Fanfics Brasil - Capítulo 14 Olho por olho - Portiñon - Finalizada

Fanfic: Olho por olho - Portiñon - Finalizada | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capítulo 14

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Obrigada pelos comentários :D


“Como consegue manter a calma com alguém gritando bem no seu rosto?” Raven havia perguntado aquele dia depois de Alfonso Herrera se retirar do prédio correndo ainda lívido de raiva.


Dulce havia apenas dado de ombros. Normalmente, teria aumentado a voz um pouco também, mas havia se mantido tão calma quanto sempre sonhou em ser naquelas situações. Ela podia imaginar o motivo.


Um mês se passou, os dois anos se tornaram três, e Dulce não procurou mais por Anahi. Não que estivesse com medo da promessa de seu marido ou porque havia perdido o interesse, mas sabia melhor do que correr muito atrás de uma mulher escorregadia e assustada.


Herrera estaria fora do país na próxima semana, se o seu contato estava correto, e seria a hora perfeita para se aproximar de Anahi mais uma vez. Enquanto isso, ela solucionou alguns casos e selecionou outros para tentar resolver, continuou dando relatórios para a senhora Perci e aturando seu senhorio maluco.


Anahi estava longe de ser vista quando ela chegou na casa. No primeiro dia, considerou normal. No segundo, considerou que talvez tivessem mudado mais uma vez. No terceiro, criou esperança de que a mulher apenas estava com medo de sair e topar com ela. No quarto, estava preocupada. No quinto, considerou chamar um de seus amigos da polícia. Mas, no sexto, percebeu que ela havia viajado com o marido.


Medo dela se aproximar da mulher?


Imagine.


Dulce desistiu de sua vigília constante sobre a casa e tentou voltar a se concentrar em suas tarefas. Sua cabeça não estava perdida, seus pensamentos não estavam desordenados, sua mente não estava cheia. Ela podia trabalhar normalmente, afastando os pensamentos do casal Herrera viajando juntos para alguma conferência chata. Sua mente era bem treinada para se concentrar apenas no importante. Por isso, o pensamento se tornou apenas uma coceira no fundo de seu cérebro, até receber a notícia que Herrera estava de volta ao trabalho duas semanas depois.


Os pensamentos, então, se libertaram e se deixaram ser ‘pensados’ novamente.


Ela ignorou os riscos e foi à casa no mesmo dia que recebeu a ligação. Foi Christian Chavez que ligou. Achou que deveria saber. Suas palavras. O carro de Herrera estava estacionado na garagem e havia bastante barulho dentro de casa. Não era um bom dia para se aproximar. Ela voltou no dia seguinte e no dia depois daquele, mas a casa estava sempre cheia de algum jeito. Ela sabia porquê. Herrera estava com medo de deixar a esposa sozinha para a grande e má detetive conseguir falar com ela.


Ele não pensou, no entanto, que as pessoas iriam apenas se cansar e querer ir para casa quando ele demorasse demais – provavelmente comendo a secretária. Anahi ficou sozinha na sexta noite. Dulce não demorou mais que um minuto para tocar a campainha.


Anahi parecia saber que ela iria aparecer, pois abriu a porta logo depois e não parecia nem um pouco surpresa.


“Disse que me deixaria em paz se respondesse às suas perguntas.” Comentou parecendo cansada.


“Eu disse que a deixaria ir.” Dulce sorriu. “Não que a deixaria em paz. Cumpri minha promessa.”


A loira suspirou. “Sabia que deveria ter sido mais clara.” Murmurou para si mesma.


“Desculpe se lhe sou de algum incomodo, senhora Herrera, peço que perdoe minha intromissão na sua noite tão bela, mas tenho mais algumas perguntas.”


“Então vai me deixar em paz?”


Dulce balançou a cabeça com pesar. “Temo que não posso fazer isso.”


“Por que?! Por que você continua aparecendo? Tem alguém me investigando? Alguém pagou para você fazer isso? Qual o seu problema?!” Anahi cruzou os braços, parecendo ao mesmo tempo irritada e frágil.


“Ninguém está me pagando para falar com você, senhora Herrera. Continuo aparecendo porque não posso me manter longe.”


“Por que?” Anahi implorou.


Dulce suspirou. “Acho que sabe tão bem quanto eu a resposta.”


“Pelo amor de... Isso aconteceu a três anos! Você tem que largar meu pé e me deixar viver em paz.”


“Isso não diz nada com nosso caso de vingança três anos atrás.” Dulce negou com um aceno brusco. “Em dois anos, nunca havia considerado te procurar. Mas você caiu de paraquedas na minha vida. De repente, eu me vi intrigada por você.”


“Por que? O que eu tenho de especial? O que te faz querer perseguir a mim e não a um dos meus vizinhos.” Ela acenou em volta.


“São seus olhos.” A detetive admitiu.


A loira ficou desarmada por alguns segundos. “Meus olhos?” Perguntou em descrença.


“Sim.”


“O que tem meus olhos?”


“Eles são azuis.” Anahi franziu a testa, começando a considerar que a mulher era louca. Devia ser a única explicação. “Alguém brega uma vez não disse que os olhos são janelas para a alma?” Dulce zombou.


“Alphonse Karr.” Anahi murmurou.


A detetive apenas sorriu para o complemento. “Se isso é mesmo verdade, os seus olhos me mostram uma alma triste e prestes a se quebrar.”


Anahi se abraçou, procurando proteção onde sempre encontrara: em si mesma. “Do que está falando?”


“Você é uma mulher bonita, jovem, rica, casada, tem uma família unida e grandes amigos. Tem todos os motivos para ser feliz e estar satisfeita, mas seus olhos refletem dor, tristeza e caos. É isso que me fascina.” Explicou calmamente.


“Minha dor te fascina?”


“Pelo contrário, senhora Herrera. É a sua resistência a dor que me fascina.” Dulce sorriu. “Larguei minha esposa assim que descobri que ela me traiu. Mas você continua firme ao lado do seu marido, mesmo que ele já tenho dormido com todas as mulheres desta cidade que lhe deram mole. Você passa pela dor que eu só passei uma vez de novo e de novo e de novo. E por quê?”


“É isso que te fascina?”


“Sim.”


“Porque o amo, essa é a resposta. Pode ir embora agora.” Anahi fechou a porta.


Dulce ficou parada no mesmo lugar por um par de minutos, mas decidiu não bater de novo e apenas ir embora. “Se eu tivesse que ser realmente honesta,” Murmurou para si mesma a caminho do metrô. “sua beleza também me fascina.”


 


“Acho que precisamos de férias.” Raven comentou com um longo e cansado suspiro.


Dulce lhe deu um meio sorriso. “Gostaria de poder. A senhora Perci não iria permitir e ela é o motivo por eu conseguir comer todos os dias.”


“Você nunca tira férias?”


“Não realmente. Dois ou três dias trancada em casa é o suficiente.” Dulce anotou mais algumas frases em seu bloco de notas, então fechou-o e o jogou em cima do teclado de Raven. “Preciso que pesquise estes endereços para mim. Também quero saber se a senhora Jen é daltônica, vi que usava óculos e estava vestindo uma blusa verde com uma calça roxa. Ligue para o plano de saúde, descubra os médicos filiados, então ligue para eles e consiga uma resposta. Vou sair para investigar a casa abandonada.”


“Ela está sendo vigiada por policiais.” Raven já estava digitando rapidamente para conseguir as informações requisitadas.


“Eu sei. Tenho meus contatos.”


Dulce usou o metrô para chegar até a casa vigiada por três policiais. Dentro do imóvel, enquanto procurava por pistas que a polícia podia ter deixado para trás, deixou seu pensamento correr para a mulher loira que não abandonava sua mente. Fazia uma semana desde a última vez que a vira, o senhor Herrera já devia estar em casa depois de sua viagem ao exterior. Não tivera coragem de aparecer de novo, estava com medo de, mais uma vez, ter um confronto com a mulher.


Dulce não era ingênua nem gostava de negar coisas a si mesma. Ela sabia porquê estava tão fascinada na mulher. Seus sentimentos permaneceram trancados em uma jaula por dois anos, só para serem libertados quando a viu novamente. A detetive não iria mentir para si mesma e tentar achar outras possíveis razões para este interesse súbito. Ela sabia. Ela entendia. Ela sentia.


Quando estava saindo pela garagem, com um pequeno saco de provas dentro do bolso, seu celular tocou. O mesmo número desconhecido que ela havia passado tanto tempo debatendo sobre ligar ou não.


“Senhora Herrera.”


“Eu preciso de ajuda.”


Foi o desespero que lhe chamou a atenção. “O que foi?”


“Ele está morto! Está morto!”


 


Comentem e deixem uma escritora feliz!



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Autor(a): chavinonyportinon

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buttahbenzoayd: Muitíssimo obrigada pelas palavras :D, é sempre bom ler essas coisas hahaha.     A notícia estava nos tabloides poucos minutos depois.   Alfonso Herrera, o melhor advogado de defesa da cidade, morto em sua própria casa com uma tesoura enfiada no peito.   Os policiais rondavam o local coletando provas com ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • Scorpion_Blue Postado em 20/06/2020 - 06:37:15

    Caraca, eu amei essa Fic mana❤️😍❤️

  • Julia Klaus Postado em 03/04/2016 - 17:48:41

    Enfim q pena q acabou! Adorei ler! Parabéns pela escrita =) !!!

  • Julia Klaus Postado em 03/04/2016 - 17:43:10

    Más caramba essa Anahi é porreta hein...xonou a primeira vista na Dul...Uau... oO

  • Julia Klaus Postado em 02/04/2016 - 20:45:26

    Uau...Christian safadenho querendo a grana hauhauahauhau q amigo hein... Dulce é demais, fera hein hehehe

  • Julia Klaus Postado em 31/03/2016 - 08:47:38

    Más gente Dulce já quase elucidando o caso...Anahí no desespero kkkk. Dul fez direitinho a 3 anos. =)

  • anna_aya Postado em 30/03/2016 - 15:04:46

    OIII, Er' amei sua fic!!! Favoritei hoje cedo e já li toda. kkkkkk Quero saber se posso adapta-la para Portirroni..

    • huntfeld Postado em 17/07/2022 - 13:44:14

      Ela autorizou?

  • buttahbenzoayd Postado em 24/03/2016 - 13:09:52

    Eu não acredito que já ta acabando :(

  • Julia Klaus Postado em 23/03/2016 - 15:08:23

    Não duvido q a Maite tenha matado o Alfonso... foi tarde este traste kkkk. Enfim Anahí não é totalmente eliminável, nem sei se essa palavra existe kkkk Enfim adorando *_*

  • Julia Klaus Postado em 20/03/2016 - 17:49:50

    Estou fascinada com a escrita hahaha. Adorando... E continuaaaaaaaa *_*

  • Julia Klaus Postado em 20/03/2016 - 16:30:42

    Uau q historia legal hahahaha


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