Fanfic: NASCER DE UM SENTIMENTO - PORTIÑON | Tema: Rebelde; RBD; AyD

Boa tarde gatinhas! Aqui estou eu com mais um capítulo. Agradeço pelos comentários, fico feliz em saber que estou no caminho certo. E Nix minha linda seja bem vinda, começarei a ler a sua fanfic também.

Boa leitura a todas ^^ Xoxo

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POV MIA

Sabe quando você sente que por dentro você já não existe mais? Pois é, era desse jeito mesmo que eu estava me sentindo e não podia fazer nada. Sentir aquilo entrando em mim, me agoniou e me fez sentir que não seria tão fácil, eu não sabia se conseguiria chegar até o final. Eu já não podia ter essa certeza, por que se apenas com o início do tratamento já estou me sentindo assim imagina como me sentirei com mais três ou quatro seções?

- Como está se sentindo Mia? - Pergunta Dr. Henrique me olhando –

- Um pouco tonta e cansada – Falei baixinho –

- É normal – Fala me examinando – Se sentir enjoada também é. Não se assuste!

Apenas lhe dei um meio sorriso

- Melhor você descansar Mia – Ele diz – Você precisa disso, mais tarde eu venho novamente ver como você está e amanhã você vai pra sua casa.

- Acho bom mesmo doutor – Falei rindo meio sonolenta – Não gosto muito de hospitais

- Eu sei – Ele ri – Mas, vai ter que colaborar um pouquinho

- Tudo bem – Sentia meus olhos quase se fechando –

- Vai dormir Mia, vou com a sua família

Apenas assenti e sentir meus olhos quase fechando, olhei para a porta e vi quando Henrique saia por ela e logo depois não sentia mais nada.

POV ROBERTA

Só Deus sabia o nervosismo que eu estava por dentro. Quando sair daquele quarto, de perto da Mia foi como se eu tivesse deixando ela pra trás. Como se não fosse mais vê-la e aquilo doeu tanto que eu não sabia de onde poderia vir tanta dor. Nunca sentir por ninguém, na mesma intensidade que eu sinto por ela e o medo de perdê-la é inevitável. Já havia se passado duas horas desde que deixamos Mia em seu quarto e até agora ninguém veio nos dizer se já havia terminado e nem como ela estava. Eu levanta, sentada e andava pela essa sala de espera impaciente. Mamãe se deitou no ombro de Franco e Josy ficava apenas sentada sem dizer nada, mas dava pra ver que seu semblante era de preocupação.

- Minha filha se senta – Mamãe diz me olhando –

- Eu estou impaciente – Falo – Estão demorando muito

- Roberta, isso é demorado mesmo – Franco diz calmamente – É um processo delicado por isso demora minha filha

- Eu sei mais é que eu estou preocupada – Falo baixinho olhando para o chão –

- Todos nós estamos filha – Mamãe me olha – Mas vamos ter que manter a calma

- Hum – Foi apenas o que eu disse e me sentei ao lado de Josy –

- Se acalma – Josy fala colando a mão em minha perna, como meio de conforto –

- Tentar

Encostei minha cabeça na parede e suspirei fechando meus olhos me permitindo ao menos ter a imagem do sorriso mais lindo em minha memória. Acho que fiquei tão dispersa em pensamentos que não ouvir quando o médico entrou na sala, só fui perceber que tinha mais alguém por que Josy me chamou e ao ver o médico saltei rapidamente da cadeira.

- Como está a Mia? - Saiu afoita –

- Deu tudo certo? - Minha pergunta o olhando com um certo receio –

- Se acalme – Gesticula com as mãos – Deu tudo certo, conseguimos aplicar toda a dose que ela precisa.

- Como ela tá? - Josy perguntou –

- Está cansada e um pouco tonta, mas é algo normal – Ele fala antes de começarmos a nos preocupar – Ela está dormindo, se vocês quiserem irem pra vê-la, tudo bem mas a deixem dormir, não façam muito barulho, ela precisa descansar.

- Tudo bem – Franco diz sorrindo –

- Podem irem – Ele diz – Mas tarde vou vê-la como esta e amanhã se tudo ocorrer bem essa noite, ela irá pra casa e só retorna na outra semana para receber a segunda dose da quimioterapia.

- Que bom – Alma diz – Pelo ou menos amanhã ficará em casa.

Eu não conseguia mais controlar a minha vontade de vê-la e sem esperar mais sair andando na frente, passando direto para o quarto onde Mia estava. Suspirei e entrei sem fazer barulho no quarto,  fechei a porta e me recostei e ao olhá-la dormir calmamente sorrir sem perceber. Mia dormia calmamente, parecia alheia a tudo que lhe rodeava. Me aproximei aos poucos e percebi sua respiração em um ritmo sereno, passei minha mão de leve por seus cabelos e depositei um beijo em sua testa.

- Meu amor – Sussurrei – é tão bom estar ao seu lado, só assim eu posso ter um pouco de calma. Meu coração se despedaça quando não estou contigo, não fico completa – Segurei sua mão – Aguenta isso firme loirinha  - Disse a olhando –

Ouvir a porta se abrindo e com cuidado soltei a mão de Mia.

- Veio na frente espertinha – Josy diz sussurrando –

- Queria vê-la – Falei no mesmo tom –

- Minha filha – Franco beija o seu rosto – Vai ficar tudo bem meu amor

- Princesa – Minha mãe fala com a voz embargada – Seja forte – Beija seu rosto –

- Ela está dormindo tão serenamente – Josy sussurra –

- Percebi – Falei – Ela não dormiu muito bem também essa noite e hoje foi um dia puxado

- Verdade, mas que bom que ela reagiu até bem a essa primeira etapa

- E vai continuar assim – Falo firme a olhando –

Eles ficaram comigo por quase duas horas, saíram assim que o horário de visita tinha acabado. Mia continuava dormindo e eu não sairia do seu lado por nada desse mundo. Puxei uma poltrona que tinha no cantinho do quarto e coloquei ao lado da sua cama.

- Vou ficar aqui meu amor – Sussurrei e segurei sua mão me ajeitando na cadeira – Só saiu daqui contigo ao meu lado.

E fiquei velando seu sono, com o pensamento longe. Imaginando como será nossas vidas quando contarmos a nossa família e quando Mia já tiver se recuperado dessa maldita doença. Espero que isso não demore tanto, que essa agonia passe o quanto antes e nos deixe respirar em paz.