Fanfics Brasil - Capítulo 13 Olho por olho - Portiñon - Finalizada

Fanfic: Olho por olho - Portiñon - Finalizada | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capítulo 13

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“Você podia estar questionando minhas habilidades de detetive já, senhora Herrera.”


 


Anahi pulou, deixando as cartas caírem no chão forrado de folhas, e olhou para a árvore em seu quintal, onde Dulce estava sentada em um dos galhos mais altos.


 


“Não estou perdendo meu toque, para que conste.”


 


A loira suspirou. “Como me achou?”


 


“Como eu disse, eu não estou perdendo minhas habilidades. Estava distraída no começo, mas eu só tive que pensar um pouco mais para conseguir encontrá-la.”


 


“Distraída com o que?”


 


Dulce mastigou o interior da bochecha por alguns segundos antes de responder. “Sua presença pode ser bastante impactante, senhora Herrera.” Ela pulou entre os galhos da árvore até atingir o chão. “Mas aqui está você.”


 


“Pois é.” Anahi concordou a contra gosto. “Seu caso já não acabou? Por que continua atrás de mim?”


 


“Quero lhe fazer duas perguntas, então eu vou embora.”


 


“Só duas? Todo este trabalho para apenas duas perguntas?” A loira zombou e se abaixou para juntar as cartas. “Você deve estar com alguns parafusos soltos.”


 


“Hey, não use a loucura de uma mulher como arma.” Dulce sorriu.


 


Anahi respirou fundo e cruzou os braços, olhando fundo nos olhos da detetive. “Promete que vai embora se eu responder?”


 


“Se você responder com honestidade, sim. Lembre-se que sou treinada para captar as mentiras, por mais pequenas que sejam.”


 


“Vou falar a verdade e você vai embora. Certo?”


 


“Certo.” Dulce fez uma pausa enquanto tentava fazer sua mente voltar a todo potencial de pensamentos. “Por que compareceu ao enterro?”


 


Uma leve hesitação antecedeu a resposta de Anahi. “Fiquei sabendo e decidi ir.”


 


“Assim eu nunca irei embora, senhora Herrera.”


 


Mais alguns segundos de silêncio. “Eu não sei. E essa é a verdade. Não sei porquê fui. Eu descobri e decidi aparecer. Foi um impulso, me arrependi assim que te vi lá.”


 


Dulce observou suas expressões antes de assentir em acordo. “Muito bem. Por que investigar meu histórico médico?”


 


A hesitação foi maior, como se Anahi também não soubesse a resposta, mas tivesse uma leve suspeita. “Reparei na cicatriz, fiquei curiosa.”


 


“Curiosa com alguém que você nunca mais iria ver?”


 


“Isso foram 3 perguntas. Adeus, detetive.” Anahi deu a volta pelo lado da mulher e começou a se encaminhar para a porta da frente.


 


“Sabe o que eu acho?” Dulce questionou de ânimo leve com um pequeno sorriso. “Acho que a senhora está tão fascinada por mim quanto eu estou por você.”


 


Os passos de Anahi tiveram uma pequena interrupção, mas, fora isso, sua postura continuou intacta. “E por que eu seria fascina com uma detetive de meia idade com um péssimo escritório?”


 


“Eu só tenho 29 anos, obrigada.” Dulce balançou a cabeça. “E eu acho que você sabe porque está fascinada por mim, senhora Herrera.”


 


“Eu sou casada.” Anahi quase murmurou apoiada contra a soleira da porta.


 


“Seu marido não parece se importar.” A detetive deixou a frase pairar no ar por vários segundos, sentindo o desconforto da outra mulher. “Só estou dizendo, senhora Herrera, que não tem que se prender ao seu marido como se sua vida dependesse disso. Só tem que dar um telefonema e vai ver que ele está aprontando de novo. Mas você não precisa, não é? Você já sabe disso.”


 


“Sinto muito pela sua paixão por mim, detetive, mas nada vai acontecer.” Seu tom era frio e sua expressão, vazia. Mas seus olhos gritavam emoções perturbadoras.


 


Dulce esperou a mulher começar a fechar a porta antes de responder. “Já aconteceu.”


 


Dois dias mais tarde, ela recebeu uma visita inesperada. Alfonso Herrera entrou como um torpedo em seu escritório, estragando a maçaneta e derrubando a cadeira à sua frente. Dulce levantou os olhos de suas anotações ao perceber a intrusão e levantou uma sobrancelha.


 


“Não foi muito educado da sua parte quebrar minhas coisas, senhor Herrera.”


 


“Fique longe de mim e da minha mulher!” Ele ordenou. Dulce podia ver partículas de saliva voando por todo o ambiente. Uma veia em sua testa pulsava perigosamente e seu rosto estava roxo.


 


“O senhor deveria ter considerado esta opção a dois anos atrás.” A detetive voltou sua atenção para o bloco de notas, onde rabiscos que só ela entendia montavam uma história. Seu computador tinha um perfeito funcionamento de qualquer sistema de escrita, mas ela preferia a tecnologia antiga.


 


“É sobre isso?!” Ele arrancou a caneta de sua mão, forçando-a a olhá-lo mais uma vez. “Eu fodi tua esposa e você ainda está bravinha com isso?!”


 


Dulce respirou fundo. “Não, senhor Herrera, esse não é o motivo. Como eu disse um par de anos atrás, olho por olho.”


 


Herrera jogou a caneta no chão. O tubo de tinta saltou e mola foi parar embaixo da cadeira de Dulce. “Eu fodi tua esposa e você conseguiu enganar a minha para fazer o mesmo com você, não está satisfeita?”


 


“Sabe por que estou atrás de sua esposa?”


 


“Se soubesse não estaria aqui, estaria, detetive?”


 


“Eu vou dizer-lhe então, mas não tenha outro ataque de raiva, por favor, aquela era minha última caneta.” Dulce se inclinou, apoiando os cotovelos na mesa, e respirou fundo. “Ela merece muito mais que um homem que dorme com qualquer coisa que tenha buceta.”


 


Herrera grunhiu de raiva e tentou lhe dar um soco, mas a detetive, esperando por isso, jogou sua cadeira para trás, aproveitando-se das rodinhas práticas. O advogado deu um grito de frustração e socou sua mesa, fazendo os objetos ali pularem.


 


“FIQUE LONGE DE MIM!”


 


“Acredite em mim, senhor Herrera, eu não quero nada mais do que estar a quilômetros do senhor.” Dulce manteve a calma como se falassem do clima. “Só acho que sua esposa deveria sentir o mesmo.”


 


“Ela não pediu seus serviços, por isso, não tem motivo algum para continuar perseguindo ela!”


 


Ela sorriu. “Ela também está me perseguindo, senhor Herrera.” Confidenciou.


 


“Estou lhe avisando. Chegue mais perto de mim, da minha casa, dos meus colegas ou da minha mulher, e sua vida vai se tornar um inferno.”


 


“Sua ameaça é infundada.” Dulce se levantou, ajeitando a gravata desnecessariamente, e caminhou até a porta, que manteve aberta para o advogado sair. “Minha vida já é um inferno. Passar bem, senhor Herrera.”


 



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Autor(a): chavinonyportinon

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • Scorpion_Blue Postado em 20/06/2020 - 06:37:15

    Caraca, eu amei essa Fic mana❤️😍❤️

  • Julia Klaus Postado em 03/04/2016 - 17:48:41

    Enfim q pena q acabou! Adorei ler! Parabéns pela escrita =) !!!

  • Julia Klaus Postado em 03/04/2016 - 17:43:10

    Más caramba essa Anahi é porreta hein...xonou a primeira vista na Dul...Uau... oO

  • Julia Klaus Postado em 02/04/2016 - 20:45:26

    Uau...Christian safadenho querendo a grana hauhauahauhau q amigo hein... Dulce é demais, fera hein hehehe

  • Julia Klaus Postado em 31/03/2016 - 08:47:38

    Más gente Dulce já quase elucidando o caso...Anahí no desespero kkkk. Dul fez direitinho a 3 anos. =)

  • anna_aya Postado em 30/03/2016 - 15:04:46

    OIII, Er' amei sua fic!!! Favoritei hoje cedo e já li toda. kkkkkk Quero saber se posso adapta-la para Portirroni..

    • huntfeld Postado em 17/07/2022 - 13:44:14

      Ela autorizou?

  • buttahbenzoayd Postado em 24/03/2016 - 13:09:52

    Eu não acredito que já ta acabando :(

  • Julia Klaus Postado em 23/03/2016 - 15:08:23

    Não duvido q a Maite tenha matado o Alfonso... foi tarde este traste kkkk. Enfim Anahí não é totalmente eliminável, nem sei se essa palavra existe kkkk Enfim adorando *_*

  • Julia Klaus Postado em 20/03/2016 - 17:49:50

    Estou fascinada com a escrita hahaha. Adorando... E continuaaaaaaaa *_*

  • Julia Klaus Postado em 20/03/2016 - 16:30:42

    Uau q historia legal hahahaha


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