Fanfic: *Impossível Resistir* AyD - Finalizada. | Tema: Portiñon

                         Dulce narrando

Eu queria ir correndo na casa da Any e me jogar nos braços dela, dizer que não vou mais pra casa do Zac e acabar com essa distância entre nós duas, só que o que insinuou me magoou profundamente.

E ainda tem aquela história dela e Angelique terem matado a saudade, a ridícula falou com tanta certeza, mas eu não quero acreditar...

Falar com mamãe sempre me faz bem, ela me fez acreditar que tudo vai se resolver e tomara mesmo. Não sei qual será a reação de papai quando souber que ainda estamos juntas... sinceramente estou pouco me importando, não vou me esconder e mudar o que sou por causa dele....

Depois de entrar no quarto, fui lavar as mãos e procurar uma roupa para vestir, ao abrir o closet levei um susto ao dar de cara com May... sorrindo e de braços abertos. O quê essa maluca tá fazendo aqui??

- May??

- Sim sou eu priminha. Não vai me dar um abraço? - fui até ela e a abracei.

- Como? O quê tá fazendo aqui?

- Simples baby - sentou na cama cruzando as pernas. - resolvi adiantar as coisas, aí eu pensei porque esperar até o final do ano se posso ir agora? É aquele ditado popular pra que deixar pra amanhã o que pode ser feito hoje? Hum? - arqueou as sobrancelhas.

- Você é maluca! Então quando te perguntei onde estava, era para cá que vinha né? - ela afirmou sorrindo, fui até o closet e peguei um vestidinho longo jeans, com vários botões na parte da frente para fechá-lo.

- Ai minha santa Guardalupe! O quê é isso Dul? Pelo amor joga fora. - arrancou das minhas mãos e o jogou no chão.

- Maite quem mandou fazer isso?

- Deixa eu ver se tem alguma salvação nesse closet...

May ia pegando peça por peça e as caretas de insatisfação só faziam aumentar... tudo bem que algumas eram piores que as outras, mas são MINHAS ROUPAS! Já tinham muitas no chão, aliás quase todas. Pela expressão que ela fazia nada seria salvo dali.

Eu meio que ia decifrando o que Maite queria dizer mesmo sem palavras. Acho que ela não sabia como eu podia chamar aquelas "assassinas da moda", como ela costumava falar quando passávamos o verão juntas, de roupas. Sim May escolheu cursar moda e adora montar looks.

- Pai eterno!

Tinha a última peça nas mãos, uma calça jeans surrada azul. Tá, é velhinha, mas pô eu gosto tanto dela. Eu sei o que minha prima deve estar dizendo agora mentalmente, que a calça é totalmente desproporcional ao corpo.

- E de quê buraco negro essa coisa saiu? - perguntou estendendo-a.

- Não ouse jogá-la fora, é minha calça favorita. - eu pedi com os olhinhos apertados.

- Claro que eu não faria isso prima.

May correu os olhos pelo quarto até encontrar um objeto em cima do criado mudo, o pegou e meteu tesoura a dentro, acho que morri um pouquinho naquele momento. Tadinha da minha bichinha.

- Jogar fora não, cortar é melhor porque fica impossibilitada de uso novamente.

- May droga! - peguei a roupa e a coitadinha estava cheia de buracos.

- Agora vem a melhor parte - sorriu animada batendo palmas. - nós vamos para o shopping!! Você vai mudar totalmente o visú e dá uma repaginada geral!

- Mas nem pensar. - sentei na cadeira do computador e joguei a calça no chão junto as outras roupas.

- E por que não?

- Aconteceram algumas coisas, tô magoada, desanimada e só quero minha cama, nada mais.

- Se essas coisas que aconteceram se trata da loira famosinha que atende por Anahí, relaxa. Você vai ficar super gata pra ela babar.

- Espera aí como sabe?

- Tia Blanca me falou. - suspirei sem a mínima vontade de ir.

- May é sério, não quero me arrumar, não quero comprar roupas, não quero nada.

- Olha aqui Dulce María! - levantou me olhando com reprovação. - acho melhor sair dessa cadeira e ir comigo por bem, ah não ser que queira por mal, aí eu ligo para o Euge e peço que venha te pegar e enfiar naquele carro com motorista que está nos esperando aqui em frente. E olha que meu namorado tem braços muito fortes. Você que sabe! - suspirei de novo relaxando os ombros.

- Ok, May ok, mas - levantei o dedo indicador em direção a ela. - isso é um empréstimo, não aceito como presente. Só quero se for para pagar depois.

- Perfeitoooo!!! Agora vamos a mudança geral e triunfal da minha prima gata!

Gargalhou alto, revirei os olhos. Descemos e depois de almoçarmos seguimos para o bendito shopping. Oh céus! Prevejo que chegarei em casa só o caco.

Se fazer compras com Mani e Eiza é ruim, com Maite então é pedir a morte, sério lembro de uma vez quando fomos comprar roupas porque ela queria ir a uma boate.

Senhor do céu! Nós duas já estávamos esperando quando abriu e só saímos de lá na exata hora que fechou. Cheias de sacolas e caixas de sapatos,

Maite jogou tudo no porta-malas do carro, o qual ficou entupido... eu estava morta de cansada, além de ter sido quase obrigada a ficar com algumas coisas. Que eu nunca usei, dei pra Eiza e Mani.

- Oi amor - disse May ao atender a ligação do Eugênio, acho que uns vinte minutos depois que saimos de casa - quê? Vai sair com alguns amigos hoje a tarde? Tá tudo bem, só ver senão demora Euge, não quero ficar sozinha na nossa primeira noite no apê novo.

Suspirei querendo muito saber o que Any deve tá fazendo agora, mas logo ignorei esse pensamento, ela me ofendeu e isso me magoou.

                       Anahí narrando

- Foi isso pai, eu a ofendi e levei um belo tapa na cara. - falei olhando a maravilhosa coleção de carros dele.

- Ana, primeiro de tudo você precisa controlar melhor esse ciúme filha, também não precisava terminar por isso, tudo bem eu entendo que tenha ficado irritada, mas aprenda a se controlar... imagina se ela ficar mais bonita do que já é. Vocês vão terminar o tempo todo?

- Pra mim ela já é linda pai, não precisa de nada. Eu aprendi a gostar da Dul do jeitinho dela mesmo sabe?

- Porque o quê tá sentindo é amor filha, mas então converse com ela, se acertem de uma vez.

- Não sei - suspirei o olhando. - talvez seja melhor assim, o pai dela não aceita.

- Ana - me chamou pra perto, sentei em frente a mesa dele, estávamos no escritório - quem gosta de você é a Dulce, não o pai dela. Lembre-se que falou nunca se afastar, que iam estar juntas para enfrentar tudo isso. - eu ia responder quando Talifa bate na porta entrando em seguida.

- Desculpem interromper, Any a Dinah ligou querida, disse que vai retornar daqui a pouco.

- Tá bom Tali brigada, eu já tô subindo.

- Ok, com licença.

- Claro Talifa - respondeu papai e ela logo saiu. - filha pensa no que falei sim?

- Pode deixar pai. - fui até ele e o abracei, nesse mesmo momento Marichello entrou sem bater nos assustando.

- Que cena linda! Papai e filhinha! - disse irônica, ignorei completamente.

- Até mais pai, tô indo para o meu quarto.

- Ãnh - hãn mocinha - segurou meu braço. - hoje a noite teremos um jantar importante e exijo que esteja presente.

- Não trabalho pra senhora, então não pode exijir nada! - me soltei dela.

- Anahí eu sou sua mãe! Me deve obediência!

- Não te devo nada, aliás devo sim, só agradeço Marichello por me dar a vida, e por não ter me matado antes mesmo de nascer! - falei firme e vi os olhos dela umedecerem.

- Não tem ideia do que tá falando!

- Ana é melhor você ir querida.

- Não pai! Agora eu quero falar, fiquei muito tempo calada. A senhora não me queria Marichello, não tocava a barriga, duvido até se sentia alguma emoção quando eu mexia, me rejeitava antes mesmo de vim ao mundo. Que culpa tinha eu de tudo o quê houve?! Quê culpa? - senti as lágrimas cairem, ela olhou meu pai e moveu a cabeça em sentido negativo.

- Não tinha esse direito Enrique. Não devia ter dito nada!

- Estava mais do que na hora Marichello, nossa filha precisava saber a causa do desamor da própria mãe.

- Não precisava mais de segredo algum, que a senhora não me amava eu já sabia, só estava faltando a causa por tanta recusa de amor. Será que não pensou que eu era um serzinho inoscente? Que não pediu pra nascer?!

- Chega Anahí! Quero que esteja pronta as dezenove e trinta, esolha um vestido bem bonito.

Torci o nariz. Quem é essa mulher a minha frente? A que diz ser minha mãe com toda a certeza não é!

- Tô vendo que realmente não me conhece! Não castumo usar vestidos e esquece minha presença nesse jantar, eu não vou! - passei por ela furiosa.

- Isso não foi um convite Anahí Giovanna!

- Mas o que acabei de falar foi um aviso. Esqueça, não vou participar desse teatrinho, não vou vestir a capa da família perfeita. Coisa que não somos. - Marichello ficou calada então fui para o meu quarto.

Entrei e bati a porta com força. O quê eu fiz pra merecer uma mãe dessas? Fria e sem sentimentos. Se pudessemos escolher eu escolheria Talifa, ou então até a dona Blanca, bom no caso não seria boa ideia já que a filha dela e eu namorávamos, e existe uma coisa bonita crescendo entre nós duas.

Peguei meu celular e fiquei alisando a tela de descanso, é uma foto minha e da Dul. De quando fomos pra casa de praia do Derrick e tivemos nossa primeira noite juntas.

Acordei umas duas horas depois de termos pegado no sono, vi ela linda deitada com a cabeça no meu ombro, rosto sereno e tinha um leve sorriso nos lábios.

Contemplei aquela cena e não podia deixar de registrar. Peguei o celular com cuidado de não acordá-la e tirei a foto. Ficou perfeita, logo depois Dul resmungou trocando de posição, eu a abracei por trás e voltei a fechar os olhos com o aroma gostoso dos cabelos dela.

- Ah Dul, Dul. Eu disse que não iamos nos afastar, mas perdi a cabeça merda! Não suporto ver outra pessoa te desejando de uma maneira só minha. Te amo, queria tá com você agora meu amor. - beijei a foto e suspirei em seguida.

                                  **

Olá meus amores!!!

*Respondendo os coments*

Nix: Vamos ver como ficam as coisas agora.

Julia Klaus: Fernando é muito cabeça dura, sua ignorância vai fazer sofrer tanto ele quanto a Dulce e Blanca.

*** É bom que ela ande se precavendo por senão Fernando é capaz de ter um colápso amore.

Bia_Fagundes: Fernando e totalmente contra esse assunto, não vai ser fazê-lo entender. Anahí e Dul complicam, mas se completam. É Vitório é outro que só gosta de mandar.

•°Dejarte De Amar°•: Elas todas juntas acabam virando uma família louca demais, mas divertida... (amei o texto hahahaa) Portiñon complica, mas acabam se acertando no final. Esperemos.