Fanfics Brasil - 11º Capítulo - Negation NASCER DE UM SENTIMENTO - PORTIÑON

Fanfic: NASCER DE UM SENTIMENTO - PORTIÑON | Tema: Rebelde; RBD; AyD


Capítulo: 11º Capítulo - Negation

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cheguei! Meninas fico feliz com os comentários e que bom que estão gostando. Antes do fim de semana quis vir dar uma nova passadinha por aqui. Espero que curtam o capitulo de hoje.


 


Beijos e boa leitura a todos ^^


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Quando menos você espera a vida resolve lhe pregar uma peça. Quando você acha que nada de estranho ou de ruim pode acontecer na sua vida, acontece! E o que a gente faz? Corre ou encara de frente o que quer te derrubar?


 


Mia se sentia perdida desde que soube que estava doente. Não é nada fácil para alguém tão nova descobrir que sua vida pode acabar de uma hora pra outra, que tudo que você planejava a longo prazo talvez não aconteça. Que talvez a curva final da sua vida esteja tão próxima que não vai dar tempo algum de você viver tudo que você desejava. Mia chorou por um longo tempo nos braços do pai, até que em um momento, nenhuma lágrima saia por seus olhos, só sentia a dor apertando no peito. Foi se afastando aos poucos do seu pai, voltando a se deitar na cama para encarar o teto que ficava a sua frente.


 


 


- Minha filha – Franco alisa seu rosto – Você vai ficar bem


 


 


Mia nada disse, continuou encarando o teto, com um olhar perdido, parecia alheia a tudo que estava a sua volta. Franco interpretou aquilo como um pedido para ficar sozinha. E assim ele fez, deu um beijo na filha e saiu do quarto. Ao sair encontrou Miguel sentado no chão na frente do quarto.


 


 


- E ai? - Miguel se levanta rápido – Como ela está?


 


 


Franco suspira


 


 


- Chorou muito quando soube – Engoli em seco – Demorou para acreditar no que estava acontecendo, deixei que ela desabafasse da maneira que ela queria. Agora parou de chorar, e ficou pensativa.


 


- Eu vou falar com ela – Ele já ia entrando no quarto quando Franco o deteve -


 


- Acho que ela está querendo ficar um pouco sozinha Miguel – Ele diz triste – No momento ela mal quer conversar.


 


- Não me importa – Sério – Quero apenas sentar e ficar ao seu lado. Nem que seja apenas para ficar sem silêncio.


 


- Você que sabe – Solta seu braço – Mas se ela pedir pra ficar sozinha, saia. Respeite!


 


 


Miguel assente e vai para o quarto de Mia. Ao abrir a porta, Mia nem ao menos dirige o olhar pra ver quem tinha acabado de entrar. Miguel percebe o quanto ela estava abatida, sem brilho. Seu coração se aperta ao ver como Mia tinha ficado.


 


 


- Meu amor – Fala se aproximando da cama – Eu vir pra ficar contigo – Senta na poltrona ao lado – Sei que não deve estar sendo fácil, mais eu quero que você saiba, que não está sozinha – Segura sua mão – Eu estou do seu lado e vou ficar sempre – Faz carinho – Está doendo em mim também, mas eu acredito cegamente que tudo vai dar certo. Que você vai ficar bem!


Mia retira devagar sua mão da mão de Miguel e sem nenhuma emoção e sem olhar pra ele pedi pra ficar sozinha.


 


 


- Mia – Triste –


 


- Me deixe sozinha – Séria –


 


- Amor sei que tá difícil mais eu quero ficar com você – Ele diz tentando convencê-la a deixar o mesmo ficar -


 


- Sai – Fria – Sai daqui Miguel – Calmamente – Não quero companhia de ninguém.


 


 


Miguel não queria aborrecê-la e mesmo magoado com ela e com o modo frio que ela falou com ele, a deixa sozinha. Assim que ele sai, Mia cai novamente no choro, tudo estava uma loucura dentro dela. Tanta coisa acontecendo que agora tudo que ela poderia fazer era chorar, pelo ou menos pra tentar aliviar o que estava lhe matando por dentro. Ela sabia que ninguém tinha culpa da desgraça que estava ocorrendo em sua vida, mas, a revolta que estava não a deixava pensar de forma clara. Tudo que ela conseguia ver, era sua vida se esvaindo aos pouquinhos.


 


 


- Ninguém vai sofrer por minha causa – Fria – Ninguém!


 


 


POV ALMA


 


 


Depois de falar com a Roberta, aqui estava eu sentada na sala de espera. Tentando assimilar tudo que aconteceu e está acontecendo nesta noite. Como eu ia imaginar que hoje em poucas horas estaríamos aqui passando por todo esse transtorno.


 


- Amor


 


 


Meus pensamentos foram interrompidos com a chegada de Franco. Ele se senta ao meu lado, estava abatido e com o corpo rígido.


 


 


- Como foi que a Mia reagiu? - Perguntei olhando pra seu rosto –


 


- Nada bem – Suspira – Ela ao saber chorou como nunca tinha chorado antes. Me olhava pedindo socorro e eu me sentir tão mal Alma – Ele me olha com um olhar triste – por não poder ajudar a minha menina.


 


- Não fica assim – O abracei – Vai ficar tudo bem com ela. Nossa menina vai ficar bem.


 


- É tudo que eu quero. Não posso perder a minha filha


 


- E não vai – Puxei seu rosto pra me encarar – Não vamos perder ela, não fale mais isso – Minha voz embargou – Por favor!


 


Ele não fala nada apenas me abraça forte, tentando me confortar. Eu precisava acreditar nisso, de nenhuma maneira eu conseguia me imaginar sem ela. A Mia tinha se tornado uma filha, desde que a  gente se conheceu eu me via nela quando mais nova. A gente tinha criado um laço e um carinho tão forte que não dava pra imaginar sem ela em minha vida.


 


 


- Franco Colucc?


 


 


Uma voz grossa preenche um ambiente. Um homem vestido de branco, que aparentava ter uns 40 anos tinha ficado cara a cara com a gente.


 


 


- Sou eu – Diz meu marido ficando de pé –


 


- Eu sou Henrique Maldonado, o médico que ficará responsável pelo caso de sua filha, Mia – Se cumprimentam – O doutor Gutierres me passou o caso, já me mostrou os exames e realmente não há dúvidas que Mia esteja com LMA. É um tipo de leucemia raro de se adquirir, são números pequenos de casos e esse tipo de leucemia é mais comum em crianças. O tratamento é um pouco agressivo como vocês já devem imaginar, debilita um pouco o paciente mas isso não quer dizer que não há cura. No caso de Mia, por ser jovem já ajuda bastante. Pelo que os exames mostra, a Leucemia de Mia já vem um pouco avançada – Minha garganta trava e seguro com a força a mão de Franco – O que nos faz ter que começar com o tratamento o quanto antes. Vou examiná-la e pedirei novos exames, mas a partir de amanhã deveremos começar com a quimioterapia.


 


- A Mia então deve passar a noite aqui – Fala Franco como uma afirmação –


 


- É o melhor, por que logo cedo podemos dar início aos procedimentos – Ele nos olha sério – Ela já esta ciente do que está acontecendo?


 


- Está sim – Digo assentindo – Não aceitou muito bem, mas já foi informada.


 


- Ótimo, assim eu posso conversar com ela sobre o que faremos


 


 


Uma pergunta estava engasgada na minha garganta, só que eu tinha medo do que poderia ouvir. Eu tinha que perguntar, precisava saber o que a gente estava enfrentando.


 


 


- Doutor – Respirei fundo – Com toda sinceridade – Franco me olha, acho que já imaginando o que eu perguntaria – Qual é a chance de cura que a Mia tem?


 


 


O médico se mexe um pouco desconfortável, Franco também trava um pouco ao escutar o que eu tinha perguntado. Apertei a mão de Franco com mais força, como uma forma de apoio tanto pra ele como pra mim.


 


 


- Eu não posso dizer ao certo e nem deveria. Mas, como eu disse a leucemia dela já está um pouco avançada. Seria hipocrisia da minha parte, se eu dissesse que era quase 100% de cura. É um tipo raro de leucemia e por ter se agravado a chances de cura cai pra 50%.


 


Meu coração acelera e uma dor enorme se instala em meu peito. Sinto um nó se formando na minha garganta, eu estava preste a chorar. Mas, tentava se controlar para não se desesperar agora.


 


 


- Mas não quero que vocês se descontrole por conta disso. 50% ainda é considerado um número alto, e garanto que farei de tudo que tiver ao meu alcance para salvá-la.


 


- E eu o agradecerei eternamente se fizer isso – Diz Franco com a voz embargada – Tudo que eu peço é que salve a minha menina.


 


- E não costumo perder meus pacientes, sempre faço o que tiver ao meu alcance e agora também não será diferente.


 


 


Fala ele tentando nos acalmar e confortar de alguma forma.


 


 


- Bom, estou indo examinar a Mia e iniciar a conversa de como será o processo de tratamento. Seria bom se vocês estivessem presentes. Acho que assim, ela se sentiria mais confortável com a minha presença


 


- Não sei se seria uma boa ideia, fazer isso agora – A voz de Miguel preenche o ambiente, fazendo com que olhássemos diretamente para ele –


 


- Por que? - Pergunto confusa –


 


- Mia parece ter entrado em negação – Suspira – Não aceita, ninguém do seu lado agora. Pediu pra ficar sozinha, me tirou do quarto.


 


- Isso é compreensível – Dr. Henrique diz o olhando – Mia descobriu agora que está doente, até poucas horas atrás, ela se considerava alguém saudável e de uma hora para outra isso mudou. Como vocês acham que está a cabeça de uma menina da idade dela? Confusa e com medo. A primeira coisa que uma pessoa que descobre de uma hora pra outra que tem câncer, é a negação. Não consegue aceitar e entender o porque de tá acontecendo isso com ela.


 


- Faz sentindo – Eu digo concordando com ele – Só temos que ter paciência com ela.


 


- Bom, vocês vem comigo ou não? - Pergunta o médico –


 


- Vamos sim – Fala Franco prontamente –


 


- Eu vou ficar aqui – Fala Miguel se sentando –


 


- Tem certeza? - Pergunto –


 


- Tenho – Assenti – Acho que a Mia não quer a minha presença naquele quarto.


 


- Deixa de falar besteira Miguel – Franco fala meio bravo com ele –


 


- Pode irem, ficarei por aqui mesmo.


 


- Você que sabe então


 


Dizendo isso seguimos para o quarto de Mia. Pelo que o médico vinha nos dizendo não seria nada fácil essa conversa, já que ela estava em negação. Entramos no quarto e Mia nem se deu ao trabalho de olhar pra gente, estava mirando fixamente para o teto. Seu rosto mostrava o quanto tinha chorado, porém naquele momento nem uma lágrima era derramada. Mia estava com um olhar perdido, frio, sem emoção.


 


 


- Filha – Franco fala tentando chamar a atenção de Mia – Olha pra gente – Pediu – O Dr. Maldonado está aqui, querendo conversar com você.


 


 


Mia vira o rosto devagar e nos olha sem expressão alguma. Dr. Henrique se aproxima dela, ficando a sua frente. Meu coração estava despedaçado em ver o quanto Mia estava sofrendo com isso.


 


 


- Oi Mia – Diz Henrique – Sou Henrique Maldonado o oncologista do hospital. Fui chamado para te acompanhar. Já convencei com seus pais e expliquei mais ou menos como vai funcionar o nosso tratamento.


 


Mia apenas o olhava sem dizer uma única palavra. Algo no seu olhar não me agradava, não tinha ideia do porque. Mas, tinha algo errado. Henrique explicou com calma o que ela tinha e como seria o tratamento. Explicou como funcionaria cada parte do tratamento, eu começava a ter ideia do quanto ia ser dolorido cada etapa desse tratamento. Comecei a perceber a real gravidade do problema de Mia, o bolo que tinha em minha garganta só aumentava. E a expressão de Mia só fazia com que eu ficasse pior. Assim que o médico terminou de explicar todo o procedimento, desde da quimioterapia, da radioterapia, até o transplante de medula. Mia nos olhou e se virou para o médico.


 


 


- Qual são as chances que eu tenho de sair com vida, depois desse tormento todo? - Perguntou com uma voz fria olhando para o médico sem olhar pra gente em nenhum momento  –


 


- Mia – Diz o médico – Por que você não esquece, essas coisas de número. E tenta pensar na sua recuperação? Em fazer o que deve para se recuperar? São apenas número e isso não vai indicar nada no seu tratamento.


 


- Quais são as chances doutor? - O olha seriamente – Eu preciso saber


 


- No seu caso Mia – Ele suspira frustrado – É de 50%.


 


 


Minha sorri de canto sem vontade


 


 


- Ótimo, era só isso que eu queria saber – Semicerro os olhos sem entender o que Mia estava querendo fazer, ela se volta para onde estávamos e dá o golpe final – Quando vocês vão me levar pra casa?


 


- Mia a gente já conversou sobre isso – Franco argumenta com ela –


 


- Não conversamos, você só disse que eu teria que passar a noite aqui. E eu não vou – Fala séria - Quero ir pra casa.


- Mia você precisa iniciar o tratamento o quanto antes – Falei com a voz embargada -


 


- Eu não vou me submeter a tratamento nenhum – Falou sem emoção alguma, firme, nos olhando com um olhar vazio, destroçando cada pedacinho de esperança que ainda tinha em nossos corações -


 


 


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Autor(a): lolaportion

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Demorei mais voltei ... Aqui vai mais um capítulo da fic. Espero que curtam e a Roberta já está voltando. ^^ Dependendo dos  comentários amanhã trago um novo capítulo!   Xeru meninas e boa leitura a todas :))   ....................................................................................................... ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 114



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  • NoExistente Postado em 03/11/2021 - 05:26:38

    Uau. Saudades e ansiedade pra descobrir o que vem pela frente. Seria massa o Miguel sendo compatível sei lá. Enfim, guardo esperanças dessa história continuar e, caso queira, estarei aqui pra acompanhar.

  • ranna_vondy Postado em 09/05/2019 - 22:13:34

    Cadê você, continua por favor

  • ranna_vondy Postado em 10/04/2019 - 11:16:46

    Continuaaa

  • ranna_vondy Postado em 01/04/2019 - 20:10:19

    Continuaaa

  • ranna_vondy Postado em 17/03/2019 - 00:27:54

    Continua por favor

  • siempreportinon Postado em 20/01/2019 - 23:14:47

    Simmmm continua!!!

  • vicunhawebs Postado em 18/01/2019 - 17:53:53

    Só pra avisar que sou leitora nova e quero que vc continue

  • ranna_vondy Postado em 31/10/2018 - 15:37:11

    Continuaaa

  • ranna_vondy Postado em 02/04/2018 - 13:59:58

    Continua por favor, eu amo a sua fanfic

  • Kakimoto Postado em 14/09/2017 - 16:09:50

    Continuaaa, super topoo <3 amo suas historias :)) . Fique melhor <3 <3


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