Fanfics Brasil - Sou tão dela que às vezes acho que sou ela (FINAL) O safado do 105 (ADAPTADA)

Fanfic: O safado do 105 (ADAPTADA) | Tema: Rebelde


Capítulo: Sou tão dela que às vezes acho que sou ela (FINAL)

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(4 meses depois)


Dulce andava meio triste. Dava para ver em seus olhos que faltava alguma coisa, e saber disso
me deixava levemente desesperado. Tentei de tudo naquele domingo; como em todos os outros, fizemos nosso conhecido churrasco, com direito a farofa, tomates, carnes de primeira e sua inigualável caipirinha, que ela sempre faz questão de preparar.
Foi a primeira vez que me recusou. Toquei seu corpo de uma maneira sensual quando me pediu para passar protetor em sua pele macia, e, percebendo minhas más intenções, recuou completamente.



Aquela chatice e falta de senso de humor não eram típicos dela. Talvez a chatice, mas não naquele nível. Alguma coisa importante estava acontecendo, e a louca não queria me dizer.
Separei aquele dia para ser especial, perfeito. Não estávamos em nenhuma data específica, não que eu me lembre, porém me senti livre para planejar um dia memorável para nós dois. Por isso, vê-la daquele jeito me fez recuar junto, sem saber o que fazer para melhorar as coisas. A angústia me fez concordar com ela quando sugeriu que encerrássemos o churrasco uma hora antes do horário oficial para o encerramento do churrasco dos domingos.



Nem Clarice e CK fizeram Raissa ficar animada. Quando o dia era difícil e estávamos cansados
demais, sempre faziam a nossa alegria. Brincávamos com eles para tirarmos a tensão, aliviarmos o estresse e espantarmos a solidão. Sim, solidão, porque Dulce e eu nascemos para ser solitários.



Estamos juntos em todos os momentos possíveis, mas descobrimos, com a ajuda da Clarice, que há um tipo de solidão incurável: “e ninguém é eu, e ninguém é você. Esta é a solidão.” Acredite, passamos horas desenvolvendo a ideia de que todo mundo é sozinho. Foi uma noite incrível que, claro,terminou com nós dois entrelaçados fervorosamente entre os lençóis. Não importa se viveremos uma eterna solidão; a minha eu queria saborear junto com a dela.



– Vou tomar banho – avisou assim que terminamos de trazer as coisas do quintal. Tranquei a
porta depois que Clarice e CK entraram e se perderam debaixo do sofá.



Cheguei a pensar que aquilo fosse um convite, e logo me animei, mas Dulce simplesmente
entrou no banheiro e trancou a porta. Foi a gota d’água para me sentir um completo imbecil. Eu tinha feito alguma coisa errada. Mas, o quê? Não me lembrava. Naqueles meses em que resolvemos morar juntos, havia sido um homem diferente; mais maduro, menos temeroso, mais confiante, menos agitado.



Aquela casa ganhou vida nova depois que mandamos remover todas as paredes de gesso. A
estrutura original me deixava com ar nostálgico durante todo o tempo, mas era bom. Eu sentia os meus pais comigo. Eles estavam felizes por mim, com certeza. Pena que os pais da Dulce não ficaram tão felizes com a nossa decisão. Acharam cedo demais para aquilo, e encrencavam sobre o assunto sempre que tinham oportunidade.



– Dulce? – Dei batidas na porta do banheiro. – Não se esqueceu de nada aqui fora?



Ouvi o barulho do chuveiro.



– A toalha está aqui! – berrou.



– Eu estava falando de outra coisa.



– Do quê?



Suspirei.



– Deixa pra lá. Eu me enganei.



Entrei no nosso quarto. Era engraçado porque ele tinha duas portas, duas janelas e era enorme, talvez por ter sido uma sala anteriormente. Nosso próximo passo era fechar uma das portas e abrir outra que dava para um dos banheiros, assim teríamos uma suíte grande. Dulce gostava da ideia de um closet. Podíamos fazer um bacana por causa do amplo espaço que usufruíamos.



Dulce vendeu a sua cama e eu vendi o meu guarda-roupa. Compramos um armário bem grande, que coubessem todas as nossas coisas. A cama que ficou foi a minha, pois havia sido dos meus pais e eu jamais me livraria dela. Era feita de uma madeira muito boa, além de ser grande. Ideal para nós dois, embora a Dulce achasse estranho transar no mesmo lugar que os meus pais transavam, mesmo eu explicando que havia comprado um colchão novo logo que meu pai faleceu.



Olhei para apenas mais um dos ambientes da casa onde ficava nítida a nossa união. O quarto
tinha tanto de nós dois que dava vontade de rir, começando pela prateleira com os ursinhos e os meus bonecos, todos reunidos. O computador da Dulce ocupava espaço no mesmo móvel, que adaptamos, do meu videogame. As cortinas floridas continuaram sendo a essência dela, mas as mesinhas de cabeceira eram minhas: continham várias fotos, alguns livros mais importantes, a minha velha luminária... Era engraçado nos perceber naquele lugar.


Emocionante, até. Jamais imaginaria que as minhas loucuras um dia pudessem ser compartilhadas com as loucuras de outra pessoa. Eu a amava cada dia mais. Aqueles meses foram os mais inacreditáveis da minha vida; ir dormir e depois acordar com quem se ama é a sensação mais perfeita que existe. Vivia em um estado de felicidade tão grande que mal me reconhecia. Não que a dor tivesse morrido. Meu passado nunca deixaria de doer, por mais que eu quisesse, mas sofrer ou não sempre foi uma opção. Só fiz a escolha certa: parar de me lamentar e buscar ser feliz. Quando o coração está ocupado com a alegria, nada
mais além dela consegue ter espaço.



“Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito.”



Quase não tivemos uma briga. Embora eu seja sufocante, e ela ciumenta demais, mantivemos o diálogo como a nossa principal regra. Dulce era a primeira a saber de tudo o que acontecia comigo. É por isso que eu não fazia ideia do que tinha feito de errado. Depois que o medo de perdê-la foi controlado – apenas controlado, porque eu jamais deixaria de ter medo de perder a mulher da minha vida –, passei a me concentrar em ser o melhor para ela, sem deixar de ser eu mesmo. Isso não é ruim.



Ter medo de perder é o que faz a gente cuidar e proteger melhor o que é nosso.



Dulce demorou tanto que deu tempo de eu ir tomar banho no outro banheiro. A gente quase
nunca usava aquele, mas servia para emergências. Vesti uma cueca e, sem saber o que fazer, guardei a minha surpresa dentro dela. Aquele dia não ia passar em branco, por mais que não tivesse sido como eu desejava. Eu não queria adiar o inadiável. Havia esperado demais por aquilo.



Tinha certeza de que o que acontecia com a Dulce não envolvia diretamente o nosso
relacionamento. Se assim fosse, ela já teria me dito, conversado comigo. A minha mulher não
consegue esconder nada de mim por muito tempo. É uma ansiosa no sentido de ser entusiasmada em excesso, uma pessoa que, ao contrário de muitas, não fica de charminho para receber atenção. É um ser autêntico, iluminado, um anjo que... Certo, estou exagerando de novo. Sempre vai ser assim quando eu falar ou pensar nela. O que sinto é exageradamente amor.



Entrei na ampla biblioteca. Dulce concordou em deixá-la no lugar original, por isso sua cozinha
teve que se unir à minha do outro lado da casa. Admito, transformar uma biblioteca em cozinha foi mais fácil do que transformar uma cozinha em biblioteca de novo. Até porque foi o lugar em que mais investimos, sem dúvida. Pintamos as paredes de forma diferenciada, em tons de azul e rosa.



Trouxemos a estante da mamãe, que ocupou uma parede quase toda, algumas prateleiras e o famoso tapete. Espalhamos pufes, almofadas, uma poltrona caríssima, abajures em duas mesinhas com gavetas, que continham vários lençóis e edredons... Criamos um cenário perfeito para a leitura. Até arcondicionado colocamos, para não deixarmos de ler em dias quentes. De longe, era o lugar mais incrível da casa.



Tudo ficava ainda mais perfeito com a nova parede da Clarice, que criamos de uma forma bem
especial. Todas as frases importantes estavam organizadas, escritas à mão, exceto uma, que foi adaptada para nós: “Liberdade é pouco. O que eu desejo tem alguns nomes:” Mandamos fazer um adesivo grande com essa frase, cheio de floreiros. Abaixo do adesivo, penduramos um quadro branco médio, estilo de salas de aula, e é lá que está a lista de nomes de coisas que desejamos, escritas com pincel atômico.



Nossos nomes são os primeiros. Dulce escreveu o meu, e eu o dela. Depois, soltamos a nossa
imaginação: felicidade, paz, amor, família, compromisso, saúde, maturidade, respeito, fidelidade, compreensão... A lista só fazia aumentar. Cada membro da família da Dulce escreveu uma palavra diferente. Meu irmão Carlos escreveu uma que nos faz rir até hoje: sobrinhos. A ideia me espantava um bocado, mas me deixava iluminado também.



Karen escreveu uma coisa que nem a Dulce e nem eu pensamos: amizade. Ainda tínhamos um
pé atrás com aquilo. Apesar de ter nos ajudado muito, Karen ainda se mantinha um pouco distante para não haver confusão entre mim e a Dulce. Só nos visitou duas vezes, uma para apresentar sua nova namorada – fiquei surpreso, pois Karen não costumava namorar – e a outra de passagem, só para dar um oi.



Liguei o ar-condicionado e o som. Escolhi a seleção do Lulu Santos, em volume baixo. Era
costume nosso sempre ler depois do banho, ou apenas ficar na biblioteca aspirando cheiro de livro, estirados no tapete da mamãe. Às vezes, fazíamos amor ali mesmo. Bom, eu queria que aquele fosse um desses dias.



Dulce demorou tanto que eu estava quase dormindo entre as almofadas. Decidi procurá-la, e a
encontrei deitada na nossa cama, com a expressão visivelmente triste. Encostei a minha cabeça na lateral da porta e cruzei os braços, observando-a. Ela demorou um pouco a notar minha presença, mas sorriu de leve quando me viu. Não sorri.



– O que há contigo?


– Eu... ainda estou pensando sobre.



– Sobre o quê, meu bem? Preparei a biblioteca pra gente. Vamos? – Aproximei-me dela e ofereci uma mão. Ela aceitou e se levantou devagar, deixando-me guiá-la até o nosso reduto particular.



Dulce logo se deitou no tapete, e deitei ao seu lado, virado para ela. Encarei-a de perto e esperei. Ficou me olhando com uma expressão muito vaga. Meu desespero se intensificou.



– Se não me contar, vou ter uma síncope. O que está te afligindo tanto?



Ela prendeu os lábios. Desviou o rosto e suspirou.



– É o trabalho. – Esperei que completasse, porém se calou totalmente.



– O que tem seu trabalho?



– Nós... Estamos com algumas dívidas. Não foi fácil deixar a casa assim. – Gesticulou para o
ambiente.



– Está preocupada com as dívidas? Vamos dar conta, Dulce. Fizemos todos os cálculos, lembra?– Além de unirmos nossas vidas, havíamos unido também nossos orçamentos. O que ganhávamos dava para vivermos muito bem.


– Fui promovida – soltou.



Fiquei muito surpreso. O emprego da Dulce na empresa dos pais da Karen era bom demais, e
pelo que ela me contava estava gerando bons frutos. Entretanto, não esperava que algo assim
acontecesse tão cedo.



– Uau! Isso é ótimo, meu amor! – Sorri de orelha a orelha, mas, percebendo que ela não sorria,
parei. – O que há de errado nisso, Dulce?



– Fui promovida e remanejada para a matriz... Que fica em Los Angeles.



C/aralho... Acho que meu cérebro parou de funcionar por alguns instantes. Devo ter tido a tal
síncope sem perceber.



– Tão... Tão longe... assim?



Ela se sentou. Sentei-me também, meio nervoso. O que ela estava querendo dizer? Que iria para longe? E eu? Iria junto? Mas, e o restaurante?
Quando a ficha caiu, quase não suportei existir. Dulce estava querendo ir embora sem mim?



– Sim.



Balancei a cabeça, sentindo que logo começaria a chorar. Meus olhos se umedeceram bem
depressa. Não podia acreditar que aquilo estivesse acontecendo. Dulce não podia me deixar daquele jeito, não depois de tudo o que construímos juntos. Em contrapartida, era o seu futuro. Ela se daria muito bem na empresa, e não era qualquer empresa. Sua vida estaria feita.



– O que decidiu fazer? – perguntei logo, engolindo o choro e o desespero. Precisava suportar
suas decisões. É isso o que faz um homem quando ama de verdade uma mulher, por mais que esteja a fim de agir como um garoto e começar a espernear.



– Eu não vou. – Olhou-me intensamente. Arquejei de alívio, e sem querer deixei uma lágrima
escorrer. – Por que está chorando? – Fez uma careta.



– Por um momento, achei que fosse me deixar.



– Deixar? – Sua careta se amplificou, ficando engraçada. Sorri de nervosismo. – Isso nunca
esteve em pauta, Christopher Uckermann



Puxei-a para mim e a beijei até o meu coração voltar a bater como o de uma pessoa normal.
Raissa veio, mas ainda consegui sentir que estava abalada.



– Fale tudo, Dulce, pelo amor de Deus – sussurrei entre os seus lábios.



– Era a minha única opção – murmurou. Suas mãos estavam tremendo. – Tentei negociar com a empresa, mas não quiseram acordo. Eles não precisam de mim aqui... Queriam me oferecer um cargo bem inferior, então... Eu me demiti.



Pu/ta m/erda... Dulce estava gostando tanto daquele emprego...



– Quando?



– Sexta-feira. Vou cumprir aviso prévio e... Tchau.



Senti um gosto meio amargo na boca. Entender que a culpa toda era minha foi horrível. Eu
estava prendendo a Dulce, obrigando-a a ficar. Se não fosse por minha causa, certamente ela aceitaria aquela proposta. Era praticamente irrecusável.



– Vai dar tudo certo. Você vai encontrar outro emprego e...



– Aí é que está. Cansei, Christopher. Não quero mais essa área, estou desgostosa, desanimada... Passei minha vida toda tentando provar a mim mesma que não tinha errado na escolha, mas... Agora, aos vinte e oito, quase vinte e nove, vejo que não nasci para ser analista.



Segurei seus cabelos.



– O que quer ser, então?



– Aí é que está. Não sei. – Deu de ombros. – Estou cogitando outra faculdade. Gastronomia,
talvez.



Afastei nossos rostos, e meus olhos quase escapuliram das órbitas. Naqueles quatro meses,
fizemos tudo juntos, inclusive cozinhar. Dulce havia se tornado uma boa ajudante de cozinha. Fiquei feliz por ela ter se interessado em aprender, mas não fazia ideia de que tinha gostado tanto.



– Sério?



– Sabe, eu... Estou tão ligada a você que só gosto de fazer o que a gente faz. Cuidar das flores, dos nossos animais, cozinhar, cuidar da casa... É assim que me sinto realizada. – A coitada começou a chorar. – O tempo que passo no trabalho é só uma desculpa para ficar longe do que amo fazer, que é ser sua, que é estar contigo. É loucura, eu sei...



– Não. Não, não é loucura. Entendo... Perfeitamente.



– Estou desesperada! Temos contas para pagar, fui demitida e não consigo ver felicidade
profissional para mim.



– Calma, Dulce...



– Falei com meus pais ontem... Abri o jogo... – falou aos prantos, começando a realmente
demonstrar o quanto estava aflita. – Eles não me entendem. Estão chateados por estarmos morando juntos, acham loucura que eu faça uma faculdade nesta altura do campeonato... Eu também não teria como pagar. Podia tentar uma universidade pública, mas voltar a fazer cursinho pré-vestibular vai ser torturante. Então... Minha única saída é tentar arranjar outro emprego e me contentar.



– Dulce... Pare. Olha para mim. – Segurei seu rosto com as duas mãos, e enxuguei-lhe as
lágrimas com os polegares. – Você não vai se contentar. Eu te conheço, não vai. Você é uma mulher que luta pelo que quer, e não aceita nada diferente. Acalme-se.



– Mas, Christopher, como vou...



– Psiu... Vai. Não importa como, mas vai. Estou aqui, não estou?



– Sim, você está... E as nossas dívidas também. Papai disse que...



– Seu pai está puto conosco. Ele vai dizer qualquer coisa para te convencer a voltar para casa.
Estou certo disso?



Ela aquiesceu.



– Eles disseram que pagariam a minha faculdade se eu voltasse para casa, pelo menos enquanto não arranjasse um emprego na área que quero.



Meu coração voltou a acelerar. Não conseguia viver naquela casa sem a presença dela. Dulce 
fazia parte daquelas paredes, era o que mantinha o teto de pé.



– Aqui é a sua casa – defini.



– Eu sei. Só não sei o que fazer.



– Não estamos morando juntos por morar, Dulce... Não estamos brincando de casinha. Você é a minha responsabilidade, bem como sou a sua.



– Christopher...



– Vamos pagar as dívidas, a sua faculdade e tudo o que for preciso... Tem o seguro desemprego, já pensou nisso? Podemos financiar a faculdade também. Sempre há um modo, meu amor, só não me faça ficar sem você.



– Eu não quero ficar sem você – choramingou. – Só que está sendo tão difícil não ter o apoio da minha família... Eles te amam, mas...



– Eu sei, Dulce. – Prendi os lábios e, de repente, lembrei-me de um detalhe importante. Já havia me esquecido dos meus próprios motivos para estar ali naquela noite. Não podia existir momento mais propício do que aquele. Sorri. – Vai ficar tudo bem. Um passo de cada vez. Daremos um jeito. Promete não se preocupar com isso?



Eu conhecia um jeito eficaz, definitivo e impressionante de fazer os pais da Dulce pararem de
encrencar conosco.



Ela soltou um suspiro bem profundo.



– Prometo.



Fiquei a observando durante um tempão. Meu amor só fazia aumentar, daqui a pouco eu
precisaria de outro coração. Um só era pouco demais para sentir tanto.



– Gastronomia? – Sorri.



Ela sorriu também.



– Sei que sou péssima...



– Ei... Não. Caramba, a minha mulher quer ser cozinheira, como eu.



Rimos juntos.



– Soa patético – resmungou.



– Soa perfeito, Dulce. Podíamos abrir um restaurante com as receitas da mamãe. Pode ser algo pequeno, só nosso... Meu Deus, a gente pode pôr o nome dela, se você quiser.



Dulce riu e chorou ao mesmo tempo.



– Está de brincadeira, né?



– Não... Estou visualizando tudo. – E estava mesmo. Quase não suportava a emoção. Podia ver as pessoas sentadas em cadeiras bem articuladas, Dulce e eu dividindo uma cozinha singela, porém fantástica... – Você podia começar vendendo alguns doces na faculdade. Iam vender bem. Lembra daquela torta crocante que fizemos? Você fez a maior parte sozinha, ficou uma delícia.



– Christopher... Você está viajando. Ainda acho tudo uma loucura.



– Depois pensamos em tudo. – Agarrei seus cabelos com uma mão só, e fiz nossos corpos
colarem. – Estou tão feliz que só quero comer a sua b/oceta.



Ela me olhou, chocada. Não sei o que há comigo, acho que sou uma espécie de maníaco sexual. Estar feliz só aumentava o meu tesão. Além de que havia tido uma ideia maluca e safada ao mesmo tempo. Tinha que colocar em prática antes que a nossa conversa esfriasse, afinal, havia apenas uma solução para tudo.



– Você tem problemas sérios. – Ela riu de mim.



– Ajude-me a resolver um deles – rosnei em seu ouvido, e guiei minha boca pelo seu pescoço até encontrar aqueles lábios saborosos. Ela iria me ajudar a resolver dois, na verdade.



Beijamo-nos fervorosamente. Dulce se empolgou um bocado, pois me empurrou contra o tapete e depositou suas pernas ao redor da minha cintura. Apalpei sua bunda como se fosse massa de pão.



Queria arrancar aquele short, queria aquela b/oceta quente rebolando no meu p/au. Queria sua boca em mim, sua pele na minha, queria fo/dê-la e fazer sua boc/eta transbordar com nossos go/zos misturados.



Ela gemeu baixinho entre os meus lábios. Meu cérebro se transformou imediatamente. Esqueci o mundo, para mim só existia aquela gostosa em cima de mim. Arranquei sua blusa de alças. Ela estava sem sutiã, uma feliz surpresa. Desci minha língua pelo bico perfeito de seu seio. Tomei ambos em minhas mãos, enquanto dava um trato completo em um deles. O outro teria sua vez em breve. Adoro tratar aquele par de tentação como frutas saborosas, chupo-os como se estivesse recolhendo meu próprio alimento. Ainda bem que aquelas frutas não tinham fim nunca, aproveito-as até me exaurir.



Dulce começou a gemer um pouco mais alto. Sentei-me embaixo dela, tomando cuidado para
que não sentisse meu p/au duro sendo dividido pela sua surpresa dentro da minha cueca. Duas surpresas em um lugar só... Hum... Ela ia gostar. Eu amaria se ela me desse aquilo junto com a sua b/oceta. Para ser sincero, eu já amaria só a sua bo/ceta, e ter algo a mais seria pedir além do que mereço.



Senti suas unhas rasparem as minhas costas. Arrepiei-me umas trezentas vezes com seu
movimento, e ficou pior quando começou a passá-las pelo meu couro cabeludo, assanhando-me os cabelos. Acho que até meu pau se arrepiou, pois ele vibrou imponente, latejando de vontade de ocupar um espaço naquela mulher que foi feito especialmente para ele.



Segurei seus cabelos e trouxe seu rosto até o meu. Quase engoli seus lábios com um beijo de
movimentos loucos, mesclando nossas línguas com avidez. Ela começou a apalpar o meu peitoral, abafando suspiros por causa do beijo intenso, de tirar o fôlego. De fato, depois de alguns minutos, afastamos nossas bocas por estarmos prestes a morrer sem ar.



– Eu te amo tanto... – disse arfando. – Obrigada... Obrigada por estar sempre do meu lado.



– Sempre, Dulce... Se você quisesse ser astronauta, iríamos para lua agora mesmo. Vou te
apoiar pelo resto da minha vida. – Guiei uma mão até passá-la por dentro do seu short.


Encontrei sua b/oceta quente querendo ficar úmida. Agitei-a até sentir mais líquido ser fabricado. Queria aquele lugar molhado o máximo que pudesse, pronto para me receber por inteiro.



Girei nossos corpos e a fiz deitar sobre o tapete. Observei seu corpo maravilhoso, combinando
com uma carinha safada que eu amava. Retirei seu short depressa, junto com a calcinha. Cheirei-os profundamente e os joguei longe.



– Safado de uma figa... – ouvi seu murmúrio.



Sorri. Alisei meu dedo indicador em sua abertura pronta enquanto a observava com mais
cuidado.



– A propósito, eu também te amo. – Minha voz saiu em formato de gemido.



Ver seu sorriso amplo direcionado a mim me encheu de felicidade. E então meu tesão aumentou mais ainda. Penetrei um dedo na sua va/gina úmida, e a senti me recebendo com suavidade, devagarzinho. Gemeu o meu nome. Senti-me fora da realidade, como se tivesse acabado de deixar de ser eu. No entanto, sabia que aquele era o Christophr5, como ela tinha acabado de dizer, ninguém mais ninguém menos do que ele.



– Eu sou uma boba, admita... – murmurou. Ainda estávamos conversando? Caramba... Eu só
conseguia pensar naquela boc/eta. Como a Dulce conseguia pensar em outra coisa em um momento como aquele?



Retirei meus dedos de dentro dela, e só me preocupei em lhe massagear por fora. Encarei seu
rosto, tentando me concentrar em respondê-la direito. Lembrei de uma frase, como sempre.



– “É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo”. – Visualizei seu sorriso mais uma vez. – Estou me sentindo muito bobo agora, Dulce.



– Você é bobo por aceitar minhas bobices.



Esgueirei-me no tapete até me debruçar sobre sua vagi/na. Dulce abriu as pernas e ficou me
olhando com surpresa e ansiedade. Eu também estava ansioso. Muito, aliás. De repente, percebi que estava demorando muito. Queria logo que chegasse a hora, pois nunca iria fodê-la do jeito que quero sem resolver a minha situação. Queria que goz/asse sabendo o que eu tinha planejado. Queria que seu grito fosse diferente.



– Sou bobo porque te amo. Apenas.



Afundei a minha boca nela. Ouvi seu gemido alto, e uma tentativa de fechar as pernas. Forcei
meus braços sobre suas elas, impedindo de acontecer. Seria rápido e preciso. Já estava com a boca na botija, ela ia se decepcionar se eu não fosse até o fim pelo menos uma vez. Sou um ansioso por natureza, nunca sei por onde começar com a Dulce.



Chupei sua b/oceta com tanto gosto que quase não consegui parar. Sentir seu cheiro, sua
consistência, sua intimidade tão perto de mim... Era incrível. O formato da sua pele tão sensível me causava desespero de tão delicioso. Podia morrer chupando, lambendo, trazendo aquela mulher para mim. Não me canso. Não me conformo quando tenho que parar.



Rosnei depois que ela go/zou divinamente, gritando meu nome e coisas ininteligíveis, que
naquele instante faziam mais sentido do que imaginávamos. Afastei-me no impulso, e me sentei no tapete achando que não resistiria a tanta sedução. Toquei no p/au duro, que já melava um pouco a cueca, e me perguntei se a surpresa ainda estava intacta. Bom, lá ela estava.



Depois de pensar um pouquinho sobre aquilo, quase tive um troço. Car/alho... Onde eu estava
com a cabeça? Que ideia de jerico a minha! Não podia transformar aquele momento importante em uma coisa tosca. Será possível que o nível da minha safadeza tinha queimado alguns dos meus neurônios? Não havia outra explicação. Dulce merecia uma coisa mais especial, com champagne, jantar e pétalas de rosa na nossa cama.



Para o meu desespero, ela veio para cima de mim, tocando o meu pa/u com jeito. Fod/eu tudo.
Como tiraria a surpresa de lá? Tentei me afastar um pouco, mas a louca me segurou com firmeza.



Usou uma mão para me empurrar contra o tapete ferozmente. Seu olhar selvagem não me deu
escolhas: fui sem pestanejar, porém o desespero da mudança de ideia me fez quase amolecer. Quase. A verdade é que ainda estava com um tesão dos infernos, o que só ampliava a ideia de que eu era um maníaco sexual.



Um caso perdido de safadeza.



Ela revirou o meu pa/u por dentro da cueca. Não encontrou o objeto. Meu coração batia
acelerado, de excitação, ansiedade, nervosismo... Tudo junto. A doida deixou meu pênis livre, só ele, e o agarrou com as duas mãos. Soltei um gemido que partiu do fundo das minhas entranhas. Um espasmo fez meu corpo se contorcer muito. Car/alho!



Dulce me olhou sensualmente, e só consegui lhe devolver um olhar desesperado. A louca
simplesmente me abocanhou. P/uta que pariu... O que eu ia fazer? Pensei bastante. Mentira, pensei só um pouco, pois não dava para raciocinar direito. Por fim, achei que, no fundo, queria que fosse assim mesmo: de um jeito casual e erótico. Este sou eu, certo? Precisava parar de me angustiar. Não adiantaria tirá-la de cima de mim, e eu nem queria que ela saísse. Além de que eu tinha o elemento surpresa em minhas mãos. Em minhas mãos não, no meu pênis, para ser mais exato. Se bem que, do jeito que as coisas iam, com certeza escorreu para as minhas bolas.



É estranho ter o futuro inteiro sobre o seu saco escrotal.


Dulce me chupava com tanta malícia que eu estava quase goz/ando. O problema era que eu não podia gozar. Ia ser uma meleca completa, e só pioraria a situação, que já era periclitante. Rezei para que algum deus dos desesperados na biblioteca me socorresse. Ela precisava achar logo o maldito objeto. Eu não podia induzi-la até lá, certo? O que eu diria? “Chupa as minhas bolas com essa boca faminta, cachorra”?



Puxei os cabelos dela, tomando-o como rédea, e rosnei alto:



– Chupa as minhas bolas com essa boca faminta, cachorra!


Dulce finalmente largou o meu pa/u e desceu mais a minha cueca. Dobrou-a tanto que, por um
instante, pensei que a porra da surpresa se esconderia de novo, mas não. Finalmente ela a encontrou.



Primeiro, Dulce fez uma careta. Deve ter achado que eu tinha ganhado uma terceira bola.



Depois, ela pegou o objeto e se ajoelhou no tapete. Aproveitei e me sentei para olhá-la de perto. Logo em seguida, ela o abriu: era uma caixinha azul-escura pequena e retangular. O conteúdo fez o amor da minha vida levar uma mão à boca.



Não consegui falar nada. Eu sabia que precisava falar alguma coisa, mas não encontrei palavras para exprimir o que eu queria. Dulce olhou para o meu p/au, ainda duro, depois para mim. Desistiu, e observou a caixinha de novo. Vi o instante em que seus olhos se encheram de lágrimas.



– Safa... – Não concluiu a palavra, mas as duas primeiras sílabas já me fizeram sorrir.



Naquele ângulo eu não podia ver, mas a caixa trazia um par de alianças douradas. Para ser
sincero, eram as alianças dos meus pais. Passei uma eternidade tentando medir o dedo da Dulce sem que ela perceba, e cheguei à conclusão de que a aliança da minha mãe caberia em seu dedo. A do meu pai ficava meio folgada em mim, mas dava.



Toquei a lateral do seu rosto, e aproveitei para enxugar uma lágrima sorrateira. Sorri mais
amplamente.



– Deseja ser a Sra. Klein?


Dulce se joga em cima de mim e diz uma única palavra que,com certeza, me fez o homem mais feliz do mundo


 


– Sim!


 


FIM!


“... o fim parece um erro, como um ponto final
no meio da frase.” (Tia Clarice)



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Autor(a): luvondul

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Muitooo obrigadaaa a todas que leram :)   Quando eu li essa história,só pensava em adaptá-la para Vondy... Fico muito feliz que tenham gostado    Agradeço em especial as que sempre comentaram e me estimularam a concluir essa fic:  danihponnyvondyrbd , hanna , guidylc , Bianca Alves e Bianca Diniz  Vcs &nti ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 41



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  • aucker Postado em 17/12/2020 - 23:29:30

    Como essa fic pode ter poucos comentários gente? Sério msm amei a história

  • dudinhah Postado em 16/11/2018 - 01:59:46

    Essa é a única web ,que eu li que não tem os outros rbds

  • manu_morais Postado em 28/12/2016 - 20:27:20

    https://m.fanfics.com.br/fanfic/55689/never-gonna-be-alone-vondy estou começando a escrever essa fanfic passem-lá

  • manu_morais Postado em 28/12/2016 - 20:25:24

    Simplesmente perfeita essa fanfic, amei d+ a história

  • stellabarcelos Postado em 06/04/2016 - 14:13:33

    Amei amei amei amei! Uma das histórias Hot mais incríveis que eu já li! Nunca ia esperar por isso

  • luvondul Postado em 24/03/2016 - 21:42:19

    Christopher Uckermann é um renomado advogado criminalista apaixonado pelo que faz. Além do sucesso inquestionável na carreira jurídica, também usufrui do impacto devastador que provoca nas mulheres a sua volta. E com a sua nova estagiária Dulce Maria não seria diferente. Recém-chegada de uma temporada fora do país, quando acompanhou o então namorado e cantor pop Dereck Mayer em turnê pelo mundo, a estudante de Direito está determinada a cumprir as horas de estágio para finalmente ganhar o diploma, nem que para isso tenha de resistir aos hipnotizantes olhos azuis do dr. Uckermann. Assim como o seu chefe, a jovem leva uma vida descompromissada, curtindo o sexo oposto sem romantismo ou grandes demonstrações de afeto. Passem lá na minha nova fic meninas ;) http://fanfics.com.br/?q=capitulo&fanfic=53091&capitulo=1

  • hanna_ Postado em 22/03/2016 - 15:46:44

    Foi tudo muito lindo ao modo safado dele mas foi hahahah...fiquei muito feluz de acompanhar essa fic. Cada frase da Clarice q tbm falou com nós leitoras. Ansiosa para sua próxima adaptação. Obrigada vc, bjôooo ;)

  • danihponnyvondyrbd Postado em 20/03/2016 - 21:13:55

    O comentário abaixo e meu

  • Postado em 20/03/2016 - 21:11:41

    N acredito q é o ultimo (to chorando um balde de água) n pode acaber é muito boa por favor não faça isso comigo o meu coração não aguenta. Postao próximo capítulo :-):-):-)

  • hanna_ Postado em 20/03/2016 - 01:06:00

    Q lindos! Ah eu amei a Clarice e o Ck tbm <3 ...Tá acabando :(


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