Fanfics Brasil - Quando percebi que não podia dar mais nada, veio a certeza de que já tinha dado tudo O safado do 105 (ADAPTADA)

Fanfic: O safado do 105 (ADAPTADA) | Tema: Rebelde


Capítulo: Quando percebi que não podia dar mais nada, veio a certeza de que já tinha dado tudo

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Depois de me lavar rapidamente, vesti apenas o robe acetinado e me encontrei com o Calvin no tapete da Sra. Klein. Nosso jantar estava servido na mesa de centro (ele não perdeu tempo, fez questão de deixar tudo organizado); o baião de dois, já bem quentinho, exalava um cheiro que me fez lembrar o quanto sentia fome.



Sentei-me do outro lado da mesinha de propósito, mantendo certa distância. Puxei um dos
pratos, bem como os talheres, e mandei ver. Não o olhei, mas tinha consciência de que ele também estava comendo – e com a mesma vontade que me dominava. Sexo realmente dá muita fome!



Uns bons dez minutos se passaram. Eu até já tinha me esquecido de que não estava sozinha.



– Costuma g/ozar daquele jeito? – perguntou do nada. Fiquei admirada com o rumo de seus
pensamentos, já que os meus navegavam em direções absolutamente opostas



– Foi a primeira vez – respondi sem olhá-lo. – Não achava que fosse possível.



Ouvi seu riso, e nem precisei vê-lo para saber que tinha sido um bem cafajeste.



– Claro que é. Só não é tão comum.



– Você sabe mais sobre o assunto do que eu – falei com impaciência.



O silêncio voltou bem depressa. Percebi que eu estava engolindo a comida quase sem mastigar (que falta de educação, Raissa!). Dei uma pausa, tomando um pouco do vinho.



– Não paro de pensar nisso... Ver você daquele jeito... foi sensacional.



Seria estranho se dissesse que fiquei irritada? Apesar de ter vivido uma experiência nova e
intensa, não conseguia me livrar da sensação de fracasso. Acho que finalmente entendi que, por mais que eu o atingisse, jamais seria do mesmo modo como ele me atingiu. Todos os meus esforços eram em vão.



Nada adiantava. E é por isso que eu estava tão decidida a recuar.



– Dulce? – Sobressaltei-me. Nem tinha percebido que não estava prestando atenção em mais
nada ao meu redor. Calvin apenas riu da minha confusão. – No que está pensando?



– Estava me perguntando como seria viver sem amar ninguém. Deve ser difícil.



Ainda não me sentia pronta para olhá-lo, mas seu silêncio deixou óbvio o descontentamento
diante das minhas palavras.



– É muito mais fácil do que imagina.



Bati a ponta da faca na mesa, irritada e muito impaciente.



– É mentira! – falei alto demais, encarando-o. Calvin estava segurando sua taça, e o prato jazia
vazio sobre a mesinha. – Você mente para todo mundo e para si mesmo! Não é fácil coisa nenhuma. Você é um frustrado, Calvin. Perdeu todos que amou, e agora acha que não pode amar mais ninguém. Ele me olhava admirado, sem conseguir acreditar que tive a coragem de dizer aquilo. Bom, ele não foi o único. Eu também não acreditava. Seu rosto começou a ferver de raiva. As expressões se fecharam em uma carranca dura.



– Eu faço as minhas escolhas, Dulce.


Bufei.



– Péssimas escolhas.



– Respeito as suas! – falou um pouco mais alto também. Seu rosto ficava cada vez mais
vermelho. – Que tal respeitar as minhas?



– Estou treinando. Se serei sua amiga, então meu dever é te alertar. Você não vai a lugar algum perdido desse jeito, Calvin. Ninguém chega aonde quer sozinho.



– Pensei que estivesse comigo! – Balançou a cabeça em negativa, passando as mãos pelos
cabelos. – Eu não estou mais sozinho, estou? Tenho você.



– É diferente... – Arfei alto, sem entender mais nada. – Você fica me expelindo. Como quer que
eu realmente esteja contigo?



Ele fez uma grande careta de confusão.



– Expelindo? Por quê? Porque eu falei para não se apaixonar por mim?



Fechei a minha boca grande, sem saber o que responder. Ele ainda esperou uma resposta,
encarando-me com raiva. Seu olhar afetado era desconhecido por mim até então. Sinceramente, preferia não ter conhecido aquele.



– Só estou tentando te proteger de mim. Não entende?



– Sinceramente? Não.



– Pensei que estivesse entendendo tudo... Você é tão madura e inteligente...



– Vejo fuga, e não proteção – adiantei-me. – Eu sei me proteger, Calvin. Mas você só sabe fugir!



Calvin largou a taça em cima da mesa e se afastou um pouco. Soltou um rosnado irritado e se
deitou no tapete, escondendo o rosto com as mãos. Achei aquela atitude tão infantil que guardei as minhas armas. Não adianta discutir com alguém que não entende as próprias razões. Fui me aproximando devagar. Aquela distância estava me matando, e eu só tinha uma noite para não deixá-la me derrotar. Calvin sentiu a minha aproximação e, contra toda a lógica possível, puxou me para si. Meu corpo rodou junto com o seu, e fui parar do outro lado do tapete, com as costas contra ele. Seu corpo me envolveu lateralmente.



– Às vezes acho que tudo vai passar, menos a minha vontade de estar em você o tempo todo... – murmurou baixinho, oferecendo-me um beijo curto e molhado. – Não sou eu que quero fugir disso. Tudo bem, ele estava fazendo o que faz de melhor: tentando me confundir. Soltei um longo suspiro e o ofereci um olhar impaciente. O maldito riu, e seu hálito de vinho fez cócegas no meu nariz.



– Vou aprendendo contigo... Irei me esforçar. Obrigado, amiga.



Sorri. Não é possível que eu tenha me livrado de uma família doida só para encontrar alguém tão doido e perturbado quanto todo mundo (devo ter algum radar que atrai gente louca embutido no topo do meu crânio).



Não sabia se tinha entendido direito o que o Calvin quis dizer com “vou aprendendo contigo”. O que ele queria aprender, afinal? A não ser mais sozinho? A amar? A me provocar mais ejaculações? Minha cabeça deu um nó de marinheiro, porém não evitei um sorriso. Seja o que fosse, queria muito que ele aprendesse comigo.



Tudo porque a minha mente (igualmente perturbada, mas a culpa não é minha) cultivou algo
com relação a ele. Uma coisa perigosa chamada esperança. É uma porcaria, eu sei muito bem. Nãopodia ter esperança, pois me geraria expectativas. E ninguém merece criar expectativas por um cafajeste de marca maior. É masoquismo.



– Gosto quando sorri, Dulce. Eu me sinto bem – Calvin falou isso sorrindo, mas as expressões
foram se fechando lentamente, como uma cortina. – Seus olhos estão brilhando. O que está pensando?



– Em nada importante – não menti, afinal, o que há de importante em ficar maquinando meios
de evitar as expectativas?



– Às vezes eu queria ter o poder de ler tudo o que se passa na sua cabeça.



Deus me livre! Se isso fosse possível, o coitado já teria saído correndo. E eu daria total razão,
pois a minha vontade real era de abrir a porta e correr doida pelo meio da rua.



– Eu também – murmurei, alisando-lhe o rosto. Ainda tinha marcas de batom nele. Percebi que
Calvin sempre mantém a barba feita. Aliás, ele sempre se mantinha barbeado, depilado e cheiroso. É para acabar com qualquer raça.



– Ainda bem que não pode. Sou meio louco! – Começou a gargalhar. Meu Deus, ele não devia


fazer isso estando tão perto...



– Digo o mesmo. Pareço normal, mas estou bem longe da normalidade!



Continuou rindo. Fiquei acompanhando os movimentos que sua boca fazia. Os olhos pareciam
rir junto com ela, incrível. A cena toda era impressionante. Aos poucos, Calvin foi parando de rir. Quando aconteceu, o silêncio entre nós fez com que desviasse o rosto.



– E a parede? – perguntou em um sussurro, levantando-se. Ficou sentado no tapete, e me sentei também. Era muito estranho aquele afastamento súbito da parte dele. Toda vez eu ficava confusa.



– O que tem ela?



– De onde surgiu a ideia? Eu adorei! Estou pensando em fazer o mesmo com a minha...
Provavelmente o Calvin estragaria a coitada da parede. Sua letra horrível ia ser confundida com borrões indefinidos, falhas na pintura, ou algo do tipo.



– Começou na noite em que vovó faleceu... – falei baixo, sentindo o velho aperto no fundo do
coração. Acontecia toda vez que eu pensava na minha querida vozinha. – Acho que é uma terapia. Escrevo as frases mais significativas para mim. Clarice tem me ajudado muito.



Calvin voltou a me olhar, sorrindo.


– Ela me ajudou a vida inteira.



– Imagino... – Balancei a cabeça, concordando. – Sobrevivi a muitas noites ruins. Na verdade,
esta é a primeira noite agradável que passo depois que ela se foi. – Engoli o choro. – No fim, tudo é graças a você, Calvin. Obrigada.



Ele me puxou para si, e me sentei em seu colo como uma criança indefesa. A seleção de músicas já tinha acabado há algum tempo, e o ambiente tomado apenas pelo ruído dos grilos era reconfortante.



Já havia me acostumado com eles; parecia que estávamos em uma casa de campo.
Afundei o meu rosto entre o ombro e o pescoço dele. Senti-me perdida quando inalei seu cheiro diretamente da fonte. Meu coração gritou em desespero. Pedi aos céus para que um milagre acontecesse, qualquer um (seria mágico se a minha avó ressuscitasse, se o meu desejo desenfreado diminuísse e se o Calvin se apaixonasse por mim. Contudo, qualquer um deles seria pedir demais).



– Você me ajudou muito também. Vamos deixar tudo na caixinha da amizade, sem
agradecimentos. Como dizem, amigos são para essas coisas.



Aquiesci, mas não encontrei coragem para sair dali. Era um lugar bom demais para se estar.
De repente, Calvin começou a soltar mais uma de suas gargalhadas.



– O que foi?



– Meu p/au está ficando duro!



– Credo, Calvin, controle-se! – Fingi indignação, mas caímos na gargalhada. Comecei a rebolar em cima dele só para atiçar. – Amigos não são para essas coisas...
Seu olhar desejoso retornou.



– Ainda bem que não somos amigos nesta noite.



– E o que somos?


– Amigos com se/xo – falou.



Gargalhei.



– Amigos com s/exo e vinho – completei.



– Amigos com sexo, vinho e Clarice Lispector.



Que lindo, gente!



– Pronto, estamos definidos. Agora, preciso de um banho!



Levantei-me e recolhi os pratos sujos. Fui até a cozinha sem olhar para trás, deixando os pratos em cima da pia. Depois daria um jeito neles. Não queria perder tempo.



Encontrei o Calvin me esperando em frente ao banheiro, apoiado em uma parede e com os
braços musculosos cruzados. Pense num cenário sexy. Agora, multiplique por mil.



– Amigos com s/exo, vinho, Clarice Lispector e banho relaxante – disse, e sorriu lindamente.
Sorri de volta e entrei no banheiro, sabendo que ele viria logo em seguida. E veio mesmo,
colando seu corpo bem atrás de mim. Retirou o meu robe lentamente, preocupando-se em beijar meus ombros na medida em que iam sendo expostos.



– Se eu pudesse fazer o tempo parar... Seria nesta noite, Dulce – murmurou com os lábios
grudados na minha pele. Não houve um só pedaço de mim que não tenha se arrepiado.



Soltei um longo suspiro de desejo. Ele suspirou também. Guiou suas mãos pelo meu corpo,
parando nos locais mais íntimos só para me atiçar. Entreguei-me de corpo e alma ao seu toque. Levei uma mão para trás, encontrando sua ereção firme escondida pela cueca. Massageei-a um pouco sob seus suspiros prolongados e sob as mãos que não largavam o meu corpo por nada.
Estremeci a cada carícia.



Virei-me para lhe beijar a boca e retirar sua cueca. Calvin cedeu fácil, tão entregue quanto eu.
Meu banheiro não era tão grande assim, e ficou menor ainda com a presença daquele homem enorme. Ainda me lembrei de prender meus cabelos escovados com um elástico. Entramos no boxe comsorrisinhos cúmplices estampados em nossos rostos, e achei legal ele respeitar o fato de eu não querer molhar meus cabelos. Ficou me protegendo do jato forte do chuveiro utilizando seu corpo, que ia sendo ensaboado por mim, lentamente.



Não falamos nada durante todo o banho. Nossa linguagem foi o toque. E que toque... Sentia-me no céu a cada um que eu recebia. Ele também parecia se entregar às minhas investidas. Fiz questão de usar todo o meu empenho para lhe proporcionar o maior prazer possível.



Por incrível que pareça, não houve s/exo. Seu p/ênis continuou ereto – e eu também fiquei
excitada o tempo todo –, mas o comando de ordem era unicamente a carícia. Parecia que queríamos nos conhecer com as mãos, entender o corpo um do outro, processar as imperfeições (minhas) e as perfeições (dele).



Foi um momento tão intenso que precisei admitir a mim mesma que ofereci tudo o que o meu
peito guardava, e que infelizmente pertencia a ele. Não me freei, como estava fazendo até então. Sequer fingi não haver sentimento. Não faço ideia se o Calvin sentiu, mas o que lhe dei foi tão diferente do que já tinha lhe dado... Fazia muito tempo que eu não oferecia algo além de corpo a um homem. Você pode não acreditar, mas nunca me apaixonei fácil. A escolha foi péssima, eu sei. Mas já estava feito.



Ao menos tinha aquela noite. Aquela oportunidade. Precisava esvaziar o meu coração o máximo que pudesse. Quem sabe assim aprendesse a preenchê-lo com outras emoções? Não era impossível. Paixão é um sentimento facilmente transferível, guiada pelo sabor da novidade. Eu só precisava me permitir mais, e parar de achar que não podia vencê-la.



Aquela sensação de estar prestes a morrer era apenas uma sensação. Meu coração não ia parar. Nem mesmo o tempo. Mas eu concordava com o Calvin; se eu pudesse fazê-lo parar, seria naquela noite. Mais especificamente, naquele momento profundo de mãos, pele, lábios e línguas, em que tudo se tornou uma coisa só.



Foi Calvin quem desligou o chuveiro e pegou a toalha que estava pendurada. Envolveu-me com ela, e então eu saí a fim de pegar outra para ele, dentro de um armário. Ao lhe entregar, não consegui encará-lo de outro jeito que não apaixonadamente.



Percebi o seu rosto corar, e os olhos serem desviados para um ponto qualquer do banheiro.
Saímos silenciosamente. Como se tivéssemos combinado tudo, seguimos na direção do meu quarto. Calvin terminou de enxugar o corpo e os cabelos, colocando a toalha pendurada em um gancho atrás da porta. Fui mais lenta. Depois que me sequei com cuidado, soltei os cabelos e o percebi já deitado na minha cama, observando meus movimentos.



Meu corpo foi atraído para ele. Dei passos lentos, precisos, até me ajoelhar na cama e,
finalmente, abrir minhas pernas ao seu redor. Encostei nossos narizes, e as suas mãos tentaram colocar os meus cabelos atrás das minhas orelhas.



– Foi a primeira vez que tomei banho com uma mulher sem transar com ela debaixo do chuveiro – disse baixinho e seriamente. Fui eu quem acabou sorrindo.



Analisei cada partícula de seus olhos castanhos. Acho que o Calvin fez a mesma coisa, mas
meus olhos não são tão escuros quanto os dele.



– Ando tirando algumas de suas virgindades... – Ri, mas ele apenas suspirou, continuando sério. – Anda mesmo.



Apoiei minhas mãos em seu peitoral. Continuei o olhando de perto. Fiz um movimento curto
com o quadril, roçando nossos sexos um no outro.



– Quais faltam? Ainda temos algumas horas.



Falei aquilo em tom de brincadeira, claro, mas Calvin estava estranhamente sério. Levou uma
mão à minha, e a segurou com força, empurrando-a contra si. Só depois que encontrei sentido em seu gesto: Calvin pegou exatamente a mão que estava sobre o seu coração.



Passei muito tempo olhando para ela, sentindo o sangue deixar o meu corpo. E então, porque
sentido pouco é bobagem, Calvin riu pra valer.



– Nem pensar, Dulce. Nunca vou dar a minha b/unda.



Olhei-o. Franzi a testa e... caí na gargalhada.



Enquanto a mesma mão ainda ajudava a minha a apertar seu coração, a outra escorreu pela
minha coluna até se perder na minha segunda abertura. Dei um pulo com o toque repentino e
inusitado.



– Ei! Também não estou afim! – reclamei.



– É sério que você é virgem aí? – Abriu um sorriso canalha, deixando óbvias as besteiras que
invadiram a sua mente safada.



– Não precisamente.



Gargalhou.



– Como assim?



– Depois de algumas tentativas frustradas, desisti. – Ri também, mas acho que a nossa balança tinha quebrado. Ou então não era uma balança, e sim uma gangorra. Calvin ficou repentinamente sério.



Apertou ainda mais nossas mãos contra o seu peito, e entendi o que quis dizer. Ele também havia tentado. E desistido. Definitivamente, eu trocaria uma virgindade pela outra. Daria meu ra/bo quantas vezes fosse preciso se pudesse ter aquele coração magoado para mim.
Infelizmente, as coisas não são tão simples.



Calvin me empurrou para o lado e se sentou na cama. Afastamento. Fuga. Ele estava fugindo do envolvimento. Do nosso envolvimento. Devia fazer aquilo o tempo todo, com todas as mulheres que cruza o seu caminho.



– Calvin... Diga-me uma frase. Quero colocá-la na parede. Uma frase que lembre a nossa noite.



– Hum... – Inclinou-se um pouco para olhar a parede atrás de si. – Vou pensar em uma boa até o amanhecer.



– Certo... 



Seu olhar encontrou o meu, mas foi logo descendo pelo meu corpo nu entre os lençóis. Sorriu.
Ajoelhou-se na cama e puxou dois travesseiros, colocando-os um sobre o outro. Meus quadris foram puxados para cima deles, e terminei com as pernas para o ar. A minha coluna continuou no nível da cama, um pouco mais embaixo.



Calvin se sentou exatamente entre as minhas pernas, sem deixar de me analisar. Senti uma coisa quente fazer o encontro das minhas coxas pegar fogo de imediato. Gemi antes mesmo de ser tocada por aquele homem impressionante.



Pensei que aquela posição me traria desconforto, mas não. Estava relaxada e pronta para o que viesse. Eu sabia o que faria. Receberia aquela boca deliciosa em mim. A pressa já me consumia, e não fazia nem trinta segundos que havia sido colocada ali.



– Prepare-se para ser chupada como uma fruta suculenta... – rosnou baixinho. Passou seus dedos ao longo da minha v/agina, e gemi novamente. Meu abdômen se contraiu. – Vou te f/oder com a minha língua, Dulce.



Abri bem as minhas pernas, convidando-o. Calvin foi se inclinando devagar até chegar bem
perto. Colocou a língua para fora e a guiou de baixo para cima, pressionando-a contra mim. Meu quadril balançou um pouco, e vi estrelas no teto do meu quarto.



A quentura se intensificou bastante. O safado meio que se deitou na cama, com a cara entre as
minhas pernas. Ergueu as mãos e acariciou os meus seios no mesmo ritmo do movimento lindamente protagonizado por sua língua experiente.



A diferença entre um cara que sabe chupar e um que não sabe vai além de qualquer evidência.
Primeiro: Calvin não me babava em demasia. Odeio caras que ficam babando, babando, e não fazem nada que presta além de babar. É nojento e nada excitante.



Segundo: ele não se afastava nem por um segundo. A constância em um sexo oral é muito
importante, pois qualquer pausa me causa irritação e impaciência. Preciso estar sendo tocada o tempo todo, e Calvin, de alguma forma, sabia disso, visto que, quando sua boca pedia uma pausa para descansar, atiçava-me com os dedos sem me fazer sentir ausências.



Terceiro: o cara era muito paciente. Sério, a gente percebe quando um homem só está chupando por chupar. A maioria dos homens quer que o momento passe depressa (geralmente porque quer que sua vez chegue logo), mas não o Calvin. Ele parecia curtir cada segundo. Fica envolvido no que está fazendo, e te observa de um modo tão intenso que você se sente a última bolacha do pacote.



Quarto: ele conhecia muitos movimentos diferentes. Para quem acha que o maldito só enfiava a língua para lá e para cá, está muito enganado! Calvin se movia de várias maneiras; usava a língua, os lábios, os dedos (às vezes tudo ao mesmo tempo), chupava, lambia, ia e vinha, provocando um prazer quase insuportável.



Diante de tudo isso, temos o quinto item: não fico ansiosa ou envergonhada. O cara faz bem e
sem pressa, então para quê afobação? Não ficava me sentindo angustiada nem para parar e nem para g/ozar logo. A sensação de liberdade que ele me proporcionava como mulher era magnífica. Uma coisa que nunca experimentei antes.



E foi por isso que realmente me senti uma fruta suculenta sob seus lábios e língua. Tudo ficou
ainda mais profundo quando ele tirou as mãos dos meus seios e procurou pelas minhas. Entrelaçamos ambas, e assim permanecemos.



– Que delícia, Calvin... – murmurei entre gemidos. Não sabia se fechava os olhos ou se conferia seu rosto perfeito afundado no meu sexo. – Sua boca é divina...



Ele riu sem desencostar. Seu hálito e dentes me provocaram até demais. Voltou a pressionar a
língua com força, envolvendo o meu c/litóris. Chupou duro, e me vi em um estado de quase êxtase. Gemi alto. Ele ergueu os olhos só para assistir ao meu clímax. Intensificou o movimento de propósito, revirando meus sentidos e mantendo outro ritmo em constância. Safado!



– Vai ser bem gostoso... – gemi fraco como uma criancinha. O maldito não parou até que explodi intensamente, como se fosse o primeiro da noite. Gritei o nome dele (o único que eu conhecia) umas mil vezes enquanto resfolegava e sofria espasmos alucinantes. – Ai... Delícia! Eu amo os seus lábios, Calvin...



Acho que o fato de eu estar com a matraca aberta lhe incentivou a continuar. Ou então porque
ele me prometeu sete orgasmos, e faltava mais um em sua boca. Pelas minhas contas, o último
provavelmente seria em seu pau. Sinceramente, eu não via a hora.
Nem me dei o trabalho de fechar as pernas. Em vez disso, fechei os olhos e tentei não me
angustiar com a continuação. Meu coração ainda batia depressa, e o corpo continuava sentindo os espasmos do orgasmo anterior, mas o Calvin sabia o que fazer.



E é aí onde o sexto item se encaixa: Calvin não fica satisfeito com um só orgasmo. Ele faz
questão de arrancar mais de um. Não se cansa, não se afoba. Seu prazer também é dar prazer, e isso é uma coisa tão rara no universo masculino (ou então nunca conheci um cara bom o bastante) que eu só precisava me acalmar para o próximo.



Foi o que fiz. Seus movimentos se tornaram mais intensos e acelerados. A força que aplicava em mim aumentou. Prova de que sua experiência lhe permitia entender que não dava mais para ser lento. O segundo orgasmo só chegaria com uma intensidade maior de movimentos, já que o primeiro meio que funciona como um “abre alas”.



Puxei seus cabelos, mas não interferi no seu ritmo. Só busquei apoio e abri as minhas pernas da maneira correta para absorver o maior prazer que me fosse permitido. G/ozei ruidosa e intensamente. Antes de concluir, puxei seu rosto para mim e ele veio sem pestanejar.
Afundou-se sobre o meu corpo, trazendo sua grandeza e quentura para me envolver em todos os sentidos. Seu p/ênis enorme já estava duro. Abri-me totalmente para recebê-lo por inteiro. Calvin não pensou duas vezes, enterrou-o em mim com um choque intenso, poderoso.



Gememos juntos.



– Droga! Dulce, você tira o meu juízo! – Ele se afastou totalmente, desencaixando-nos.



Ajoelhou-se na cama e olhou para o teto, com raiva evidente.



– O que houve?



– Esqueci de colocar o preservativo. Desculpa, foi imperdoável. Eu nunca esqueço algo tão
importante... – Ele ficou procurando por alguma coisa entre os lençóis.



Senti-me confusa e exposta demais, porém, um segundo depois, já não me importava com mais
nada. Por isso que havia o sentido com tanta perfeição; não havia nada nos separando.



– Relaxa, Calvin. Não tenho nada, fique tranquilo. Pode vir.



Ele me olhou como se eu fosse uma louca.



– Nem pensar. Não faço sem. Nunca fiz. – Achou um pacotinho de preservativo e o abriu entre
os dedos.



– Você tem alguma doença?



– Claro que não! Enlouqueceu? Deus me livre. Eu me cuido.



Sentei-me na cama e puxei o preservativo das mãos dele. Joguei-o contra a parede da Clarice,
depois o troço se perdeu em algum lugar desconhecido. Calvin ficou me olhando sem acreditar.
Puxei suas mãos lentamente. No início, seu corpo travou, mas logo em seguida ele veio junto.
Voltei a me deitar, e o Calvin tornou a colocar seu corpo sobre o meu.



– É a nossa última noite. Eu tenho um único pedido: g/oze em mim.


Balançou a cabeça e arfou profundamente.
–Dulce... Não.



– Confie em mim como estou confiando em você, Calvin. Não confia em mim?



Ele me encarou com os olhos mais perdidos que já vi na vida. Vagarosamente, encaixou nossos corpos de novo. Resfoleguei e sorri, sentindo-me extremamente livre.



– Confio, e não é pouco... – murmurou enquanto se movimentava lentamente. – Minha nossa, eu nunca senti uma b/oceta de verdade... – Começou a provocar choques rápidos e intensos, mas depois voltou ao ritmo vagaroso. – C/aralho... Como é gostosa.



Ri de leve, amando cada sensação maravilhosa dos nossos sexos cedendo um contra o outro.



– Estou tirando sua virgindade mais uma vez, Calvin...



– Você é ótima nisso... – sussurrou no meu ouvido, depois mordeu o lóbulo da minha orelha.
Arrepiei-me. – Estou quase dando a minha b/unda a você.



Gargalhamos juntos, mas paramos quando ele acelerou bastante. O velho modo de f/oder estilo Calvin Klein (velocidade seis do créu, com direito a batidas na parede) esteve de volta durante um tempão. Aguentei o seu tranco como pude, e embora estivesse cansada, amei cada segundo. Gritei, gemi e me entreguei ao máximo.



Ele me ergueu e passou os braços pela minha coluna, terminando com as mãos nos meus
ombros. Começou a me puxar e empurrar, ajudando o ritmo intenso do seu quadril. Fechei um pouco mais as pernas e apoiei os pés nos seus ombros. Calvin começou a beijar tudo meu que encontrou pela frente, sem sair da constância de seu ritmo.



Diferentemente dele, eu já tinha feito sexo sem camisinha com alguns namorados mais fixos.
Mesmo assim, a sensação de tê-lo daquele modo foi nova. Muito mais intensa, digamos assim. Sentime bem mais conectada a ele, e embora isso não seja algo tão bom, foi o bastante para me trazer aquela felicidade limitada.



– Como é quentinha... Ah, Dulce... Eu vou morrer com essa sua b/oceta pegando fogo no meu
pau. Estou quase go/zando...



Acho que ele ia g/ozar mesmo, pois recuou completamente, desencaixando-nos. Sentou-se sobre as próprias pernas e ficou arfando como um alucinado. Sorri de seu desespero, abrindo bem as minhas pernas só para provocá-lo.



Ele deu uma bela olhada na minha vagina e veio com tudo, passando as mãos por baixo das
minhas coxas. Empurrou os braços para cima, obrigando meus pés a seguirem para os seus ombros e me penetrou. Fiquei totalmente exposta, com as pernas bem abertas e sem saída.
Comecei a gritar sem pausas por causa dos choques intensos, que ficaram ainda mais prazerosos diante da nova posição.



– É isso que você quer, Dulce. Pode gritar! – rosnou como um maníaco, acelerando ainda mais. Puxou meus cabelos com uma das mãos, e meu rosto pendeu para o lado. Sua boca encontrou a minha, tirando meu fôlego em menos de um segundo. – Vou encher essa b/oceta de p/orra!



Seu último rosnado abriu a porta do meu êxtase. Quando menos percebi, estávamos go/zando
juntos, como dois animais ferozes e barulhentos. Senti-o quente dentro de mim, e a sensação de felicidade limitada se intensificou. Orgulho me definiu.



Era lindo vê-lo g/ozando. Sério. A careta que o Calvin fazia dava um ótimo retrato. E era sempre a mesma, já conseguia reconhecê-la. Pena que, a partir daquela noite, precisaria esquecê-la para sempre. Tentei não sentir tristeza por antecipação. Ele ainda estava ali. Eu ainda o tinha. Calvin tombou para o lado, levando-me consigo. Abraçamo-nos. Ele achou um lençol todo franzido ao seu lado, e decidiu nos cobrir. O último beijo estava próximo, mas eu ainda podia ter o antepenúltimo e o penúltimo. Não sabia qual deles seria, só sabia que queria beijá-lo até amanhecer.



– Vamos dormir? Estou cansada... – propus baixinho, murmurando entre seus lábios.



– Não quero dormir.



– Por quê? Não está cansado?



– Não é isso. É que... Não vou te ter ao amanhecer. – Meu coração sofreu uma exposição
perigosa ao zero absoluto. – Tem certeza, Dulce?



Suspirei. De que adiantaria?



– Só mudo de ideia se... Se... Se prometer ficar apenas comigo, Calvin – encontrei coragem para dizer. Temi mais a sua resposta do que qualquer coisa que já temi na vida.
Ele me encarou com olhos esbugalhados. Deu uma gaguejada básica. Fiquei apenas esperando.



– Eu... Não posso, Dulce... Não funciono assim.



– Não pode ou não quer?



Ele pareceu refletir um pouco mais. Sua decepção foi evidente.



– Não quero.



Certo. O limite da felicidade chegou. Caí no abismo da tristeza.



– Sei disso. Então, nada feito.



– Mas...



– Não há “mas”. Chega, Calvin. Amigos, sim?



Pensei que ele mudaria de ideia. Pensei que diria que ia tentar. Cheguei realmente a achar que o Calvin pudesse, sei lá, fazer um esforço de verdade para deixar de ser um safado. Mas eu estava enganada. Aliás, estava certa, como sempre estive o tempo todo.



– Amigos – definiu.



Depois daquela, foi duro dormir. Acho que revirei durante o restante da noite, diferentemente
dele, que pegou no sono depressa. Prova de que o que falou sobre não querer dormir não passava de ladainha. Ele era assim, um cafajeste. Um conquistador muito barato.



Devo ter pegado no sono quando amanheceu. Não sei especificar a hora. Só sei que, quando
acordei com meu despertador (percebendo que não tinha dormido quase nada), Calvin não estava mais na minha cama. Já o seu cheiro, estava. Ô, se estava. Foi a primeira coisa que tirou o meu juízo naquela manhã.



A segunda coisa foi um bilhete. Estava bem ao meu lado, em cima de um travesseiro,
provavelmente o que ele usou durante a madrugada. Não havia nada escrito, apenas uma seta grande feita com pincel atômico. Passei alguns segundos tentando entender (não funciono mesmo de manhã), até que decidi olhar para onde ela apontava (dã!): a parede da Clarice Lispector.



E eis que veio a surpresa. Havia uma frase nova. Uma frase escrita com uma letra feia (que fez
um esforço para se tornar legível, e até conseguiu) e pincel vermelho, bem acima da frase da“liberdade”:


“E foi tão corpo que foi puro espírito” C.L.


 


____________________________________


 


Que fogoooooooo!


Infelizmente, nosso safado continua um safado {#emotions_dlg.tongue_out}


O que acharam da despedida dos Vondys? {#emotions_dlg.cool}


Beijinhos, amanhã tem mais {#emotions_dlg.kiss}



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Autor(a): luvondul

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Os meus planos para o esquecimento já vinham sido traçados há algum tempo. Chegara a hora de colocá-los em ação, pois era a única chance que eu tinha para sair da situação o mais depressa possível, sem feridas, sem cicatrizes. Eu não queria sofrer (e nem podia, pois jamais fui iludida; s&o ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 41



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  • aucker Postado em 17/12/2020 - 23:29:30

    Como essa fic pode ter poucos comentários gente? Sério msm amei a história

  • dudinhah Postado em 16/11/2018 - 01:59:46

    Essa é a única web ,que eu li que não tem os outros rbds

  • manu_morais Postado em 28/12/2016 - 20:27:20

    https://m.fanfics.com.br/fanfic/55689/never-gonna-be-alone-vondy estou começando a escrever essa fanfic passem-lá

  • manu_morais Postado em 28/12/2016 - 20:25:24

    Simplesmente perfeita essa fanfic, amei d+ a história

  • stellabarcelos Postado em 06/04/2016 - 14:13:33

    Amei amei amei amei! Uma das histórias Hot mais incríveis que eu já li! Nunca ia esperar por isso

  • luvondul Postado em 24/03/2016 - 21:42:19

    Christopher Uckermann é um renomado advogado criminalista apaixonado pelo que faz. Além do sucesso inquestionável na carreira jurídica, também usufrui do impacto devastador que provoca nas mulheres a sua volta. E com a sua nova estagiária Dulce Maria não seria diferente. Recém-chegada de uma temporada fora do país, quando acompanhou o então namorado e cantor pop Dereck Mayer em turnê pelo mundo, a estudante de Direito está determinada a cumprir as horas de estágio para finalmente ganhar o diploma, nem que para isso tenha de resistir aos hipnotizantes olhos azuis do dr. Uckermann. Assim como o seu chefe, a jovem leva uma vida descompromissada, curtindo o sexo oposto sem romantismo ou grandes demonstrações de afeto. Passem lá na minha nova fic meninas ;) http://fanfics.com.br/?q=capitulo&fanfic=53091&capitulo=1

  • hanna_ Postado em 22/03/2016 - 15:46:44

    Foi tudo muito lindo ao modo safado dele mas foi hahahah...fiquei muito feluz de acompanhar essa fic. Cada frase da Clarice q tbm falou com nós leitoras. Ansiosa para sua próxima adaptação. Obrigada vc, bjôooo ;)

  • danihponnyvondyrbd Postado em 20/03/2016 - 21:13:55

    O comentário abaixo e meu

  • Postado em 20/03/2016 - 21:11:41

    N acredito q é o ultimo (to chorando um balde de água) n pode acaber é muito boa por favor não faça isso comigo o meu coração não aguenta. Postao próximo capítulo :-):-):-)

  • hanna_ Postado em 20/03/2016 - 01:06:00

    Q lindos! Ah eu amei a Clarice e o Ck tbm <3 ...Tá acabando :(


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