Fanfic: NASCER DE UM SENTIMENTO - PORTIÑON | Tema: Rebelde; RBD; AyD

Chegueeei meus amores! Demorei, mas aqui estou com mais um capítulo. Amando de coração os comentários. Quero agradecer a todos que estão lendo e comentando, pois isso é o motor para a continuação da minha motivação em continuar a escrever a fic. Aqui está mais um capítulo, espero que gostem e dependendo de alguns comentários hoje terá mais um capítulo.

Boa leitura ^^

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Não tem nada pior do que ver quem amamos em uma situação delicada, ainda mais quando a gente não pode fazer nada para fazer com que todo tormento acabe. Sentimos aquela terrível sensação de impotência, sensação essa que corrói nosso corpo e nossa alma, deixando cada parte em pedacinho.

Já havia se passada duas horas desde a chegada de Mia ao hospital, Josy ligou para os pais avisando o que tinha acontecido e toda a família já aguardava na sala de espera. Roberta havia se isolado de todos, ficando afastada, deixando as lágrimas caírem por seu rosto desesperada. A imagem de Mia, deitada naquele chão gelado coberta por sangue não saia da sua cabeça e só deixava sua preocupação mais latente.

- Senhor Colucci

A voz do médico de Mia ecoa na sala fazendo toda a família ir ao seu encontro

- Como está a minha filha? – Alma pergunta chorosa –

- Como está a minha irmã doutor? – Josy diz aflita –

- As plaquetas sanguinas da Mia diminuíram consideravelmente, a deixando mais fraca. Provavelmente essa semana já veio sentindo tonturas e fraquezas, seu corpo também já começou a dar sinal da doença, a algumas manchas roxas espelhadas por todo seu corpo.

Roberta fecha seus olhos, tentando conter as lágrimas que desciam. Sentia seu coração apertar e seu folego faltar com cada palavra dita pelo homem a sua frente.

- Ai meu Deus – Alma coloca a mão em sua boca tentando conter o desespero –

- Calma amor – Franco alisa seu ombro tentando conforta-la – Continua doutor – Respira fundo –

- Bom – Suspira – O caso da Mia agora requer cuidados, vamos fazer primeiro com que as plaquetas dela voltem ao valor que estavam antes. O procedimento já começou, ela infelizmente vai ter que passar alguns dias no hospital e amanhã teremos que aplicar mais uma dose da quimo, o intervalo de uma para a outra será diminuído agora. No começo da outra semana terá que tomar mais uma outra dose e vamos ver como o organismo dela começará a reagir, assim que tomar mais duas dose iniciaremos a radioterapia. A leucemia dela está avançando consideravelmente, então requer que iniciemos o tratamento com mais intensidade.

Roberta não conseguia ouvir mais nada ao seu redor, entrou em estado de choque e não sentiu quando seu corpo foi ao chão.

- Minha filha – Alma grita correndo até ela – Meu amor – Segura seu rosto – Filha fala comigo

Roberta parecia estar catatônica, não conseguia responder nada e nem sentia vontade. Na sua cabeça só ecoava uma única frase “sua leucemia está avançando consideravelmente”. Ela não conseguia processar isso, a poucas horas tinha Mia no seus braços e ela parecia tão bem, tão forte e agora ela estava deitada em uma cama de hospital ligadas a um monte de aparelhos que monitorava cada detalhe do seu corpo. As lágrimas começaram a cair sem controle do seu rosto, a dor tinha instalado no seu peito com força, o medo de perder quem mais amava agora era mais vivo do que nunca em seu coração e mesmo sabendo que ela ainda estava respirando, o medo não a deixava pensar com coerência.

- Mia filha, fala comigo – Alma acariciava o rosto de Roberta – Fala comigo minha filha, você está me assustando.

- Ela ficou em choque com a notícia – O médico diz a examinando – Ela está processando o que ouviu, sei que não é nada grave mais talvez era bom dá um calmante para ela. Assim ela descansa e ao acordar consiga entender com mais clareza e vocês tentem fazer com que ela não se desespere tanto assim – Ele se volta para o restante da sala – Aliás, ninguém deve se desesperar assim, Mia tem grandes chances de sair bem dessas e tudo que ela menos precisar é de pessoas com medo de que ela não consiga – Ele fica na frente de Roberta – Roberta, sei que você pode me ouvir – Segura seu rosto – Então, tenta controlar isso, sei que está preocupada com a Mia – Ao escutar o nome de Mia, ela fecha seus olhos com força e suspira – Mas ela vai ficar bem e você vai ver que todo esse pesadelo vai acabar. Ela precisa de vocês ao lado dela e você não pode fraquejar agora, tem que ser forte. Por ela!

- Eu .... eu ... não, não posso perdê-la – Diz com a voz embargada, tremendo – Não posso

Alma a toma em seus braços e a abraça

- Não vamos perder ela meu amor – Alisa suas costas – Eu também estou com medo mais confio e tenho fé em Deus e sei que tudo isso vai passar minha filha.

- Eu vou deixar vocês a sós, qualquer coisa que precisarem é só chamar – Ele fala olhando para Roberta –

- Doutor – Roberta o chama –

- Sim – Ele se volta para ela –

- A gente pode ver a Mia? – Pergunta com a voz meio embargada –

- Podem – ele diz – Ela está tomando uns medicamentos mas não é nada que impeçam de entrar. Mas, só apenas uma pessoa ficará com ela.

- Certo, em que quarto a minha filha estar? – Alma pergunta apressada –

- Venham comigo – Ele os chamam –

Roberta respira fundo e tanta manter a calma para entrar no quarto de Mia. Não queria correr o risco de aplicarem nenhum tipo de calmante que a impedisse de ficar com sua loira. Não a deixaria sozinha, não podia fazer isso, havia feito uma promessa e iria cumprir. Ao entrar no quarto de Mia, foi quase por agua a baixo o seu controle. Ver a sua pequena, deitada toda pálida e ligada por um monte de aparelho não foi fácil, era difícil de acreditar no que vida, a pouco tempo ela estava ao seu lado. Brincando e sorrindo, conversando e lhe fazendo carinho, como poderia agora está assim?

Alma e Franco foram os primeiros a se aproximar da cama da filha, Franco sempre, desde do começo estava tentando ser forte por conta da sua família, mas a cada dia que passava sentia seu coração se apertar, tinha medo que sua filha não conseguisse ganhar essa luta e que todo esse sofrimento que ela vinha passando fosse em vão. Alisou a sua cabeça e passou a mão de leve sobre os pontos que a mesma havia levado por conta da queda.

- Minha menina – Diz – Se eu pudesse eu dava tudo que tinha para não ver você mais assim.

- Ela vai ficar bem Franco – Alma coloca sua mão sobre a de Mia – Ela TEM que ficar bem – Voz embarga mas ela tenta conter o choro –

Josy estava na porta ao lado de Roberta que parecia hesitar um pouco para poder entrar. Josy se aproxima e lhe dá um abraço de lado.

- Se controla minha amiga – Diz baixinho – Ela precisa de você

Roberta suspira e volta seu rosto para Josy

- Eu sei – Respira fundo – Mas tá começando a ficar tudo difícil. Vê-la cada vez mais fraca nesse hospital não está sendo nem um pouco fácil.

- Pra ninguém está sendo irmã – Meio sorriso – Mas, como disse o médico: temos que ser forte, não pôr a gente – Ela olha para a Mia – Mas por ela.

- Estou tentando – Diz baixinho – Com toda a minha força, mas é inevitável não sentir medo. Não quero e nem posso imaginar perde-la.

- E não vai perder – Segura sua mão com força – Acredita nisso? – Roberta assente – ótimo, agora vamos nos aproximar e ficar ao lado dela.

Roberta sorri e agradece a Josy por ter jogado uma real em sua cara. Estava precisando disso, precisa acalentar seu coração. Ao chegar perto da cama e ver o rosto da sua loira, sentiu uma imensa vontade de toma-la em seus braços e a proteger de tudo.

Passaram quase uma hora ao lado da cama de Mia, mas o horário de visita já estava acabando e teriam que ir embora. Apenas a pessoa que iria ficar com ela é que permaneceria no quarto. Imediatamente Roberta disse que ficaria, Alma ainda tentou pedir para Roberta ir pra casa, dizendo que ela mesmo ficava, que não precisava ela passar outra noite com Mia. Mas, Roberta foi firme e disse que ficaria, com um posso de relutância Alma aceitou e junto a Franco e Josy se despediram das duas. Amanhã voltariam para vê-la, Franco pediu para Roberta ligar se acontecesse qualquer coisa e assim deixam o quarto da pequena Mia.

Roberta puxa a poltrona para mais perto da cama de Mia, se senta e põe sua mão em cima da dela.

- Por favor meu amor, aguenta isso firme – Alisa sua mão – Por mim, eu não conseguiria seguir sem você – As lágrimas começam a ganhar vida por seu rosto – Eu juro, juro que estou tentando ser forte por você. Mas, tudo desmorona quando eu vejo você aqui, assim, ligar a isso tudo – Olha em volta do quarto – Nesse lugar gelado e sendo monitorada por tudo – Volta seu olhar para ela – É impossível não se sentir assim, eu morro de medo de te perder. E não quero – Alisa seu rosto – Não agora que te tenho da maneira que eu queria.

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