Fanfics Brasil - 45 Capítulo - Te amo demais. Um amor irresistível {Terminada}

Fanfic: Um amor irresistível {Terminada} | Tema: Christopher e Dulce María - Vondy


Capítulo: 45 Capítulo - Te amo demais.

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P. O. V. Christopher


A tarde ontem, noite e madrugada de quinta pra sexta foram exaustivas demais para mim, Luke se acidentou, na verdade quando cheguei ao apartamento deles meu filho estava apagado, tinha alguns hematomas por seus pequenos braços e pernas, na cabeça do meu filho um corte aparentemente superficial sangrava.


A única explicação de Roberta é que ele estava brincando nas escadas do prédio e caiu, mas um telefonema rápido e eficaz me deixou a par de toda a situação, através da câmera de segurança já que o prédio onde os dois moram é minha propriedade, soube que Luke não caiu coisa nenhuma. Eu já vinha desconfiando, só não quis acreditar que a mãe dele tivesse coragem, mas sim Roberta estava constantemente batendo no meu filho.


Desde quando os instalei lá venho observando a conduta dela, no escritório, no carro e até mesmo em casa ao sair da empresa. No entanto, os maus tratos começaram a pouco mais de dez dias, Roberta exige que Luke force uma aproximação entre eu e ela, e quando isso não acontece ou quando meu filho defende a Dulce, Roberta fica irritada e desconta nele... Vou usar as imagens a meu favor na audiência de guarda, vou tirar o Luke dela e enfiar Roberta na cadeia. Aquela maluca nunca mais vai chegar perto de mim, dos meus filhos e da minha pequena.


Faz pouco mais de alguns dias que Roberta e eu discutimos, ela quer exigir coisas que convenhamos, não tem direito algum. Disse que eu não estou dando a devida atenção ao Luke, que preciso mostrar que gosto dele e a melhor maneira de fazer isso é ficando com ela. Eu olhei seriamente pra ela esperando que fosse uma brincadeira, o que realmente não era.


Mas o que é de Roberta Pardo está guardado.


Confesso que estou sendo um completo idiota com minha pequena esse tempo todo, e talvez o tapa que Anahí me deu tenha sido mais do que merecido, não sei... Tenho medo dela descobrir sobre a cláusula que exige um filho, e vim me afastando tanto que só me dei conta quando ela mudou de quarto.


Sinto falta da minha pequena, do seu corpo delicado colado ao meu, sua mania de aninhar a cabeça contra meu peito e beijar de olhos fechados, sentindo meu cheiro e repetindo o quanto me ama, o quanto está feliz e muito ansiosa pro nosso filho nascer.


– Você é um merda Christopher! Um merdinha desgraçado!


Chutei longe meus sapatos e arranquei a gravata frustrado.


– Quão idiota eu sou por tratar minha mulher assim? E nosso bebê. Uma criança inocente?!


Falei comigo mesmo olhando meu reflexo, e só consegui enxergar um homem imbecil que tá metendo os pés pelas mãos. Então livrei-me das calças, a camisa em seguida e estava disposto a me atirar na cama, sem procurar se quer por um banho, porém o celular fez-me mudar de plano. Aleff estava me ligando no meu número particular, e nós sempre nos comunicamos pelo celular exclusivo dos seguranças...


– Uckermann. — Atendo no meu habitual tom, mas estranhando.


– Aconteceu uma coisa senhor, e parece ser grave. — O nervosismo e preocupação em sua voz eram evidentes.


Aleff disse algo um tanto abafado, percebendo o clima estranho coloquei de volta a camisa e a calça, do jeito que deu sem desgrudar do celular.

– Sinto muito senhor, sua esposa passou mal e desmaiou, estamos levando-a para o mesmo hospital que foi realizado o exame de DNA. Preciso desligar agora, estamos aguardando a ambulância.


– Espere Aleff! — Ofeguei sentindo meu corpo esfriar por completo. – Onde vocês estão?


– Em Copacabana, no calçadão.


– Ok. — Encerrei a chamada sem perceber onde o celular foi parar.


A notícia me deixou completamente sem chão. A Dul passou mal. Outra vez. A culpa é toda minha, ela vem se sentido mal as vezes... Se nosso filho morrer não vou me perdoar nunca! Vou preferir deixar ela ir do que mantê-la comigo sabendo que fui o culpado por matar nosso bebê.


♡ …♡


– Quer mesmo continuar com isso? — A voz feminina soou um tanto aflita através do telefone.


– Por que? Quer dar pra trás agora? Não foi você quem disse que o ama? Que o quê?


– Eu sei, mas já basta eu ter me metido naquele acidente. Duas pessoas morreram tem ideia disso?!


– Idaí? Era o que eles mereciam, aqueles dois me fizeram de idiota e ninguém faz um Saviñón de idiota. Ninguém!


– Ok, mas eu não quero mais. Ele não quer ficar comigo e arrumar desculpa que tô com medo das ameaças do meu ex-marido, que é pior que uma mosca morta não tá colando mais.


– Olha aqui Perlla pouco me importa as merdas que você tá falando, Alfonso não serve como meu genro e muito menos como alguém de confiança. — Seu tom de voz ficou carregado e frio. – Aquele imbecil não serviu pra eliminar aqueles dois por mim, então também não serve pra ser pai do meu neto e marido da minha filha! Eu já avisei a ele que não volte a se aproximar da Annie, do contrário quando o bebê nascer mando dar uma sumiço nele! É meu neto, mas não deixa de ser filho de um bosta perdedor!!


– Fernando você está sendo muito cruel, ele é pai e todo pai que ama quer saber que seu filho tá crescendo saudável, quer se aproximar, quer acompanhar de pertinho. Não tire esse direito dele. Isso é desumano.


– Desumano sou eu tendo que escutar uma vadia feito você, querer me dar lição de moral. Escuta bem vagabunda eu já perdi as contas de quantas vezes você dormiu na minha cama, mas se quiser nunca mais acordar eu posso me encarregar disso!!!


Perlla suspirou profundamente, ela sabe bem com quem tá se metendo, e não se arrepende do motivo que vai levá-la a se encontrar com Alfonso hoje. Decidiu contar tudo, decidiu deixar Poncho saber do que seu sogro é capaz, e decidiu fazer uma coisa boa que seja na vida. Ela sabe que nunca vai conseguir o amor do homem de olhos esverdeados, porque Perlla sabe que ele só ama Anahí ainda mais agora com a chegada do pequeno bebê.


Durante esse tempo Perlla conseguiu provas que podem incriminar facilmente Fernando, e pretende fazer uso delas hoje, entregando-as a Poncho e pedindo que ele ferre com a vida do Saviñón.


Seu plano é fazer com que ele não desconfie de nada, Fernando não pode sonhar com isso, do contrário Perlla não chegaria nem na metade do caminho até o restaurante, nessa mesma noite, por isso confirmou que continuaria com tudo do jeito que estava.


♡…♡


Christopher estava dirigindo o mais rápido que podia e que era permitido, seu coração apertava e a sensação de culpa, entrava com força em meio de seus pensamentos desesperados. As únicas pessoas que importavam eram Dulce, o bebê e Luke, por coincidência ou não o garotinho está internado no mesmo hospital que Dul tá sendo levada.


Luke devido o choque e por ter levado uma pancada na cabeça, encontra-se desacordado. Seus pequenos bracinhos e pernas já foram devidamente cuidados, e de acordo com os exames, e as marcas roxeadas visíveis no pescoço, foi confirmado que o menino sofreu uma tentativa de estrangulamento.


Christopher ficou completamente horrorizado quando soube disso, ele nunca imaginou que Roberta seria capaz de tentar matar uma criaturinha que ela mesma tenha gerado, e de uma maneira tão brutal... Os médicos afirmaram que Luke ainda ficou vivo graças a ela ter parado a tempo, senão o garotinho teria facilmente morrido.


Uckermann deixou muito bem avisado pra toda a segurança do hospital, que reforçassem a proteção do lugar, ele deixou claro que tem dinheiro pra isso e não mediria esforços pra manter a vida de seu filho a salvo... Pediu que ficassem de prontidão em frente ao quarto do garoto e permitir somente a entrada dele, de sua pequena, Christian Chávez e a esposa, Anahí e Carmen que são as s pessoas mais próximas do garotinho.


E não deixar em hipótese alguma a entrada de estranhos ou de Roberta Pardo. Por falar nela depois que Christopher correu com Luke pro hospital, Roberta fez as malas e fugiu. Seu esconderijo é na casa de um ex-segurança que trabalhou por um bom tempo para os Uckermann’s, ele passa informações em troca de ter Roberta todas as noites em sua cama.


Os olhos castanhos acinzentados de Ucker cresceram de tamanho quando ele avistou o estacionamento do hospital, parou o carro de qualquer jeito, retirou o cinto de segurança e entrou desesperado indo diretamente na recepção, na sua contagem ele devia ter levado mais ou menos quarenta minutos até lá, e caso a ambulância tenha demorado demais, sabe bem que Aleff teria colocado sua mulher no carro e levado-a pra ser atendida logo.


Sua voz saiu uma mistura de embargada com falhada enquanto pronunciava o nome de sua pequena, a recepcionista teve trabalho, mas conseguiu entender e lhe disse o que estava se passando, explicou que ele precisava aguardar por notícias na sala de espera, juntamente com as pessoas que chegaram na companhia de Dulce.


– Como ela está?! — Pediu correndo os olhos entre cada um ali presente.


– Ainda não tivemos notícias senhor. — Disse Aleff depois de dar um copo de água com açúcar a Anahí.


– Como não?! O que eles pensam que estão fazendo? Com quem acham que estão li dando?! Eu sou amigo do diretor desse hospital!! Vou falar com Ian agora mesmo nessa p. orra!


– Hey Christopher calma, não adianta ficar exaltado. Temos que esperar, a Dul tá sendo atendida. — Disse Annie depois de dar um gole na água.


– Tudo bem! — Resmungou Ucker encostando-se na parede branca e sem vida do hospital.


Passaram-se trinta minutos angustiantes, Christopher não tirava os olhos do celular contando quanto tempo havia se passado. Sua paciência estava indo novamente para o espaço, e no momento que desencostou de onde estava pra ir falar com Ian, um doutor adentrou a sala de espera chamando pelos parentes de Dulce Maria Uckermann.


– Aqui doutor, eu sou o marido dela. Como minha esposa está? E o bebê?


– Bom, me chamo Reven Owen sou médico ginecologista e obstetra, estou cuidando do caso de sua esposa que no momento está em observação.


– Mas tá tudo bem com eles? — Maite perguntou aflita.


– A paciente chegou aqui sangrando e inconsciente, tudo isso foi consequência de um início de aborto.


Annie arregalou os olhos e foi sentindo-os encher de lágrimas, May abaixou a cabeça, Aleff estava com o olhar perdido e Christopher já se alto condenava.


– Meu filho morreu? A Dulce perdeu o bebê?? É isso que está me dizendo?!


– Acalme-se senhor, não foi fácil controlar o sangramento, mas nós conseguimos e o bebê continua bem. Ela não o perdeu, no entanto, peço que evite emoções fortes e faça repouso, pelo menos até passar o perigo de aborto.


– Sim, sim claro. Posso vê-la?


– Melhor esperar que ela acorde primeiro, isso pode demorar um pouquinho, lhe aplicamos um sedativo contra a dor, com licença. — O médico saiu rapidamente e Christopher suspirou coçando a nuca.


– Maite — chamou a atenção da esposa do amigo que o olhou. – Acho melhor você ir pra casa descansar, tanto susto assim não faz bem.


– Tudo bem Christopher, agora que sei que tudo está bem posso ir pra casa, liguei pro Chris e daqui a pouco ele vai vir. — O homem assentiu e direcionou seu olhar a sua cunhada.


– Faça o mesmo Anahí, Aleff pode te deixar lá em casa ou na sua se achar melhor.


– Quero ficar aqui até a Dul acordar. — Disse Annie deixando ambas as mãos sobre a barriga.


– Eu posso te avisar quando isso acontecer.


– Eu não vou arredar o pé daqui Christopher! — Aumentou o tom de voz fechando os olhos em seguida, e tentando controlar a respiração que alterou.


– Ok! Ok tudo bem, vou conseguir um quarto pra que fique descansando. — Avisou puxando o aparelho celular de um dos bolsos da calça social.


♡…♡


Minutos mais tarde Christian já havia passado ali pra levar sua mulher pra casa, falou com Christopher tentando passar algum tipo de apoio, cumprimentou Aleff e deixou palavras de conforto a Anahí, a qual já estava instalada num quarto que Christopher conseguiu depois de trocar umas palavras com Ian.


As horas foram passando e enquanto esperava que sua pequena despertasse, Christopher foi ver se seu garotinho estava melhor, a médica responsável informou que Luke já havia acordado, estava chamando por sua avó Regina e um a anjinha ruiva. O dono dos cachos incrivelmente rebeldes, ficou surpreso por seu garotinho chamar pela sua esposa.


Ucker foi seguindo a doutora Neli Francy nervoso e um tanto ansioso, não sabe quando, mas já nutri um grande e sincero amor por seu menininho, mesmo tendo o descoberto a pouco tempo. Ele então desviou seu olhar do nada, pra figura a sua frente, notando o jeito extremamente exagerado que a mulher estava mexendo os quadris, Christopher estreitou os olhos e negou desaprovando tal atitude.


– Chegamos senhor Uckermann. — Disse ela tentando usar uma voz sensual, e prendendo entre dentes o lábio inferior. – Gostaria de companhia?


– Gostaria — O cacheado sorriu frio, observando o brilho de esperança no olhar da mulher oferecida. – Gostaria muito da companhia da minha pequena, mas infelizmente ela não pode está aqui agora.


A doutora Neli Francy tentou disfarçar sua frustração, o que não funcionou. Então apenas deu passagem ao Uckermann, saindo rapidamente dali em seguida.


Luke piscou os olhinhos rapidamente na direção da porta, onde seu pai vinha caminhando até a cama dele. O garotinho tratou de focar seu olhar em seus dedos gorduchos, tentando evitar que as lágrimas que se formavam descessem.


– Hey Luke. — Chamou sem ter sucesso. – Olhe para mim Luke.


Usou um tom firme e orbes castanhas acinzentadas chocaram-se, contra orbes verdes. Christopher se sentiu quebrar naquele momento, seu garotinho estava machucado mais por dentro do que por fora. As piores marcas ficaram na alma do seu filho e ele sabe disso, Luke sofreu agressão e quase perdeu a vida. Christopher sabe que tudo isso pode traumatizar o garotinho.


– Hey filho papai ficou preocupado, foi desesperador te ver caído no chão, parecendo não respirar.


– O que é deperador? — Olhinhos inocentes o encaravam curiosos. Christopher reprimiu um sorriso balançando a cabeça em sentido afirmativo.


– É quando alguma coisa ruim acontece com alguém que gostamos muito, você fica querendo saber se tudo está bem, nervoso e ansioso ao mesmo tempo.


– Hum... — O menininho mordeu o interior da boca, voltando sua curiosidade para seus próprios dedinhos. – Queria a vovó Regina e a anjinha ruiva.


– A Dulce tá aqui no hospital filho, ela passou mal e os médicos estão cuidando tanto dela quanto do seu irmãozinho.


Luke voltou a olhá-lo com seus grandes e expressivos olhos verdes.


– A anjinha tá dodói? O neném também?


– Eles vão ficar bem love, papai tem certeza e nós quatro seremos uma família.


– Mais e a mulher má?


– A mulher má Luke — Christopher segurou as mãozinhas do filho. – Ela nunca mais vai chegar perto de você, nunca mais. Eu prometo campeão.


O cacheado suspirou depositando em seguida um beijo carinhoso na testa do filho, o garotinho ajeitou a cabeça no travesseiro e Christopher o cobriu, só se permitindo sair do quarto quando Luke dormisse.


♡…♡


Dulce acordou e logo percebeu que não estava em casa ou coisa parecida, as paredes claras misturadas em tons pastéis e azul bebê, lhe deixou perceber que estava num hospital... Sua cabeça um tanto confusa, ela apertou os olhos em busca de memórias, e acabou por lembrar do momento de alegria que havia passado com a notícia do concurso. Lembrou de como ficou emocionada, e minutos depois da forte dor que sentiu e que a fez perder os sentidos.


Foi desesperador lembrar do desconforto que sentiu e quando se deu conta já estava chorando alto, com as duas mãos na barriga e repetindo uma sequência de não's. A enfermeira estagiária que estava no quarto saiu apressada atrás do médico, pra saber o que fazer... O choro repentino de Dulce deixou-a muito assustada.


Enquanto a ruiva continuava a chorar a porta do quarto foi aberta e a figura alta, forte e preocupada de seu marido surgiu, Christopher viu como a enfermeira havia saído e decidiu entrar, ele correu de encontro a esposa sabendo que ela não tinha notado sua presença ainda ali.


– Hey querida, calma. Está tudo bem. — Pediu tentando segurar as mãos dela sem sucesso.


Dul continuava a chorar com as palmas das mãos agora sobre toda a área de sua barriga, tentando sentir que ali dentro ainda tinha uma vida crescendo.


– Pequena, olha aqui pra mim. — Tentou Christopher mais uma vez calmamente, o que não funcionou.


O cacheado suspirou tentando manter a calma e fez a única coisa que poderia calá-la naquele momento, ele segurou o rosto da esposa com as duas mãos e selou demoradamente ambos os lábios. O choro foi interrompido por alguns minutos, até Dulce empurrá-lo pelo peito.


– O meu filho. — Pediu baixinho sentindo mais lágrimas descerem.


– Calma pequena, nosso filho tá bem. Ele tá aqui meu anjo — Christopher tocou a barriga dela por cima da roupa hospitalar. – Bem aqui, protegido e dentro de você.


– Que alívio. — Ela fechou os olhos permitindo-se sorrir.


– Eu sei, também me senti assim quando soube que não tinha risco algum. — Confessou encostando a testa na dela.


– Pare de fingir que se importa com ele.


– Eu me importo, é meu filho também. Como pode achar que não?


– Sai daqui Christopher. — Pediu ao se afastar dele.


– Pequena... — Suspirou.


– Pequena nada! Sai daqui, a sua noite foi boa né? Então faz um favor pra mim, vai atrás da Roberta e deixa meu filho e eu em paz.


– É NOSSO filho, e entre Roberta e eu não existe nada. — Dul sorriu ironicamente.


– Quer mesmo me convencer que a noite que passaram juntos foi nada?!


– Dulce não existe essa coisa de passar noite juntos, eu fui até lá por causa do Luke. Meu filho estava sendo mal tratado e agredido por ela.


A ruiva suavizou a expressão relaxando os ombros, foi um susto escutar aquilo, seus pensamentos foram direto para o menininho das bochechas gorduchas, jeito meigo e olhos vivos esverdeados. Como alguém tem coragem de maltratar uma criança assim?


Como pode a própria mãe ser tão cruel? Luke é tão pequenino pra conhecer as maldades do mundo, no entanto, foi sua própria mãe quem o apresentou. Dul estava chocada e com raiva ao mesmo tempo.


– Como... Como ela pôde? Não é possível, ele saiu dela. Será que Roberta não sente nada pelo filho?!


– A única coisa que Roberta sente falta pequena, é do dinheiro, da vida boa que tinha comigo, ou até mesmo com aquele homem com quem ela fugiu.


– É muita maldade meu Deus. — Dul suspirou acariciando sua inexistente barriga de grávida. – Eu aqui toda aflita achando que tinha perdido o meu filho-


– NOSSO filho. — Christopher a interrompeu pra corrigi-la.


Dul revirou os olhos e acabou avistando umas flores. Um de rosas vermelhas, num arranjo lindo e sofisticado, que ela sabia ser de Christopher, o outro de rosas brancas, era mais simples e continha um ar familiar que Dulce sentiu conhecer, porém sua cabeça estava confusa demais para encontrar nas memórias a resposta pra tal dúvida.


– Eu tô p. uto pra descobrir quem foi a pessoa que te enviou as outras flores, Aleff está fazendo isso por mim. — Informou Christopher sem conseguir esconder sua irritação.


– São lindas, mas prefiro as vermelhas. – Dul confessou ainda olhando as rosas e acariciando a barriga.


– Eu sei meu amor. — Christopher abaixou-se na altura dela. – Depois que te conheci comecei a pesquisar sobre sua vida, descobri muito sobre você, até do tal Rodrigo... Mesmo não me agradando, tô desconfiando que foi ele quem mandou as outras flores.


Dulce abriu a boca pra dizer alguma coisa, mas nada saía. Seu coração não bate mais acelerado por Rodrigo, nem tem mais o mesmo sentimento de antes, tudo mudou quando Christopher entrou na vida dela, e ainda mais depois que descobriu que está gerando uma vida.


– Dul me perdoa amor, sei que tô sendo um completo idiota de um tempo pra cá, coloquei sua vida e a do nosso filho em risco uma vez, e me arrependo, pensar que poderia perder ele agora foi enlouquecedor, pequena me perdoa... Eu quero começar tudo de novo, quero construir uma família com você, nosso filho e o Luke.


– Você nos deixou de lado Christopher, sem dá a mínima. E sempre corria quando aquela vagabunda te chamava.


– Eu estava apenas preocupado com o Luke, não tive a oportunidade de vê-lo desde pequeno, eu só queria ficar mais presente e acabei me afastando de vocês.


– Você nem ao menos ligava pro meu bebê, foi tão carinhoso quando soube da existência dele, mas depois... — Encolheu os ombros.


– Eu sei... — Ele segurou o rosto dela entre as mãos e selou os lábios várias vezes. – Eu sei pequena... Me perdoa e volta pra mim, é tão ruim te ter e não ter ao mesmo tempo, eu preciso de você Dul e da NOSSA pequena vidinha que cresce aqui dentro. — Apoiou a mão direita por cima da dela. – Me perdoa amor.


Dulce suspirou e fechou os olhos por alguns segundos, ela queria ser mais dura, queria poder dizer não e fazê-lo sofrer também, no entanto, fingir não se importar com a ausência de alguém que amamos é impossível, e mesmo querendo se xingar de tudo quanto é nome, a ruiva apenas abriu os olhos e encarando profundamente a duas imensidões castanhas acinzentadas, deixou escapar quase como sussurro um: sim... Eu te amo e te perdôo.


Christopher sorriu largo voltando a beijá-la calmamente, explorando a boca dela e se deliciando com a sensação dos lábios delicados nos seus. Os dois ficaram um bom tempo ali, se beijando, falando baixinho o quanto se amam e paparicando a barriguinha que nem apareceu.


– Fiquei sabendo que a senhorita tinha acordado. — A voz alegre de Annie os fez despertar e olharem em direção a porta. – Como está se sentindo Dul?


– Melhor — Sorriu vendo a irmã chegar mais perto e lhe dar um abraço, assim que Christopher se afastou. – E você Annie como está? E o Lorenzzo? Soube que não se sentiu bem.


– Foi apenas um pequeno aumento da pressão arterial, o doutor me atendeu e agora tá tudo bem. — Disse a loira ao beijar a mão da irmã.


– Tem certeza? — Olhos preocupados de Dulce procuravam algum sinal de mentira.


– Sim, claro. Eu tô bem Dul. E você? Como se sente?


– Bem melhor, tô feliz e aliviada por não ter perdido meu bebê.


– Que bom Candy, você não merece passar por uma dor dessas, eu ficaria louca se algo ruim acontecesse ao Lorenzzo.


– Falou com Poncho sobre seu mal estar?


– Não e nem vou! Dul, Alfonso e eu não temos mais jeito... Ele continua saindo com a Perlla, eu não poderia perdoar isso, é traição! E da pior forma possível porque eles não fazem questão de esconder.


– Bom eu preciso falar com o Aleff e já venho. — Avisou Christopher, Dul assentiu franzindo o cenho, vendo-o se afastar.


– Amor... — Ele virou sentindo o peito esquentar ao ouvir ela chamando-o assim.


– Sim pequena. — Pediu voltando a se aproximar.


– É sobre ele?


– É sobre ele sim, eu quero descobrir se esse desgraçado tá por perto. — Disse sério deixando transparecer o ciúme, Dul sorriu o puxando pela camisa até estar beijando os lábios do marido.


– Eu amo você não esquece, só você Christopher... — Confessou em sussurros.


– Também te amo amor, te amo demais.


E com isso ele se afastou saindo completamente dali, sem ver o grande sorriso e o imenso brilho nos olhos que ficou na esposa, escutar ele dizendo que a ama era o que Dulce mais queria, e isso finalmente aconteceu.


 


💕💕


Até breve 😘



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Autor(a): Mile💙

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 346



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  • millavondy36 Postado em 07/01/2018 - 23:09:18

    Ownn obg pelo carinho, a fábrica foi maravilhosa do começo ao fim, amei tudo!!

    • millavondy36 Postado em 07/01/2018 - 23:10:08

      *fanfic

  • raylane06 Postado em 29/12/2017 - 01:48:02

    Muito bom essa fic..

    • @Jhamy_22 Postado em 29/12/2017 - 16:41:44

      Obrigada<3

  • millavondy36 Postado em 11/10/2017 - 19:07:38

    Continuaa!!que pena que ta no fim

    • @Jhamy_22 Postado em 29/12/2017 - 16:41:17

      Sim, acabou. Continuando.

  • millavondy36 Postado em 11/10/2017 - 19:07:14

    Roberta é um demonio!!

    • @Jhamy_22 Postado em 29/12/2017 - 16:40:44

      Sem dúvida que Roberta não tem coração.

  • millavondy36 Postado em 11/10/2017 - 19:06:54

    tadinha da Dulce! nao acredito que o baby deles morreu!!

    • @Jhamy_22 Postado em 29/12/2017 - 16:38:37

      Tadinha mesmo, é triste demais. Infelizmente estamos sujeitos a várias situações na vida. Em muitas delas bem difíceis de superar.

  • Bia_Fagundes Postado em 10/10/2017 - 23:53:48

    P/uta que o p/ariu!! Não acredito que isso aconteceu... O Bebezinho deles morreu?? Não posso acreditar...

    • @Jhamy_22 Postado em 29/12/2017 - 16:35:06

      Infelizmente sim!

  • universo9733rbd Postado em 23/09/2017 - 19:53:50

    Arraza hein mon' amor ! Fic Vondy maravilhosa!!

    • Mile_EscreverÉsMiVida Postado em 10/10/2017 - 00:07:55

      Obrigada e bem vinda!

  • millavondy36 Postado em 22/09/2017 - 21:20:20

    Continua!!

    • Mile_EscreverÉsMiVida Postado em 10/10/2017 - 00:07:18

      Continuando.

  • millavondy36 Postado em 22/09/2017 - 21:18:06

    Tomara que Roberta não apronte nada!!

    • Mile_EscreverÉsMiVida Postado em 10/10/2017 - 00:06:43

      Não sei não, do jeito que ela gosta de maldade.

  • millavondy36 Postado em 22/09/2017 - 21:17:12

    Família linda!

    • Mile_EscreverÉsMiVida Postado em 10/10/2017 - 00:05:48

      Sim! Super linda e fofa.


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