Fanfic: NASCER DE UM SENTIMENTO - PORTIÑON | Tema: Rebelde; RBD; AyD

POV MIA

Leve! Essa era a palavra que podia me descrever no momento. Há algumas horas tudo que eu queria era que esse pesadelo acabasse de uma vez e me levasse junto com ele e agora tudo que eu quero é viver tudo que tenho ainda ao lado de uma ruivinha. Quem diria que de tudo de ruim que essa doença poderia trazer, ele trouxe o que mais queria na minha vida.

- Pode ir tomar banho – Beijei seu rosto – Eu espero você aqui

- Certo – Sorri – Prometo não demorar

- Você pode pedi para o papai, a Alma, Josy e Lupi virem aqui?

- Claro amor – Fala em pé – Elas estão doidas pra ti verem também. E assim você avisa logo aos nossos pais que vai começar a fazer o tratamento. Alivie o coração deles, estão aflitos demais.

Sorriu de canto e assenti

- Vou deixar você conversar com eles e depois volto para a gente dormi – Sorri – Você precisa descansar, sabe que o dia de amanhã vai ser bem puxado.

- Sei – Sorriu forçado – Não demora então

- Não vou – Me dá um selinho –

Me dá mais um beijo e sai correndo do meu quarto. Me deixando suspirando pelos cantos e ao mesmo tempo um pouco nervosa. Minha vida vai mudar a partir de amanhã e eu não sei se estou preparada para essa reviravolta toda. Escuto uma batida leve na porta e a voz das meninas no ambiente.

- Gatinhas – Falo sorrindo –

- Mia

Josy fala com uma voz melancólica se aproximando de mim com os olhos marejados

- Sinto muito por isso – Ela começa a falar – Não queria e nem consigo acreditar que isso esteja acontecendo

- Tudo bem – Falei tentando confortá-la não queria ninguém triste e não queria pensar nessa doença agora – Eu também não aceitei muito bem isso tudo – Fui sincera – Não acredito que isso esteja acontecendo comigo, não entendo o porquê – Olhei para as duas que permaneciam na minha frente – Mas, acredito que tudo vai dar certo – Tentei sorri verdadeiramente – Pelo ou menos eu vou lutar pra isso.

- Quer dizer então que vai fazer o tratamento? - Pergunta Lupita sorrindo – A marrenta da Roberta te convenceu?

Apensa assenti sorrindo

- Aiiii – Josy grita junto com Lupita e pulam em cima de mim me abraçando – Nunca, nunca mais pense na possibilidade de desistir de nada Mia – Ela fala me olhando séria – A vida é feita de escolha e desafios e é justamente isso que estão impondo para você agora. Você escolheu lutar e vai ganhar esse desafio – Segura minha mão – E estamos todos com você – Sorriu – Não vamos deixar você sozinha e graças a Deus que a louca da nossa irmã conseguiu fazer com que você lutasse por sua vida.

- Obrigada minha irmã – Sorriu pra ela – Sei que posso contar com vocês e que não estou sozinha

Olho para as duas e logo levo meu olhar para a porta, onde meu pai e Alma se encontravam parados nos olhando com os olhos marejados, sorriu e me levanto indo até eles.

- Me desculpem pelo que fiz – Falei mordendo os lábios – Eu fiquei assustada e em choque com tudo isso. Não queria ter uma atitude egoísta, só pensando em mim e esquecendo de vocês – Sorri – Não era essa a minha intenção, na hora eu estava com a cabeça quente e tudo que eu queria era sair de lá. Não estava lucida o suficiente pra ver que apesar de tudo eu ainda tenho chances. Roberta me fez acordar e ver a burrada que eu faria e vai ser por vocês que farei isso.

Terminei de falar com a voz embargada, mas pelo ou menos falei o que tinha que falar a ele. Eles tinham que saber que vou fazer isso por eles, pelas pessoas que eu amo.

- Minha filha – A voz do meu pai ecoou pelo quarto – Não precisa se desculpar por nada, é compreensível tudo que você disse. Eu sabia que não demoraria muito pra você cair em si e ver o que tinha que fazer.

- A Roberta me fez entender – Falei – Ela quase me bate pra isso – Ri –

- Eu sabia que a minha filha te convenceria meu amor – Alma me abraça – Que bom que você conseguiu enxergar isso minha linda – Alisa meu rosto –

- Vou ter que ir que horas para o hospital? - Perguntei -

- Deixar o dia amanhecer e ligo para o Dr Henrique ver o que ele me diz, mais acredito que na parte da tarde. Você tem que descansar um pouco filha.

- É Mia – Fala Josy – Já está bastante tarde e tem que dormi um pouco

- Eu vou – Assenti – Só estou esperando a Roberta – Sorri – Pedi para ela dormi comigo

- Começou o grude – Fala Josy – Só chama a Roberta, fiquei magoada agora – Fingiu voz de choro –

- Palhaça – Bati em seu braço – Você sabe que quando quiser dormir comigo pode vir. Tem Mia pra todo mundo – Falei rindo –

- Agora ai não aceito não – A voz de Roberta ecoou no quarto logo atrás de mim – Não aceito te dividi com ninguém – Me abraça por trás, me fazendo se arrepiar –

- Iiii falou a ciumenta – Josy diz rindo – Daqui a pouco vou achar que terminou com o Diego por conta dela

Meu coração acelerou, mal Josy sabia que isso era de fato verdade.

- Quem sabe – Roberta diz sorrindo de canto – Basta a Mia me querer

- Fazia um casal até lindo – Alma diz sorrindo – Não acha amor?

Engoli em seco depois dessa.

- Isso é baboseira – Fala meu pai sério – Chega de besteira, vamos sair pra deixar a Mia descansar

Diz meu pai sério acabando totalmente com o clima descontraído. Ele se despede de mim, assim como Alma e deixam o quarto.

- O pai não gostou muito disso não – Fala Josy –

- Ele é meu antiquado com essas coisas – Falei suspirando pesadamente –

- Ele deveria levar essas coisas mais naturalmente – Diz Roberta me olhando – Amor é amor, não importa se é do mesmo sexo ou não. Cada um tem o direito de amar a quem quiser.

- Tem razão – Fala Lupita – Bom, vamos Josy?

- Vamos – Se levanta – Vamos deixar as pombinhas a sós – Rindo –

- Idiota – Diz Roberta batendo em seu braço – Só quero matar a saudade que eu estava sentindo da minha Barbie.

- Sei – Ela diz sorrindo de canto – Beijos para as duas – Sai do quarto rindo –

Vou até a porta e tranco na chave, olho para Roberta com uma cara de quem dizia “O que foi isso?”

- Nem me pergunte por que eu não faço ideia – Diz ela sorrindo – Agora vai trocar essa roupa, coloca algo leve e vem pra cama. Você precisa descansar!

- Tá certo, vamos mesmo que eu estou começando a sentir meu corpo pedindo por descanso

- E você precisa descansar bem Mia – Ela diz séria –

- Vou ao banheiro molhar um pouco meu corpo e venho

- Certo, vou ficar deitadinha aqui – Se deita na cama – A sua espera

- Não sinta a minha falta que já volto – Falei sorrindo em direção ao banheiro –

- Convencida – Grita –

- Realista – A olhei – É diferente

Entrei no banheiro rindo, comecei a me despir e logo estava debaixo da ducha. Tomei um banho rapidinho, pois estava me sentindo um pouco tonta. Não queria correr o risco de desmaiar dentro do banheiro. Respirei fundo, peguei meu roupão e voltei para o quarto a procura de uma roupinha leve pra dormir.

- Andou rápido

Roberta perguntou a sim que eu entrei no quarto

- Só quis me molhar – Forcei um sorriso ao olhar pra ela –

- Foi só isso mesmo Mia? - Fala semicerrando os olhos –

- Foi amor – Tente falar mais forte para soar convincente, mas acho que não surtiu efeito –

- Mia fala a verdade – Ela se senta na cama –

Suspiro pesadamente

- Estou me sentindo um pouco tonta – Desviei o olhar –

- Mia – Ela se levanta afoita e vem até mim – Se senta, deixa que eu procuro uma roupa pra você – Ela diz preocupada – A tontura está muito forte? Precisa de alguma coisa?

- Calma amor – Tentei acalmá-la – Eu estou bem – Puxei seu braço a fazendo me olhar no olho – É só uma tontura, só preciso me deitar.

- Vou pegar uma roupa pra você

Sua voz mudou, estava com um tom triste e eu não gostei disso. Roberta não me diz mas eu sei que isso tudo está afetando muito ela. Ela sorri pra mim, mas não vejo tanta verdade nesse seu sorriso. Continuou a olhá-la enquanto ela começa a procurar uma roupa pra mim, rapidamente pega um shortinho com uma camisa mais folgada.

- Aqui – Entrega a roupa pra mim – Coloca isso

Pego a roupa sem falar nada. Retirei o roupão um pouco devagar, fazendo Roberta me olhar. Eu sentia seu olhar queimando em meu corpo e por incrível que pareça não sentia vergonha alguma disso. Me sentia bem, me sentia amada, desejada com o olhar que ela me lançava.

- Quer ajuda pra vestir a roupa amor? - Fala com uma voz meio nervosa –

- Não amor, só fica perto de mim – Falei a olhando – Para caso me sentir mal, você está perto

Com calma coloquei a roupa que ela me trouxe e pedi para ela me ajudar a ir até a cama. Mesmo eu não querendo admitir a tontura estava mais intensa. Deitei na cama, enquanto Roberta desligava as luzes e se deitava ao meu lado.

- Você tá bem? - Perguntou baixinho –

- Ainda estou um pouco tonta – Falei no mesmo tom – Mas não se preocupa, vai passar – Me aconcheguei em seus braços –

- Não tem como me pedir isso – Baixinho – Não se preocupar com você é impossível – Me apertou em seus braços – Como não se preocupar com a pessoa que significa o mundo pra mim?

Engoli em seco e sentir meu coração pulsar rapidamente.

- Te amo – Foi a única coisa que eu conseguir sussurrar para ela depois do que me disse –

- Também te amo – Me deu um selinho – Agora dorme, eu estou aqui com você e por favor qualquer coisa me chame.

- Certo – Beijei seu rosto com carinho –

Nos aconchegamos uma no braço da outra e depois do dia turbulento, quem diria que terminaria assim? Juntas, felizes e uma nos braços da outra. Realmente a vida é cheia de surpresas, e aqui estava a minha.