Fanfics Brasil - 44 Capítulo - Tragédia. Um amor irresistível {Terminada}

Fanfic: Um amor irresistível {Terminada} | Tema: Christopher e Dulce María - Vondy


Capítulo: 44 Capítulo - Tragédia.

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Bom vou começar pedindo milhares de desculpas a vcs leitores (as), sei que demorei a beça... Primeiro porque tive novamente um bloqueio e segundo porque eu estava centrada em conseguir um curso, na área da Estética q graças a Deus deu certo! Vou tentar ficar firme agora até finalizar essa fic, o q não falta muito. 


Não me matem depois de lerem esse capítulo... Beijocas! 😘💕


 


 


P. O. V Dulce


Três semanas haviam se passado desde o resultado daquele teste de DNA, no qual foi confirmado que meu marido é de fato o pai do Luke. Eu pude ver a confusão imensa que estava no garotinho apenas pelo olhar, também percebi o quão nervoso e envergonhado ele estava...


Apesar de não saber o que pensar, nem como agir, a confirmação não me incomodou já era visível a semelhança entre eles, mesmo sem um pedaço de papel alegando aquilo ser real, nisso aquela mulherzinha não mentiu.


É fato que o menino se sente perdido, e nada me tira da cabeça que Roberta não sabe cuidar dele direito, Christopher tomou algumas atitudes deixando claro que seria para o bem do filho dele, e a conversa terminou em discussão, porque não admito que Roberta também seja beneficiada.


– Eu realmente estou escutando isso?? — Olhei para ele que encarava o teto, como quem procura calma.


Quem precisa de calma sou eu querido. Sua ex está exigindo demais!


– Dul por favor... Ele é meu filho.


– Sim, eu sei, mas onde Roberta entra nisso mesmo? Você sabe que ela tá investindo não sabe?


– Amor...


Ou merda! Se eu não estivesse com tanta raiva teria ficado boba com o que acabei de ouvir, ele nunca se dirigiu a mim assim antes, nunca.


– Se está investindo pouco me importa! Só me preocupo com o Luke. Como vou deixá-lo viver sozinho num apartamento? Ele precisa de um responsável.


– Paga uma babá, ele mal suporta a Roberta isso está tão visível.


– Tudo bem mas... — Christopher suspirou apoiando ambas as mãos nos quadris. – Ela é a mãe e responsável por ele, eu também, porém ainda não o reconheci como meu filho. Nosso advogado está cuidando deste assunto.


Eu apenas engoli em seco, sem conseguir de fato aceitar toda essa situação. Será que tô sendo egoísta? Mas eu o quero do meu lado, para mim e nosso bebê. Seria perfeito se Roberta não tivesse vindo a tira colo, Luke é um bom garoto, apenas as vezes quieto demais.


Christopher entrou com o pedido de guarda, alegando que Roberta foi negligente com o garotinho, desde que era um bebê. Ele está confiante porque o advogado lhe disse que as chances de ganhar são grandes.


De fato seja de um jeito ou de outro Roberta está conseguindo um mínimo de atenção dele, e isso me tira do sério. Christopher deu-lhes um apartamento, carro e está pagando um dos melhores colégios aqui do Brasil, alegando ser tudo em benefício do garoto que ele foi impedido de vê-lo crescer. Eu entendo que ele queira dar tudo o que o filho tem direito, mas envolver Roberta nisso ficou insuportável pra mim aguentar.


Ela sempre que pode, ou sempre que acha necessário liga e inventa pretextos pra tirar Christopher de casa... No início ele negava firmemente, mas com o passar dos dias foi se deixando manipular por ela, e qualquer chamado seu faz com que Christopher largue tudo e vá correndo saber o que é.


Nossas brigas tem aumentado muito e junto com isso tudo tem as ondas de vômitos e choros, agora com dois meses e uma semana de gestação me sinto muito sensível, e facilmente estou chorando. Numa dessas discussões cheguei a desmaiar, quando abri os olhos estava no que parecia ser um hospital sendo monitorada por uma enfermeira... Christopher tinha ido para meu lado todo culposo, fazendo pedidos contínuos de desculpas e dizendo que não era sua intenção me fazer passar mal, muito menos prejudicar nosso filho.


Lembro de morder os lábios tentando a todo custo segurar as lágrimas, pensando em como o amo tanto, e que ficar brigando dessa maneira está me matando. No entanto, aguentar essa situação toda de Roberta tá sendo difícil demais. Christopher se mostrava arrependido, sussurrando que não queria causar nada daquilo e afirmando que tanto eu quanto o bebê somos importantes, que precisa de nós dois.


Tinha sentido meu coração apertar da mesma maneira que está apertando agora, então os olhos fecharam e reprimi a vontade de soltar um riso totalmente irônico, se éramos importantes como ele estava dizendo, por que nunca disse que nos ama? Será mesmo que somos importantes? Nunca se quer demonstrou carinho pelo bebê, sua mão as vezes acaricia meu ventre, mas tão frio... Sem deixar transparecer de fato amor no toque, é como se o bebê fosse um peso grande demais sobre suas costas. Diferente de quando fizemos amor outras vezes e a alguns dias atrás, onde ele afirmava que estava ansioso pra vê-lo, e que queria muito outro menino.


Por que começou a agir assim? Talvez ele sinta raiva por não ter passado momentos desta maneira quando Luke era gerado na barriga de Roberta. Então decidiu descontar em quem menos tem culpa em tudo isso, no nosso filho.


Eu não respondi aos seus pedidos repetitivos de perdão e desculpas, e fui liberada algumas horas depois, não sem antes ouvir a doutora Amber me alertar que tive um aumento repentino de pressão, e por isso acabei desmaiando. Ela explicou que é prejudicial tanto ao bebê quanto a mim, e que devo evitar estresse se quiser continuar com a gestação... Afinal de contas até o terceiro mês corro o risco de abortar.


Posso dizer que depois disso as coisas melhoraram um pouquinho, não brigamos mais, a verdade é que estou evitando falar com Christopher, e continuo dormindo em quarto separado, então fiquei sabendo de outro acontecimento, o qual quase me fez voltar ao consultório obstetra outra vez. Christopher me disse que tanto Blanca quanto Alejandro, no caso meu verdadeiro pai, foram mortos em um acidente de carro, acidente esse que de acordo com as investigações foi provocado, mas quem fez isso foi esperto e não deixou rastros para trás.


Dizer que não estou triste seria muita hipocrisia minha, pois sim eu estou, ela era minha mãe e só sinto pelo homem porque apesar de tudo era um ser humano, não sou capaz de desejar mal ao próximo de tal maneira... Annie chorou e Blanca tentou demonstrar que não a afetou, seu orgulho era grande demais pra deixá-la derramar lágrimas de adeus, porém desta vez sem um possível até logo. Foi definitivo. Nós nunca mais veríamos nossa mãe.


Me senti estranha ao saber que eles já tinham sido enterrados, talvez eu quisesse ter acompanhado, não sei. Tê-la de volta e perdê-la assim, mesmo sabendo o que os dois pretendiam fazer, mesmo querendo sentir raiva, a única coisa que fiz foi chorar... Chorar enquanto murmurava baixinho um mamãe adeus, sentindo que uma grande parte minha tinha sido arrancada. E de fato foi.


No entanto, durante esse tempo de dois meses bons momentos aconteceram, May e Christian casaram e estão curtindo a lua-de-mel no nordeste do país, dona Oliva mãe de Christian queria Paris – valendo lembrar que ela adorou conhecer a futura mãe de seu primeiro neto/neta, pediu desculpas por Liam e disse que ele não voltaria a incomodá-los mais, ressaltando que ele está terminantemente sem dinheiro e sendo obrigado a trabalhar, como qualquer pessoa normal faz pra conseguir o que quer.


Falando em trabalho Annie me surpreendeu quando disse que tinha enviado meus desenhos a um estilista super renomado espanhol, arregalei os olhos surpresa e só aí fui entender o porque dela ter me pedido os croquis que fiz... Anahí os enviou e a resposta que tivemos foi positiva, o estilista deixou claro que tenho muito talento, e que o mundo precisa saber do que sou capaz, ainda ressaltou que meus traços são decididos, mas delicados e que minhas criações impressionariam num desfile.


Desfile...


Nossa! Nunca tinha pensado tão alto assim.


– E então, já decidiu se vai seguir seu sonho ou simplesmente desistir?


Disse uma Anahí bem mudada nessas últimas semanas, ao aliviar sua bexiga cheia no meu banheiro. Seu casamento com Poncho está num estado bem delicado, ele tá hospedado em um hotel enquanto Annie alugou um apartamento não muito longe daqui... Nos primeiros dias da separação ela andou bem chorosa, mesmo que tentasse esconder...


Os cabelos estão adaptados num tom mais escuro que o loiro habitual de sempre, seu rosto parece bem mais maduro, mas suas olheiras não conseguem esconder em como ela está cansada diariamente com toda essa situação.


Sua gestação agora entrou na 20° semana e ela descobriu que vai ter um menino.


Lorenzzo.


Posso lembrar como se fosse hoje, Annie entrando emocionada no meu “atual” quarto, o olhar úmido e sua mão assim como a minha, sempre protetora sobre sua barriguinha avantajada. Me olhando com o azul de seus olhos bem intensos reprimindo um alto soluço ao deixar escapar.


É um menino Dul, meu menininho lindo.


Eu tinha sorrido feito boba abrindo os braços pra que ela se aconchegasse a mim, ficando ansiosa pra todo esse mar de emoções quando for descobrir o sexo do meu bebê.


– Posso saber o por que desse sorriso tão idiota? — Disse indo até a janela pra espiar o amplo jardim.


– Estava lembrando de quando descobriu sobre o Lorenzzo. — Falei diminuindo o sorriso e vendo Annie abri um todo bobo.


– Sim, foi o dia mais feliz da minha vida. — Suspirou e seus olhos curiosos voltaram a varrer o jardim.


– Pensei que o dia mais feliz da sua vida fosse quando casou com o Poncho.


Annie bufou revirando os olhos.


– Não me lembre desse erro.


– Erro? Então Lorenzzo foi fruto de um erro? — Annie pareceu pensar, e logo sua cabeça negava freneticamente.


– Hey óbvio que não! Nosso filho foi a melhor coisa que nos aconteceu. — Ela disse convicta, relaxando os ombros depois. – Lorenzzo foi feito com amor, apesar de tudo.


– Sabe... — Saí da cama e fui procurar uma roupa.


Maite chega de viagem hoje e marcou de encontrar tanto a mim quanto a Annie. Lembrando na ligação que amou tudo o que fizeram e passearam, que trouxe presentes e que talvez nem a reconheceremos, alegando o clima nordestino está tão quente que ela e Christian ficaram bem bronzeados.


– Fico triste por vocês estarem nessa situação, eu vejo amor exalando de ambos os corpos quando estão perto, não podem deixar tudo acabar assim.


– Não fui eu quem decidiu desta maneira, e sim ele. A Perlla me disse umas coisas que-


– Espera! — Virei pra olhá-la segurando um vestido de estampa florida e confortável. – Perlla não é de confiança, ela quer o Alfonso e não esconde de ninguém. Por que dar ouvidos a ela?!


Annie suspirou, cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha, me dizendo tudo com aquele ato. Eu já podia imaginar do que se tratava, com toda a certeza tem haver com Christopher.


Cá está o sujo falando do mal lavado.


– Olha só quem tá falando! Você tá brigando com o seu marido, dormindo em quarto separado e dando motivos suficientes, pra Roberta criar expectativas com ele. Quem está sendo cabeça dura hum?


– Não se trata só de nós dois. — Falei cabisbaixa. – Ele tá distante, mal fala do bebê. É como se nosso filho não fosse desejado por ambos, mas eu o quero Annie! O quero tanto.


Levantei a cabeça tentando a todo custo espantar as lágrimas que se formavam com rapidez.


– Não foi assim que imaginei quando decidimos tentar, quando me permitir amá-lo, não foi assim. — Engasguei com um soluço, apertando com força o tecido do vestido entre meus dedos.


Eu teria desmoronado facilmente se não fossem pelos braços de Annie estarem me segurando. Christopher parece se sentir culpado por alguma coisa quando está perto de mim, não sei, é como se quisesse me dizer do que se trata, mas perde a coragem, tranca-se no quarto e talvez eu consigo vê-lo quando amanhecer, na grande maioria das vezes é como se existisse eu, Ana – a cozinheira - , Yale – arrumadeira – , os seguranças, o jardineiro e Carmen minha amiga e governanta, não que eu não me dê bem com as outros funcionários, mas Carmen foi com quem mais afeiçoei.


É como se só nós morássemos aqui, tenho até medo de imaginar que entre ele e Roberta esteja rolando algo, porque se estiver seria um golpe duro demais. Eu sou sua esposa e mereço um mínimo de respeito, sem dúvidas.


– Hoje vou dizer umas poucas e boas ao Uckermann, e você dona Dulce não vai me impedir! Quem ele pensa que é?? Você tá grávida e não pode ficar passando por esses tipos de estresse!! Aquele ogro! Desgraçado! Filho da mãe!!


– Annie... — Tentei, mas ela se afastou secando minhas lágrimas.


– Não. Pode até conseguir enganar a Blanca, mas a mim não. Seu sofrimento tem nome e sobrenome!


– Ana... — Sussurrei o mais baixo possível, sentindo novas lágrimas descerem por minhas bochechas.


Annie me olhou e beijou minha testa em seguida. Pedindo silenciosamente que eu continuasse.


– Só não aguento mais brigar e evito fazer isso quando Luke está aqui. Apesar de achar que ele me odeia, o encantamento pela anjinha ruiva acabou. — Entortei os lábios.


A primeira vez que Luke veio aqui ele ficou todo desconfiado, não queria beber nada, e muito menos comer... Foi três dias depois do teste de DNA. Já que o resultado saiu no dia seguinte após terem recolhido as amostras de sangue. Ele não tentou nem um tipo de conversa comigo, decidi fazer o mesmo respeitando seu espaço, porém percebi o garotinho um pouco estranho enquanto puxava conversa com Christopher, como se não estivesse a vontade com aquilo... Notei algumas marcas em seus braços, mesmo a pequena camiseta do Batman tentando cobrir boa parte, minha curiosidade foi grande, no entanto, fiquei calada.


Céus! Aquilo seria algum tipo de agressão física? Roberta teria feito aquilo?


Mas não comentei com Christopher. Talvez esse tenha sido um grande erro. Nos dias que sucederam Luke parecia mais cabisbaixo ainda... E pedia muita atenção do pai, insistindo pra que ele fosse sempre vê-los no apartamento deles. Imaginar os três como uma família feliz me enojou de um jeito, que fui incapaz de segurar e saí correndo até um banheiro mais próximo. Christopher foi atrás de mim mostrando uma preocupação que eu pouco acreditei, posso dizer que já começo a desconfiar que ele sinta algo, e que eu e o bebê estejamos incluídos nisso, mas esconde com sua distância.


– Olha só tenho certeza que a tal Roberta tem algo a ver com toda essa situação, aliás ela é que mais coloca lenha na fogueira! O menino deve está sendo influenciado por ela. Só espero que quando seu marido de merda descobrir isso quebre a cara muito feio.


– Acho que voltamos ao que éramos antes, só que agora eu sou completamente apaixonada por ele.


– Seria bom se o Rodrigo voltasse procurando por você, só pra ver a cara de idiota que o Uckermann iria fazer, saber que ele tremeu na base com a volta do seu ex-namorado.


Annie ultimamente tem usado palavras carregadas de ódio, isso as vezes me assusta, a separação dela e Poncho deixou-a um tanto amarga.


– Agora chega de chorar Dul, se arruma pra encontrarmos a May e depois resolver seu futuro como estilista.


Disse toda autoritária voltando a espiar o jardim, eu já sabia porque.


– Estão montando um parquinho no jardim pra quem?


– Luke.


– Ah...


Então fui trocar de roupa, escovei os dentes, arrumei meu cabelo, utilizei da maquiagem pra esconder todo meu estado de “chororô “, logo depois estávamos descendo, recusei o café da manhã pegando só um iogurte das mãos de Carmen e agradecendo por isso.


Então meus olhos foram cravados na figura de Christopher, com cara amassada, gravata frouxa e paletó nas mãos.


Senti meu corpo todo esquentar, os dedos apertando fortemente o frasco do iogurte, vontade de chorar e uma pequena ânsia de vômito. Isso quer dizer que ele não dormiu em casa. É a mesma roupa de ontem.


É a mesma ROUPA de ontem!


É a mesma ROUPA de ontem MERDA!


A mesma!!


Antes que ele pudesse tentar se quer me dizer algo, minha mão causou um hematoma avermelhado no lado esquerdo de seu rosto, o olhei com muita raiva e decepção passando direto por seu corpo, ignorando o chamado de meu nome.


P. O. V Autora


Christopher suspirou escovando os dedos entre seus cachos desgrenhados, que mais pareciam um ninho. Seus ombros caíram e sua expressão de cansado só fez aumentar ao soltar um murmúrio esfregando um olho.


Nos segundos seguintes seu corpo virou na intenção de ir atrás de Dulce, mas uma mão lhe impediu.


– Onde tá pensando que vai?? — Rugiu Anahí.


– Atrás da minha mulher não é óbvio? — Riu em deboche.


– Ah vai trás da sua mulher? Qual delas?


– Do quê tá falando Anahí?! A Dulce é minha mulher, não existe outra. É só ela!


– Só vou te dizer uma coisa seu filho de uma mãe, você tá deixando a Dulce de lado e o filho que está a caminho, e por que?? Pela Robertaaa?!


– Eu me importo com ela e com o bebê! E você não tem nada haver com isso! São assuntos de casal.


– Sim eu sei... — Annie sorriu pousando as mãos em ambos os lados da cintura. – Sinto muito desapontá-lo cunhadinho, mas tudo que tem haver com minhas irmãs, tem haver comigo consequentemente.


– Só se preocupe em saber que seu marido vai estar em um dos melhores restaurantes, hoje a noite com a Perlla.


Annie estreitou os olhos e acertou fortemente o lado intocado do rosto dele. Christopher tencionou rapidamente a mandíbula, e apertou os punhos. Ele segurou a possível vontade de revidar, por ela ser sua cunhada, mulher e por estar grávida.


– Nunca mais toque em mim! — Resmungou ele acariciando o lugar agredido. Agora com ambas as partes do rosto vermelho.


– Então nunca mais se meta comigo! Eu sou irmã da Dulce, mas você não é nada do Alfonso. Esse tapa foi tanto para mim quanto pra tudo o que a Dul vem passando, você merece bem mais! — Declarou Annie saindo furiosamente de lá.


Christopher voltou a suspirar, puxou com pressa o celular de um dos bolsos da calça e discou alguns números, ele esperou impaciente até ser atendido.


– Aleff? Siga elas. Sim não as perca de vista e me avise logo que descobrir. Ah e... Não estou pra ninguém hoje, sexta-feira de folga, sim, exceto para o Luke e a Dulce. Se Roberta ligar, diga que não estou.


Finalizou assim que obteve uma resposta positiva, e seguiu escadas a cima, sentindo todos seus músculos reclamarem. A única coisa que o relaxaria seria um bom banho e sua cama pra descansar.


♡…♡


Dulce e Annie ouviam Maite falar animadamente como tudo tinha sido maravilhoso, em sua viagem de lua-de-mel. Cada uma perdida em seus pensamentos, Dul estava pensando seriamente em pedir o divórcio e voltar ao México, ela poderia ter o bebê lá e trabalhar com o que gosta... Já Anahí tentava descobrir uma maneira de deixar de amar o marido, porque cada vez que ela ficava sabendo das saídas dele com Perlla, o mundo perdia a cor e seu coração doía um pouco mais.


– Gente? Meninas? — Maite estralou os dedos conseguindo a atenção delas.


– Hum... Oi May. — Disse Dul depois de suspirar, deixando uma mão protetora em sua barriga.


– Fala Sra. Chávez, estamos curiosas. — Annie forçou um sorriso e May franziu o cenho.


– O quê tá acontecendo? Vocês estão longe, eu fiquei falando igual uma tagarela sem me dar conta das carinhas de tristeza.


– Não é nada, que tal falarmos da nossa talentosa estilista de lingerie aqui. — Annie tentou mudar de assunto.


– Sim, podemos fazer isso, depois que disserem pra mim o quê aconteceu durante esse tempo que estive fora. — Uma encarou a outra e Dulce deu de ombros.


– Fala você.


– Ok. — Annie disse juntando as mãos sobre a mesa. – Fazendo um resumo geral, me separei do Alfonso e descobri que vou ter um menino. Christopher está sendo um babaca de carteirinha, Roberta tá dando em cima mesmo, usando o garotinho como desculpa. Dulce sofre com tudo isso, os dois vivem discutindo, ela até desmaiou numa dessas, e Christopher simplesmente deu um foda-se bem grande pra esposa e o filho que vai nascer, fim. É isso.


Ela deu um grande gole em sua água de coco em seguida. As três marcaram num quiosque de frente pra praia.


– Ok, pare de falar palavrões sim, você carrega um bebê aí dentro senhorita. — Alertou Maite. – E parabéns pelo seu menininho Annie, tô louca pra descobrir o sexo do meu bebê também, tô com 16 semanas, só que não deu pra ver ainda — tentou sorrir, mas o clima tinha ficado estranho. – E Dul, eu sinto muito por tudo isso... Tô torcendo que as coisas se ajeitem, dá pra ver de longe o quanto se amam.


Dulce queria ter soltado uma gargalhada irônica, no entanto, preferiu ficar calada, isso quer dizer que Christian não contou a Maite que o casamento foi arranjado... ela então desceu os olhos para seus dedos, evitando demostrar como ouvir aquelas palavras a feriram.


E o assunto a seguir mudou totalmente de rumo. As três começaram a rir descontraidamente, mas Dulce quase engasgou depois de ouvir o que Annie tinha dito.


– Você fez o quê Anahí?! Eu não acredito. — Ela não sabia se sorria ou se chorava.


– Pois é eu fiz, Dul foi uma oportunidade única e se eu fosse perguntar você ficaria em dúvida, então assim que eu soube do concurso te inscrevi. E foi anunciado ontem o ganhador e adivinha... — Ergueu uma sobrancelha sugestivamente. – Você venceu maninha, seus croquis foram decretados os melhores.


– Meu Deus eu não acredito! — Disse uma Dulce emocionada e desacreditada, enquanto segurava as lágrimas.


– Você ganhou um prêmio de meio milhão de reais, além de ter a oportunidade de conhecer o estilista espanhol que avaliou suas criações, isso só vai acontecer quando ele voltar da temporada que está passando em Berlin, ou seja daqui a cinco meses você estará embarcando pra Espanha, na realização do seu sonho. — Annie sorriu largamente vendo o brilho nos olhos da irmã mais nova.


– Eu não acredito Barbie! Você é incrível! — Dul jogou os braços sobre os ombros dela trazendo-a para um abraço.


Maite sorriu admirando as duas irmãs e afagando sua barriguinha pontuda de quatro meses. Anahí não conseguiu segurar a lágrima, ver Dul animada assim depois de tudo que ela tem passado é simplesmente admirador, e escutar novamente aquele apelido levou ela numa época em que ambas eram pequenas, e uma sempre apelidava a outra. Blanca era Blendy, apelido decretado por Annie, Dulce começaram a chamá-la de Candy, porque Annie sempre disse que ela era a mais doce das três, e Barbie lhe caiu bem já que Dul insistia que por ser loira e ter expressivos olhos azuis, Anahí seria sempre sua boneca.


– Annie, mas como você...? Meu Deus isso é loucura! — Dulce sentiu o corpo tremer e deixou que seu choro saísse livre. Ela precisava daquilo.


– Hey.... Shhh... Dul, tá tudo bem sim? Eu queria um grande sorriso no seu rosto, não lágrimas cobrindo sua vitória. — Afagou os cabelos ruivos dela beijando-os em seguida.


– Obri... Obrigada, Annie eu amei. Eu tô chorando de surpresa, emoção e alegria ao mesmo tempo, minha nossa eu tenho a chance de organizar um desfile, com as dicas de um estilista famoso espanhol. Isso é um sonho. — Riu enquanto secava o rosto e voltava a sentar direto na cadeira.


– Sonho esse que virou realidade, o Victor Valenço [N/A: eu inventei sim?] está doidinho pra te conhecer, te enchi de elogios e garanti que ele não vai perder tempo com você.


– Eu juro que... Juro que não sei como te agradecer por isso. Me sinto tão... Tão...


Tudo aconteceu rápido demais, e se não fossem pelas mãos de Maite e Annie, Dulce teria batido o corpo com força no chão... As duas assistiram quase que em câmera lenta, como o sorriso de alegria se tornou em uma careta quando ela curvou-se segurando a barriga. Dul gemeu alto antes de perder os sentidos.


Então tudo pareceu um filme de terror para as duas mulheres ao lado dela, Annie começou a pedir socorro sem se quer tocar no celular, ela só precisava de ajuda mesmo que não estivesse ciente que precisava do aparelho. Maite já estava preparada pra fazer o que Anahí não conseguiu, agarrando-o com força, mas então uma mão lhe interrompeu.


– Senhora Chávez? — Era Aleff encarando-a intrigado. Maite estava trêmula e mesmo assim fez esforço pra conseguir falar com ele.


– Aleff, a... A Dulce. Por favor ela precisa de ajuda, ela... Ela desmaiou. Não sei, mas acho que... Que o bebê.


Sua fala foi cortada por um forte soluço, Aleff assentiu rapidamente discando com uma rapidez impressionante o número de Christopher, esperando impaciente o patrão atender, enquanto a outra mão ocupava-se com um aparelho diferente pra chamar uma ambulância.



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Autor(a): Mile💙

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 346



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  • millavondy36 Postado em 07/01/2018 - 23:09:18

    Ownn obg pelo carinho, a fábrica foi maravilhosa do começo ao fim, amei tudo!!

    • millavondy36 Postado em 07/01/2018 - 23:10:08

      *fanfic

  • raylane06 Postado em 29/12/2017 - 01:48:02

    Muito bom essa fic..

    • @Jhamy_22 Postado em 29/12/2017 - 16:41:44

      Obrigada<3

  • millavondy36 Postado em 11/10/2017 - 19:07:38

    Continuaa!!que pena que ta no fim

    • @Jhamy_22 Postado em 29/12/2017 - 16:41:17

      Sim, acabou. Continuando.

  • millavondy36 Postado em 11/10/2017 - 19:07:14

    Roberta é um demonio!!

    • @Jhamy_22 Postado em 29/12/2017 - 16:40:44

      Sem dúvida que Roberta não tem coração.

  • millavondy36 Postado em 11/10/2017 - 19:06:54

    tadinha da Dulce! nao acredito que o baby deles morreu!!

    • @Jhamy_22 Postado em 29/12/2017 - 16:38:37

      Tadinha mesmo, é triste demais. Infelizmente estamos sujeitos a várias situações na vida. Em muitas delas bem difíceis de superar.

  • Bia_Fagundes Postado em 10/10/2017 - 23:53:48

    P/uta que o p/ariu!! Não acredito que isso aconteceu... O Bebezinho deles morreu?? Não posso acreditar...

    • @Jhamy_22 Postado em 29/12/2017 - 16:35:06

      Infelizmente sim!

  • universo9733rbd Postado em 23/09/2017 - 19:53:50

    Arraza hein mon' amor ! Fic Vondy maravilhosa!!

    • Mile_EscreverÉsMiVida Postado em 10/10/2017 - 00:07:55

      Obrigada e bem vinda!

  • millavondy36 Postado em 22/09/2017 - 21:20:20

    Continua!!

    • Mile_EscreverÉsMiVida Postado em 10/10/2017 - 00:07:18

      Continuando.

  • millavondy36 Postado em 22/09/2017 - 21:18:06

    Tomara que Roberta não apronte nada!!

    • Mile_EscreverÉsMiVida Postado em 10/10/2017 - 00:06:43

      Não sei não, do jeito que ela gosta de maldade.

  • millavondy36 Postado em 22/09/2017 - 21:17:12

    Família linda!

    • Mile_EscreverÉsMiVida Postado em 10/10/2017 - 00:05:48

      Sim! Super linda e fofa.


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