Fanfic: Um amor irresistível {Terminada} | Tema: Christopher e Dulce María - Vondy

                           P.O.V Dulce

Tomei café da manhã com a Annie, hoje ela parece bem mais disposta. Até sorrimos de alguma besteira que deixei escapar, já que o clima tá bom chamei ela pra irmos a praia, desde quando cheguei aqui no Rio ainda não fui. Tô louquinha pra conhecer.

Fui para o quarto colocar o biquíni, escolhi um preto que fica perfeito no meu corpo. Coloquei um cropped por cima branco, e vesti uma calça soltinha, preta com bolsos na parte da frente.

Calcei minha havaianas, peguei a bolsa e os óculos de sol.

Dei duas batidinhas no quarto de Annie, e assim que ela abriu vi o lindo sorriso enfeitar seu rosto. Anahí ficou parecendo uma menininha dentro daquele vestido longo, florido e bem soltinho, próprio para ir a praia.

- Pronta?

- Pronta! - ela fechou a porta com a bolsa nas mãos.

- O dia está tão lindo que a praia com certeza tá lotada.

- Hum... ai Dul. Será que depois podemos tomar aquilo que parece sorvete de uva? - disse esquanto íamos em direção a escada.

- O quê? - franzi o cenho, mas logo lembrei do que ela estava falando. - tá falando do açaí?

- Isso! É ele mesmo - sorriu animada. - eu sempre tomava quando morávamos aqui Al... - ela parou e mordeu o lábio.

- Alfonso. Qual problema de falar o nome dele. É seu marido Annie. - ela suspirou.

- Se vamos começar acho melhor nem irmos a praia. - parou de andar e cruzou os braços.

- Hey! Não inventa! Você disse que iria e nós vamos sim oras, deixe de besteira. - segurei sua mão puxando-a, quando voltamos a andar acabamos dando de cara com uma mulher.

Ela me encarou com uma cara que achei que fosse me comer com os olhos. Fiz uma expressão confusa, porque não me lembro de conhecê-la.

- Quem é você?

- Natália, uma das mulheres que seu marido se divertia, antes de você aparecer e estragar tudo. - disse com as mãos na cintura.

- Era só o que faltava. Quantas mulheres mais vão vir querer reclamar porque minha irmã casou com o Christopher?! - disse Annie irritada.

- Fica na sua loira de farmácia, que a conversa não é com você! - suspirei muito, mais muito irritada mesmo.

- Com que direito entra na minha casa e acha que pode falar assim com a Annie?! - ela sorriu debochada.

- Por que não escuta o que Roberta disse e some da vida dele!!

- Você não devia ficar se metendo nos casamentos dos outros. Por que não procura quem te queira?!!

- Christopher gosta de mulheres não pirralhas entendeu? Até quando acha que ele vai te aguentar?

- Quer saber! Não vou ficar perdendo tempo contigo não! - passei por ela com Annie logo atrás.

A tal Natália vinha pisando fundo nos seguindo. Já tô ficando de saco cheio de tudo isso!! Daqui a pouco vem mais quatro reclamar porque casei com o amorzinho delas.

Revirei os olhos com tal pensamento.

Acabei parando quando a mulher agarrou meu braço, próximo a escada, Annie estava um pouco mais a frente que eu.

- Me larga!!! - puxei meu braço, mas ela voltou a puxá-lo outra vez.

- Não ouviu o que ela disse não?! Larga minha irmã.

Annie foi pra cima dela, na confusão Natália me soltou e ficou trocando tapas com Annie. Eu tentei separá-la, mas fui empurrada e acabei caindo no chão.

Natália deixou Anahí de costas para os degraus, eu arregalei os olhos, no meio da briga aquela vadia empurrou minha irmã, Annie soltou um grito agudo antes de rolar escada a baixo.

- Nãããooo!!! - gritei e fui correndo até ela que já se encontrava desacordada.

- Meu Deus! Eu... eu não fiz isso. - Natália disse com uma falsa preocupação. Porque isso pra mim é fingimento.

- Sua desgraçada!!!! Eu vou te colocar na cadeia por isso!! Ela tá grávida!! - vi seus olhos ficarem ainda mais arregalados.

- Merda! - praguejou. - eu não sabia disso. Me desculpa? - desceu os degraus nervosa.

- Peça desculpas ao delegado quando chegar na delegacia!! - apoiei os joelhos no chão e coloquei a cabeça de Annie em cima das minhas pernas.

- Não!! Não posso ser presa! - percebi que ela queria fugir e gritei por Aleff.

- As ordens senhora Uckermann. O quê houve? - veio até mim, eu já chorava desesperada.

- Aleff por favor liga pra uma ambulância! E não deixa essa mulher sair daqui, ela foi culpada pela queda da Annie - solucei. - meu Deus! Tô preocupada com o bebê!

- Claro senhora - ele puxou o rádio, falou alguma coisa e logo depois outros dois seguranças estavam ali. Segurando Natália pra que não fugisse.

Uns quinze minutos depois a ambulância chegou, fui com Annie, não ia sair de perto dela nem um minuto sequer. Minha irmã ainda permanecia de olhos fechados, eu rezava baixinho, pedindo a Virgem de Guardalupe que a proteja, e que tanto ela quanto o bebê fiquem bem.

Mas minha preocupação só aumentou quando os enfermeiros notaram que Annie começou a sangrar... Não tive outra reação a não ser pegar o celular ainda com as mãos trêmulas e ligar para o Poncho.

Demorou um pouco, mas no quinto toque ele finalmente me atendeu.

- Dul? Alguma novidade dela? - funguei ao escutar sua voz carregada de desespero.

- Poncho me desculpa? Não falei antes porque Annie não queria que você soubesse, mas ela está comigo sim.

- Ah graças a Deus - suspirou aliviado. - ela está aí? Quero tanto ouvir sua voz.

- Poncho aconteceu uma coisa, e estamos indo para o hospital.

- O quê aconteceu?

- Annie sofreu um acidente e está sangrando - preferi não esconder, ele é o pai e precisa ficar sabendo de tudo. Percebi que a linha ficou muda de repente. - Poncho?? Ponchooo? Alfonsoooo?!

- Como essa p. orra foi acontecer?? Não! Ela... Annie não pode perder nosso filho!!!

- Ela não vai perder, ela não pode. Olha você precisa vir o mais rápido possível, sei que estão brigados, mas nessas horas o mais importante é a saúde.

- Claro, claro que vou imediatamente para o Brasil Dul. Preciso tá perto da minha mulher e meu filho!

- Avisa ao papai, Blanca, Daniel todo mundo, diz o que tá acontecendo.

- Eu digo. Vou tentar chegar o quanto antes, cuide dela pra mim por favor.

- Nem precisa pedir, são o meu sobrinho e minha irmã. Não demora por favor, vou te mantendo informado.

- Brigada Dul.

- É o mínimo que eu podia fazer. - Poncho soltou um suspiro antes de finalizar a ligação.

Eu balancei a cabeça em sentido negativo sem acreditar no que está acontecendo. Como em fração de segundos tudo muda? Queria tanto Blanca ou mamãe aqui comigo. Sinto tanta falta delas.

Logo em seguida meu celular começou a tocar, olhei no visor e vi que se tratava de Christopher.

- Alô!

- Pequena, Aleff me disse que você está indo para o hospital. O quê houve? Não me diz que... - o interrompi.

- Não foi nada comigo Ucker - funguei e as lágrimas voltaram a cair. - Natália apareceu lá em casa, nós discutimos e ela acabou empurrando a Annie da escada. Tô com medo babe, por ela e pelo bebê.

- Calma pequena, tudo vai se resolver. Tenho certeza que eles vão ficar bem.

- Eu quero que Natália apodreça na cadeia!!! Isso foi um crime Ucker!!

- Eu te entendo e você tá certa mesmo. Me fala para que hospital estão levando-a, tô indo para aí agora mesmo! - perguntei a um dos enfermeiros e assim que me disseram falei pra ele.

- Vem logo.

- Fica tranquila, já já tô chegando.

- Promete babe?

- Prometo pequena.

                                  ♡...♡

- Oi Christopher! - levantei e fui abraça-lo assim que o vi entrar na sala de espera.

- Como ela está?

- Não sei ainda - me separei um pouquinho para olhar pra ele - não me disseram nada. Tô tão preocupada babe. - Ucker sorriu e não entendi onde teve a graça. - Por que tá rindo?

- Percebeu do que me chamou desde que nos falamos no celular.

- Não. - abaixei a cabeça sem graça.

- Hey, não precisa ficar sem graça. Eu gostei! Você fica linda vermelhinha.

- Pára - escondi o rosto no pescoço dele e senti suas mãos abraçarem minha cintura. - vai ficar tudo bem não é? - perguntei com a voz abafada por estar com os lábios pressionados contra a pele dele.

- Claro que vai - acarinhou meus cabelos. - Anahí vai ficar bem.

- Tomara. - voltamos a nos olhar, eu encarei os lábios dele e acabei por morder o meu.

Christopher puxou minha nuca em sua direção e logo estava me beijando. suspirei e meus dedos trataram de adentrar os cabelos dele. Não aprofundamos mais por não estarmos em um lugar apropriado, afinal de contas é um hospital.

- Eu amo beijar seus lábios. - disse ele com a testa grudada na minha.

- Já eu amo você. - confessei e ele suspirou.

- Vamos conversar direito quando estivermos em casa? Eu vou te contar tudo Dulce. Quero fazer dar certo.

- Que bom, também quero o mesmo.