Fanfic: Um amor irresistível {Terminada} | Tema: Christopher e Dulce María - Vondy

Capitulo anterior: 

- Grávida?

As três pararam e no mesmo instante viraram a cabeça na direção da voz. Christopher estava com o cenho franzido e olhando diretamente para Dulce.

- Você tá grávida Dulce?

♡♡♡

– Bom eu... — Dulce olhou em desespero pra Annie, mas foi Carmen quem acabou ajudando mesmo sem saber.

– Com licença, mas tem uma senhora querendo falar com a menina Dulce e suas irmãs.

Christopher desviou os olhos da esposa pra encarar Carmen.

– Quem está procurando a Dulce? — Enfiou as mãos nos bolsos do jeans.

– Bom, ela se apresentou como Blanca Espinoza Vancover.

Dulce, Anahí e Blanca se entre olharam com espanto. Seria muita coincidência, mas o nome e o primeiro sobrenome é exatamente igual ao da mãe delas.

– Deixo ela entrar ou não?

– Eu gostaria de conversar com essa senhora primeiro. — Disse Christopher. – Mas eu estou esperando uma resposta sua Dulce Maria. Está mesmo esperando um filho meu?

– Eu...

– Temos uma emergência senhor. — Aleff entrou na sala e o jeito que ele o olhou, Christopher já teve uma ideia do que se tratava. – É exatamente isso.

Aleff afirmou sua suspeita. Ele trincou os dentes e suspirou.

– Mais tarde conversamos pequena.

Sem se importar com as pessoas que estavam ali na sala, Christopher puxou-a para si e beijou os lábios da esposa sedentamente. Uma mão foi parar na cintura dela enquanto a outra deslocou-se para debaixo dos cabelos ruivos, na nuca. Dulce suspirou forte sem fôlego e Christopher sorriu antes de c. hupar o lábio dela e se afastar.

– Me mantenha informado de tudo. — Piscou.

– Tá bem babe. — Disse baixo.

– Desculpem minha falta de educação eu não as cumprimentei, mas agora preciso ir. — Disse ele olhando na direção de Anahí, Maite e Blanca.

– Ãnh... não se preocupe, eu já tinha que ir pra empresa mesmo. — May juntou seus papéis.

– Não será necessário Maite, você está livre hoje, sei que tem muitas coisas do casamento para organizar, use esse tempo pra adiantá-las.

– Obrigada. — Ele assentiu e seguiu Aleff até o escritório.

– Carmen, peça a essa senhora que espere no jardim, vou trocar de roupa rapidinho.

– Sim menina. — Carmen saiu e Dulce olhou Anahí intrigada.

– Tô sentindo uma angústia aqui no peito, é como se alguma coisa ruim fosse acontecer.

– Dul fica calma que não é nada — Annie a abraçou de lado e beijou as madeixas ruivas da irmã. – A mamãe está morta, deve ser outra pessoa com certeza. Não é Blanca?

Ela estava tão perdida em pensamentos que não escutou.

– Blanca.

Annie tentou mais uma vez e não teve resposta.

– Blanca Ireri! — A loura disse firme e conseguiu chamar a atenção dela.

– O quê... ?

– Está no mundo da lua?

– Não eu... eu só estava... estava pensando aqui. Não acredito que tenha tido coragem de vir depois de todo esse tempo! Depois de tudo que tentei pra “encontrá-la”, mas já percebi que ela é quem não queria ser encontrada!!!

– Ela quem?

– Papai tinha razão Annie!! A nossa mãe não prestava! Ela nos fez sofrer muito e agora enxergo bem isso!

– Blanca não a julgue. Eu sei que mamãe nos amava, eu sentia isso toda vez que ela acariciava meus cabelos, ou contava uma historinha na hora de dormir, ela nos amava, ela nos deu a vida. — Disse Dul, Blanca suspirou forte e revirou os olhos.

Dulce não entenderia nunca seus motivos. Ela tem uma imagem muito diferente da mãe delas, ela via só o lado bom da Blanca, só o lado amorosa, amiga, cuidadosa, mas não era só isso. Ela pode ter sofrido com Fernando, o casamento pode não ter sido da maneira que imaginou, mas isso não dava o direito de ser negligente com suas próprias filhas. Blanca foi embora e não tentou comunicação alguma.

Ela é mãe merda! Onde estava o seu coração??? — Pensou ela.

– Você não entende Dulce, mas hoje as coisas serão esclarecidas.

A mais nova suspirou e olhou pra Maite que já estava vermelha de vergonha. Era uma discussão de família e ela estava sobrando ali.

– May fica com a Bia por favor, ela tá tão distraída com o laptop que nem notou nada aqui.

– Claro Dul, eu fico com ela sim.

– Obrigada... — Sorriu pequeno.

Momentos mais tarde as três foram para o jardim, Blanca estava de costas e quando se virou não conseguiu segurar a emoção... ela tinha conseguido controlar as lágrimas quando entrou na casa, mas vendo suas três meninas ali a única coisa que pode fazer foi chorar.

Um choro sofrido...

Anahí e Dulce estavam da mesma maneira, mas Blanca mante-se firme. Ela fez o que a mãe tinha lhe pedido, que quando Dulce fosse casar entregasse a ela uma pulseira que tanto gostava, seria uma maneira de se sentir sempre próxima de sua filha. Blanca prometeu isso na esperança de que muito em breve ela voltaria, pra ficar com as três ou levá-las. Nada disso aconteceu e Blanca simplesmente tentou não sentir rancor por sua mãe, mas isso foi impossível.

– Mamãe?! — Dulce conseguiu falar em meio as lágrimas. – É a minha mãezinha sim! Meu Deus ela tá viva!!!

Quebrou o espaço entre ambas e abraçou a mulher com toda a força, Blanca retribuiu na mesma intensidade, apertando, beijando e disfrutando do abraço caloroso de sua menina. Ao se afastarem ela encheu o rosto de Dulce de beijos e voltou a abraçá-la, mantendo-a junto a si por alguns minutos.

– Meu Deus filha! Como você está grande meu amor! — Contornou o rosto de Dul e sorriu. – É tão linda quanto eu me lembrava.

Fungou secando as lágrimas e quando olhou mais atrás viu Anahí chorar também, com sua mão protetoramente sobre sua barriguinha de quatro meses.

– Filha... — abriu os braços e Annie foi ao encontro dela. – Minha fadinha. Annie você se tornou uma linda mulher meu amor, e logo mais vai ser mamãe.

Anahí afirmou e segurou o rosto da mulher entre as mãos, olhou bem todos os traços dela, e fez a pergunta que se perguntou desde quando Blanca tinha “morrido”. Se algum dia ela as amou? Se foi capaz de sentir amor por três vidas geradas em seu ventre? A mulher mais velha encarou por segundos os olhos azuis cheios de mágoa de sua filha, para então poder responder.

– Mas que pergunta Annie! Lógico que amei e amo vocês, são minhas filhas, a razão do meu viver.

– Mamãe não imagina como senti falta. — Dulce beijou carinhosamente o rosto dela e Blanca a abraçou de lado.

– Ela não merece os abraços e muito menos lágrimas de vocês!! — Disse a irmã mais velha com a voz carregada de rancor.

– Blanca por que está falando assim? A mamãe voltou não é maravilhoso??

– Maravilhoso seria Dul se ela não tivesse ido embora pra ficar com o seu amante!! — Foi se aproximando pouco a pouco e sentiu a tensão tomar conta do corpo de sua mãe.

– Filha você sabe como as coisas aconteceram...

– Tudo bem mamãe — frisou com ironia. – Sei que seu casamento estava ruim que papai se encontrava com outras mulheres, mas daí a senhora perder o respeito e pagar na mesma moeda é demais não é?? E se não bastasse esse seu romancezinho rendeu fruto!

– Chega Blanca!

– Chega por que?? Já que resolveu aparecer vamos deixar as coisas claras sim?

– Do quê está falando Blan? — Dulce perguntou olhando de uma para a outra.

– Conto eu ou preferi falar senhoraaa... Como é mesmo? Ah lembrei, senhora Vancover né? Esse é o sobrenome do seu amante?!

– Blanca as coisas não precisam ser assim querida, o seu pai me obrigou a sair de casa, eu não pude fazer nada.

– Você traiu o papai com outro, teve a Dulce e dez anos depois quando ele descobriu te colocou pra fora, mas não deixou que levasse consigo a filha do seu amante!! Não foi Blanca Espinoza Vancover?? Confirme o que estou dizendo. Ou mais uma vez vai se calar, virar as costas e ir embora??

Ela já estava vermelha de raiva e sentindo as lágrimas quererem molhar seu rosto, mesmo tentando impedir estava sendo uma tarefa muito difícil. Blanca viu Dulce abraçar o próprio corpo e chorar muito mais do que já tinha chorado ali.

Ela sabia que tinha quebrado o coração de sua irmã em pedaços, mas a verdade teria que aparecer de um jeito ou de outro... sabia que tinha desfeito a imagem de mãe exemplar que Dulce tinha idealizado, porque para ela Blanca foi uma mãe sem nenhum defeito e sua suposta morte, tinha deixado feridas muito dolorosas no coração da ruiva.

Mas ela tinha se colocado no lugar da mãe algumas vezes, e sem nenhuma sombra de dúvida confirmou que custasse o que fosse Beatriz ela nunca deixaria para trás. Blanca não conseguiria acordar todas as manhãs sem escutar um “mamãe” manhoso, ou então abrir os olhos e contemplar um enorme sorriso banguelo, ter mãozinhas tão pequenas e fofas acariciarem seus cabelos, ou então a maneira como seu rosto fica babado quando Bia está carente e quer dar muitos beijinhos.

Detalhes tão minúsculos que fazem toda a diferença.

– O Fer... Fernando não é meu pai? — Dulce conseguiu dizer.

– Ele sempre te amou como uma filha querida, isso eu tenho que admitir. Do jeito dele Fernando foi seu pai. — Tentou tocar o braço dela, mas Dul se afastou.

– Dulce...

– Não, não venha com Dulce!!! — Secou as lágrimas raivosamente e foi sentindo outras caírem em seguida. – A senhora mentiu! Forjou uma morte! Se escondeu por anos sem se importar com a gente! Me deu um diário pra que eu compartilhasse meus sonhos, e tudo o que acontecia ao meu redor, e pra quê?? Essa era a maneira de se sentir menos culpada? Só deixa eu te lembrar uma coisa senhora... folhas de papel não cobrem ausência de mães! Eu queria uma mãe que me amasse e que dissesse o quanto sou importante na vida dela, o quanto desejou minha chegada e como ficou feliz com meu nascimento. Eu não queria ter nascido de uma traição, por isso papai sempre foi muito rigoroso comigo, ele olhava pra mim e sempre lembrava que eu não carregava o sangue dele nas veias... na verdade nunca fui uma Saviñón.

– Dulce filha, você não consegue me entender agora, mas tenho certeza que quando tiver um filho vai conseguir me compreender eu...

– Escuta aqui senhora — Dul a interrompeu e pôs a mão sobre a barriga. – Eu estou grávida, e em hipótese alguma deixaria meu filho para trás, por essa criança sou capaz de morrer, é meu bebê, meu filhinho, uma vida que estou gerando. É maravilhosa essa sensação, eu tenho um serzinho dentro de mim que já me enche de alegria. Antes eu negaria isso de todas as maneiras possíveis, ele era um estranho pra mim, mas hoje as coisas mudaram completamente.

Desceu os olhos para a barriga e sorriu.

– Eu não amava seu papai bebê, casei com ele porque fui obrigada, mas hoje posso afirmar que o amo. E se por acaso algum dia eu tivesse que escolher entre meu marido e meu filho — voltou a olhar Blanca que já nem tinha lágrimas para derramar, sentindo bater fundo aquela reação dela. – Eu escolheria meu filho. Porque ser mãe é fazer sacrifícios.

– Você fala como se eu fosse culpada! Fernando me colocou para fora! O quê queria que eu fizesse??

Dulce sorriu irônica e balançou a cabeça.

– Tem razão, a senhora não poderia fazer nada porque nunca soube o quê é ser mãe!!! — Deu as costas e começou a se afastar.

– Não pode me jugar dessa maneira Maria. Eu voltei pra tentar recuperar o tempo perdido e Alejandro quer te conhecer pessoalmente filha.

– Alejandro? — Dul parou e virou a cabeça para trás.

– Sim, Alejandro. O seu pai.

– Meu pai se chama Fernando Saviñón e nada nesse mundo vai me provar o contrário, eu não quero conhecer esse homem que não passa de um estranho pra mim! E faça o favor de sair da minha casa. Não me procure mais senhora, seria melhor se estivesse morta mesmo.

Continuou a andar em passos largos. Blanca olhou em desespero pra Anahí que fez sinal negativo com a cabeça.

– Não precisava ter voltado mamãe, eu tinha me acostumado a viver sem a sua presença.

– Blanca... — pediu desviando os olhos de Anahí. – pelo menos me deixe abraçar e beijar minha neta.

– Nunca! A senhora não vai contaminar minha filha com toda essa frieza que emana de seu corpo. Volte da onde saiu Blanca Vancover e suma de nossas vidas com seu amante!!!

Cruzou os braços impedindo seu corpo de correr e dar um abraço apertado em sua mãe. Ela seria forte o bastante pra lutar contra isso, seria sim. O que essa mulher que está parada a sua frente, com um olhar sofrido e cheio de arrependimento fez não tem perdão, nem concerto.

Blanca segurando sua bolsa fortemente foi se afastando aos poucos até finalmente sumir, assim que ela se foi a irmã mais velha de Dulce não conseguiu se segurar mais e chorou, chorou de cortar o coração... aquilo foi mais uma despedida, mais um adeus. Só que desta vez ela não saiu correndo atrás do carro chamando mamãe e implorando que ela ficasse, desta vez foi Blanca quem a mandou embora e seria bom se aquela senhora compreendesse e não voltasse mais.

Ah coisas na vida que não dá pra concertar. O abandono deixa marcas, feridas, dessas que são praticamente impossíveis de curar.

– Amor o quê houve? — Daniel a abraçou apertado e beijou com carinho os cabelos negros da esposa.

– Ela voltou Dani, voltou pra nos fazer sofrer outra vez... — soluçou.

– Ela quem? Do quê tá falando querida?

– Minha mãe Daniel, ela acabou de sair daqui você deve ter visto ela.

Daniel secou suas lágrimas e beijou os lábios dela.

– Sim, mas nem percebi que era ela, estava de cabeça baixa. Você sabia que um dia isso ia acontecer amor, e como foi?

– Horrível, ela tentou se explicar, só que... meu amor não tem explicação, não quero mais saber dessa mulher. — Afundou o rosto no peitoral dele.

– Calma, você está muito nervosa, vou buscar um copo d’água.

– Não por favor, fica aqui comigo, não me deixa sozinha.

– Ok. — Suspirou. – Ao menos vamos nos sentar, quero consolar minha esposa linda e secar todas as suas lágrimas.

Foi até uma grande mesa de mármore escura e puxou uma cadeira, sentou-se trazendo Blanca para seu colo.

– Eu amo você Dani. — Ela disse baixinho contra o pescoço dele.

– Também te amo meu amor, você e a Bia foram as melhores coisas que me aconteceram. — Blanca suspirou e deixou um sorriso triste escapar.

– Você é realmente feliz comigo?

– Eu é que devo fazer essa pergunta. Será que estou cumprindo bem meu papel de marido? — Blanca ergueu a cabeça para olhá-lo.

– Perfeitamente bem.

– Que bom. — Daniel riu de canto e os dois deram início a um beijo lento e apaixonado.

Beijo esse que foi interrompido por um menininha travessa, e danadinha que estava gargalhando por Maite não consegui pegá-la. Beatriz só parou quando ficou entre os pais. May apoiou as mãos nos joelhos tomando fôlego e assim que os olhou Bia sorriu largamente para ela.

– A titia May é flaquinha mamãe, Não conseguiu me pegar. — Bia ofegou e Daniel a ergueu nos braços, sentando-a em seu colo.

– Sua danadinha. Tá toda suada. — Ele afastou a franja que ficou grudada na testa da menina.

– May desculpa, essa garotinha sapeca fica impossível quando sai correndo por aí.

– Não tem problema Blanca. A Bia é um amor de criança... bom, e já que ela encontrou vocês já vou indo. Combinei de encontrar meu noivo daqui a alguns minutos.

– Claro, e qualquer coisa que precisar com o casamento ou o que for me procure, seria um prazer ajudá-la.

– Eu é que agradeço pela gentileza. — Sorriu sincera. – Então... até mais.

– Até. — Blanca respondeu.

– Mamãe nois plode tomar soveteeee?? — Sorriu largamente.

– Hum... não sei, deixa eu ver. — Pôs uma mão no queixo pensativa. – Será que a Beatriz tá merecendo sorvete? O quê você acha amor?

– Papai... eu quelia tanto um sovetinho de chocolate. — Fez carinha de anjo.

– Bom meu amores, acho que não tem problemas de quebrarmos a rotina hoje, e tomar sorvete com o café da manhã. — Olhou Blanca que assentiu apoiando a ideia.

– Ebaaaaaaa!!! — Bia bateu as mãozinhas animada. – Eu pode chamar a titia Dúúll né?

– Hoje não princesa... a tia Dul tá tristinha e quer ficar quietinha sem ninguém.

– Sem ninguém mamãe? — Olhou para ela com os olhões castanhos expressivos.

Blanca afirmou e Beatriz fez um bico enorme.

– Até sem a Bia? — Blanca viu lágrimas serem formadas e tratou logo de abraçar e consolar a menina.

– É só por um tempinho filha. E aí depois você vai poder dormir aqui com ela tá bom?

– A senora plomete? — Perguntou juntando as mãozinhas, como se fosse rezar.

– Promessa de mamãe. — Blanca sorriu.

– Plometido mesmo? — Quis saber Bia pra confirmar.

– Sim minha princesa.

– Então... — pulou do colo de Daniel e segurou uma mão de cada. – Bola tomar sovetinhoooo.

Puxou os dois e tanto Daniel quanto Blanca, tiveram que controlar a vontade de morder Beatriz por tanta fofura.

♡…♡

Blanca estava com medo da reação que Alejandro fosse ter, por isso enrolou um pouquinho pra ligar, e contar como foi desastroso seu encontro com suas filhas. Principalmente com Dulce que ela achou que fosse ser menos difícil. E já que ela demorou tanto para ligar Alejandro se adiantou, Blanca olhou por alguns minutos para o aparelho celular, até decidir atender.

– Alô?

– Como foi querida? Suas filhas acreditaram em seu arrependimento? Quando vou conhecer a nossa menina?

– Alejandro eu estou mesmo arrependida, achei que tinha deixado isso claro, eu as amo, são minhas filhas!

– Sim eu sei. Diga-me que deu tudo certo? Blanca eu quero acabar com o seu ex-marido, e quero atingir nas duas coisas que ele mais presa. Suas queridas filhinhas e o poder.

– Já te falei que Fernando é muito esperto, ele vai nos descobrir aqui e as coisas serão piores.

– Aquele merdinha não pode nada! Me fala de uma vez quando vou dá meu sobrenome a minha legítima filha, e faço questão que o todo poderoso Saviñón saiba disso.

- Isso nunca vai acontecer Alejandro. Graças a você minhas filhas me odeiam!!! Eu devia ter seguido meu instinto maternal e ter lutado com todas as forças para tê-las comigo, mas não, me deixei envolver por você. Me dizendo que seria melhor deixar as coisas como estavam, que precisávamos primeiro fazer fortuna!! Mas quero que saiba, a merda do seu dinheiro não vai me fazer recuperar elas.

– Não me venha com todo esse discurso querida. Você não se importa tanto assim não. Quantas vezes as viu chorar e não fez nada para impedir? Quantas vezes escutou pedirem que Deus trouxesse a mamãe delas de volta? Seu coração é de pedra Blanca Vancover, por isso fomos feitos um para o outro.

– Mas hoje alguma coisa mudou, eu sempre me preocupei com elas. Você sabe.

- E sempre voltou a ser a minha mulher séria e calculista também. Você exigiu uma grana alta pra assinar o divórcio, e permitir que aquele b. unda mole espalhasse sua morte. Não seja sínica agora!

Blanca suspirou com os olhos fechados, e quando os abriu qualquer vestígio de amor ao próximo simplesmente desapareceu. É como se ela assumisse outra forma muito rapidamente.

– Elas deixaram claro o desprezo por mim! Sinceramente eu já esperava. Garotinhas mimadas tendem a serem mal agradecidas depois que crescem! Qual é? Eu gerei as três! Dulce não quer te ver nem pintada de ouro, mas pelo menos descobri uma coisa que vai nos interessar muito.

– O quê é?

– Ela está grávida. Tem ideia disso? Nossa amada filhinha engravidou do homem mais rico e importante desse país. Meu amor tiramos a sorte grande. — Sorriu alto.

Alejandro ficou minutos em silêncio, talvez digerindo a notícia, ou arquitetando algum plano.

– Podemos sequestrá-la.

– Não sei, talvez não seja uma boa ideia. — Ele suspirou.

– Como você define a relação dos dois?

– Bom, fiquei alguns dias aqui vigiando e pelo que vi são muito apaixonados. Ele tem verdadeira obsessão e proteção excessiva por nossa querida filhinha. Além da casa ser bem vigiada por seguranças que mais parecem brutamontes.

– Falhas acontecem, e numa dessas a ruivinha carregando o bebê milionário pode acabar sumindo. — Gargalhou e Blanca fez o mesmo, mas com um olhar muito sinistro.