Fanfic: *Impossível Resistir* AyD - Finalizada. | Tema: Portiñon

Senti muitíssimo a falta de todos vçs! Leiam as notas finais pfv. 😘

Quando chegamos no hotel Eiza nos esperava no lobby e me deu um abraço apertado, dizendo o quanto ficou preocupada e que loucura foi essa que tinha acontecido... Me senti segura por tê-la ali, é tão bom ter apoio de pessoas importantes. 

– Sua mãe está instalada num dos melhores quartos daqui baby. — Disse Any quando entramos no grande e luxuoso banheiro.

Eu assenti e olhei para baixo. Eu sei que o que ele fez foi horrível, poderia ter mesmo matado meu filho, mas não deixa de ser meu pai... Aqueles dois homens o levaram e certamente devem estar dando uma surra nele nesse momento. 

Sei que devia odiar... Sei que devia simplesmente excluí-lo da minha vida. Ele não entende o que me faz bem, não entende minha opção sexual, quem amo, e que estaria disposta a muitos sacrifícios pra deixar segura a vida inocente que cresce dentro de mim... Eu tenho todos os motivos para odiá-lo! Meu pai queria arrancar meu filho da minha barriga contra minha vontade!

Pena que não consigo, não consigo cultivar sentimentos negativos lembrado de quando eu era pequena, de como ele me mimava e sempre dizia que eu era sua princesinha, sua bonequinha pequena e linda... E não posso deixar de ficar triste sabendo que Treyce e Zig devem estar batendo nele, e que logo mais papai será preso...

– Baby... — Any ergueu meu rosto e selou nossos lábios carinhosamente. – Eu sei o que deve tá passando nessa sua cabecinha linda — beijou meus cabelos voltando a me olhar. – Mas amor, seu pai procurou por isso. Ele colocou em risco a sua vida e a do nosso filho também, isso não pode ficar impune.

– Eu sei meu amor... Eu só... Só... Tô assustada ainda com tudo isso. — Suspirei descansando minhas mãos no pescoço dela. – Obrigada por ter chegado, você nos salvou eu nunca vou esquecer disso. Te amo...

Me aproximei tocando devagar seus lábios até o beijo acontecer... Gememos em aprovação quando nossas línguas entraram em contato... Eu cheguei mais perto ao sentir as mãos de Anahí agarrarem minha cintura, pedindo uma maior aproximação nossa... Cedi ficando quase na ponta dos pés. 

O beijo estava tão bom, tão intenso que esqueci de tudo a nossa volta. Era só ali onde eu queria estar nos braços dela e mais nada... Nada me daria mais força, nada me faria mais completa e feliz... Apertei forte seu cabelo quando senti ela me levantando. Barulho de coisas atingindo o chão foram suficientes pra saber que ela me colocaria sobre a espaçosa bancada do lavatório. 

Anahí separou minhas pernas e ficou no meio delas, sem quebrar o beijo e apertando minhas coxas expostas pelo short. Quando sua boca largou a minha tive certeza que ficaria inchada e vermelha, Anahí tinha c. hupado meu lábio inferior várias vezes e o mordeu antes de largar... Sua língua gostosa agora fazia um caminho delicioso desde meu pescoço ao vale de meus seios.

– Any... Amooorrr... — mordi o lábio com força quando senti a mão dela apertar meu sexo por cima da roupa.

– Huumm... Tá sentindo minha falta aqui baby girl? Diz pra mim? — Repetiu o que tinha feito no mesmo instante que mordeu o lóbulo da minha orelha.

– Espera... — Sussurrei tentando empurrá-la, mas ela não me deu ouvidos e apertou meus seios por dentro da blusa. – Minha nossa!!

Eu queria estar totalmente entregue, mas alguma coisa estava me bloqueando... Não sei, sempre fico completamente excitada quando ela me toca assim. O que não estava acontecendo naquele momento. 

– Sente como você me deixa de p. au duro... Ah Dul eu quero me enfiar dentro de você... — Disse fazendo fricção contra meu quadril, me permitindo sentir sua ereção. 

– Não Any. Pára, eu não tô pro clima.

– Ah baby... — Me olhou com um sorriso brincando no canto de seus lábios. – Não é isso que seu corpo está dizendo.

Repetiu o movimento de quadril e precisei ser forte pra afastá-la de mim, Anahí me olhou confusa. Mordi o lábio sem conseguir encarar os olhos dela... Nossas respirações estavam ofegantes, escutei Anahí respirar forte três vezes então suas mãos agarraram meu pescoço, sua testa descansou contra a minha... 

– Droga baby. Você tem razão... Não há clima pra fazermos amor me desculpe, eu estava pensando só na minha necessidade de estar dentro de você... Me desculpe.

– Amor... — Olhei-a nos olhos. – Eu quero muito fazer amor contigo, eu sempre quero, mas nesse momento não consigo pensar em mais nada que não seja saber do meu pai... Ele errou, errou feio só que não deixa de ser meu pai.

– Eu sei, e não vou poder mais olhar na cara dele sem enxergar o homem sem escrúpulos que ele é! Um canalha sem coração! — Rosnou e me deu um beijo em seguida. – Tome um bom banho que te ajude a relaxar baby... Vocês dois precisam descansar, tá com uma carinha linda de cansada.

Beijou a pontinha do meu nariz... Suspirei puxando ela pra perto de mim, num abraço apertado. 

– O quê eu seria sem você? — Perguntei baixinho sentindo os olhos encherem. – Obrigada por existir amor.

– Não me agradeça por isso baby, eu que tive muita sorte de uma garota tão especial ser apaixonada por mim... Não mereço seu amor, mas não consigo viver sem ele. Não mais. Nunca mais. Você é única para mim Dul, o amor da minha vida. — Beijou meu ombro e se afastou.

Sorri boba sentindo lágrimas molharem meu rosto. Ela franziu o cenho aparando meu choro com os dedos.

– Falei alguma coisa errada? — Neguei rápido.

– Não, eu é que estou muito emotiva, são os hormônios da gravidez.

– Então vou pedir pra Keira providenciar uma comida saudável pra vocês... 

Me tirou da bancada e se afastou alguns passos sacando o celular de um dos bolsos de sua calça... A conversa com Keira  me deixou irritada. Observei Anahí sorrindo e dizendo que admirava a eficiência dela, revirei os olhos e consegui segurar a ânsia de vômito. Já imaginava que a tal Keira  fosse bonita e atraente.

Fui com minha cara emburrada encher a banheira... Quando atingiu o nível certo coloquei alguns produtos dentro, indicados para o banho... O cheirinho gostoso de rosas invadiu minhas narinas tirando um pouco da irritação que eu estava sentindo.

Escutei Anahí soltar um gostosa  baixo assim que fiquei completamente nua... De canto de olho percebi que ela tinha se virado na minha direção, ignorei aquilo e me afundei naquela água quentinha... Gemi em aprovação e um p. uta merda!  veio dela em seguida. Fechei os olhos, mas não estava alheia a conversa, apenas fingi que estava... Ela falou mais algumas coisas e soltou um até mais tarde, mal posso esperar por isso. Rangi os dentes morrendo de raiva, no entanto, me mantive impassível. 

– Baby tudo bem pra você ficar um pouco sozinha? — Perguntou de onde estava.

– Não se preocupe comigo. — Meu tom de voz saiu bem sério. 

– Que houve? 

Sabia que ela estava perto por isso mantive os olhos fechados.

– Por que esse biquinho tão fofo?? — Sorriu.

Acho que percebendo o quão séria fiquei, Anahí suspirou. Eu podia jurar que ela me encarava fixamente. 

– Olha pra mim baby. — Neguei com a cabeça. E ela voltou a suspirar. – Dulce abra já os olhos.

Disse firme. Eu quis me bater por ceder tanto, e acabei fazendo o que ela “pediu”.

– O quê? 

– Por que ficou tão séria assim? Tá tudo bem não tá? 

– Me deixa sozinha Anahí. — Pedi lutando contra as lágrimas. 

– Dul o quê foi?

– Nada, só quero um pouco de privacidade. 

– Merda amor! O quê eu fiz de errado?! — Perguntou com o cenho franzido e impaciência. 

– Nada já disse, me deixa sozinha por favor... 

Ela se afastou ainda me olhando e saiu rápido do banheiro. Foi então que chorei. Uma coisa é certa. Ou esse ciúme tem fundamento ou os hormônios vão me enlouquecer, antes mesmo de dar a luz...

**❤❤

Deitada na cama horas mais tarde, dentro de um baby doll que se tiver dedo da tal Keira não sei o que sou capaz de fazer! Até que é bonitinho, mas enfim... Fiquei encarando o teto por longos minutos, já podia sentir meus olhos pesarem, foi então que o toque do meu celular despertou-me. Sentei rápido pra atendê-lo. Na tela indicava: ♡♥May♥♡.

– Oi...

– E aí Dul? Cara que loucura foi essa?! Como você está? 

– Ainda assustada — suspirei. – Mas tô bem agora.

– Sei e como foi isso? Tio Fernando realmente enlouqueceu né? Só pode!

– Sim, acho que sim May. Ele tinha me levado numa clínica de aborto... Foi horrível, mais ainda bem que a Any chegou a tempo e nos salvou.

– Aborto é crime se não for em casos de violência sexual, o que não foi o caso... As coisas foram longe demais prima. Tio Fernando precisa pagar por isso!

Ralhou raivosa, eu sabia que ela devia estar socando seu colchão agora, ou algo assim.

– E vai com certeza, essas horas ele deve estar preso já... — Mordi o lábio mesmo May não vendo. – apesar de tudo não estou feliz com tudo isso.

– Não se sinta mal ok? Quem procurou por isso foi ele! Onde já se viu se meter na vida alheia assim desse jeito.

– O pior é que nem sei como ficou minha situação no colégio. 

– Relaxa ruiva, conversei com a diretora Navarro. Ela ficou sabendo de tudo e sua vaga está assegurada... E não tive problema algum, com uma aluna tão aplicada e inteligente quanto você. — Sorriu.

– Avá! Olha quem fala, você sempre tirou notas altas também. 

E nossa conversa entrou no modo descontraída e divertida, May me fez rir e relaxar... Fiquei ansiosa pra vê-la logo, quero o quanto antes voltar pra casa. Assim que desliguei abracei um travesseiro e me permitir navegar no mundo dos sonhos... A tarde agitada me deu uma canseira imensa, eu precisava mesmo descansar.

**❤❤

Bocejei vagarosamente e pisquei os olhos rápido por conta da luz, era dia seguinte e só aí me dei conta disso por causa da claridade que invadia o quarto, assim que os abri dei de cara com um par de olhos azuis intensos, puxei o edredom pra cobrir todo meu tronco e voltei a fechar os olhos.

– Então o problema é mesmo comigo. — Ela disse com a voz baixa. – Dul quer conversar sobre isso?

Continuei calada e sem olhar pra ela.

– Espera! — Anahí estralou os dedos e pude perceber por sua voz que ela sorria. – Claro! Ah amor não acredito! 

Riu alto e resisti a vontade de revirar os olhos ou então de fazer um bico enorme.

– Você ficou assim depois que falei da Keira.

Ah meu santo! Mas eu mereço viu! Keira outra vez!!

– Dul pára de bobeira e olha aqui pra mim... Amor isso nem tem cabimento Keira é funcionária daqui, ela tá me ajudando numa surpresa pra você. 

Abri os olhos e ela voltou a sorrir.

– Que surpresa? — Perguntei me sentando, ainda de bico.

– Se eu te contar deixa de ser surpresa não é minha linda... — Tocou meu nariz com a pontinha do dedo. 

– Sabe o quão frustrante é saber que estão te fazendo uma surpresa sem fazer a mínima do que se trata? — Cruzei os braços. 

– Sei sim minha bravinha ciumenta... — Me beijou carinhosamente nos lábios, eu podia ter evitado, mas nem louca recusaria um beijo da minha namorada.

– Hum... — Resmunguei quando nos afastamos. – Acho bom fazer valer a pena dona Anahí. 

– Está falando com a popular do colégio sua nerd gostosa! — Sorriu deitando por cima de mim e voltando a grudar nossos lábios.

Ficamos um tempinho assim Anahí com a cabeça apoiada nos meus seios, enquanto eu fazia cafuné em sua cabeça... Isso até que minha fome apertou mesmo de vez, empurrei ela para o lado e fui atacar a comida que cheirava divinamente.

– Fui trocada por um simples prato de comida espanhola. — Fez drama com uma mão sobre a testa.

– Simples não — falei de boca cheia... – É “O” prato de comida haney, eu estou faminta e nosso pequeno Louis concorda comigo.

– Estou sendo traída duplamente! Oh! Vida cruel. — Dramática nada. 

Revirei os olhos. Ela ia continuar se não tivesse sido interrompida por uma vídeo chamada. 

– E aí DJ. — Anahí disse assim que aceitou ajeitando o celular de modo que me fizesse aparecer também. 

– E aí meninas?? Eu soube do que aconteceu pela Eiza, vem cá esse cara é algum louco, maníaco ou se faz mesmo??! Como ele ousa querer tirar a vida do meu futuro afilhado?! Mani quase teve um treco.

Quando olhei pra tela foi no momento que Dinah se ajeitou e deixou mostrar que vestia só regata e cueca feminina. Paralisei e recebi um olhar de repreensão da Anahí. O quê?? Vai me dizer que não olhou os atributos da tal Keira?? 

 

– Oh Dinah! Vai se vestir e depois retorna. — Ela rosnou irritadinha.

Dinah revirou os olhos e negou.

– Qual o problema Portilla? A mulher é tua, e outra o que você carrega no meio das pernas eu não tenho... É isso que deixa a Dulce doidinha não é? — Piscou e tenho certeza, minhas bochechas coraram violentamente.

– O-o quê? E-eu não... — Gaguejei nervosa e envergonhada.

– Do quê você tá falando Dinah Jane Hansen?! Pare de constranger minha amiga. — Disse Mani sentando-se no meio das pernas da namorada. 

– Nada de mais amorzinho... Eu hein. — Deu de ombros.

– Por falar em deixar doidinha, Normani você tem belas pernas. — Anahí soltou isso e tanto eu quanto Dinah a encaramos de cenho franzido e olhos estreitados.

Ok! Ela disse isso pra provocar a Hansen ou é mesmo verdade?? Digo eu sei que a Mani é bonita e tal... O fato é. Anahí admira mesmo as pernas de uma das minhas melhores amigas?! Não se assustem se correr a notícia que virei mãe solteira. Minha namorada está realmente me tirando do sério. 

Mani corou o que acabou me irritando, tá eu sei nada a ver, mas meu ciúme é maior que qualquer explicação lógica e convincente. Dinah deu o dedo do meio e a maldita da mãe do meu filho caiu na gargalhada. Eu perdi algo? Por que não me avisaram que era pra ser engraçado?!

– Do quê está rindo idiota? — Resmunguei de boca cheia.

– Da sua carinha linda de ciumenta — virou pra mim e tentou roubar um selinho, mas não deixei. – Ah! Está me negando um beijo? — Me olhou se divertindo.

– É isso aí Dul! Rejeita ela mesmo, a Portilla tá merecendo — Disse Dinah. – E vai cobrir essas pernas Normani, eu já falei que esse short é curto não já? 

Puxou o lençol pra cobrir as pernas da morena que revirou os olhos.

– Gente chega dessas briguinhas bobas! O que eu quero saber é que seu pai ficou maluco hein Dul? Não pude acreditar quando fiquei sabendo. Achei que ele só não aceitava bem o fato de você ser lésbica, ou então de namorar uma garota com atributos masculinos, mas o tio Fernando pirou mesmo a ponto de te tirar do colégio, e ir pra outro país. Além de ameaçar a vida do meu afilhado.

Suspirei tomando um grande gole de suco de abacaxi. Ficar relembrando isso me faz muito mal, mas sei que todas vão querer saber e ficar assustadas com tudo o que houve. São minhas amigas, fazem parte da minha família. 

– Mani eu queria muito esquecer tudo isso, ficar relembrando e relembrando tá me fazendo muito mal... As coisas aconteceram muito rápido, meus pais estavam discutindo quando voltei da casa da Any aquele dia, ele gritou comigo, disse muitas coisas horríveis e então mamãe e eu estávamos presas em casa e incomunicáveis, dia seguinte de manhã viajamos pra cá e tudo piorou desde então... 

Voltei a suspirei e senti que Anahí estava sentada agora atrás do meu corpo, ela espalmou a mão livre sobre minha barriga redondinha e saliente... Mantendo a outra ainda ocupada com o aparelho celular, a respiração quente dela bateu contra meu pescoço, me causando arrepios que foi possível sentir até no final da minha espinha... Relaxei permitindo meu corpo encostar contra o dela... Feliz por estar bem e pertinho da minha namorada.

– Graças a Deus tudo correu bem! — Sorriu daquele jeitinho que ela sempre faz quando quer dar força a alguém. – Voltem logo ok? Eu quero paparicar essa sua barriguinha e encher meu afilhado de presentes. Ai Dul você não sabe... 

Bateu uma palminha animada e Dinah revirou os olhos, tendo ambas as mãos nas coxas de Mani, correndo as pontas dos dedos para cima e para baixo.

– Eu comprei uma roupinha que ai meu Deus... É  um amorzin, tão pequenininha, tão delicada e tão a carinha do Louis.

– Isso porque ela me fez ir em mais de um shopping, além de caminharmos de loja em loja procurando a roupinha que fizesse os olhos negros da minha namorada brilharem... Mas enfim — deu de ombros – o importante é que encontramos.

– Pára de reclamar Dinah Jane! Porque você foi muito bem recompensada ok? Não se esqueça disso! — Disse ao encará-la. 

– Ah sim, e foi uma loucura Mani... Aqueles seus gemidos manhosos não me deixam em paz. Te c. hupar nunca foi tão bom.

Mordeu o lábio inferior fechando os olhos acho eu que relembrando o momento íntimo delas, então os abriu em seguida quando Mani lhe acertou um beliscão nas costelas.

– Ai Normani! Que p. orra de unha grande! — Resmungou massageando o lugar.

– Cale a boca Jane! Não saia falando do que fazemos assim... São coisas íntimas de casais. As vezes você é tão frustrante Dinah! — Cruzou os braços. 

– Exceto quando estou com meus dedos enterrados dentro de você... — Falou com a voz arrastada no pé do ouvido da minha amiga. 

Normani fechou os olhos, eu fiquei com minhas bochechas extremamente quentes, e senti Anahí sorrir e deixar um beijo molhado em meu pescoço. 

– Cale a boca ou o sexo está suspenso por pelo menos duas semanas. — Disse com a voz vacilante.

– Se fizer isso eu não respondo por mim, porque vou te acordar todos os dias com um oral gostoso, do jeitinho que te deixa maluca... Nem que eu precise pular todos os dias a janela do seu quarto. — Mordeu o lóbulo da orelha de Mani e ela arfou.

– Hum... Tia Diana vai amar saber disso. — Anahí disse e Dinah lhe deu o dedo do meio, sem parar o que estava fazendo.

– T-tudo bem... V-você venceu... — Mani dizia mole sobre os toques de Dinah. – Nada de greve de sexo.

Arfei quando Anahí mordeu minha pele arrepiada do pescoço, chupou raspando os dentes e sugando para si em seguida, na certa ficaria uma marca ali.

– Ótimo. — Sorriu convencida e puxou o rosto de Mani pra que selassem os lábios. 

– Ganhou desta vez e xiu! A única coisa que quero dessa sua boca gostosa são muitos beijos! — Avisou Normani.

Ri daquilo me encolhendo um pouquinho, e obrigando Anahí a se afastar do meu pescoço, não sem antes beijar minha bochecha. 

– Dinah você falou com Talifa? 

– Fiz uma visitinha a ela hoje pela manhã... Talifa estava preocupada querendo saber de você, não comentei nada porque sei lá... Achei melhor não dizer nada naquele momento ela parecia preocupada com alguma coisa.

– O quê poderia ser? Estava tudo bem não estava? — Vi como as sobrancelhas de Any se uniram, mostrando como ela está preocupada.

– Sim, sim claro! Estava tudo em ordem... Perguntei o que era e Talifa me falou que um homem esteve por lá, perguntando por Marichello, o tio Enrique e fazendo algumas perguntas.

– Perguntas sobre quem? Que homem era esse?

– Não sei e tampouco ela. Mas pelo que Talifa me descreveu o cara só podia ser algum tipo de investigador, detetive. 

– Estranho... — Anahí suspirou.

– Concordo, mas relaxa Portilla não deve ser nada demais. Bom... E agora como vai ficar a situação de vocês aqui? Por que a Dul ficou sem casa né? 

– Nós vamos morar juntas na minha casa, aliás só nós não a dona Blanca também, claro ou pode ser no meu apê tanto faz.

– Amor... Não sei se é uma boa ideia. — Falei chamando sua atenção. 

Anahí virou-se pra mim e bicou meus lábios antes de responder.

– Isso realmente não é um convite Dul, uma hora íamos fazer isso não é? Porque eu quero mesmo casar com você, esperar ansiosa nosso filho nascer e me apaixonar todos os dias quando acordar, olhar para o lado e me dar conta que tenho dormindo comigo a mulher mais especial do mundo. Eu amo você. 

– Tudo bem. — Suspirei deixando um beijo simples em seus lábios. 

A conversa depois fluiu para outros assuntos, mais leve... Dinah comentou sobre Taylor e Demi, as duas seguem firme em seu namoro mesmo tendo a presença incômoda de Kesha. Ela sempre dá um jeito de ligar ou mandar e-mails, mensagens e até mesmo aparece em lugares que sabe que Demi frequenta, isso é frustrante e está deixando Tay extremamente irritada.

Dinah também disse o quanto Áaron e Ana Brenda ficaram aflitos com toda essa confusão, fiquei agradecida por tanto apoio... E depois de encerrar a chamada Anahí disse que precisava resolver algumas coisas com Keira.

Revirei os olhos.

– Ah minha bobinha ciumenta! Desmancha esse biquinho lindo vai Candy. — Ela pedia deixando beijos por todo meu rosto.

– Não sei o que tanto precisa falar com essa tal. — Cruzei os braços de bico.

– Dul já te falei que Keira é uma funcionária daqui amor.

Saiu de perto de mim pra ajeitar sua regata preta com estampas de notas musicais, então me permitir parar alguns segundos pra analisá-la. Meu amor traja top preto por baixo da regata, um par de calças skinny cinza e um par de Tom’s na cor azul escuro. Seus cabelos ficaram presos num coque desajeitado, mas que deixa ela muito sexy. Não pude evitar morder os lábios. 

– Mhn... Será que conheço esse seu olhar.

– Não sei... — Tirei a blusa do moletom e meus seios ficaram visíveis, ambos arrepiados por baixo da blusinha colada branca. – Você pode adivinhar meu amor?

Anahí suspirou balançando a cabeça em negação. 

– Convite bem tentador esse, no entanto, preciso mesmo ir. —Ela piscou rapidamente e acabou por tropeçar em uma almofada que voou para o chão. 

– Ops! Cuidado amor, não quero a minha mulher machucada. — Sorrio de canto aproveitando pra passar a língua nos lábios.

– Sua mulher? — Sorriu largo. – Gostei disso.

– Sim, minha mulher, a outra mãe do meu filho, a namorada incrível, a pessoa amorosa e a dona da minha vida. 

– Eu te amo demais, mas não vai conseguir nada de mim me enchendo de elogios. — Piscou.

Pegou a carteira, celular e chave do carro, quando  chegou na porta virou pra me olhar.

– Não alimente besteiras nessa sua cabeça fantasiosa amor, tudo o que estou fazendo com a ajuda de Keira, faz parte de uma surpresa pra você. Lembre-se disso hum?

– Acho que posso atender o seu pedido. — Falei me jogando contra o colchão.

– Ótimo. Quando estiver tudo pronto ligo pra você ir me encontrar ok? 

– Tudo bem sua chata vai logo. — Revirei os olhos.

– Me expulsando baby? — Eu podia sentir o divertimento na voz dela. – Quero um agradecimento todo especial quando eu te deixar de boca aberta. Amo vocês! — Disse. 

Em seguida escutei o barulho da porta sendo fechada.

Deixei um longo suspiro escapar de meus lábios e antes de pensamentos me perturbarem, decidi recolocar o moletom e ir falar com minha mãe, desde que cheguei aqui no hotel não nos falamos...

Liguei rapidinho pro Chris perguntando qual quarto era o dela porque eu não sabia, ele atendeu todo risonho e ofegante posso até imaginar o por que. Assim que me informou qual era desliguei rumando para lá. Duas batidas e mamãe abriu, com uma linda carinha de sono, mas assim que me notou ali ela puxou-me para dentro me abraçando.  

– Bebê! Como você está? 

Sorrio sentindo meu coração inflar de amor e carinho... Ela costumava me chamar assim até meus doze anos, só parou porque um dia uma garota escutou e começou a rir da minha cara, fiquei muito constrangida. Mamãe repreendeu a menina e decidiu não me chamar assim mais em público, mas faz um tanto de tempo que ela não fala... E escutá-la soltando esse apelido tão mamãe de ser me desmontou.

– Tô bem. Eu acho... — Respondo sentindo minha voz embargar.

– Perdoa a mamãe por não ter conseguido evitar essa loucura toda de viagem e clínica de aborto, amor perdoa por favor... — Ela pedia afagando minhas costas, sua voz também embargada.

Eu já imaginava que seus olhos estavam chorando.

– Se tivesse... Bebê se algo ruim acontecesse com você ou meu neto, eu não me perdoaria nunca... Eu juro que não...

Afaguei suas costas na tentativa de demonstrar que estava tudo bem, acho que funcionou porque dez minutos depois mamãe se afastou, tentou me dar um sorriso, o qual saiu bem forçado... Era só pra me tranquilizar eu sei. E secou suas lágrimas com as costas das mãos. 

– Mãe... Não foi sua culpa. Papai estava completamente fora de controle, ainda não consigo entender como ele teve coragem... M-meu Deus! É-é um bebê! — Senti minha voz vacilar. – Uma vida que cresce aqui dentro de mim. A notícia de ser avô não o agradou em nada, e isso pelo fato da Any ter colocado nosso filho na minha barriga. — Lamentei e aceitei quando mamãe ofereceu sua cama para sentarmos. 

– Dul seu pai é preconceituoso, olha como ele trata o próprio irmão, só porque meu cunhado decidiu seguir o que realmente era.

Ficamos em silêncio alguns minutos, então eu fiz o que estava me dando vontade naquele momento. Nenhum desejo de grávida, mas o desejo da Dulce filha. Deitei minha cabeça sobre as pernas de mamãe ainda mantendo os pés no chão, pude ouvi-la sorrir e seu dedos sendo enfiados entre meus fios de cabelo.

– Sentindo falta dos carinhos maternais minha bebê? Mal posso acreditar que minha menininha tem um serzinho crescendo dentro de si. Oh! Quando foi que você cresceu tão rápido hum?

Ela chiou com um leve embargo na voz, eu apenas balancei a cabeça aconchegando-me mais as suas pernas e permitindo que meus olhos fechassem. Eu iria sonhar de uma época onde mamãe me surpreendeu com um redondo e confeitado bolo de chocolate, depois que acreditei ter sido esquecida ao completar meus plenos seis anos de idade. Iria lembrar dela me deixando passar maquiagem a primeira vez, e como fiz uma grande bagunça. 

O blansh seria na bochecha então eu acho que confundi e o espalhei nos olhos como sombras, mamãe riu da minha cara levando-me para o banho.

Iria lembrar de como chorei ao cortar o pé num caco de vidro, o prato tinha voado da minha mão, e descuidada como eu era acabei por pisar em cheio num. Mamãe se desesperou correndo comigo para o hospital e ligando pra avisar ao papai. 

Fui tão mimada depois daquilo, eu adoraria ter tido um irmãozinho, mas ser a Dulce de todos soava tão bem que me acostumei a ser filha única. 

Seria maravilhoso se nada disso precisasse estar acontecendo, se meu pai aceitasse tanto a mim quanto a Any e nosso bebê. Seria realmente maravilhoso.

❤❤

Hey amores, olhem só quem resolveu dar as caras! Kkk. Quero me desculpar por sumir por todo esse período.. Mas eu fiquei bem ocupada e não me sobrava tempo. Sorry. A fic tá no finalzinho já então... Serão apenas alguns capítulos daqui pra frente, espero que gostem! Beijoocas! 😘