Fanfic: Olho por olho - Portiñon - Finalizada | Tema: Rebelde, Portiñon

Olá a todos! Estou escrevendo isso para dizer que nesta semana meu processo de graduação começa, ou seja, a facul haha. Sendo assim, terei menos tempo (praticamente 0) para postar e escrever. Pensando em vocês, decidi postar os últimos capítulos desta fanfic ainda este final de semana. Vou ficar um tempo sem aparecer (peço desculpas pelas fanfics ainda em andamento), mas espero que entendam.

anna_aya: muito obrigada, que bom que gostou! Infelizmente, existem duas fanfics minhas que eu não deixarei adaptar, "RBD la família: loucuras em família" e esta. Ambas são meu orgulho que aumentam meu ego e são as que pretendo deixá-las assim. Sinto muito, espero que entenda, mas ela é meu amorzinho hahaha.

Julia Klaus: fez bem direitinhos hahahaha =)

O clima estava tenso no dia seguinte. Anahi usava óculos escuros e havia tomado pelo menos três comprimidos para a ressaca. Infelizmente, ela não era uma bêbada esquecida. Ela se lembrava dos detalhes de tudo que aconteceu e continuava mandando olhares indecisos para Dulce, que parecia tão normal como sempre. Ela estava dividida entre julgá-la por não ter parado seu avanço bêbado ou agradecer pela noite incrível que tivera.

Christian percebeu alguma coisa diferente e usou alguns minutos a sós com Anahi para tentar arrancar alguma informação dela. Christopher chegou pouco depois do combinado, carregando uma pasta amarela nas mãos. Todos entraram no escritório de Christian e se acomodaram nas cadeiras de couro.

“O que ele faz aqui?” Christian questionou ao ver o distintivo de Christopher preso ao cinto.

“Ele é um amigo. Acredite, está aqui para ajudar no caso.” Dulce acenou para Christopher falar.

Ele limpou a garganta. “Infelizmente alguns de meus colegas tende a ter pressa em fechar seus casos. E, por esse motivo, ignoram algumas provas. Eu, por outro lado, considerei todos os lados e fatos e sei que não foi a senhora Herrera que cometeu o crime.”

“Como pode saber disso?”

“A detetive Saviñon andou fazendo suas próprias investigações e descobriu algumas coisas bem interessantes.” Ele abriu a pasta e deslizou um papel sobre a superfície de madeira. “Este é um extrato da conta bancária do senhor Herrera dos últimos dois meses. Vemos que, até quando ele continuou entre nós, a movimentação era razoavelmente normal para um advogado do porte dele. O senhor Herrera não tinha um seguro de vida, mas possuía uma conta bancária bem recheada. Cerca de dois milhões de dólares. Dois dias após sua morte, esta conta foi completamente zerada. Nós sabemos que não foi a senhora Herrera, pois ela estava na cadeia neste meio tempo.”

“O que isso quer dizer?”

“O motivo foi dinheiro.” Dulce afirmou o óbvio. “E outra coisa.”

“É quando eu entro com... isto.” Christopher colocou duas folhas sobre a mesa. “Mensagens de texto. Entre alguns encontros com prostitutas, algo nos chamou a atenção. Ele mantém contato direto com o mesmo número todos os dias. Só podemos suspeitar de quem é este número, mas sabemos que não é da senhora Herrera ou da senhorita Perroni, as principais suspeitas.”

“Pode ser uma agência de prostituição.” Christian comentou. “Ele tinha uma tendência para isso.”

“Nós checamos, é um telefone pessoal. E podemos ver que as mensagens são sempre diferentes. Também podemos ver que elas ficam mais... raivosas com o tempo. Parece que eles começaram a discutir cerca de dois meses antes do assassinato acontecer. Infelizmente, a maioria das discussões foi feita pessoalmente, como podemos ver que eles marcaram de se encontrar em motéis.”

“Que ótimo.” Anahi resmungou. “Pegar doença de motéis baratos.”

“Não eram tão baratos. E ele não pagava tudo. Era dividido. Por sorte, temos um ótimo contato e ele conseguiu o número do cartão da outra pessoa que pagava metade do quarto.”

Christian se inclinou e ajeitou a gravata. “São ótimas informações, eu posso levar isso até o tribunal e...”

“Aguarde um minuto, senhor Chavez.” Dulce ergueu uma mão para silenciá-lo. “Nós temos mais algumas pistas.”

“É mesmo? Vocês andaram trabalhando, não é?”

“O que descobrimos de mais importante é que a suposta amante do senhor Herrera, na verdade, é homem.”

Anahi arregalou os olhos. “COMO É?!”

“Falamos com o recepcionista do hotel. Apesar da divisória para não ter reconhecimento facial, ele reconheceu as vozes. Era o senhor Herrera e sempre o mesmo homem.”

“Aquele filho da puta...” Anahi se jogou no encosto da cadeira e permaneceu em choque olhando para a parede. “E todas aquelas mulheres?”

“Aparentemente, era para encobrir sua verdadeira sexualidade.”

“Então ele catava metade da cidade para mostrar que era macho quando, na verdade, gostava mesmo era de...”

“Sem estereótipos, senhorita Portilla, mas é o que parece. O motel tem política de privacidade dos clientes, assim como a empresa de cartão de crédito, então não podemos saber quem é o homem misterioso.” Dulce comentou.

“Mas isso já é o suficiente para livrar Anahi da cadeia. Deixe estes papeis comigo e...”

“Senhor Chavez.” Dulce interrompeu seu movimento para pegar os papeis. “Pode me dizer como entrou na casa do senhor Herrera naquela noite?”

Christian olhou para cima aterrorizado, enquanto Anahi arregalava os olhos em sua direção. “C-Como?”

“Foi o senhor, não foi? O senhor é o amante. E foi o senhor que o matou naquela noite.”

“N-não. Isso é loucura! Você é louca!”

“Hey, não jogue seus defeitos na cara.” Christopher brincou. “Nós sabemos que foi você.”

“Vocês não podem provar nada.” Christian rebateu.

“Ah, podemos sim. Temos informações de que ambos mantinham uma relação a mais de cinco anos. Temos comprovantes do motel onde iam todos os dias no almoço e temos todos os registros telefônicos.” Dulce jogou a pasta amarela em cima da mesa. “Temos imagens de câmeras de segurança e temos o testemunho de mais de uma pessoa que alega tê-los visto saindo juntos do motel.”

“Christian...”

“Ela está mentindo, Anahi. Está apenas brincando com a sua cabeça. Ela é louca.”

“Me dê um bom motivo para acreditar na sua afirmação. Me dê explicações para tudo que eu acabei de falar e eu vou retirar tudo que disse.”

Christian suspirou. “Anahi, eu sinto muito, eu realmente sinto. Simplesmente aconteceu e eu... Eu não o matei.”

“Matou.” Christopher rebateu.

“A briga começou por dinheiro. Você sabia que Alfonso estava ganhando por fora em vários casos e guardando dinheiro em contas do exterior. Ele falava sobre isso com você, não é? Então quando ele continuou pedindo para rachar a conta no motel... Você ficou com raiva. E ainda tinha que aguentar mulheres falando sobre terem transado com ele. E, acima de tudo, era melhor amigo da esposa dele. Você simplesmente perdeu a cabeça, correto? Você começou a pedir dinheiro para montar seu próprio escritório e a ameaçá-lo de contar tudo caso esse dinheiro não viesse. Infelizmente para você, um escândalo maior já estava no seu prato. Um filho apareceu e esse filho morreu e uma ex-amante maluca começou a persegui-lo atrás de explicações. Ele estava pouco se importando com você. Naquela noite, você entrou na sua casa para pressioná-lo pelo dinheiro. Você entrou depois de Anahi expulsar Maite de lá. As chaves que ela achou que tinha perdido, na verdade, foi você que pegou para fazer uma cópia. Você a via todos os dias, podia muito bem colocar e tirar coisas de sua bolsa sem que ela desconfiasse. A discussão saiu do controle, você cansou de ser capacho de sexo e o matou. Não acho que tenha sido proposital, talvez tenha sido um ataque de raiva. Então roubou o cartão dele, cartão que a polícia nem sabia que existia e, por isso, não deu por falta dele, inventou uma desculpa sobre ter perdido a senha, conseguiu uma nova, transferiu o dinheiro e mandou para uma conta falsa no nome do seu tio morto.”

“Você... Isso... Eu nunca... Anahi, eu...”

“Seu filho da puta.” Anahi murmurou.

“Foi bem bolado, na verdade.” Dulce deu de ombros. “Aproveitar o acidente para conseguir uma grana. Eu tiro o chapéu para isso.”

“Você não pode provar isso.” Christian resmungou com raiva. “A polícia nunca vai acreditar em uma palavra que você disse, sua maluca.”

“Eles estão vindo para cá agora.” Dulce se levantou e ajeitou a roupa. “Cá entre nós, eu ainda tenho um renome na polícia. Aproveita seu julgamento, senhor Chavez. Espero que consiga um advogado melhor que você.”

Christian se jogou por cima da mesa, jogando papéis e outros objetos para longe, enquanto se esticava para alcançar a detetive. Dulce já estava virada para a porta e seu olho cego estava visando o ataque. Ela só ouviu quando Christian se agarrou a ela e a jogou no chão. Ela não tinha ideia de que ele sabia usar uma caneta como arma. O metal perfurou seu abdômen repetidas vezes, até Christopher conseguir arrancar o advogado assassino para longe dela.

Antes de desmaiar, ela ouviu gritos ao longe. “SUA FILHA DA PUTA! EU VOU TE MATAR, SUA VAGABUNDA!”