Fanfics Brasil - Capítulo 11 Olho por olho - Portiñon - Finalizada

Fanfic: Olho por olho - Portiñon - Finalizada | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capítulo 11

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“Uma verdade não pode ser mais verdadeira se dita por outra pessoa.”


Dulce sorriu involuntariamente. Ela já estava em sua cama e a luz do relógio indicava que passava da uma da manhã. “Vejo que guardou meu número, senhora Herrera. Temo que terei que trocá-lo agora.” Ela fez uma pausa esperando uma resposta, mas nada veio. “Temo que ela possa, sim. Uma verdade só é uma verdade se você a vê. Você vê que seu marido não tem coração ou que, pelo menos, o que tem não é muito bonito. Portanto, é uma verdade. Entretanto, se outras pessoas veem o mesmo que você, se torna uma verdade mais verdadeira.”


“Por quê?”


“Porque outra pessoa percebeu, essa outra pessoa diz para outra pessoa, que diz para outra, que comenta com a família, que espalha aos vizinhos. Portanto, uma verdade encontra um circulo de pessoas quando apenas você queria saber sobre ela. Não tem mais como esconder.”


“E por não poder mais esconder ela se torna mais verdade?”


“Praticamente isso.”


“Você está errada sobre o meu marido.”


Dulce suspirou no escuro do quarto. “Se você tenta negar a verdade, tenho outra premissa que pode ser útil.”


“Uma verdade é menos verdade se negada?”


“Não, ela ainda é uma verdade. Verdades não somem, elas se alteram, mas não somem. Como quando seu cachorro morre. Seus pais dizem que ele foi levado para uma fazenda. Você sabe que é verdade que não o verá mais, só não sabe o motivo verdadeiro.”


“Então qual a sua premissa?”


“Negar uma verdade não a deixa menos verdadeira. O cachorro não está mesmo na fazenda, ele está morto, não vamos nunca mais vê-lo.”


“Você está errada.” Dulce estava tentada a descobrir se era sua premissa ou sobre Alfonso Herrera. “Se estas são as premissas, qual a conclusão?”


“A verdade é sempre uma verdade, mesmo que você não queira ver. Boa noite, senhora Herrera.”


Dulce colocou seu celular no criado-mudo e respirou com pesar. Conversar com Anahi havia se provado um desafio. A mulher estava sempre tentando atacá-la ou impressionada com seus ‘talentos’. Mas Dulce não podia negar que gostou das duas conversas civilizadas que tiveram naquele dia. Anahi era uma mulher inteligente, fascinante até. E seu lado detetive estava interessado nisso.


Infelizmente para ela, nas duas vezes que havia ligado, Anahi usou um número desconhecido. Dulce não poderia retornar sua ligação para outra de suas conversas. E não podia encontrá-la nos dias seguintes, pois, aparentemente, o casal Herrera havia deixado sua casa no campo sem dizer onde ficariam daquela vez. Sem festas também.


Dulce sempre esteve ciente pelos seus desejos por coisas que não poderia ter. Ela queria ter uma nova conversa com a senhora Herrera, mas não podia encontrá-la, e isso a deixava mais interessada ainda. A mulher, assim como o marido, era um enigma. A diferença era que Alfonso Herrera era um enigma previsível. Ela podia encontrá-lo nos tribunais ou em seu escritório, ou até mesmo em um motel. Mas não tinha ideia de onde poderia achar Anahi além de sua casa, que agora ela também não sabia onde era. Sem registro de empregos, sem inscrições em clubes, nada. Sua afirmação se provava correta. A mulher parecia ficar mesmo trancada em casa.


Sua vontade de achá-la diminuiu conforme os meses passaram, mas seu interesse não.


Cinco meses depois, durante uma primavera florida, Robert teve seu destino traçado. Ele não aguentou, seu corpo não aceitou mais os tratamentos e desistiu de lutar. Pelo amor que uma vez sentiu por sua ex-mulher, Dulce compareceu ao funeral do menino, apesar de nunca ter falado com ele.


O número de pessoas era escasso, ele não viveu o suficiente para fazer amigos. Algumas enfermeiras apareceram e seu médico passou rapidamente antes de correr para o hospital. A família de Maite estava lá e ela teve uma breve conversa com todos. O casamento não acabou muito bem, mas todos sabiam de quem era a culpa, não que eles gostaram de Dulce algum dia.


Nenhum sinal de Alfonso. Nenhum carro mega luxuoso passando pela rua com um homem muito medroso para descer. Nada. Mas Dulce observou uma figura de preto ao longe, ao lado de uma árvore, observando. Algo em seus instintos chutou e ela soube, apesar da distancia, que era Anahi. Mandar a esposa ao velório do filho bastardo? Ela estava certa sobre seu coração, afinal.


Era sua chance de se aproximar e ter uma de suas conversas, mas ela não conseguia fazer suas pernas se mexerem. Algo sobre o momento pedia que ela ficasse longe de Anahi e perto de sua ex-esposa que chorava copiosamente sobre o caixão. Isso atiçou seu interesse mais ainda.


Por que esta vontade irracional de ficar perto da mulher que havia lhe batido mais de uma vez?


Às vezes, Dulce odiava sua curiosidade, mesmo que a levou a ter seu trabalho atual. Ela precisava saber todas as respostas e aquela era uma que ela não tinha, e isso a incomodava mais do que gostava.


Quando o caixão foi abaixado, as pessoas começaram a se retirar lentamente. Dulce acenou para o pai de sua ex-mulher e decidiu ir embora também. Não havia mais nada que pudesse fazer. Não queria abraçar Maite e lhe confortar e já havia feito mais do que o necessário naqueles últimos dias.


A figura preta já havia desaparecido quando ela se virou, mas Dulce não estava preocupada. Ela viu quando o carro estacionou na frente do cemitério. Só precisava chegar lá antes.


Anahi não parecia realmente surpresa por sua presença contra o capô do carro. “Para alguém cega de um olho, você com certeza enxerga muito bem.”


O comentário pegou Dulce desprevenida. Só havia três pessoas que sabiam de sua cegueira do olho esquerdo. Seu médico, obviamente, seu ex-comandante e sua ex-mulher. Não tinha como mais ninguém saber porquê ela não falou para mais ninguém. Quando Raven questionou sua cicatriz ela apenas disse que foi um acidente causado pela distração.


“O que foi que você disse? Negar uma verdade não a deixa menos verdadeira?” Anahi provocou-a de ânimo leve enquanto abria a porta do carro. Com um último sorriso, ela entrou no carro e partiu.


Dulce estava muito surpresa para reagir.


Seu interesse, se possível, acabara de dobrar.



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Autor(a): chavinonyportinon

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Dulce ligou para seu médico no dia seguinte e perguntou se alguém havia tido acesso à sua ficha. Com a resposta negativa enfática, ela estava um pouco mais curiosa para saber como Anahi havia descoberto seu pequeno segredo. Ignorando os casos, ela decidiu fazer uma nova visita a todos os endereços no nome do casal. Nada, em nenhuma das cas ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • Scorpion_Blue Postado em 20/06/2020 - 06:37:15

    Caraca, eu amei essa Fic mana❤️😍❤️

  • Julia Klaus Postado em 03/04/2016 - 17:48:41

    Enfim q pena q acabou! Adorei ler! Parabéns pela escrita =) !!!

  • Julia Klaus Postado em 03/04/2016 - 17:43:10

    Más caramba essa Anahi é porreta hein...xonou a primeira vista na Dul...Uau... oO

  • Julia Klaus Postado em 02/04/2016 - 20:45:26

    Uau...Christian safadenho querendo a grana hauhauahauhau q amigo hein... Dulce é demais, fera hein hehehe

  • Julia Klaus Postado em 31/03/2016 - 08:47:38

    Más gente Dulce já quase elucidando o caso...Anahí no desespero kkkk. Dul fez direitinho a 3 anos. =)

  • anna_aya Postado em 30/03/2016 - 15:04:46

    OIII, Er' amei sua fic!!! Favoritei hoje cedo e já li toda. kkkkkk Quero saber se posso adapta-la para Portirroni..

    • huntfeld Postado em 17/07/2022 - 13:44:14

      Ela autorizou?

  • buttahbenzoayd Postado em 24/03/2016 - 13:09:52

    Eu não acredito que já ta acabando :(

  • Julia Klaus Postado em 23/03/2016 - 15:08:23

    Não duvido q a Maite tenha matado o Alfonso... foi tarde este traste kkkk. Enfim Anahí não é totalmente eliminável, nem sei se essa palavra existe kkkk Enfim adorando *_*

  • Julia Klaus Postado em 20/03/2016 - 17:49:50

    Estou fascinada com a escrita hahaha. Adorando... E continuaaaaaaaa *_*

  • Julia Klaus Postado em 20/03/2016 - 16:30:42

    Uau q historia legal hahahaha


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