Fanfic: Um amor irresistível {Terminada} | Tema: Christopher e Dulce María - Vondy

                           P.O.V Dulce

Chegamos na igreja, papai deu a volta para abrir a porta pra mim, assim que o fez agarrou meu braço e ao som da marcha nupcial fomos entrando. Tudo estava realmente lindo, tinham algumas pessoas a mais que não faço ideia de quem sejam, se eu estivesse feliz diria que esse é o casamento dos sonhos.

Bia entrou como daminha de honra e quase morri com tanta fofura. A cada passo chegávamos mais perto daquele ímbecil e a única coisa que eu queria era fugir dali. Mas isso não foi possível, papai me entregou a ele que fez questão de beijar-me a testa.

Tive vontade de revirar os olhos, mas não me atrevi a isso, estando dentro da casa de Deus, apenas suspirei.

O padre deu ínicio a cerimônia, falou tantas coisas bonitas que fui sentindo meus olhos umedecerem, estou a ponto de me casar com um estranho e tenho vontade de correr, mas uma coisa me impede, sinto as pernas travadas e minha força não é suficiente para que eu me mova.

Enfim chegou o momento que me fez tremer, ele já tinha aceito e só faltava a minha resposta.

- Então eu lhe pergunto. Dulce María Saviñon, aceita Christopher Von Uckermann como seu legítimo esposo. Para amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que a morte vos separe?

Eu paralisei e engoli em seco. Aceitar ou não? Eu não queria de jeito algum, mas estava sendo obrigada, papai não me deixará sair daqui sem um sim e a confirmação de que estou casada. Mordi o lábio e olhei minhas mãos, pudia sentir o olhar de Christopher me queimando, então o padre pigarriou para em seguida repetir.

- Vou repetir a pergunta - levantei a cabeça para olhá-lo, mas não sem antes observar minhas irmãs, as duas com expressões que eu não soube decifrar. - Dulce María Saviñon, aceita Christopher Von Uckermann como seu legítimo esposo. Para amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que a morte vos separe?

Fiquei mais uma vez em silêncio, até sentir os lábios de Christopher roçarem em minha orelha. Droga! Eu me arrpiei com isso!!.

- Diga sim de uma vez Dulce. Você de maneira alguma sairá daqui sem o sobrenome Von Uckermann. - engoli em seco antes de responder.

- Sim. - escutei um som de alívio vindo de meu pai e um sorriso satisfeito nos lábios daquele idiota.

Logo foi a troca de alianças, repetimos as palavras do padre, um de frente para o outro. Meus olhos seguiram o movimento da mão dele, enquanto deslisava aquela magnífica jóia prata, no meu dedo anelar esquerdo, juntando-se ao anel de noivado.

Senti ali o peso de uma grande responsabilidade, a partir de agora nada mais será só por mim. Terei que usar sempre um "nós" em minhas frases. Em seguida fiz o mesmo com a outra aliança, e então o padre disse algo que por um instante me encheu de esperança.

- Se tem alguém que seja contra essa união, que fale agora ou calasse para sempre. - fiquei esperando que Rodrigo aparecesse ali, o que não aconteceu. - sendo assim, eu vos declaro marido e mulher. O que Deus uniu o homem não separa. Em nome do pai. Do filho e do espírito santo amém. O noivo pode beijar a noiva.

Viramos um de frente para o outro novamente, eu não me aproximei, ele foi quem teve a iniciativa. Foi só um selinho que não correspondi. Christopher agarrou minha mão e fomos saindo da igreja. Petálas de rosas cairam sobre nós, assim que chegamos do lado de fora.

Annie, Blanca, Bia (minha boneca), Daniel e Alfonso vieram nos abraçar, felicitando-nos, até Maite e Christian também nos cumprimentaram. Papai e mais algumas pessoas desejaram-nos felicidade.

Enfim seguimos para a bendita festa. Que eu achei desnecessário, sério. Para que esse teatro todo? Isso é um casamento sem amor gente!

Depois de cortamos o bolo, e de fazer a típica foto com o shampanhe, me neguei a dançar com ele, dei uma desculpa qualquer e fui dançar com papai. Só queria sair dali e descansar, esquecer por alguns segundos que agora sou Dulce María Saviñon Von Uckermann, mas isso está bem longe de acabar e Christopher faz questão de me lembrar.

- Agora é minha vez de dançar com minha esposa. - disse ao se aproximar de nós e óbvio que papai me passou para ele. Christopher apertou meu corpo contra o seu, com mãos firmes em minha cintura.

- Você podia desamarrar essa carinha emburrada, senhora Uckermann.

- Por que eu faria isso?

- Porque agora é minha, minha e de mais ninguém.

- Mas tem o... - me interrompeu com um breve aceno de cabeça.

- Não quero mais o nome daquele ímbecil na sua boca, senão serei obrigado a repreendê-la. E lhe adianto que não gostará nada, nada. - percebi ele morder a mandíbola.

- Já deixei claro que não tenho medo, senhor Uckermann.

Ele separou o corpo do meu, me fazendo dar uma voltinha para em seguida puxar-me outra vez, inclinando meu corpo para trás e ficando com o rosto a milímitros de meus seios.

- Ah senhora Uckermann... tenho diversas maneiras de repreendê-la. Não me faça usar uma. - arqueou uma sobrancelha e revirei os olhos. - você é mal criada, mas vou educá-la. - puxou meu corpo de volta.

- Se encostar um dedo em mim sou capaz de...

- De o que? Gritar? Ora senhora Uckermann isso não será possível. Coleciono uma grande coleção de mordaças - arregalei os olhos. Céus! Casei com um maluco! - e será um prazer calar essa sua boquinha linda. - fiz força para sair, mas ele não deixou.

- Me solte! - rosnei.

- Quando acabar a música quem sabe. Não pretendo largá-la.

- Senhor Uckermann não me faça obrigá-lo. - vi um sorriso de canto se formar em seus lábios.

- Ora não diga tolises. - apenas o encarei feio e dei um pisão com vontade no pé direito, Christopher gemeu baixinho se afastando.

- Com licença senhor Uckermann. - ergui o vestido de cada lado para não me atrapalhar a andar.

- Isso não vai ficar assim. - disse enquanto me via sair, apenas dei de ombros.

E antes de chegar a mesa onde estavam meus familiares, um serzinho pequeno correu a meu encontro, me abaixei e ergui Bia para pegá-la no colo. Minha princesa sorria e tinha a boca sujinha de bolo, uma coisinha fofa. Dei um beijo demorado na sua bochecha e ela fez o mesmo comigo.

- A pequena seleia casô com o pincipe.

- Quem é a pequena sereia amor? - eu já sabia sua reposta, só acho lindo o jeitinho que ela fala.

- Titia Dúll... né mamãe? - olhou para Blanca que afirmou.

- Ah é? E o que essa menininha mais inteligente do mundo é da pequena sereia.

- a pincesinha... - encolheu os ombros, quis morder ela naquele momento, mas só beijei. - papai que disse.

- Você é a princesa dessa família filha. - Daniel sorriu ao afirmar.

- Tá tudo bem Annie? - notei ela fazendo uma carinha estranha. Parecia desconfortável.

- Tô muito enjoada hoje. Ain só de olhar esse bolo. - negou empurrando o prato. Alfonso segurou uma de suas mãos e beijou.

- Calma amor, vai passar. - ela afirmou fechando os olhos.

- Annie não é melhor irmos para casa, talvez descansar um pouco faça melhorar. - ela negou rapidamente me olhando.

- De jeito nenhum, não quero estragar seu casamento.

- Eu não me importo. - sentei ajeitando Bia no meu colo.

- Não Dul, já vai passar, isso acontece as vezes. Daqui a pouco quem sabe não é você passando pelo mesmo. - riu.

- Com esse senhor Uckermann? Nunca! Esse casamento será só no papel e nada mais. Não quero nenhum tipo de relação com o homem que diz ser meu esposo.

- Falando de mim querida. - suspirei, chegou perto e sentou-se também, a mesa é bem grande.

- Titio Topher... - minha bebê esticou os bracinhos e foi para o colo dele. Fiquei indignada com isso. Desde quando Bia aprendeu a gostar desse homem?!

Logo depois um dos homens que nunca vi na vida, mas que parece conhecer Christopher me chamou para dançar, vi de longe que ele não gostou nada, principalmente quando o tal homem denomidado Miguel, segurou minha cintura com mais vontade tentando nos aproximar, mas não deixei, preferi manter uma certa distância, afinal de contas agora sou uma mulher casada.

Ele a todo momento encarava Christopher parecia provocá-lo enquanto dançava comigo. Até o instante que o senhor Uckermann simplesmente afastou o homem com raiva e me puxou com força contra si.

- O que estava pretendendo senhora Uckermann? Me deixar com raiva? Pois saiba que conseguiu.

- Estou pouco me importando.

- Ah Dulce isso não vai ficar assim, vou mostrá-la minha irritação quando estiver lhe fazendo minha.

- Eu. Não. Vou. Ser. Sua. - falei pausadamente.

- Veremos.

Ele grudou a boca na minha e me beijou de um jeito que nunca senti na vida. Um beijo com vários sentimentos juntos, mas principalmente a raiva. Deu um leve puxão em meu cabelo, eu tentei empurrá-lo e não corresponder ao beijo, mas foi impossível quando sua língua invadiu minha boca, relaxei e aproveitei o momento.

Quando finalizamos com um selinho longo, eu estava ofegante, mas ao mesmo tempo irritada.

- Idiota! - sai rápido de perto dele que tinha um risinho sínico nos lábios. Ain que ódio de mim!