Fanfic: NASCER DE UM SENTIMENTO - PORTIÑON | Tema: Rebelde; RBD; AyD

Aqui vai mais um capítulo ...

Não vou obrigar ninguém a ler, mas tbm não sei se vou continuar postando. É desistimulante ficar postando p leitores fantasmas. Gosto de intergir com os meus leitores e assim estar sendo complicado. Quem realmente quer q eu continue por favor se pronucie.

Boa leitura

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POV MIA

Eu não conseguia parar de chorar, tudo em mim estava transbordando. Estava angustiada, queria arrancar toda a dor que eu estava sentindo aqui dentro. Não dava pra entender o que a vida queria comigo, nada acontecia como eu planejava. Tudo pra mim tem que ser mais difícil, primeiro meu namoro com o Miguel, tudo estava atrapalhando, quando a gente se acerta começo a perceber que não é com ele que vou ser feliz, que meu coração ama a uma outra pessoa.

Ai no dia que eu finalmente vou tomar uma decisão. Bingo! O destino tem uma novidade pra mim. E mais uma vez o que eu queria não vai acontecer. Mas, pelo ou menos ainda posso fazer o que era pra ter feito hoje, libertar o Miguel. E vou ter que libertar a Roberta do meu coração também.

Fazer esse último não vai ser nem um pouco fácil e nem era o que eu queria, mas infelizmente não posso lutar pra ter ela ao meu lado, se eu não sei se terá o dia de amanhã. Pensar nisso, fez um bolo se formar em minha garganta, passei a noite toda no chão do quarto, chorando como nunca chorei na vida. Nem sei por quanto tempo fiquei assim, só me dei conta de onde estava quando algumas batidas na porta se fez presente. Fiquei calada, não queria ver ninguém. Se eu não respondesse pensariam que eu estava dormindo, mas a pessoa foi existente, fiquei um pouco irritada, no mínimo já era o Miguel. Ele nunca entendia quando eu pedia pra ficar sozinha, nunca soube respeitar isso.

- Eu quero ficar sozinha – Voz embargada -

Escutei um suspiro forte vindo da porta, achei que pessoa tinha entendido e iria embora. Mas uma voz que eu conhecia muito bem preencheu o quarto, meu corpo e meu coração reagiu ao tom da sua voz. Meus olhos começaram a encher de lágrimas, eu sentia tanta falta dela e agora ela tá aqui. Ela já sabia o que estava acontecendo, e voltou por mim.

- Ro … Roberta – Voz saiu trêmula e embargada -

Me levantei devagar do chão

- Sou eu Mia – Suspirou – Tô aqui, abra a porta

Minhas mãos tremiam, meu coração batia acelerado como nunca. Me custou abrir a porta, apesar de morrer de saudades, de querer seus braços, eu não queria que ela me visse da forma que eu estou agora.

- Mia – Pausa – Abra, quero tiver. Estou com saudades – Sua voz estava embargada – Eu .. eu preciso te ver.

Respirei fundo e resolvi abrir a porta. Meu coração estava quase saltando pela boca, meus olhos estavam marejados e ao abrir a porta, encontrei uma Roberta me olhando fixamente, segurando o choro. Algumas lágrimas caiam por seu rosto, mas ela nem se dava ao trabalho de limpá-las. Eu sabia que tudo isso não era por saudade, ela sabia o que eu tinha, e a dor que ela tinha em seu rosto rasgou meu coração por dentro. Era isso que eu queria evitar nas pessoas que eu amo, era por isso que eu não queria me submeter a esse tratamento. Eu só iria fazê-los sofrerem mais e isso eu não ia suportar. Não queria dar esperança falsas pra eles.

- Oi – Sussurrou pra mim –

- Oi ruivinha – Minha voz saiu carregada de emoção –

E sem esperar mais e sem conseguir me controlar me joguei em seus braços. E acabei caindo no choro, Roberta me segurava forte em seus braços, e pela primeira vez desde que ela havia viajado eu voltei a me sentir completa de novo.

- Calma – Sussurrou em meu ouvido – Calma loirinha – Alisa minhas costas – Eu estou aqui, vou ficar com você – Apertei mais seu corpo contra o meu – Vai ficar tudo bem.

Ficamos abraçadas por um longo tempo, nenhuma das duas parecia ter coragem ou vontade de se soltar do abraço. Esse local parecia a coisa certa pra mim, esses braços era a minha casa, tudo que eu precisava estava aqui.

POV ROBERTA

Meu coração estava ansioso por vê-la mais do qualquer outra coisa no mundo. Quando ela abriu aquela porta, eu tive a sensação de que desfaleceria naquele momento. Mia estava pálida e com o rosto inchado de quem havia chorado muito. Quando a sentir em meus braços o mundo poderia acabar naquele momento porque eu não me importava. Sentir ela envolta do meu corpo era a melhor sensação do mundo, prometi a mim mesma no momento em que a abracei que nunca mais na minha vida a deixaria sozinha. Eu sentia que ela me queria ali mais do que qualquer outra pessoa, eu sabia que a Mia sentia algo por mim e talvez o mesmo medo que sinto ou sentia ela sente. Mas assim como eu, só se sente completa quando estamos juntas.

Deixei ela chorar, sussurrei que sempre estaria com ela, que ela tenha calma, tudo vai dar certo. Aqui do lado dela, eu me sentia na obrigação de fazê-la entender que tudo ia voltar a ser como antes, que ela ficaria bem e que estarei com ela. Depois de um longo tempo abraçadas entramos para o quarto, fechei a porta e sem soltar a minha mão fomos até a sua cama, me sentei e ela se deitou entre minhas pernas, como sempre ficávamos quando íamos conversar ou assistir alguma coisa. Comecei a acariciar seu rosto e a fazer cafuné em seus cabelos. Ficamos em silêncio por um tempo, até que eu resolvi quebrar.

- Como é que você está se sentindo? - Perguntei e ela levantou o rosto para me olhar -

- Como alguém que vai morrer logo – Falou sem emoção alguma –

Engoli em seco e apertei um pouco

- Não diz isso Mia – Falei baixinho – Você não vai morrer

- Eu vou Roberta – Ela se levanta e se pôs em minha frente – Mas cedo ou mais tarde eu vou. É só questão de tempo. Tenho que me conformar com isso.

- Para de dizer essas coisas – Minha voz começou a embargar – Não é porque você descobriu que tem isso – Fiz um gesto com a mão – Que você vai morrer Mia – Meus olhos já estavam marejados, ela suspira pesadamente – Tanta gente que descobre, faz o tratamento e fica bem. Por que com você vai ser diferente? - Perguntei olhando em seus olhos –

- Só tenho 50% de ficar bem Roberta – Falou fria, engoli em seco. Eu não sabia que as chances eram essas, meu coração se comprimiu por dentro – A mesma possibilidade de dar certo são as mesmas que tenho pra dar errado. E eu sei que não aguentarei tanto tempo assim.

- Você não pode dizer isso Mia – Tentei convencê-la – Não sem tentar. E eu acredito fielmente que ficará bem.

- Eu não acredito tanto assim – Se voltou para o outro lado – Já estou começando a me conformar com o final que terei. Não vou me submeter a um tratamento que só vai me trazer dor, só vai me deixar mais debilitada ainda. Não quero sofrer mais e nem fazer vocês sofrerem mais ainda. Não vou dar falsas esperanças a ninguém.

- Mia você tem que fazer o tratamento – Segurei sua mão – Não entregue os pontos assim. Lá embaixo tá todo mundo louco de preocupação com você. Eu mesmo, estou aqui implorando pra não desistir – Minha visão embaça com as lágrimas – Vai ter que ter solução. Você vai ficar bem, vai ficar tudo bem novamente. Eu não posso me dar o luxo de concordar com o que você estar querendo. Não vou abrir mão de você – Puxei seu rosto e nossos olhares se cruzam – Eu não vou deixar você desistir – Voz embarga – Eu não vou desistir de você – Falei firme –

Meu coração estava acelerado, eu tinha voltado com um intuito e é isso que eu vou fazer, não posso e nem vou perder tempo. Sempre fui adepta aquela frase “Nunca deixe pra amanhã o que você pode fazer hoje”. E aqui estava eu, prestes a jogar tudo para o alto por alguém que eu sei que é pessoa que eu quero passar o resto da minha vida.

- Roberta … - Ela fala abaixando a cabeça mas eu a interrompo -

- Não Mia – Puxei novamente seu rosto, fazendo com ela me olhe nos olhos. Nossos olhos estavam carregados de emoção, eu podia ver o que ela sentia e eu tenho certeza que ela via o mesmo no meu – Eu não posso desistir de você – Ela tenta falar mais colocou os dedos de forma delicada em seus lábios – Não posso – Já sentia as lágrimas ganharem vida por meu rosto – Não posso Mia, não vou permitir que você se entregue – Sinto a mão dela repousar por meu rosto tentando conter as lágrimas que desciam descontroladas – Não posso fazer isso, não posso abrir mão de você Mia – Coloquei minha mão em cima da sua que estava em meu rosto e segurei com força – Não me pesa pra fazer isso – Voz embarga mais continuo – Não me pesa por que eu não vou – Levei minha mão ao seu rosto e a acariciei. Sorri quando vi que ela tinha fechado os olhos pra sentir meu carinho – Não vou desistir porque te amo  – Falei firme e ela me olhou surpresa. Talvez no fundo sentiu a firmeza e a verdade nas minhas palavras – Eu te amo e não vou desistir de você Mia – Repetir com toda a certeza do que eu sentia por ela – 

Continuou???