Fanfics Brasil - Capítulo 6 Afaste-se de Mim

Fanfic: Afaste-se de Mim | Tema: (AyA)


Capítulo: Capítulo 6

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CAPÍTULO 6


"Los pequeños detalles marcan las diferencias."


Eu chego em casa que lembro da felicidade do Mane pela manhã e do que ele disse: "ela te conta tudo.", realmente ainda bem que ele teve o bom senso de não me contar. Tem certas coisas que não são tão legais de se falar com o seu irmão mais velho. Quando subia as escadas apressada para o meu quarto, totalmente distraída de qualquer problema e apenas relaxada, feliz e animada pelas emoções da manhã de hoje..


- Anahi? – meu pai me chama no pé da escada.


Eu fecho os olhos praguejando em pensamento! Jurava que ele ainda estaria na empresa, ou talvez trancado no escritório em algum problema ou reunião. Mas não.. Ele estava aqui, chamando por mim. Ou que significava que as minhas ilusões do fim de semana dele esquecer essa história não tinham acontecido e que ele de fato me obrigaria a sair com esse cliente dele. Respiro fundo e me viro para encara-lo. Ele no pé da escada, me olhando sério, mal encarado. E eu, totalmente apavorada e quase chorando no alto da escada, com um olhar suplicante para que ele não fizesse aquilo.


- Sexta-feira você sairá com o José Manuel, ele virá te buscar às 20h. Esteja pronta. – ele se vira para voltar ao escritório e eu desço as escadas correndo e chorando.


- Pai, por favor! – eu me ajoelho e agarro suas pernas – Por favor, não me faça ir! – eu choro – Eu não quero fazer isso, eu não quero ser um produto, por favor. Eu juro que nunca mais compro nenhum sapato, nunca mais te afronto, nem falo com você se quiser, faço o que for, mas por favor, não me deixe ir. – lhe suplico.


- Larga do meu pé. Você está sujando tudo! – ele balança as pernas com força, me fazendo soltá-las e cair deitada no chão – Já tomei minha decisão, Anahi. Se você quer fazer algo de bom, seja amável, eu preciso desse cliente. – diz duro me encarando.


- Você é meu pai.. – digo soluçando no chão, abraçada a meu corpo – Você deveria me proteger.. – ele ri


- E você deveria me ajudar. – ele se vira e volta ao escritório e corro para o meu quarto, chorando e desejando sumir cada dia mais...


No meio da semana Rodrigo me mandou uma mensagem me chamando para sair e foi como um bote salva vidas. Esses dias tenho ficado em um estado depressivo que anda me assustando, fujo dentro da minha própria casa, ando evitando Mane e Maite para que eles não desconfiem de nada. Tenho parado de comer e me sinto cada vez mais feia e estranha, a raiva que sinto do mundo desconto toda em mim. Eu me odeio. Fico apenas trancada no meu quarto, escrevendo e choro de saudade da minha mãe todos os dias e noites. Eu e Rodrigo fomos a um jogo de basquete juntos e eu consegui me distrair de todos esses problemas. Rimos, torcemos juntos. Ele fala o tempo todo dele, nunca me pergunta nada, nessa altura da vida eu até acho bom.. O que de interessante eu poderia dizer? No fim da noite, voltamos à pauta "sexo", ele queria me levar para sua casa e eu fugi correndo, dizendo que precisava mesmo entrar. Ele repetiu, mais duro que da última vez: "eu não vou te esperar para sempre, Anahi", e essas palavras, desde então, não saem da minha cabeça.


Cada dia que passa e se aproxima da sexta eu pioro, tenho medo, tanto medo desse cara que não conheço, do que pode acontecer comigo. Meu pai não falou mais comigo, a única coisa que eu sei a respeito desse cara foi o que ouvi meu pai falar ao telefone, que ele se chama José Manuel e era um médico neurocirurgião pediátrico. Me perguntei por um instante o que um médico tinha a ver com os negócios do meu pai, mas quando ele prosseguiu completando que ele era filho de um renomado político, eu comecei a entender as coisas e mais que isso, aonde eu estava pisando.


Eu não tive muito o que fazer. A sexta chegou e com ela, meu pai o dia todo em casa, vigiando cada passo meu, com medo de que eu fugisse. Não fiz o que ele esperava, me comportei como me comporto todos os dias. Acho que os poucos, depois de tanta coisa que eu venho passando, comecei a aprender deixar de temer a dor e encara-la como ela pede. Isso não significa que eu não esteja destruída por dentro, nem sofrendo como nunca, mas a única forma que eu aprendi de lidar com a dor, é enfrentando-a. A gente teme o desconhecido.


Perto das 18h ele bateu na porta do meu quarto, mandando eu me arrumar e me entregando uma sacola de roupa e dizendo rude: "veste isso". Eu temia que ele fosse me vender, que esse cara tentasse abusar de mim. Quanto mais as horas iam passando e se aproximando das 20h, mais eu me desesperava.. Nem ousei a ver a roupa. Tamanho desespero, cogitei fugir, cogitei até contar tudo para Mane e pedir que ele impedisse aquilo. Mas Mane não estava em casa, havia saído com Maite. Eu estava no segundo andar para fugir pela janela e meu pai na sala, me esperando. Não tinha escapatória. Aquele papo de encarar o medo se perdeu, eu não estou sabendo encarar isso.


Quando faltava poucos minutos para as 20h, olhei pela janela do quarto e vi um carro preto enorme parando na porta de casa e um cara saindo. Era ele. Havia chegado. Sentia pânico em cada centímetro do corpo, sentada no sofá e abraçando minhas pernas eu chorava pedindo para Deus me ajudar e que ele desistisse disso. Mas escuto passos na escada, ele sobe, abre a porta do meu quarto de maneira brusca e quando me encontra com a mesma roupa e chorando sentada no sofá, ele bufa, espumando raiva.


- Anahi, eu não mandei você colocar a porra da roupa. – ele entra, fechando a porta atrás dele e pegando a roupa na cama – Veste logo essa merda! Anda! – empurra a roupa no meu colo com agressividade.


- Pai, por favor. – soluço – Não me faça ir.. – imploro chorando.


- Não adianta você fazer esse drama comigo não, Anahi. Eu não me rendo ao seu espetáculo – eu não consigo me mexer, eu o olho em desespero e choro sem me preocupar o que possa vir a pensar ou fazer – Levante logo e vista isso! – ele nota que eu não me mexo e me puxa pelo braço, de forma desajeitada, me fazendo cair e quase deslocando meu braço me puxando para cima – Anahi! – ele grita .


- Ai, ai.. Tá machucando. – ele me solta e eu caio no chão, ele sem dó, acerta em cheio meu rosto. Automaticamente levo minhas mãos ao rosto, me protegendo e aninhando no chão.


- Vou te dar 5 minutos para vestir essa roupa e descer. – ele ajeita a roupa - Não me faça voltar aqui. – diz duro e ele sai do quarto


Meu rosto queima e eu não consigo parar de chorar. O que eu poderia fazer? Visto a maldita roupa, lavo meu rosto e sem nem disfarçar meu rosto inchado de chorar, eu desço. Meu pai está na sala com José, ele tomam um whisky e riem alto de qualquer assunto ridículo que eu não me interesso. Meu pai me olha dos pés a cabeça, ainda enfurecido e José, sorri para mim com um olhar desejoso.


- Anahi, esse é José Manuel. – ele se levanta e vem até mim, pegando minha mão e a beijando.


- Muito prazer, Anahi. – apenas forço um sorriso de lado e puxo minha mão de volta.


- Bom. – meu pai se levanta e me encarando – Melhor vocês irem. Se comporta, querida! – ele me toca os ombros, forçando um sorriso irônico e eu não sou capaz de esboçar uma palavra.


José me leva a um restaurante francês, o mais caro da capital, pede o melhor vinho e finalmente se dirige a mim.


- Estou começando a pensar que você é muda. – ele ri – Não precisa ter medo de mim. – diz calmo.


- Não sou muda, só não tenho nada a dizer. – digo dura.


- Comece falando de você. – ele serve vinho.


- Não bebo. – levando a mão tocando a abertura da taça – E não há nada que ser dito sobre mim. – cerro os lábios.


- Você não bebe. – ele apenas serve sua taça – E o que mais? – sua expressão era divertida e descontraída.


- Já disse que não há nada a ser dito. – meus lábios cerrados e minha expressão séria, escancaravam que eu não estava de brincadeira.


- Tudo bem então eu falo de mim. – ele relaxa rindo na cadeira.


- Não estou interessada. – sua expressão na hora fecha.


- Só te chamei aqui para jantar comigo, para conversarmos? – ele tenta relaxar outra vez – Abaixa a guarda.. – diz sorrindo.


- Para que quer me conhecer? – desabafo.


- Achei você bonita, interessante. – reviro os olhos – Podemos ser amigos, que tal? – ele sorri.


E por um momento pensei.. Se meu pai quer fechar esse negócio e por isso está me mandando aqui, se esse cara fechar esse contrato logo, depois eu posso ignorá-lo. Meu pai não se importará mais, o negócio estará fechado e eu não preciso mais olhar na cara dele.


- Tudo bem, sejamos amigos. – tento respirar fundo e relaxar – O que você ia dizendo de você mesmo? – me finjo interessada.


Atuo toda a noite. Deixo que ele se embriague e fale de si até o restaurante começar a esvaziar e eu assinalar que era melhor irmos. Não aguentava mais ouvir falar de hospital, política, estados que eu nunca ouvi falar nesse país, sobre como a vida dele era complicada e cheia e mimimi.. Parecia que era isso que ele queria: só alguém para conversar. Mesmo entediada, agradeci aos céus quando ele me deixou na porta de casa apenas me abraçando e sorrindo. Estava tão apavorada antes de sair e no fim das contas, poderia ter sido tão pior. Não que eu estivesse de acordo, nem feliz com tudo isso, longe disso.. Apenas aliviada de nada de pior ter ocorrido.


Tudo bem, vai.. Minha vida tá longe de ter sido um mar de rosas, mas ultimamente as coisas tem piorado bastante. Desde que a minha mãe morreu até hoje eu nunca me senti tão desamparada, perdida, amedrontada, sozinha como hoje. E no meio disso tudo, de todos esses problemas.. Tem o Rodrigo. Recebo uma mensagem dele logo no dia seguinte. Como sempre ele, aparecendo na hora certa para me salvar desse mundo de caos. Ele se fez ser a razão que eu ainda fico firme, porque luto.. Por que eu sei que isso tudo é uma fase ruim, vai dar tudo certo! Lá na frente seremos eu e ele, apenas nós dois, juntos, felizes, uma família. Final feliz! É assim em todos os contos, é isso que minha mãe lia para mim e me ensinou.. "nunca deixe de acreditar no amor, só o amor pode te salvar.", é isso. É esse amor que me salvou e que vai me salvar.


A semana passa, não tenho sinal do meu pai, nem de problemas. Rodrigo me busca em casa na sexta e vamos ao um restaurante japonês. Durante o trajeto ele me fala de como a semana foi exaustiva para ele no trabalho, que teve que resolver mil problemas novos que não era a sua função até então na empresa, mas que tinha se saído muito bem, que ficava orgulhoso de si próprio quando conseguia resolver tudo sem precisar pedir ajuda ou perguntar. Eu também ficava orgulhosa dele, da sua paixão e dedicação. Eu recostava no banco e gostava de ficar apenas admirando-o, cada detalhe, o sorrio de lado, ele dirigindo, seu corpo, seus olhos.. Ele contava em meio a risadas da reunião de família e de como o pai dele ficou bêbado, eu ria junto e pensava se um dia eu iria conhece-los e fazer parte, finalmente, de uma família ao seu lado. Eu sei que talvez sonho demais, mas não conseguia parar a minha mente de viajar, não conseguia ser de outro jeito. Eu sou intensa em tudo que sinto, sou intensa na minha sede de viver. Ele me interrompe sem querer quando eu começo a falar do Mane e outra vez quando falo da minha mãe, não retomamos o assunto, mas estava tudo bem.


Eu sabia que o príncipe podia vir de qualquer lugar, qualquer momento e não importava quem fosse ou como aparentasse, eu saberia. Ao lado de Rodrigo eu me sentia especial. Ter seu amor, conquista-lo, viver com ele, enchia minha vida de expectativas e sonhos felizes. Eu sempre gostei da ideia de pertencer a alguém, ter um amor de verdade. E agora, eu tenho. Ele finalmente chegou. Chegou quando eu estava tão sozinha, perdida, sem rumo e mudou tudo! O sentimento, automaticamente foi crescendo a cada dia, cada carinho e gesto despercebido, se solidificou dentro de mim. Hoje eu o amo. E eu tenho certeza disso.


No fim da noite, ficamos na porta do restaurante trocando beijos apaixonados enquanto aguardávamos o carro chegar. Ele me beijava, segurando firme minha nuca. Uma de suas mãos, possessivas em minha cintura, passeavam por minhas costas, até apertarem minha bunda. Eu, em susto, me retraio e ele ri.


- Ei, calma. – ele me puxa de volta pela cintura – Você é muito gostosa! – ele beija meu pescoço, voltando a me beijar e eu respiro fundo, tentando me acostumar com aquilo.


Além de ser em um local público e eu achar extremamente desrespeitoso, eu não me sentia a vontade com aquilo nem quando estávamos sozinhos.


Ele para o carro na porta da minha casa, eu tiro o cinto e ele vem para me beijar tão afoito que eu me assusto. Ele segura meu rosto, deslizando suas mãos por meu pescoço, ombros, até apalpar meus seios. Ele abre os olhos e eu o olho, desconfortável.


- Confia em mim, princesa. – ele acaricia meu rosto e me puxa para seu colo em meio a um intenso beijo.


Eu resolvo relaxar, não há nada demais nisso. Lembro do que a Maite me disse, quando a gente gosta de alguém de verdade isso faz parte, não há nada de errado ou malvado nisso. A gente quer se conhecer, quer se tocar, é a ordem natural das coisas, eu não tenho como impedir. Ele me aperta, me acaricia, suspirando, como se tivesse sede de mim e eu acho que gosto disso. É apenas um casal que se gosta, se conhecendo. Ficava martelando isso na minha cabeça feito um mantra, me obrigando a relaxar. Toquei timidamente seu peitoral, apertando seus bíceps e isso parece que o deu mais vontade de continuar. Ele pressionava meu quadril com força contra seu corpo, enquanto distribuía beijos molhados por meu colo, até me beijar a boca.


- Linda.. – murmura contra minha pele, enquanto me beija.


Suas mãos em minhas costas, procuram a borda da minha blusa, levantando-a, achando minha pele. Suas mãos me tocam, me queimam. Os dedos me apertando, me envolvendo e minha blusa rapidamente, subindo. Eu fecho os olhos, deixo ele conduzir, coloco na minha cabeça que se eu me concentrar bem, vou acabar me envolvendo, vou acabar querendo, gostando, sentindo prazer, eu só estou.. apavorada, mas vai passar. Ele me puxa a raiz dos cabelos e me beija, fazendo movimentos frenéticos em sincronia com os quadris, parecia em transe, totalmente mergulhado em sensações que, acredito eu, que o proporcionava. Sua expressão era de êxtase. E eu sabia que não iria conseguir freia-lo dessa vez, não tinha volta.. Meu corpo começou a gelar e eu a me desesperar. Quando suas mãos alcançaram o fecho do meu sutiã e soltando. Eu respiro fundo, mordendo os lábios.. Eu sei que não vou aguentar prosseguir com aquilo. Isso tudo deveria ser.. Bom para mim, ou não? Por que eu simplesmente não consigo relaxar? Suas mãos passam por minhas costas, acariciando, meus ombros e abaixando minha alça, deixando o sutiã cair em seu colo. E quando suas mãos finalmente tocam meus seios, eu não consigo mais..


- Rodrigo.. – ele não me olha, apenas murmura beijando meu colo – Por favor.. – sinto vontade de chorar, aquilo era dolorido demais para mim.


- O que foi? – ele me olha, seu olhar transbordava luxúria e um prazer desmedido, seu rosto era totalmente outro, embriagado.


- Eu não.. eu não consigo ainda.. – digo de olhos fechados, quase chorando..


- Já chegamos até aqui, amor. – ele me segura pela nuca e me beija – Confia em mim, relaxa.. – diz manhoso, voltando a me beijar.


- Estamos no seu carro, na porta da minha casa.. Não dá. – tento usar isso como argumento, mas ele apenas sorri.


- Dá sim.. – ele morde meu queixo – Você se preocupa demais, vem cá.. – ele me envolve pela cintura.


Ele me levou para o banco de trás e ficou sobre mim, ele tirava suas roupas enquanto me beijava o corpo. Suas mãos procuravam por mais e eu queria apenas ser abraçada por ele, mas não conseguia dizer nenhuma palavra, ter nenhuma ação, estava paralisada, imóvel. Eu sei que meu corpo dá sinais para que ele siga, sei que é o que ele quer, mas aqui dentro.. Tudo está confuso, eu estou tão longe. Os sentidos ganham seu mais e as peças de roupas vão sendo desfeitas, se perdendo nesse carro. 


Sua mão que me aperta, me puxa, é a mesma que tenta me conduzir, me envolver.. Aquele olhar que me deseja absurdamente é o mesmo que me apavora, a boca que me chupa, beija, lambe, morde é a mesma que diz aquilo que eu mais temo, o que não quero ouvir e que ecoa na minha cabeça "eu não vou te esperar para sempre, anahi", seu corpo que pesa sobre o meu, suado, moldado, pecado é o mesmo que eu queria que me acolhesse, abraçasse, me protegesse. Eu estou nua nesse banco de trás, tento proteger meu corpo , mais seus toques, seus suspiros, seus beijos me impedem. Queria arremessar a vergonha da nudez do mesmo jeito como foi fácil para ele jogar para longe nossas peças de roupa e também qualquer razão contrária que fizesse ele pensar em mim em 5 minutos e desistir disso. Uma vez eu li que o prazer tem dessas coisas, tomar decisões cegas em nome unicamente do êxtase momentâneo, e para o meu azar, eles gostam disso. Para Rodrigo nesse momento só é importante se descobrir mais homem que já é e me descobrir como mulher, descobrir meu corpo.. Eu não me sinto mulher, mesmo o tendo aqui, tocando meu sexo e chupando meus seios. Me sinto frígida, gelada. Queria estar entregue a esse momento, me descobrir nele, o que queremos, o que se busca.. Perdida em meus pensamentos, não percebo quando ele me invade, no começo devagar porque não tem como ser de outro jeito, eu era virgem.. Eu grito. Sinto uma dor alucinante, como se rasgassem todo o meu corpo, sinto-me chorando, agarrando forte o banco do carro e murmurando "por favor, não...". Ele me invade com força, a dor chega a seu ápice.. E eu sobrevivo, chorando, a dor vai se abrandando, o desconforto fica. Ele se movimenta e eu, de olhos fechados, sinto dor. Física, emocional. Sentimento confusos, passado e presentes embaralhados, histórias que não fazem parte de mim mas que estão comigo me atravessam a mente.. Esquece isso, Anahi. Esse momento é meu e dele apenas. Tento me convencer. Se permite tentar gostar! Quase imploro em meus pensamentos.. Sexo não é algo horrível assim, deveria ser bom, tem que ser bom.. Sinto os movimentos se intensificarem, os apertos e beijos, seu olhar em mim, seus lábios, não me sinto mulher. Até que ele explode, sinto seu corpo pesado, desabar sobre o meu, sua respiração ofegante, seu corpo suado.. Logo ele me segura o corpo e me beija a boca, enquanto sua respiração vai se regularizando. Ele sorri. Eu forço um sorriso.


- Você foi incrível. – acaricio seu rosto, tentando ser o mais carinhosa que conseguia.


Incrível? O que eu fiz? Me apavorei durante todo o ato e deixei que ele aproveitasse do momento e desfrutasse do prazer que tinha em meu corpo. Eu me sentia mal, enjoada. Ele sorri para mim e se senta no banco e eu rapidamente procuro minhas peças de roupas, perdidas pelo carro para me vestir e entrar o mais rápido que eu conseguia. Rodrigo se esforçava para puxar assunto comigo e eu mal conseguia ouvi-lo.. Não estava com raiva, nem magoada, mesmo a noite tendo sido péssima. Eu deixei, eu o amo, o que poderia fazer? Apenas não quero vê-lo nesse momento. Talvez por vergonha, talvez por medo.. Só quero ficar quietinha um pouco e pensar.


- Tá tudo bem? – consigo ouvir ele dizer, me abraçando de lado. Eu viro o rosto para ele, terminando de colocar minha calça e forço um sorriso.


- Tá tudo bem. – ele abre um sorrisão e acaricia meu rosto, passando o polegar pelos meus lábios.


- Não disse que ia ser bom? – eu confirmo, muda, com um gesto de cabeça e visto minha blusa.


- Acho melhor eu entrar... – levanto a cabeça, finalmente o encarando – Já é madrugada, tenho aula daqui a pouco. – ele sorri.


- Sim, sim, claro. – ele se aproxima de mim, segurando meu rosto – Vem cá antes de ir, me dá um beijo.


E ele me beija. Um beijo frio depois da noite quente. Com um olhar discreto e tímido, como de quem guarda mil segredos, eu olhei para ele antes fechar a porta do carro e entrar correndo em casa. Antes que eu entrasse em casa, ele deu partida com o carro. E eu respirei fundo antes de entrar, engolindo as lágrimas mais um pouco e me esforçando para esquecer que aquela noite existiu.


Só quem sabe é aquela lua que reinava solitária no céu e ninguém mais.


Corri para o meu quarto para finalmente desabar. As palavras da Maite ecoavam na minha cabeça.. "não faça nada que você vai se arrepender depois", e se ela tiver razão no fim das contas? Agora era tarde demais para eu me arrepender, já estava feito. Tomo banho, tentando me lavar daquela noite, esfrego meu corpo com força, chorando. Vejo sangue, meu corpo dói, sinto um dor aguda sempre que me sento, um desconforto horrível. Minha mãe saberia o que fazer, saberia o que me dizer.. Nem que fosse para brigar comigo, eu queria ouvir qualquer coisa dela agora. Me jogo na cama, abraçando o travesseiro, e deixando que as lágrimas silenciosas de uma mente confusa e pensativa escorressem pelo meu rosto. Mas porque temos sempre que esconder o que a gente sente? Aquela só era mais uma madrugada de inverno em que as coisas estavam difíceis, mas a primavera estava chegando e eu esperava que chegasse junto, dias melhores.


~
Nada fácil de ser ler 💔😭
Força agora, galera! Aconteceu..
E outra vez.. José Manuel não é o Velasco.


Sobre os últimos acontecimentos só queria mesmo dizer que não importa o quanto os dias sejam difíceis e o quanto tudo sempre jogue ao contrário do amor, no fim só o amor sobrevive. Se tudo ainda não está bem, é porque ainda não chegou ao final.


AyA é end game, galera! Nas webs e na vida real! E eu sempre vou acreditar ❤️



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Autor(a): jadepegas

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • Juliana Santos Postado em 13/12/2020 - 03:21:50

    Sofro esperando a continuação

  • danisouza Postado em 27/07/2016 - 11:24:14

    Leitora nova e já acho essa fanfic perfeita. Estou ansiossima por esse encontro de Annie e Poncho. Não estou gostando nadinha dessa nova Annie, espero que Poncho mude ela rapidoo. Continuaaa

  • clara_herrera Postado em 31/05/2016 - 17:01:20

    Continuando Maite sempre a apoiando :uma amizade linda -apesar de ter que lidar com os obstáculos da amiga . Uma amizade perfeita ;uma sempre apoiando outra . Uma amizade que só com o olhar já se saber o que sente . Tantas coisas aconteceram ... É até inexplicável vier falar desse começo ,pois aconteceu tantas coisas . O Mane foi uma pessoa em que teve horas em que eu queria que ele ficasse , pois quem sabe(?), ele poderia derrete esse gelo na Anahí .Queria que a Mai e o Mane ficasse juntos ... mas tem coisas que é pro nosso próprio bem . Mais tem coisas em nós não podemos mudar . Espero que ela encontre um pouco da doçura que foi deixada para traz e volte ser um terço do que era .... TALVEZ o Poncho possa a traze de volta ... Deixei um comentário lá no seu vídeo que está no youtube . Beijões,-e continue ,linda ....(Por isso que dizem &quot;Quando você lê um livro tem que está prepara para o que se pode acontecer &quot;o que é verdade . ) <3

  • clara_herrera Postado em 31/05/2016 - 16:44:00

    OMG ,que começo !Nossa ! Foi tantas coisas que aconteceu ... A minha vontade era de dar uns socos no Enrique pelo simples fato dele ter um pedaço de culpa de ser o que a Anahí é hoje : Fria . Uma atitude completamente não pensada ,calculista por algum que no fim nem teve valor o: cara acabou morrendo . O Rodrigo ... sem palavras , uma pessoa que só a usou ,a usou como um pedaço de carne . (chorei quando ela o viu com outra ) . Uma pessoa sem escrúpulo ,um ser considerado parente de um Monstro ! Odeio pois a uma grande parcela acaba sendo dele ,pois ele a fez perde o bebe o que era o seu grande sonho .Ela sempre foi muito ingênua sonhando em conhecer seu príncipe ,o que não é errado (pois eu mesmo acredito! ) . Mais ele foi o seu escape diante as situações em sua casa ,com seu pai a forma como ele a tratava . Ela queria pouca coisa :apenas carinho ,atenção ,um abraço quando chegasse em casa . Coisa simples ,que nós mesmo temos ... Maite sempre a apoiando :uma amizade linda -apesar...

  • clara_herrera Postado em 18/05/2016 - 17:07:00

    Como assim você tem essa Web ??? Leitora nova e que ,tenho certeza ,amará essa sua nova Web !!!!

  • mari_ponny Postado em 04/05/2016 - 23:02:04

    Maiteee melhooor pessoa !!!!! <3 Finalmenteee conseguiu tirar Anahí de casa!!! Ponchitooo vai chegaar!!!! <3 <3 CONTINUUUUA <3 <3 <3 <3

  • mari_ponny Postado em 28/04/2016 - 23:42:39

    Último comentário foi meu!! O nome nao apareceeu :/ :( por: mari_ponny

  • Postado em 28/04/2016 - 23:40:45

    Dioooosito!!! Como estou viva ainda??? Que capitulo cheioo de tirooos!!! Nem acredito q a Anny perdeu o baby :( Adiós Anny ingênua... Aiin to ansioosa pra conhecer a nova Anny.... :/ como o Rodrigo ainda teve a cara de pau de aparecer no hospital?? Aah faça-me o favor nee!! Manee deu tudo o que ele merecia!! Ninguém mandou machucar a Anny! Beem feito! :@ CONTINUUUUUUUA <3 <3 <3 <3 estouu cada diia mais apaixonada <3

  • franmarmentini♥ Postado em 27/04/2016 - 15:21:44

    CHEGUEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

  • mari_ponny Postado em 24/04/2016 - 23:17:15

    Anahí grávida... Mds ! Era oq faltava!! Mane com todos esses problemas.... Oq será q ele vai decidir? :/ affz.... O pai dele só sabe atrapalhar a vida deles.... CONTINUUUUUUUA <3 <3 <3 <3 <3 <3


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