Fanfic: Um amor irresistível {Terminada} | Tema: Christopher e Dulce María - Vondy

Pov Autora 

– Lorenzzo Alec Saviñón Herrera. — Poncho disse babando na barriguinha de seis meses da esposa. 

Sim. Depois deu um longo mês, Anahí deu o braço a torcer e perdoou o marido, Poncho já não aguentava mais as sequências de fora que recebeu da loira... Foram muitos arranjos de flores, jantares românticos e até mesmo serenatas, estava difícil, e por mais dificuldade que tivesse nunca passou pela cabeça de Alfonso desistir, nunca mesmo. 

Ter sua esposa e o filho outra vez era tudo o que ele mais queria e precisava... E agora tudo estava em ordem novamente, sua vida e seu casamento. 

– Por que Alec Ponchito? — Suspirou a loira satisfeita com o carinho que recebia na cabeça. 

Eles estavam curtindo uma tarde quente, linda e amorosa em um hotel fazenda carioca... Era tudo que o casal precisava, duas semanas inteiras para descansar, aproveitar as coisas e atividades que o lugar oferecia e se amarem. 

A noite que passou foi bem animada e prazerosa para ambos, eles fizeram amor da forma mais carinhosa possível... Alfonso não queria de maneira alguma causar desconforto a sua esposa ou ao bebê. 

– Só achei bonito amor, e combina com Lorenzzo. — Deu de ombros mesmo sem a loira ver, Annie estava de olhos fechados. 

– Hum... — Ela quase ronronou ajeitando a cabeça sobre as coxas fartas do marido. – É lindo. 

– Lorenzzo Alec então? — Annie abriu os olhos sorrindo grandioso, Poncho achou que teria um infarto só de presenciar tal imagem. 

– Sim, Lorenzzo Alec. — Inclinou a cabeça para cima afim de bicar os lábios do moreno, Poncho abaixou a sua e então colaram as bocas, em três curtos selinhos. – Saviñón Herrera. 

Completou ela admirando orbes esverdeadas brilharem, e novamente as bocas se chocaram com bem mais necessidade do que antes. 

E assim como os beijos haviam esquentado, ambas as mãos já tinham feito o trabalho de arrancar as roupas do corpo do casal Ponny. E Alfonso agora enlouquecia sua esposa ao deslizar a língua por toda a extensão do pescoço da loira, não demorando muito para estar circulando um dos seios completamente sensíveis, pela excitação e por causa da gestação, causando sensações incríveis na grávida que se contorcia embaixo dele, agarrando com força o lençol da king size. 

O período que estiveram afastados Alfonso passou a ler tudo sobre a maternidade, os primeiros cuidados com o bebê. Como o leite materno é muitíssimo importante nos primeiros meses, para saúde e crescimento da criança. 

Mas o que lhe chamou a atenção foi saber como as mulheres tinham constantes mudanças de humor... Podiam sorrir de algo fofo e romântico agora, e daqui a dois segundos chorar por algo bobo como uma propaganda de TV... 

No site da pesquisa onde procurou se informar, Alfonso leu os comentários e riu alto ao descobri que uma das grávidas havia chorado assistindo Shrek 2, pelo simples fato – que para ela não foi tão simples assim – do ogro ter virado humano. Porque do ponto de vista da telespectadora o filme perderia o encantamento se ele permanecesse daquela maneira, afinal a saga Shrek destaca que não é preciso ser perfeito e igual a todos para ser príncipe ou princesa,  ou simplesmente para serem felizes. 

Outra grávida relatou que assistir Frozen com sua filhinha de quatro anos lhe rendeu numa vontade louca de comer gelo, devidamente que para azar seu ou do marido – tenho a completa certeza que foi dele – a geladeira da casa tinha parado, o que resultou numa onda de choro e manhas até convencê-lo a ir atrás de gelo na casa dos vizinhos...

Poncho enrugou a testa achando estranho certos tipos de desejo. Porém esse que Annie estava tendo no momento lhe agradava muito, além de saber que é saudável fazer amor durante a gravidez. 

O grito que Annie deu no momento que ele começou chupa-la com avidez, lhe tirou de tais pensamentos voltando a concentrar a atenção em sua esposa. 

– Poncho por favor amor... Por favor... Por favor... — Ela pedia com lábios entre abertos, ofegante e amassando com força o lençol ainda preso entre os dedos. 

– Por favor o quê princesa? Huh? — Ele tinha afastado a boca, mas quando voltou a c/hupá-la, Anahí achou que não aguentaria tanto, ou que acabasse derretendo. Não é possível que ele poderia ser tão bom, e depois de tantos anos o desejo ser maior ainda toda vez que se amam. 

– Merda pare com isso! E me ame logo. — Annie abriu os olhos e viu o sorriso sacana que o marido deu. 

Ele sugou uma última vez, apreciando a esposa inclinar o corpo e em seguida largá-lo no colchão, tamanho o prazer que sentiu.  Seus lábios deixou beijos sobre a avantajada barriga onde mantinha protegido o bem mais precioso de ambos, Poncho continuou a subir até beijá-la com calma, explorando a boca dela. 

– Eu te amo. — Sussurrou com as testas coladas. 

– Sou louca por você, te amo demais. Agora faça logo amor comigo. — Exigiu a loira sentindo o corpo todo gritar por contato íntimo entre os dois. 

– Como quiser senhora Herrera mandona. 

Alfonso então sentou encostando as costas na cabeceira da cama, a mão masculina e grande começou a descer e subir sobre o volume já formado, ele deixou um suspiro escapar, Annie o encarava mordendo os lábios... Poncho ficou alguns minutos se masturbando até achar o suficiente, então buscou preservativo e lubrificante com uma das mãos livres, seria cuidadoso para não machucar Annie. 

Depois de proteger lubrificando em seguida seu grande e consideravelmente grosso p/au, Poncho a chamou com o dedo indicador.

– Vem cá amor, sente aqui vai. — E não precisou pedir duas vezes. 

Anahí encaixou o membro em sua entrada com a ajuda de Poncho e foi descendo devagar, até tê-lo dentro por completo. 

– Pronta? — Referiu-se se já podia se mexer ou não. 

– Sim, sempre pra você meu amor...

E mais nada foi dito, exceto claro por seus gemidos e o barulho dos corpos se chocando... Nada mais importaria se fossem sempre Anahí de Alfonso e Alfonso de Anahí. Quem se atreveria a querer mudar isso? Quando é amor de verdade dura até a eternidade. 

(...)

Dulce, Christopher e Luke estavam numa bolha de amor particular incrível, desde quando o garotinho passou a morar com eles os três não se desgrudam, viraram uma verdadeira família. Luke começou recentemente a chamar o cacheado de papai, e quando isso aconteceu foi a melhor coisa para Christopher. 

Flash Black on

– Olha o aviãozinho... — Disse Dul com uma quantidade de sopa de letrinhas na colher, Luke adora. 

Fora uma semana agitada, repleta de saídas em pracinhas e parques de diversões... De comer besteirinhas e tomar sorvete. Então Luke teve uma pequena inflamação na garganta, acompanhada de febre... Dulce e Christopher ficaram desesperados, mas logo foram acalmados pelo médico da família. 

Doutor Kalil explicou a situação e passou os cuidados necessários. A ruiva e o marido se prontificaram a cuidar do garoto direitinho, e por não conseguir comer alimentos que force a garganta, Luke estava sendo alimentado pela sopa de letrinhas com gosto mágico da Carmen. 

Esse “gosto mágico” deve-se a qualquer tipo de remédio que o pequeno detesta tomar... Regina por já conhecer as manhas do neto deu essa dica aos papais de primeira viagem. 

– Hum... — O garotinho fechou os olhos satisfeito com o sabor. – Tá muito gostoso. 

– Que bom que gostou cachinhos dourados. — Dulce sorriu amorosa e viu Luke a encarar unindo as sobrancelhas em sinal de confusão. 

“Tão Christopher.“ – Pensou ela. 

– Cachinhos dourados é uma menininha anjinha ruiva. Luke é menino. 

– Eu sei querido, mas não tem problema sim? Você tem lindos cachos parecidos com os dela. 

Ele pensou um pouquinho para depois assentir, voltando a comer da sopa. Dulce já conseguia se sentir mãe do menino apenas por ajudar a cuidar dele, por se preocupar com ele, por brincar e por demonstrar amor... 

– Luke tá com soninho. — Disse coçando os olhos. 

– Só mais essa baby boy, estamos quase no final. 

Depois da última  colherada Dul o ajudou a sair da cama e ir escovar os dentes, Luke já sabia fazer direitinho e Dul se orgulhou disso. Não deixando de pensar como Roberta simplesmente ignorou ser mãe do próprio filho. 

O quarto do pequeno Uckermann foi decorado com o tema Os Vingadores, porque Luke é apaixonado pelo Capitão América, principalmente, e porque ele possui todos os bonecos e filmes dos super heróis. 

 Ao voltar para o quarto cachinhos dourados se ajoelhou sobre o espaçoso e confortável tapete felpudo – o qual ocupa grande parte do lugar – e rezou, assim como Regina sempre o ensinou. Ele rezou agradecendo papai do céu por tê-lo dado pais tão amorosos, que o amam e que ele ama também. Luke disse tudo em voz alta e quando terminou Dulce secava as lágrimas, ela decididamente se apaixonou pelo baixinho. 

Em seguida o pôs entre as cobertas, aquecendo o coração com o som de contentamento que o garotinho deixou escapar dos lábios. 

– Consegui chegar a tempo de dar o beijo de boa noite ao meu filhote? — Disse Ucker escorando-se ao batente da porta, fingindo estar ofegante. 

Os olhos de Luke brilharam e Dulce sorriu. 

– Corri uma maratona pra conseguir chegar aqui. — Secou o falso suor da testa aproximando-se dos dois. Selou os lábios da esposa e foi sentar perto do filho. 

– Eu tava espelando minha histólia, mas tô com muito soninho. — Ucker sempre lê uma história diferente pro garoto antes dele adormecer . 

– Me desculpe campão, amanhã terá ok? — Luke assentiu aconchegando-se no colchão e travesseiro, e recendo um beijo na testa do pai em seguida.

– Noite anjinha ruiva, noite papai. — Seus olhinhos fecharam já os de Christopher cresceram de tamanho. 

– Ele disse... Ele disse papai? — Engasgou e viu Dul assenti com expressão surpresa também. 

Christopher não precisaria dizer mais nada, foi a melhor noite de sua vida. 

Flash Black off 

De lá para cá ele nunca mais parou de chamar o cacheado de papai, e essa se tornou a palavra preferida de Christopher. 

Dulce agora com três meses tinha tido outra consulta na obstetra faz poucos dias, consulta de rotina e descobriu que vai tudo muito bem com a pequena vidinha, a ruiva está doida para saber o sexo do bebê, apesar de ela e Christopher sempre o chamar de meu filho,  dando a entender que será um menino, ou melhor mais um menininho.

– Então quer dizer que você admite ter se apaixonado por ele Dul? — Perguntou Annie enquanto acariciava sua barriga.

O tempo que passou no hotel fazenda com Poncho lhe fez muito bem, Anahí está com sorriso e brilho nos olhos mais que apaixonados. 

Raramente sua mão deixava o lugar onde seu filhinho crescia, e depois que sentiu Lorenzzo mexer ela procura não afastar a mão dali, pra que não possa perder nenhum movimento do bebê. 

Sexta-feira foi decretado pelas quatro mulheres como o dia de compartilhar experiências, sejam boas ou ruins... Já que seus respectivos maridos estão tratando de negócios, num jantar importante. 

– Sim Annie, tô totalmente apaixonada pelo Luke. 

A sala de cinema e lazer inaugurada a pouco tempo era sempre o ponto de encontro delas... Sua decoração é neutra e suave – já pensando na chegada dos respectivos bebês – as paredes são claras, assim como os dois grandes sofás, a um enorme tapete felpudo cobrindo boa parte do chão de cor escura, beirando o preto, uma espaçosa TV, aparelho de som e DVD, um móvel contendo diversos gêneros de filmes ou musicais e um pequeno frigobar. 

– Por falar nisso cadê ele? — Maite perguntou enfiando a mão no balde de pipoca, o qual encontrava-se entre elas.

– Foi passar esse fim de semana com a Regina, já tô com saudade do meu filho. — Disse sem perceber e as três paralisaram o olhar sobre ela. – Que foi gente? 

– Percebeu o quê disse? Você chamou o Luke de filho Dul, tô orgulhosa de você. — Disse Blanca sorrindo e abraçando a mais nova de lado. 

– É o que eu sinto sabe, sinto que ele é meu filho e farei de tudo pra protegê-lo do que for, não vou permitir que Luke sofra de novo. 

– Tá se referindo a Roberta né? — Quis saber Blanca sem tirar os olhos do celular. 

– Aquela mulher é um monstro, odiar o próprio filho. — Blanca assentiu sem olhar pra irmã, já que não conseguia tirar os olhos do aparelho eletrônico. – Tá tudo bem Blan? 

– Tá sim Dul — Suspirou bloqueando a tela do aparelho. – É só preocupação boba de mãe, Bia foi dormir na casa de uma amiguinha. 

– Então fica tranquila, se acontecer algo a mãe da menina avisa. 

– Você tá certa. — Sorriu. – E você May? Já escolheu o nome do bebê? 

– Já — As covinhas ficaram a mostra deixando-a adorável. — Nossa filha vai se chamar Blaire, é de um livro que eu amo e não consegui parar mais de pensar que esse seria perfeito para ela. — Sua mão também estava repousando no pequeno volume abaixo dos seios... – Fercho também amou... Ele tá todo bobo pra conhecer nossa menina.

As quatro só conseguiram assistir dois filmes, três grávidas juntas significa sono em dose tripla. A vontade de dormir multiplica, cansaço então nem se fala... Blanca continuou acordada um pouco mais e só sossegou quando Selenni – mãe da amiguinha de Bia –  ligou dizendo que as duas crianças foram dormir esgotadas, depois de tanto brincarem...

(...)

Roberta estava se corroendo de raiva e querendo mais que tudo eliminar o sorrisinho de Dulce, a mulher passou a  considerar todos os sorrisos da ruiva insuportáveis, nojentos e irritantes. Desde quando “sumiu” sua rotina consistia em vigiar a vida do casal Vondy, o ex-segurança a ajudava em tudo.

– Quero ver por quanto tempo mais esse sorriso ainda vai estar no seu rosto, ruiva desgraçada!! — Cuspiu as palavras desligando a TV com raiva. – Sua hora tá chegando. Vai me pagar por ter roubado Christopher de mim, por tá querendo ser a mamãe perfeita pra aquele moleque insuportável, e por ter engravidado do MEU HOMEM... Malditaaa!!!

Socou a cama secando furiosamente as lágrimas que desceram.

– Vai se arrepender do dia que apareci na sua frente. Eu prometo que vaaii!! — Seus olhos estavam completamente vermelhos e cheios de ódio.

***

Rodrigo Mascarenhas pisou em solo brasileiro respirando fundo o ar, e apreciando as paisagens do país tropical – abençoado por Deus e bonito por natureza – sua estadia não é somente por assuntos de trabalho, ele quer encontrar Dulce, quer conversar com ela e questioná-la sobre ter se casado com outro. O quê houve afinal? Eles tinham uma promessa não tinham? Iriam casar, ter filhos e viverem felizes para sempre, se possível.

Sim porque o para sempre parece não existir, mas a verdade é que se cada casal propuser fazer durar, mesmo com as dificuldades, mesmo com os desafios nada vai poder abalar a relação... É questão de querer tentar e fazer valer a pena.

Era isso que Rodrigo pensava, os dois se amavam não era? O quê aconteceu então? Por que Dulce casou-se com outro homem? 

Essas perguntas varriam sua cabeça e ele estava muito afim de encontrar as respostas. 

(...)

A segunda ainda quente daquele final do mês de Junho, dois dias após a sexta-feira denominada – dia de compartilhar experiências sejam boas ou ruins – estava sendo marcado pelas carícias, necessidade e desejo do casal Christopher e Dulce, o cacheado sente a esposa dez vezes mais atraente agora, sabendo que carrega um filho seu dentro do ventre. 

A grande e confortável cadeira de couro escuro do escritório de Christopher inclinou-se para trás, enquanto ele desfrutava dos beijos da esposa... Dulce estava sentada em seu colo de frente para o mesmo, o vestido com estampa florais deu uma leve levantada, Ucker aproveitou tal feito para apertar as coxas torneadas dela, sem deixar de massagear ambos os lábios. 

Foi então que as coisas começaram a esquentar bem mais, as mãos do cacheado foram parar nas nádegas da esposa, enquanto a ruiva iniciou uma tortura de reboladas... Christopher já sentia arrepios percorrerem seu corpo e o membro até a pouco adormecido, dar sinais de vida. 

Os lábios dele agora atacavam a pele bronzeada do pescoço da ruiva... Dul aumentou a velocidade de seus movimentos, seu corpo tombou na mesa e com o impulso duas das três gavetas caíram, e um papel foi ao chão. 

Os dois riram ofegantes acalmando os corpos e Ucker estralou selinhos na boca da esposa. 

– Olha o que seus hormônios fizeram pequena. — A encarou o cacheado com desejo evidente e esfregando o nariz no pescoço da mulher. 

– Meus hormônios né? E por quê seu amiguinho tá duro posso saber? — Disse saindo do colo dele pra pegar as gavetas do chão. 

– Acho que ele simplesmente não aguenta quando você encosta em mim. — Piscou. 

Dulce recolocou as gavetas em seus lugares, e quando pegou o papel paralisou os olhos ali... Numa linha onde tinha seu nome escrito. 

– O quê é isso babe? — Franziu o cenho virando o papel pra que Ucker visse voltando a lê-lo em seguida. Christopher arregalou os olhos sentindo todo o corpo esfriar. 

Por que merda ele foi mesmo inventar de reler o contrato? E por que merda maior ainda deixou a gaveta destrancada??

– Dul me dê aqui, não é nada demais amor. — Tentou pegá-lo, mas a ruiva não deixou. 

– Nada demais. — Era tarde, ela estava lendo e sua expressão era totalmente confusa. – Isso é um contrato? Contrato do nosso casamento? 

– Amor eu posso explicar, só me entregue esse papel por favor. 

– Não chega perto Christopher. — Disse se afastando dele. – Quando pretendia me mostrar isso? 

– Não sei... Eu... Eu só... Quis te poupar. — Dulce paralisou por alguns instantes e quando encarou os olhos do marido uma lágrima escorria. 

– Então pra que o contrato fosse legítimo você precisaria me engravidar? 

– Não amor! Quer dizer sim... Mas não foi planejado quando fizemos amor a primeira vez, Eu esqueci de usar preservativo. Não foi premeditado. 

– Eu não acredito! — Dul jogou o papel no chão e mais lágrimas banhavam seu rosto agora. – Então era por isso, era por isso que você não queria o bebê. Porque fazia parte desse contrato. 

– Não foi Dulce, eu já expliquei o que aconteceu, tudo bem que fiquei com medo de você descobri e me odiar... E que isso foi um dos motivos pra que eu me afastasse, mas eu amo nosso bebê. Amo muito. 

– Seu mentiroso! – Ela fechou os olhos com raiva e colocou uma mão na barriga procurando se acalmar. 

– Eu tô falando a verdade. — Christopher quis tentar uma aproximação outra vez, no entanto, Dul abriu os olhos vermelhos de raiva e ele achou melhor ficar onde estava. 

– Mentirosooo!!! 

– Amor eu só-

– Não me chame de AMOR!! — Gritou a última palavra e saiu furiosa do escritório... Christopher suspirou pesado sentindo o olhar embaçar pelo acumulo de água em ambos... Ele socou a mesa repetidas vezes se xingando internamente. 

(...)

Era uma decisão difícil a ser tomada, mas Dulce sentia-se traída e enganada, ou vendida de uma maneira suja seria o certo a se falar?? Ter um bebê, uma vidinha inocente envolvida em algo tão sujo, estava lhe causando náuseas.

E ao entrar no quarto grande, bem decorado com cores escuras do casal, Dul arrumou uma grande mala de qualquer jeito, tentando a todo custo segurar as lágrimas mesmo achando quase impossível, foi jogando roupas com cabides e outras sem, ela só precisava sair logo dali, sua cabeça estava confusa e os sentimentos também... 

Mas o que deixou a ruiva com o coração na mão foi imaginar a carinha que Luke faria, quando voltasse para casa no final da tarde junto a Regina e não encontrasse a anjinha ruiva... Ele iria sentir muito a falta dela assim como ela vai sentir falta do baixinho. Muito mesmo. 

O caminho até a porta de saída só foi acompanhado por Aleff que tentava entender a situação, porém achou melhor não se meter... Assunto de casal é sempre uma coisa da qual funcionários não devem interferir. Aleff acabou escutando a discussão, o volume com o qual estavam falando era alto e consequentemente chamando a atenção de quem estivesse por perto. 

Era triste vê-los brigando outra vez, pois estava nítido para qualquer um como se amavam e o quanto se combinam. 

**

Uma semana. Uma semana inteira sem notícias, setes dias sem ter o conhecimento de onde sua esposa possa estar, já perguntou a Maite, Blanca e Anahí e nenhuma sabe dizer nada, Christopher desconfia que devam saber, mas não querem falar... Então decidiu que seria do seu jeito, colocou Aleff para descobrir onde Dulce estava e ficou aliviado e irritado ao mesmo tempo, com as notícias que recebeu. 

– Esse é o endereço onde a Sra. Uckermann está senhor. — Disse Aleff entregando-lhe um papel. 

– Ótimo trabalho Rodiggers. — Leu rapidamente deixando-o sobre a mesa. 

– Mais uma coisa senhor... 

– Sim Aleff. — Christopher ergueu as sobrancelhas indicando que continuasse,  ajustando-se na confortável cadeira da sua sala na empresa. 

– Rodrigo Mascarenhas está no Brasil e hospedado no mesmo hotel que sua esposa. 

Foram apenas questão de segundos pra que Uckermann estivesse sentindo o corpo inteiro esquentar, os punhos fecharem com extrema força, olhos praticamente faiscarem e a raiva o consumir por inteiro. 

– Como é que é?? Aquele filho da mãe está aqui? — Sua postura rapidamente tornou-se tensa. 

– Sim, está. Faz pouco mais de dois dias que descobriu que a Sra. Uckermann se hospeda no mesmo lugar, e desde então vive cercando-a. — Christopher socou a mesa querendo fazer o mesmo com a cara de Rodrigo. E ele faria assim que colocasse os olhos no maldito ex-namorado de sua pequena. 

**

Pov  Dulce

– Oi amor. — Falei sentindo um sorriso enorme rasgar meu rosto ao ver meu pequenino correndo para me abraçar, eu estava esperando-o ansiosa na área de lazer do hotel. 

Carmen sempre o trás quando Christopher não está mais em casa, isso porque no segundo dia fora de casa liguei chorando, por sorte foi Carmen quem atendeu então pedi a ela que trouxesse Luke onde eu estou hospedada no dia seguinte, quase morri de ansiedade pra vê-lo, ficamos agarradinhos na minha cama, assistindo desenhos enquanto tomávamos chocolate quente... Pois nesse dia estava friozinho. 

Daí em diante Carmen sempre o trás e nós nos divertimos muito. 

– Oi mamãe. — Sorriu envolvendo os bracinhos no meu pescoço. 

Oh. Meu. Deus! Eu paralisei. Ele me chamou de mamãe... De mamãe... Isso foi tão... Tão lindo, tão fofo, tão emocionante que precisei me segurar muito para não desabar em lágrimas  na frente dele. 

– Isso soa maravilhoso para mim meu amor. Amei ser chamada de mamãe. — Carmen percebeu meus olhos marejados e sorriu amorosa. 

– Ele não tira seu nome da boca, fica morrendo de saudade assim que a visita acaba, em casa então é um sacrifício colocá-lo para dormir, Luke quer beijinho de boa noite do papai e da mamãe também. — Mordi o lábio ao notar que Christopher foi mencionado na conversa. – Ucker sente sua falta querida. 

– Eu sei, eu... Eu também sinto. 

Uma hora mais tarde meu menino tinha ido embora, infelizmente. Luke vai para o colégio a tarde, de terça-feira e quinta ele tem inglês pela manhã, segunda e sexta é a escolinha de futebol. Hoje é segunda e não teve porque o professor precisou resolver assuntos pessoais.

Eu fiquei com lágrimas escorrendo pelas bochechas. Quando isso ia acabar? Até quando teríamos que ficar nos despedindo? 

– Aquele é o filho do seu marido então. — Levei um susto até me dar conta que era Rodrigo quem estava falando comigo. 

Foi uma surpresa encontrá-lo aqui, e vê-lo outra vez só me provou que eu realmente não sinto mais nada, nem uma leve paixão, nada. 

Rodrigo vem insistindo pra que conversemos, mas sinceramente não vejo necessidade. OK! Sei que tínhamos feito planos, mas nós dois fomos obrigados a terminar o namoro e depois ele foi embora, nossas vidas tomaram rumos distintos, e agora eu sou completamente apaixonada por meu marido, apesar de tudo. 

– Nosso, Luke também é meu filho. — Falei dando-lhe as costas. 

– Quando vai parar de fugir e aceitar que precisamos conversar hum? — Disse segurando-me pelo braço. 

– Não temos nada que conversar. — Respondi o encarando feio. 

– Acha que me trair assim dessa maneira é nada?? Dulce você casou com outro e está grávida dele. 

– Te trair?? Rodrigo não pira! Nós terminamos, não existia mais compromisso algum. — Puxei o braço já me irritando. 

– Não existia?? E a promessa hum? A promessa de casarmos, de termos filhos e ficarmos juntos para sempre? Onde foi parar?! — Ele estava começando a alterar a voz e seus olhos denunciavam toda a raiva que sente. Eu protetoramente pus a mão direita sobre meu pequeno volume.

– Você não tem direito de voltar e querer me exigir alguma coisa! Eu soube que também se casou Rodrigo, que sua esposa é podre de rica e mais velha que você.

– Eu tinha que seguir em frente, na verdade, você tomou essa decisão por nós dois afinal! E outra, sou homem e tenho minhas necessidades. 

– Então vá com suas necessidades pra p/uta que o p/ariu!! E me esquece!! — Disse encarando com raiva e decepção quem um dia pensei amar. 

Acho que naquele momento, Rodrigo enxergou claramente que eu não tinha sequer resquício algum de amor por ele, paixão. Isso deve ter ferido seu orgulho de achar que apesar de ter casado com outra, eu ainda o estaria esperando, que estaria disposta a amá-lo de todas as maneiras. 

Então depois de deixar um longo suspiro escapar voltei a dar-lhe as costas, sentindo que aquela conversa estava começando a me enjoar, mas Rodrigo era insistente e voltou a agarrar meu braço. 

– Se você está aqui é porque brigaram. Me dá outra chance Dulce, eu juro que largo minha mulher, largo tudo e fico com você... Por favor, me deixa ser o pai dessa criança. 

– Meu bebê já tem pai, e apesar de tudo ele ama e faria o impossível por nosso filho. — Vi que ele precisou engolir o desconforto ao ouvir-me dizer “nosso filho”.

– Então meu amor pelo menos me deixa fazer parte de sua vida. — Foi tão rápido e eu estava ofegante pelo susto quando puxou meu corpo para perto bruscamente, não consegui evitar de arregalar os olhos. 

– Tire a p/orra das mãos imundas da minha mulher agora! — Rugiu Christopher com olhos de falcão sobre Rodrigo. Eu já nem lembrava de raiva naquele momento, e senti o alívio tomar conta de todo meu ser, desejando o homem que um dia pensei amar bem longe de mim.– Ou serei obrigado a quebrar dedo por dedo e essa sua cara também!! 

Então parei para notá-lo bem, pisquei rapidamente encarando meu marido, todo lindo, másculo e gostoso naquela roupa social que sempre lhe caía muitíssimo bem. Calças justas pretas, camisa azul marinho com mangas dobradas até o antebraço,  colete escuro por cima e um par caro de sapatos sociais pretos. Tudo isso combinando com Christopher Von Uckermann denominado meu marido, sem conseguir controlar meus hormônios eu o desejei, em cima de mim, c/hupando meu pescoço enquanto mete duro e fundo... Jesus! Esse homem é demais pra minha pouca sanidade de grávida. 

Christopher já tinha os punhos cerrados e estava acompanhado de Aleff, tenho certeza que se prontificou a ir junto querendo evitar uma desgraça maior. 

– Não sabe se garantir sozinho e por isso precisa de um capacho! — Zombou Rodrigo e percebi como o peitoral do meu marido subiu e desceu impaciente. 

– O capacho aqui é meu homem de confiança e amigo, o que de fato não lhe interessa, mas pra resolver meus assuntos eu mesmo tomo as rédeas da situação! 

Ucker afastou-me com cuidado e desferiu um soco em Rodrigo que cambaleou para trás, sem esperar que ele reagisse voltou a socá-lo mais três vezes no mesmo lugar, vendo o líquido vermelho e viscoso escorrer por nariz e boca de Rodrigo. 

Meu marido o ergueu pelo colarinho prensando-o contra a parede, eu olhava tudo sem reação enquanto era acalmada por Aleff. 

– Bastardo me larga!! — Disse Rodrigo cuspindo sangue e se arrependendo logo depois pela joelhada que legou na virilha. 

– É só um aviso seu pedacinho de merda! — Eu respirava forte sentindo meu coração acelerado, as pernas bambas e ânsia de vômito. – Fique uma distância segura tanto pra Dulce quanto pra você, se eu te pego perto da minha mulher novamente as coisas não vão prestar. 

Disse tudo com a mandíbula trincada, agarrando o colarinho da camisa azul bebê dele manchada de vermelho com uma mão, e tendo a outra levantada com o punho fechado. 

– Tá achando que é quem?? O dono dela por um acaso?! 

– Sou uma coisa que você quer ser, mas nunca vai conseguir. — Christopher arqueou uma sobrancelha demonstrando o quão aquilo enchia e elevava seu ego. – Eu espero não voltar a te ver tão próximo assim da minha esposa senão você estará na merda! 

Largou Rodrigo que por falta de equilíbrio acabou caindo no chão, xingando e limpando o sangue escorrendo da boca e nariz. Christopher aproximou-se de mim e só de sentir seu toque em minha pele me senti protegida e quente... Meu marido colou nossos corpos, deslizou o nariz por meu pescoço deixando alguns beijinhos ali. 

Até passou o mal estar que estava me  incomodando ao presenciar a discussão... O toque dele, a maneira como sua pele combina com a minha simplesmente é a calmaria que eu preciso. Ucker grudou a testa na minha respirando forte, e deixando um beijo ali em seguida. Apoiei as mãos em seus ombros definidos e fortes agradecendo por tê-lo perto de mim, por me proteger e ao nosso filho também. Eu devia odiá-lo, mas faço totalmente o contrário. 

– Tá tudo bem amor? Você está pálida. — Percebi seu tom de voz preocupado. 

– Foi só um mal estar, é por causa da gravidez. 

– Nós precisamos conversar, eu tenho que te falar umas coisas e você vai me ouvir. Sem essa de virar as costas e ir embora Dulce Maria, somos marido e mulher e independente de como esse casamento aconteceu é pra vida toda. Eu te amo, você me ama, temos o Luke e nosso bebê a caminho... Nós vamos ficar juntos aconteça o que acontecer entendeu? 

Fiquei não sei quantos segundos encarando-o, dividida em dizer que tudo ficaria bem, que podíamos sim esquecer aquela briga e fazer as pazes, mas uma parte minha dizia que não tínhamos solução, que o casamento acabou! Mordi o lábio inferior sem saber o que fazer. 

– Dulce? Eu sei que você é tão louca por mim como sou por ti, fala que isso não é o fim... Fala amor. — Me senti derreter com o olhar intenso, cheio de amor e desejo que ele pôs sobre mim. 

– Eu... — Suspirei derrotada sabendo que já tinha perdido a guerra á um bom tempo. – Eu... Droga Christopher! Eu te amo seu imbecil! É claro que vamos ficar juntos aconteça o que acontecer... Pra vida inteira babe. 

– Sim, pra vida inteira pequena. — Foram questão de segundos pra sua boca estar cobrindo a minha. 

♡…♡

– Te amo... Pelos Deuses pequena, te amo como um louco! — A voz rouca de Christopher me fez querer deixar que as lágrimas insistentes descessem de uma vez. Sua testa suada grudada a minha,  depois de termos nos entregados ao amor, ele suspirou beijando-me e ainda com o p/au pulsante dentro de mim. – Dul, sei que falei que precisávamos conversar, mas estar com você e não te imaginar assim é impossível. Foi uma semana c/aralho! Uma longa e estressante semana longe de você, não fuja mais de mim. — Pediu me encarando, esperando uma resposta minha. 

– Não fugirei, não mais. Te amar foi a melhor coisa que me aconteceu. — Vi um sorriso ladino surgir nos lábios dele. 

– Comigo acontece a mesma coisa. — Christopher beijou-me carinhosamente pra em seguida sair de cima de mim, tirando seu p/au e causando uma sensação de perda por não tê-lo mais. Meu marido deitou de costas para o colchão sem esperar mais nada me arrastei pra junto dele, descansando a cabeça em seu peitoral. Nada mais precisou ser dito porque afinal é nas imperfeições que encontramos as melhores combinações. 

**

Pov Autora

Dois meses depois e as coisas tomaram rumos diferentes, Anahí agora com seus sete meses está ansiosa e organizando o chá de bebê do pequeno Lorenzzo Alec. Poncho sempre que pode ajuda a esposa e ambos já tem o quarto do herdeiro devidamente decorado, a espera do mesmo. 

Outro casal que encontra-se na maior expectativa é Maite e Christian, os papais de primeira viagem choraram de emoção ao verem o rostinho da filhinha Blaire, no ultrassom 3D. Estando no quinto mês de gestação Maite não consegue se segurar quando vê uma roupinha, e nesse embalo se duvidar a pequenina terá roupas pra ficar meses sem precisar comprar mais. A morena não é mais secretária de Christopher, tanto Uckermann como Christian acharam correto dispensá-la, visto que tornou-se esposa do melhor amigo do dono da empresa. 

Blanca, Daniel e Beatriz estão em Paris, Daniel precisou fazer uma viagem a trabalho e tanto a mulher como a filha não quiseram ficar longe dele. São apenas duas semanas, mas Blanca decidiu que iria junto com Beatriz, tendo duas contra um Daniel não teve muita escolha a não ser aceitar. 

Perlla foi embora e ninguém soube para onde. Roberta continua “sumida”. Fernando, esse foi preso tentando fugir do México com documentos suspeitos e uma mala repleta de dólares. Todos os seus bens foram bloqueados, incluindo os 50% seus da empresa de Christopher. Fernando vai responder por vários crimes, principalmente depois que uma testemunha importantíssima apareceu com provas que o Saviñón foi responsável pelo assassinato de Blanca e Alejandro Sullevan. Rodrigo voltou para a Inglaterra, país de origem de sua esposa. 

E o casal Vondy segue muito bem, felizes e realizados com suas vidas, casamento e filhos. Dulce recebeu a ligação do estilista espanhol ele a elogiou, disse que seus desenhos são incríveis, foi bem empolgado e querendo conhecê-la pessoalmente. Dulce agradeceu dizendo o quanto estava feliz por ter ganho, mas que não iria para Espanha nem faria um desfile, ela apenas quer aproveitar a família e dedicar-se a sua gravidez. Valentino disse que lhe entendia e pediu que ela não parasse de desenhar jamais, pois seus dedos fazem mágica.

Quando finalizou a ligação Dul não podia acreditar que tinha mesmo conversado com o estilista. Decidiu doar o prêmio que ganhou para instituições de caridade e orfanatos. Já que além de ser herdeira de uma grande fortuna, tem uma vida regada a conforto e comodidade com seu marido. 

A pequena Beatriz depois que voltou de viagem,  o que faz três dias, deixou claro seu ciúme para com Luke. Se ele abraçasse Dulce ela fazia o mesmo, se ele beijasse lá estava a danadinha beijando também... Bia chegou a fazer birra pra não ir embora, queria ficar grudada o tempo todo com Dulce. Luke gostou da baixinha e queria muito ser amigo dela, pois assim teria com quem brincar até que seu irmãozinho nascesse e tivesse idade suficiente pra brincar com ele. Sem contar que Bia sentia um pouquinho de ciúme do bebê também, mas isso logo passou e a menina tá animada. Custou um grande trabalho a ruiva convencer Beatriz que não precisava se sentir assim com Luke porque amava ambos da mesma maneira... E continuaria amando sempre mesmo depois do bebê nascer. 

A relação de Dulce com Luke é tão linda, tão amorosa que a ruiva mal pode acreditar... Quando o pequenino recuperou-se e teve alta ficou muito feliz e animado pra ir para casa, todo caminho não poupou fala, diferente de antes que era bem calado. E agora sempre quando vai se referir ao casal é chamando-os de papai e mamãe... Se vê de longe que o sentimento que ele nutri pelos mesmos é sincero, e seus olhinhos esverdeados chegam a brilhar... Enquanto o sorriso toma forma em seus lábios. 

É de partir o coração saber que alguém foi capaz de machucar um serzinho desses. De maneira tão covarde e cruel. Todavia a males que vem para o bem, e agora finalmente o garotinho ganhou uma família. 

**