bem. – ele olha minha tia irônico – Infelizmente tivemos o azar desse namoro acontecer, mas não precisamos fingir que isso tudo é novo. – ele limpa a boca e se levanta – O jantar estava ótimo, Mane eu já conheci sua namorada e a mãe dela. Se vocês me dão licença.. – ele joga o guardanapo na mesa e sai da sala de jantar..


Mane está com a cabeça baixa, certamente vermelho de vergonha e raiva. Eu o entendo, ele tentou fazer tudo direito, apresenta-la a família como manda o figurino, mas ele esqueceu de um pequeno detalhe.. Não dá para tentarmos ter uma vida normal, uma família normal com o pai que temos. Ele nunca vai ser no mínimo simpático ou humano em nada. Mane permanece em silêncio e eu ouso quebra-lo.


- Desculpem-nos. – digo baixo, olhando para minha tia – Vocês sabem como ele é..  – minha tia confirma quieta - Por mais que tentemos fazer as coisas do jeito certo, ele não colabora. – ela sorri para mim.


- Não se preocupem. – Maite está abraçada a Mane que permanece de cabeça baixa, ela fala algo em seu ouvido, acho que tentando acalma-lo, lhe beija o rosto – Eu conheço muito bem seu pai, não é esse circo dele que vai estragar essa noite tão especial que você prepararam com tanto amor. – ela dia calma, centrada e tranquila, nos acalmando - Eu estou aqui, Anahi também. – ela sorri para mim – Isso que importa, somos as apoiadoras da felicidade de vocês. – Maite nos olha e sorri.


- Mane sabe disso, só vocês que importam. – ela complementa e finalmente Mane levanta o rosto, sério, claramente abatido.


- Ele não vai estragar a noite. – ele força um sorriso – Obrigado por vocês estarem. – sorrio de canto.


- Agora me conta, como foi sua surpresa ao ver ele, tia? – troco um olhar cúmplice com Maite, fingindo que não sabia de nada para puxar um assunto descontraído na mesa e funciona.


Minha tia começa a contar animadamente sua reação e susto, foi engraçado ver o ponto de vista dela da mesma história que Maite já havia me contado antes. Até Mane conseguiu rir com ela contando. O clima descontraiu, um assunto emendou o outro e a sobremesa chegou. O que meu pai havia feito na mesa não era mais lembrado, estávamos em família, conversando com bons amigos que sempre fomos e isso que importava no fim das contas. Quando paramos para notar a hora já era bem tarde, Mane ia leva-las em casa e eu me despedi da minha tia e de Maite, pedindo licença para ir para meu quarto.


Estava exausta! Havia sido de longe um dia cheio e com fortes emoções, apenas evito pensar nos problemas, abraço bem forte o travesseiro e permito-me descansar, sem pensar em cada, sem refletir, apagando em minutos..


Mane leva as duas em casa, chegando à porta da casa da Maite, a mãe dela se despede de Mane, agradecendo o jantar e a supressa feliz, desejando a eles muita felicidade. Mane agradece, pedindo desculpas pelo incidente do pai e de qualquer outra coisa que pode ter causado desconforto durante a noite. Amável, a mãe da Maite apenas sorri e diz que a noite foi perfeita..


- Vocês ainda vão mesmo sair? – ela diz abrindo a porta do carro e Mane franze o cenho – Não está muito tarde? – diz com a metade do corpo já para fora, ponderando se era uma boa ideia.
– Vamos, mamãe. – diz depressa, antes que Mane falasse algo – É aniversário da Zoraida, eu marquei o jantar e me esqueci disso. – ela diz agitada - Não vamos demorar, só vou felicita-la, para dizer que não fui. – ela confirma.
– Tudo bem. – ela sorri para Maite - Mande um beijo a Zoraida e não demore, Maite. – ela beija a mãe.
- Não se preocupe - ela sorri e a mãe sai do carro, ela observa pela janela a mãe se afastar e entrando em casa.
– Devo perguntar? – Mane a chama de volta, meio confuso e sorrindo, ela ri.
- Eu disse a ela que íamos a uma festa depois do jantar.. – ela começa a fala meio receosa, se acomodando no banco do carro
- Onde fica essa festa? Por que não me avisou antes? – ele ri – Quase que perguntei "vamos sair?" na frente dela. – Maite balança a cabeça e ri.
- Eu percebi. – ela mexe nos cabelos, enrolando-os, nervosa – Por isso te interrompi antes que falasse. – ele a olha sorrindo, porém confuso - A festa realmente existe, mas eu não quero ir para lá. – ela sorri e morde os lábios, encarando-o misteriosa.
- E para onde você quer ir? – ele diz divertido – É só falar, rodamos a cidade toda se você quiser. – gesticula com os braços, segurando o volante – Estou as suas ordens. – ela é todo animação, mas nem imagina as intenções de Maite.


Maite o puxa o braço e ele se vira para ela, ela joga os braços em seu pescoço e se aproxima dele, beijando-lhe o rosto, o canto da boca, seus lábios.


- Não quero te dividir com a cidade essa noite, hoje somos só eu e você. – ela acaricia seu rosto com a ponta do nariz – Quero ir para um lugar onde possamos ficar sozinhos. – Mane se desconcerta todo, fica nervoso e Maite sorri, lhe acariciando o rosto – Ei, fica calmo. – ele a olha meio desconfiado – Tá com medo de mim? – ela ri.
- Tudo que eu quero é ficar sozinho com você, meu amor. – ela sorri doce – Mas eu não quero que você faça isso por mim, se você não estiver pronta, não tem porque termos pressa. – ele lhe acaricia o braço – Eu espero por você o tempo que for. – ela lhe toca o rosto e, olhando apaixonada para ele, ela o beija mais certa do que nunca.
- Não estou fazendo por você. – diz tranquila - Eu estou pronta. Eu quero. – ele começa a sorri, meio sem acreditar – Você é o que eu desejo. – diz de olhos fechados – Quero que seja com você a minha primeira vez e todas as outras também. – os rostos colados, as respirações agitadas, os corpos próximos demais, eles se beijam.


A mão de Mane lhe aperta a coxa, subindo por seu corpo, lhe dominando a cintura. Ela se deixa levar, ser conduzida, crava suas unhas em seu ombro e lhe puxa a gola da camisa, puxando-o mais para si, lhe apertando de modo desajeitado. Ela estava quase em seu colo, ele a tocava como se reverenciasse cada centímetro do corpo dela. Os lábios se separaram, ofegantes. Ela mantinha seus olhos fechados e um sorriso nos lábios. Ele lhe beijou a testa e acariciou seu rosto.


- Eu também quero que seja você, apenas você, para sempre. – ela abre os olhos e sorri – Eu amo você e não tenho dúvida alguma que vou te amar para sempre. – ela lhe sussurra um "eu te amo" e ele sorri – Queria ter me planejado para fazer uma surpresa para você, flores, e..


- Não.. – ela lhe silencia com o indicador nos lábios – Eu não quero nada disso. Eu quero apenas você e eu, quero apenas nós. Um casal normal, se descobrindo, se amando. Não preciso de flores e surpresas para que essa nossa noite seja especial.


- Eu a farei especial, eu juro. – lhe segura o rosto, firme, lhe afastando os cabelos.


- Eu sei que sim. – ela lhe toca os cabelos – Eu confio em você. – ele sorri a beijando.


Maite e Mane foram para um motel aquela noite. Obviamente, ele a levou para o melhor que tinha, para o melhor quarto, no melhor lugar. Quando eles chegaram, ela aparentemente ficou mais nervosa, não que tivesse qualquer tipo de dúvidas referente a estar ali com ele, mas era algo novo para ela, desconhecido, nada mais normal o frio na barriga e o medo. Ele lhe perguntou outra vez se estava tudo bem, se ela queria ir embora, ele estava tão preocupado com ela que a fazia rir. Ela tratou logo de acalmá-lo, lhe explicando que era apenas um nervosismo, mas que ela estava segura ali com ele. Eles entraram no quarto e ele ficou meio de canto, deixando que ela se ambientasse com o lugar. Era um quarto grande, tinha espelhos por todas as partes, o que causou estranhamento da parte dela. Ela andou por todo o quarto e voltou para perto dele.


- Gostei daqui. – ela sorri – Tem muitos espelhos, mas eu acostumo. – ele gargalha.
- Esses espelhos são para eu poder observar sua beleza de todos os ângulos e me apaixonar por cada ângulo cada vez mais. – ela se joga derretida em seus braços.


- Faça amor comigo. – ele sorri – Me ame hoje.


- Hoje e todos os dias. – lhe beija.


Ele puxa o zíper do seu vestido, lhe acariciando as costas nuas e acariciando seus braços, descendo-lhe a alça do vestido. Ela se acanha em um primeiro momento, tentando se acalmar com a nudez. Seu vestido cai no chão e ele lhe abraça pela cintura, lhe acariciando levemente o corpo, a deixando em seu tempo.


- Você tem um corpo lindo. – ela sorri – Você é perfeita. – ele a olha nos olhos, segurando seu rosto, totalmente fascinado e ela o beija.


Ela foi automaticamente relaxando, até que aos poucos, foi se soltando mais, tirando dele algumas peças de roupa, outras ele mesmo tirou ao meio de um beijo. Ela foi aos poucos entendendo que estava certa, que ali junto de Mane naquela cama eram apenas um casal apaixonado, não havia contos encantados, nem primeira vez planejada ou esperada, não eram um casal perfeito, mas eram um casal real. Que se respeitava, que se queria, que estavam se conhecendo agora da forma mais singela e sublime. Era apenas sexo e era muito além de sexo. Quando ele se preparou para invadi-la, lhe segurou a mão, disse para falar se estivesse doendo e repetiu mais uma vez que se ela quisesse, eles paravam ali. Ela estava tranquila, não tinha dúvidas ou que temer. Ela apenas fechou os olhos e deixou levar pelas sensações novas, pelo prazer desconhecido, pela dor aguda, porém logo depois dela, pelo pleno êxtase.


No fim daquela noite foi apenas um casal, brincando, comendo doces e rindo na cama, ora abraçados, ora se amando outra vez, ora trocando aquelas juras apaixonadas que escapam da nossa boca sem querer quando olhamos nos olhos de quem amamos e nos fazemos parecer o maior melodramático da história. Porém Maite já pensava que ser apaixonada é ser um tanto quanto idiota e nem se importar com isso. Eles se amavam. E naquela noite eles também se amaram. Era o começo de um namoro, de uma história. Que independente do que acontecesse daqui para frente, sempre seria lembrado como foi àquela noite: a genuína origem do amor.


Quando a segunda-feira chegou eu completei dois dias fugindo do meu pai, me escondendo no quarto e ficando o mais isolada que eu podia. Talvez, só talvez, se eu fingisse que aquela conversa nunca existiu e sumisse da visão dele, ele desistisse daquela ideia maluca de me fazer sair com esse tal cara. Remoí aquela história todo o fim de semana, era tão desprezível um pai fazer aquilo com a própria filha. Não se preocupava com o meu bem estar, meus sentimentos, emoções.. A única coisa que importava era o lucro, era o dinheiro. E o que eu podia fazer para escapar disso? Eu era apenas uma menor de idade, sem dinheiro, sem diplomas, sem ninguém.. Como posso fugir do meu pai assim? Ele me acha e traz para esse inferno outra vez. Não conseguiria ficar longe de Mane, Maite seria pressionada a dar noticias minhas.. Eu simplesmente não tinha saída alguma. Desci as escadas na ponta do pé, com medo do meu pai ter se atrasado em ir para firma e ainda estivesse por aqui.. Chego no pé da escala, estudando o local, quando..


- Bu! – eu dou um grito e me viro.


- Que susto, Mane! – ele ri e eu coloco a mão no peito apavorada.


- Tá fugindo da policia? – ele tem um sorriso gigantesco nos lábios.


- Praticamente.. – digo baixo, sem dar muita importância.. – Mas e ai, me explica esse sorriso de orelha a orelha e essa felicidade contagiaaaante – digo com sarcasmo – logo pela manhã? – ele ri.


- Você é péssima, sabia? – consigo sorrir – Só estou feliz, é pecado?


- Aham, sei. Sua felicidade tem nome, mas ok, você não quer me conta. – me viro fazendo a ofendida e olho o relógio – Vamos ver.. Em menos de 1h eu descubro. – ele ri.


- Me sinto em um triângulo amoroso. – sorrio.


- Eu cheguei primeiro, o penetra é você. – ele me abraça.


- Ela te conta tudo, tampinha. – ele me beija a testa – Amo você. – diz carinhoso.


- Também te amo! – o abraço de volta, bem apertado.
– Agora vai, não quero te atrasar. – o solto, sorrindo.


- Fofocas me aguardam, afinal. – pisco para ele e saio rindo


Cheguei atrasada na aula e fui correndo entrar na sala, quando encontrei Maite no corredor, aparentemente nervosa e preocupada, olhando para os lados, como se procurasse algo. Paro atrás dela e a toco o ombro..


- Tá tudo bem? – ela se vira assustada.


- Anahi, por Deus! Onde você se meteu? – ela me abraça, como se estivesse aliviada.


- Acabei me atrasando um pouco. – digo calma, sem dar importância - Vamos entrar? – ela sorri de lado, com uma cara malandra – Está esperando alguém? – eu ergo a sobrancelha estranho aquele comportamento – Tem certeza que tá tudo bem? – começo a me preocupar.


- Preciso falar com você, não dá para ser na sua casa, nem em qualquer lugar. – ela olha para os lados, certificando que não vinha ninguém – Vem, mata a aula comigo. – ela me pega a mão.


- Matar a aula? Maite você enlouqueceu?  - digo apavorada, exasperada, aquilo era fora de cogitação!


- Deixa de ser certinha! – ela revira os olhos e me puxa pela mão, correndo comigo pelos corredores.


Maite me arrasta, sob muitas reclamações da minha parte, a sorveteria. Não que eu não quisesse conversar com ela, nem saber o que tanto ela queria me contar, mas eu não queria perder matéria, justamente em semana de prova e não entendia essa obsessão em me contar logo. Mas não questionei mais, deixei ela me levar e contar o que precisava, depois resolvia a questão da aula, acredito que nesse momento minha amiga precisa mais de mim do que uma equação de álgebra. Ela se senta de frente para mim e me olha desconfiada, acanhada. Pedimos um sorvete e eu a olho com expectativa.


- Vai, me conta. O que houve? – digo em uma ansiedade sem fim.


- Passei o final de semana todo louca para conversar com você, para te contar e agora.. – ela sorri – Não faço ideia de como começar a contar. – fala tão nervosa e feliz que, sorrio com a reação dela.


- Eu acho que você deve descobrir como começar logo, porque eu estou bem curiosa... – ela me interrompe.


- Eu e o Mane transamos. – ela diz direta, sem enrolações, lenga lenga, contando a história antes ou uma preparação. Eu levo um susto, arregalo os olhos e levo minhas mãos na boca, sorrindo. Ela morde os braços e ri, bem acanhada.


- Meu Deus! – tiro a mão da boca, sorrindo, amarrando meu cabelo em um coque no alto da cabeça e me ajeitando melhor – Vamos, me conte essa história direito! – ela ri – Tenho muitas perguntas. – ambas vibrando empolgação.


E ela me conta tudo, cada detalhe.. Dela tomando a inciativa, mentindo para mãe e dos dois acabarem em um motel. Eu fiquei chocada, afinal, nunca esperaria isso da Maite. Porém, ao mesmo tempo feliz pelos dois, pelo tanto de amor que existia e encantada pela forma tão apaixonada e mágica que aconteceu para eles. Ela falava com brilho nos olhos e doçura em cada palavra. Ela conseguia descrever o que era amar, apenas contando como era estar com Mane, sem precisar justificar o sentimento, apenas se bastando de ações diárias de ambos que faziam o sentimento dominar cada poro do corpo. Ela abraçava o corpo quando falava, derretida, da forma como ele a tocava, a beijava e de como foi sensível e paciente com ela em sua primeira vez. Ouvindo a Maite falar, eu sentia arrepios. Era amor. Verdadeiramente amor.


É claro que eu a enchi de perguntas depois do relato: "doeu?", "doeu muito?", "muito mesmo?", "como que é?", "o que mudou?", "você teve vergonha?", "como é um motel?". Maite em meio de risadas sem graças ia, com a maior paciência do mundo respondendo essas e outras mil perguntas minhas. Como ela mesmo disse, não era nenhuma sexóloga, mas no que pudesse, me ajudaria. Eu me senti mais tranquila depois que falei com ela, mesmo ainda apavorada com o "doeu muito muito mesmo" que ela me deu como resposta. A única coisa que eu não tinha ainda, era a certeza, era essa coragem que a Maite teve. Por mais que eu queira.. Alguma coisa dentro de mim me diz que eu não devo. Eu amo o Rodrigo, não tenho dúvidas disso. Por mais que o meu relacionamento não seja conto de fadas como o da Maite, mesmo assim ele é especial da sua forma e eu sou feliz com ele. Não sou? Sou sim. São relacionamentos diferentes, com pessoas diferentes, eu escrevo a minha história com as minhas escolhas e a Maite as dela e devemos arcar com isso. Maite ignorou por completo o fato de que o namorado dela era o meu irmão, principalmente na hora de me falar certos detalhes que jurava que passaria a vida sem ouvir. Ela apenas relaxou e desabafou como quem desabafa com sua melhor amiga, sem se importar que eu também era a sua "cunhada", mas eu fiquei feliz com isso. Bom saber que mesmo as coisas tendo mudado bastante nesses últimos meses com esse namoro, a nossa amizade continua a mesma de sempre. E para ser sincera, uma das poucas coisas que eu tenho certeza na vida é que eu e Maite sempre estaremos juntas, como irmãs que sempre fomos.


~


Manerroni 4ever SIM!! #TeamManerroni


Respondendo a grande dúvida da nação nos comentários: Não, o tal cliente do pai da Anahi não é o Velasco (mesmo vocês vendo muitas semelhanças entre eles), o Velasco entra na segunda fase da história mas talvez, quem sabe, eu não sei de nada, talvez eu saiba mas não sei, esse tal cliente pode ter algo relacionado ao Velasco. Hmmmm.. Mais para frente a gente descobre, né? Esse capítulo foi muito amor sim, mas o próximo talvez não seja tão legal para Anahi e onde vocês vão ver as grandes "diferenças" entre os casais dessa primeira fase. Ah, outra coisa.. São 12 capítulos de primeira fase se não me engano e todas as dúvidas que vocês tem sobre porque Maite casou com Ucker ou porque Anahi virou a dama de gelo serão respondidas até lá.


Super beijo e ME CONTEM TUDO!


 



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Autor(a): jadepegas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • Juliana Santos Postado em 13/12/2020 - 03:21:50

    Sofro esperando a continuação

  • danisouza Postado em 27/07/2016 - 11:24:14

    Leitora nova e já acho essa fanfic perfeita. Estou ansiossima por esse encontro de Annie e Poncho. Não estou gostando nadinha dessa nova Annie, espero que Poncho mude ela rapidoo. Continuaaa

  • clara_herrera Postado em 31/05/2016 - 17:01:20

    Continuando Maite sempre a apoiando :uma amizade linda -apesar de ter que lidar com os obstáculos da amiga . Uma amizade perfeita ;uma sempre apoiando outra . Uma amizade que só com o olhar já se saber o que sente . Tantas coisas aconteceram ... É até inexplicável vier falar desse começo ,pois aconteceu tantas coisas . O Mane foi uma pessoa em que teve horas em que eu queria que ele ficasse , pois quem sabe(?), ele poderia derrete esse gelo na Anahí .Queria que a Mai e o Mane ficasse juntos ... mas tem coisas que é pro nosso próprio bem . Mais tem coisas em nós não podemos mudar . Espero que ela encontre um pouco da doçura que foi deixada para traz e volte ser um terço do que era .... TALVEZ o Poncho possa a traze de volta ... Deixei um comentário lá no seu vídeo que está no youtube . Beijões,-e continue ,linda ....(Por isso que dizem &quot;Quando você lê um livro tem que está prepara para o que se pode acontecer &quot;o que é verdade . ) <3

  • clara_herrera Postado em 31/05/2016 - 16:44:00

    OMG ,que começo !Nossa ! Foi tantas coisas que aconteceu ... A minha vontade era de dar uns socos no Enrique pelo simples fato dele ter um pedaço de culpa de ser o que a Anahí é hoje : Fria . Uma atitude completamente não pensada ,calculista por algum que no fim nem teve valor o: cara acabou morrendo . O Rodrigo ... sem palavras , uma pessoa que só a usou ,a usou como um pedaço de carne . (chorei quando ela o viu com outra ) . Uma pessoa sem escrúpulo ,um ser considerado parente de um Monstro ! Odeio pois a uma grande parcela acaba sendo dele ,pois ele a fez perde o bebe o que era o seu grande sonho .Ela sempre foi muito ingênua sonhando em conhecer seu príncipe ,o que não é errado (pois eu mesmo acredito! ) . Mais ele foi o seu escape diante as situações em sua casa ,com seu pai a forma como ele a tratava . Ela queria pouca coisa :apenas carinho ,atenção ,um abraço quando chegasse em casa . Coisa simples ,que nós mesmo temos ... Maite sempre a apoiando :uma amizade linda -apesar...

  • clara_herrera Postado em 18/05/2016 - 17:07:00

    Como assim você tem essa Web ??? Leitora nova e que ,tenho certeza ,amará essa sua nova Web !!!!

  • mari_ponny Postado em 04/05/2016 - 23:02:04

    Maiteee melhooor pessoa !!!!! <3 Finalmenteee conseguiu tirar Anahí de casa!!! Ponchitooo vai chegaar!!!! <3 <3 CONTINUUUUA <3 <3 <3 <3

  • mari_ponny Postado em 28/04/2016 - 23:42:39

    Último comentário foi meu!! O nome nao apareceeu :/ :( por: mari_ponny

  • Postado em 28/04/2016 - 23:40:45

    Dioooosito!!! Como estou viva ainda??? Que capitulo cheioo de tirooos!!! Nem acredito q a Anny perdeu o baby :( Adiós Anny ingênua... Aiin to ansioosa pra conhecer a nova Anny.... :/ como o Rodrigo ainda teve a cara de pau de aparecer no hospital?? Aah faça-me o favor nee!! Manee deu tudo o que ele merecia!! Ninguém mandou machucar a Anny! Beem feito! :@ CONTINUUUUUUUA <3 <3 <3 <3 estouu cada diia mais apaixonada <3

  • franmarmentini♥ Postado em 27/04/2016 - 15:21:44

    CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • mari_ponny Postado em 24/04/2016 - 23:17:15

    Anahí grávida... Mds ! Era oq faltava!! Mane com todos esses problemas.... Oq será q ele vai decidir? :/ affz.... O pai dele só sabe atrapalhar a vida deles.... CONTINUUUUUUUA <3 <3 <3 <3 <3 <3


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