Fanfic: Um amor irresistível {Terminada} | Tema: Christopher e Dulce María - Vondy

- Eu falei que estava tudo bem sua exagerada!

Disse Annie após descer da maca onde estava sendo atendida pela doutora Amber.

- Sim, está tudo bem, mas foi bom vir ao médico Anahí. Muitas mulheres tem a gravidez interrompida por sustos que parecem bestas. - alertou a doutora.

- Esta vendo só. - falei, Annie fez bico cruzando os braços.

- Vou receitar as mesmas vitaminas. De acordo com a receita que trouxe as que está tomando são excelentes.

Ela assentiu, a doutora passou mais algumas precauções até estarmos liberadas para irmos embora.

- Não acha que devíamos avisar ao Poncho?

- Não. - disse seria depois de entrar no carro. Fiz o mesmo, minutos depois escuto meu celular tocar.

- É do México. - olhei-a e mordi o lábio, Annie suspirou já entendendo.

- Não Dul, inventa qualquer coisa, mas não diz que estou contigo. - eu afirmei atendendo em seguida.

- Alô, oi Poncho.

- Dulce me diz que a Anahí está aí com você? - engoli em seco.

- Ãnh... não, ela devia estar contigo né.

- Houve um mal entendido, ela viu tudo e... merda! Foi embora! Minha mulher foi embora e grávida!

Sua voz de desespero fez com que eu me sentisse ainda mais culpada. Odeio mentir, principalmente se a pessoa estiver na situação que ele se encontra.

Olhei para Annie como quem pede permissão, ela moveu a cabeça em sentindo negativo mordendo o lábio. Tentando segurar o choro.

- Poncho eu mais que ninguém queria muito te ajudar, Annie é minha irmã e me preocupo com ela, ainda mais no estado que se encontra. Por favor se souber de alguma coisa me avisa, ficarei aflita aqui.

Ele soltou um longo suspiro, cada palavra que eu dizia a culpa fazia pesar mais a minha consciência.

- Tá eu aviso sim, mas ela saiu daqui com alguns documentos e o passaporte. Tenho medo de nunca mais encontrá-la.

- Não diga isso, Annie vai aparecer.

- Bom Dul obrigada por me ouvir, vou entrar em contato com alguns detetives agora.

- Ok.

- Bom dia pra você.

- Brigada e... tenta não ficar tão nervoso, eu sei que ela vai voltar pra você.

- Deus te ouça. Até mais.

- Tchal Poncho. - assim que desliguei olhei Annie que secava uma lágrima. - ele tá desesperado.

- Agora, porque quando estava prestes a beijar aquela oferecida não se preocupou comigo.

- Ele vai contratar detetives pra te encontrar Annie. Fala logo com o seu marido. Vai deixar o caminho livre para a Perlla mesmo, olha que ela tá divorciada hein.

Dei essa alfinetada pra ver se ela acorda e faz as pases com o Poncho. Sei o quanto está sofrendo por causa dessa distância.

- Só quero chegar no meu quarto, tomar banho e deitar. - fechou os olhos, mas logo os abriu e me encarou. - Dul será que aquela maluca foi presa?

- Não sei Annie, mas pelo menos agora conheço quem é Roberta, e tenho certeza que ela e Christopher tiveram alguma coisa, está na cara. Até o chamou de amor.

- Dul se o segurança não tivesse chegado ela teria matado você. - encostei a cabeça no banco e soltei um longo suspiro.

- Ela é obsecada, doente, sei lá.

Ficamos em silêncio até chegarmos em casa, Annie foi para o quarto dela, fui para o meu também, peguei o diário e comecei a escrever...

                                 ♡...♡

                      P. O. V Christopher

Tudo o que houve entre mim e a Dulce, começou a dispertar alguma coisa dentro do meu peito. Talvez seja aquilo que um dia jurei não sentir mais por mulher alguma.

Ela se entregou para mim e confessou me amar, nunca três palavrinhas fizeram tantas voltas no meu estômago como foi quando Dulce disse: Eu Te Amo.

Fiz amor com ela com intensidade, carinho, descobrindo cada sensibilidade sua e onde sente mais prazer. Minha pequena é tão frágil e tão mulher ao mesmo tempo.

Tudo estava em ordem até ela querer saber de Roberta. O assunto relacionado a Belinda pra mim tanto faz, com ela não foi nada sério. Mas Roberta, aquela mentirosa manipuladora me enganou, me fez de idiota e foi embora com outro.

Acabei sendo estúpido e o que começou de um jeito bom, acabou terminando com cada um para um lado. Dia seguinte Dulce saiu sem me dizer onde ía. Liguei para Aleff e pedi que ficasse na cola dela, me informando de tudo.

Quando ele me disse que Roberta estava no shopping e com a Dulce, pedi que mantesse ela e a irmã em segurança, enquanto eu estava a caminho... Cheguei no exato momento que Aleff arrancou das mãos dela um canivete.

Roberta ameaçou contar quem é, então resolvi me manisfestar. Pedi a Aleff que levasse para casa Dulce e Anahí. Porque eu teria que resolver um problema.

E aqui estou eu. Em um quarto de hotel sentado numa cadeira de frente para ela.

- Vai ficar me olhando ou prefere relembrar os velhos tempos. - disse tentando me seduzir.

- Não perca seu tempo. Você só me disperta nojo. Fala de uma vez por que voltou?!

- Senti saudade. - mordeu o lábio.

- Quanto você quer? - puxei o talão de cheque e peguei uma caneta no bolso da camisa.

- Ainda não entendeu? Não voltei por dinheiro Christopher. Voltei por você, por nós, porque descobri que te amo. - ri irônico. Tenho que rir né? Isso só pode ser piada.

- E só se deu conta disso depois de todo esse tempo?!

- Eu errei, mas quero me redimir. Por que não nos dar uma chance? - guardei a caneta e o talão, levantei colocando as mãos nos bolsos da calça social preta.

- Só vou te dar um aviso, não volte a se aproximar e muito menos ameaçar minha esposa. A partir de agora saberei de todos os seus passos Roberta, melhor me ter como amigo porque como inimigo não será nada bom.

- Posso saber o que aquela garota tem que eu não tenho?! - disse irritada se levantando também.

- São muitas as qualidades, mas prefiro citar somente uma: carácter. Isso você nunca teve e nunca terá - virei para sair quando me lembro de algo. - ah está de passagem marcada para a Austrália. Sem volta.

- Não vai se livrar de mim tão fácil, posso até ir embora, mas antes destruo seu casamento!

- Nada do que fizer vai me separar da Dulce.

- Você não vai ser feliz com ela, a única mulher da sua vida sou eu! - disse em um tom desesperado.

- Pára que já está ficando ridículo. A relação que tivemos no passado nunca existiu amor, era tesão, desejo, necessidade de um no outro, mas nada mais que isso. Você é seca, impossibilitada de amar! - ela me olhou com raiva e logo secou o rosto.

- Tem uma coisa sobre mim que você não sabe Christopher, talvez nem devesse saber!

- Nada que venha de você me interessa! Aproveite a estadia, não será por muito tempo. - fui embora e antes de entrar no elevador escutei ela gritar.

                                 ♡...♡

                           P. O. V Dulce

O dia passou rápido, o jantar foi silencioso, só estavam eu e Annie. Essa que desde a ligação do marido ficou tristinha, tanto que nem comeu direito. Percebendo isso resolvi puxar assunto.

- Annie precisa se alimentar, não comeu quase nada.

- Tá me dando enjôo só de olhar essa comida. - empurrou o prato fazendo careta.

- Quer alguma outra coisa. Você não pode ficar sem se alimentar.

- Não Dul, não tenho vontade de comer nada.

Depois de "jantarmos", entre aspas porque somente eu comi, Annie foi para o quarto enquanto fiquei por ali, olhando o jardim através das janelas... a luz da lua o deixa ainda mais bonito durante a noite.

- Deseja mais alguma coisa menina?

- Não Carmen. Obrigada, pode ir descansar, acho que meu marido não chegará tão cedo.

Soltei um suspiro frustrado. Mal nos reconciliamos e ele já está com a tal Roberta!

- Não pense besteira, o menino Christopher as vezes pode parecer frio, mas sei que está nutrindo um sentimento lindo por você. Ele não sabe disfarçar. - piscou e saiu.

Resolvi ir para o quarto, já que não tinha nada para fazer... curiosa como sou fui olhar as coisas dele. Na sua parte no closet tem uma caixa preta, não tão grande, achei estranho, mas decidi que iria descobrir o que tinha ali.

Assim que abri vi várias mordaças e máscaras, não de carnaval, mas daquelas que parecem de dormir sabe? Uma algema, uns frasquinhos que parecem oléos ou hidratantes, sei lá, preservativos e fiquei imaginando se ele usou isso com a tal Roberta.

- Não. Esse kit é especial, só será usado com uma única pessoa.

No susto acabei derrubando a caixa e me atrapalhando em meus próprios pés. Christopher percebendo meu desequilíbrio me segurou, e acabei ficando cara a cara com ele.

- Você e essa mania de mexer nas minhas coisas.

Sussurrou antes de me beijar... deixei me levar e quando me dei conta estava enganchada na cintura dele, dedos enfiados em seus cabelos e gemendo arrastada por sua boca está deslisando na extensão de meu pescoço.

- Dulce eu te quero outra vez... - gemeu rouco mordendo meu lábio inferior. Suspirei tentando ser forte e desci de seu colo.

- Não sem antes me dizer o que essa Roberta Pardo foi na sua vida?

- Por que não pode esquecer o passado e pensar no futuro, no nosso futuro.

- Christopher ela quis me matar hoje! Preciso saber o por que! Roberta já foi casada com você? - ele moveu a cabeça em sentido negativo.

- Dul vamos esquecê-la, ela nunca mais vai se aproximar de você. Já cuidei disso.

- Christopher não faz eu me arrepender de ter me entregado a você, de ter dito que te amo, porque não quero mesmo me sentir arrependida. - ele mordeu a mandíbula me lançando um olhar duro.

- Preciso beber. - saiu, me joguei na cama e revirei os olhos.