Fanfic: *Impossível Resistir* AyD - Finalizada. | Tema: Portiñon

(Capitulo anterior)

- Eu tô com medo Any, meu pai reagiu mal ao saber de nós, não sei o que vai ser agora.

- Mas eu sei. - segurou minha mão beijando em seguida. - enfrentaremos isso juntas, é assim que vai ser daqui pra frente, não posso ficar sem você. - concordei e acabei me arrepiando com o beijo molhado que ganhei no pescoço.

Continuação...

Any insistiu pra que eu dormisse na casa dela, mas achei melhor não, assim que saímos da enfermaria do colégio ela me levou em casa, o caminho foi silêncioso, mas não incomodo, eu fiquei perdida em pensamentos assim como ela.

- Prontinha, minha namorada está entregue.

- Brigada. - tirei o cinto a olhando em seguida.

- Tem nada que agradecer - Anahí ficou longos minutos calada para enfim falar. - Dul, eu sei que é seu pai, sua família, quem você ama e tal... mas não deixa ele mandar na tua vida, não deixa controlar você.

- Fica traquila Any - beijei seus lábios. - não vou desistir de nós duas, eu te amo, é com você que quero ficar.

- Eu também, minha garota... eu também... - sussurrou antes de nos beijarmos outra vez.

                                  (...)

Assim que entrei em casa fui arrastada até estar sentada no sofá por meu pai, ele me olhava muito decepcionado, com raiva e acho que... que nojo.

- PODE ME EXPLICAR QUE MERDA FOI AQUELA LÁ NO COLÉGIO MENINA??!

- Pai eu... eu... - travei e as lágrimas começaram a molhar meu rosto.

- EU SABIA!!! FOI AQUELE V. IADO DO FRANK QUE TE INFLUENCIOU. EU DISSE A ELE QUE ESTARIA MELHOR LONGE DE TODOS.

- Tio Frank não tem culpa... culpa de nada. - solucei limpando o rosto.

- Dulce María - suspirou procurando calma. - eu não quero você perto daquele projeto de gente.

- Mas pai eu estudo no mesmo lugar que ela... e nós... nós namo... - papai cobriu minha boca antes que eu pudesse terminar.

- Se repetir isso outra vez vou perder o pouco de paciência que me resta e te cortar toda no cinto! Vitório tinha razão, você e Christopher vão casar quando acabar a escola.

- O QUÊ?? - gritei depois que descobriu minha boca. - não!! Chris e eu somos quase irmãos! Eu não amo ele! Não o suficiente pra casar! - papai virou de costas passando a mão no cabelo irritado.

- Isso não está em questão, além do mais o amor vem com o tempo.

- Não! Não pode simplesmente querer mandar na minha vida! - levantei do sofá secando o rosto.

- Posso e vou! Você é menor de idade, sou seu responsável, portanto Dulce, eu posso sim mandar em você! A partir de amanhã não quero que troque uma só palavra com aquela lá, se me desobedecer serei obrigado a te tirar daquela escola.

- Por favor pai... eu a amo. E o senhor não pode me tirar daquele colégio, é um dos melhores.

- Então esqueça essa história de namoro ou vou ter que tomar decisões drásticas! Enquanto ao casamento vai sim acontecer, querendo ou não. Você não vai se perder igual ao Frank, Dulce, mas não mesmo!

Passou a mão no rosto e saiu logo em seguida, batendo a porta com força, me abracei já sem conseguir segurar o choro. Isso não pode tá acontecendo, meu pai enlouqueceu. Me casar com o Chris? Não, eu não vou permitir, não poderei nunca ser de outra pessoa que não seja a Any, nunca.

                                (...)

- E foi assim May, aqui tá um verdadeiro caos. - suspirei a olhando pela web cam.

- Nossa Dul, tio Fê reagiu pior do que eu pensei hein.

- Pois é, ele me proibiu de falar com a Anahí, se eu fizer isso vai me tirar do colégio, além de querer me obrigar a casar com o Chris, com a ajuda do tio Vitório.

- Esses dois também só por Deus, ainda continuam com essa ideia de casar você e o Christopher, mas calma eu sei que de alguma maneira tudo vai se acertar.

- Espero mesmo que você esteja certa. - suspirei pesadamente.

- Hey Dul. - vi meu primo na porta do meu quarto, fiz sinal pra ela entrar e voltei a dar atenção Maite.

- May o Chris acabou de chegar aqui.

- Então beijinhos prima, conversa com ele e depois me fala como foi, tô um pouco atrasada agora. - disse levantando de uma cadeira, o lugar parecia ser um banheiro, mas não era o dela.

- May onde você tá?

- Eu... ãnh... na casa de uma amiga.

- Que amiga? Eu conheço?

- Ih Dul não, Maria conheci faz um ano. Bom depoia nos falamos mais ok? Tchal.

- Tá bom então - finalizei a conexão e me virei para o Chris. - senta aqui. - apontei a cama.

- Pequena me desculpa - coçou a nuca sem graça. - mas depois de tudo o que passou naquele telão minha vontade era dá um soco na cara daquela idiota.

- Chris - mordi o lábio olhando minhas mãos. - eu e ela... nós estamos namorando. - ele me olhou surpreso.

- É sério? - movi a cabeça em sentido afirmativo.

- Any fez o pedido antes de toda a confusão. E tem uma coisa também que acho que você não sabe.

- Dul vocês... ãnh... bom, vocês já transaram? - assenti.

- Ela tem p. ênis. - ele arregalou os olhos.

- Mas... como ela... como um p. ênis?

- Não sei - dei de ombros. - talvez tenha sido um problema na gestação, o fato é que Any nasceu diferenciada. Tem mais uma coisa, depois que ela me trouxe aqui eu entrei e papai ainda estava muito bravo, disse que não me quer perto dela, que me tira do colégio se eu fizer isso. E que tio Vitório tinha razão, assim que acabar o ano você e eu vamos nos casar.

- COMO É QUE É? - levantou irritado. - o quê tio Fernando e meu pai tem na cabeça? Eu nunca casaria com você pequena, nós somos como irmãos, isso seria cometer incesto!

- Eu sei Chris, e não vou permitir que meu pai controle minha vida, deixa ele pensar que vai me casar contigo, o que nunca vai acontecer. Eu amo a Anahí, só poderia me casar com ela e mais ninguém. - meu primo suspirou voltando a sentar.

- Logo agora que Eiza e eu iniciamos algo, não vou permitir que meu pai estrague. Desta vez não. - abri os braços e ele deitou a cabeça no meu colo.

- Calma, as coisas vão se resolver tenho certeza, eles acham que sabem o que é melhor para nós, mas só nós mesmos podemos decidir isso. - beijei seus cabelos.

                                 (...)

                     Autora narrando

Anahí estava andando de um lado para o outro no escritório de seu pai, mordendo a unha e batendo o pé de vez em quando. Enrique olhava tudo calado, observando o jeito da filha, nunca tinha reparado como ela é parecida com Marichello quando tem alguma coisa que a incomode, o cenho franzido, lábios presos entre os dentes e as pernas inquietas andando de um lado para o outro.

- Ana dá pra parar um pouco?

- Como pai? Como assim não tem nenhuma maneira de me ajudar? Aquele homem não pode simplesmente proibir que eu veja minha namorada. Entendeu? Ela é MINHA namorada. - deu enfâse irritada.

- Eu sei querida, mas Dulce María é menor de idade, neste caso o pai e a mãe dela é quem decidem o que é melhor ou não.

- Droga! - chutou a cadeira a sua frente. - tenho vontade de arrancar com um alicate fio a fio o cabelo daquela vadia da Angelique! - confessou.

- Sem violência Ana, até porque ela pode te processar, você já completou os dezoitos anos.

- Pai por que é tão difícil das pessoas entenderem que por sermos homosexuais também somos gente? - suspirou sentando. Enrique a encarou.

- Você tem um coração enorme Ana. Como pude ser tão burro de perder os melhores momentos família contigo? O pai daquela menina foi muito duro ao dizer que preferia estar morto do que ter uma filha lésbica - segurou a mão de Anahí fazendo carinho. - agradeço muito a Deus por ter me dado uma filha como você, do seu jeitinho assim mesmo Ana, que gosta de mulher e que tem a mesma coisa que carrego entre as pernas.

- Pai eu... - suspirou sem conseguir terminar, os olhos marejavam e a voz já ficando embargada.

- Ana você é perfeita filha, o pai da sua namorada é um ímbecil, filho é filho seja do jeito que for. - Anahí sorriu entre lágrimas e foi sentar no colo de Enrique.

- Pai, que bom que voltou e que bom que nos acertamos, Talifa, o senhor, e a minha Dulce são as únicas pessoas que realmente me amam. Só não quero ficar longe dela.

- Fica calma Ana, tudo vai se resolver.

- Espero mesmo que esteja certo.

                                  **
Oieee boa noite amores. Desculpem pela demora, mas acabei ficando sem tempo, então resolvi fazer uma pequena maratona ok? Espero que gostem!

*Respondendo os Coments*

Srta.SavinonPortillaHerrera: Pois é ele não aceita e vai tentar de tudo pra mudar isso. Acreditando ser uma "doença". Continuando.

Nix: Fernando reagiu muito mal, ele se recusa a ter uma filha homossexual, mas é um fato que nem ele pode mudar.

•°Dejarte De Amar°•: É, pelo menos Dul vai ter o apoio da Any, o que é super importante. Continuando.

Julia Klaus: Vamos ver. Fernando já deixou claro que não está de acordo... - Anahí mudou amore, depois que se descobriu apaixonada ela evoluiu. Gosta mesmo da Dulce e quer ficar com ela.

Bia_Fagundes: Justamente isso, Fernando parou de falar com o irmão por ele ser gay. Olha como o preconceito cega, não deve ser fácil ter filhos ou filhas homossexuais, mas precisamos aprender a conviver com isso. Continuando.

SuhVondy: Seja bem vinda amore.