Fanfics Brasil - Capítulo 2 Olho por olho - Portiñon - Finalizada

Fanfic: Olho por olho - Portiñon - Finalizada | Tema: Rebelde, Portiñon


Capítulo: Capítulo 2

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Dulce Espinosa começou seu dia como qualquer outro nos últimos dois anos. Ela ligou sua cafeteira e tomou banho enquanto o café ficava pronto. Então fez duas torradas com manteiga e comeu tentando fazer o mínimo de farelos na pia. Tomou duas xícaras de café dentro do apartamento e levou a terceira até o andar de baixo, onde seu escritório ficava, sem nem um pouco de luxo.


Dois anos sem uma aliança no dedo. Dois anos providenciando uma pensão astronômica para sua ex-esposa que, de alguma forma, conseguiu que seu advogado a deixasse como mocinha da história. Dulce perdeu sua casa e teve que mudar seu escritório para um espaço menor quando sua ex decidiu que queria alugar o antigo espaço que, infelizmente, estava em seu nome.


Fora isso, Dulce estava com uma boa vida. Depois de superar a dor que a traição trouxera, ela decidiu seguir em frente. Achou um apartamento e, por alguma coincidência do destino, uma sala comercial estava vaga logo no andar de baixo, onde ela decidiu montar seu novo escritório. Contratou uma nova secretária que, além de atender e fazer telefonemas, ajudava-lhe em busca de provas. Havia conseguido bons clientes depois de solucionar um caso particularmente difícil, onde ganhou da polícia e descobriu o verdadeiro assassino.


A única parte de merda da sua vida era o senhorio, que continuava reclamando de barulhos que ela jurava não ouvir em lugar algum. Bom, isso poderia ser arrumado posteriormente.


Ela entrou em seu escritório com sua confiança natural. Sua secretária, Raven, já estava sentada atrás do computador, teclando incansavelmente. “Bom dia, senhorita Espinosa.” Essa foi a primeira coisa que Dulce gostou em sua nova secretária. Ela era educada, super animada, e a chamava de senhorita desde que descobrira sobre seu divórcio. Isso, em si, foi uma cena à parte, quando sua breve a ser ex-esposa entrou em seu escritório bradando palavras cortantes enquanto balançava as folhas do divórcio de um lado para o outro. Ela não havia concordado com a divisão dos carros. Por Deus, ela nem dirigia.


“Bom dia, senhorita Borel.” Dulce pegou o jornal de cima do balcão e foi direto para sua sala. Seu computador era ligeiramente mais antigo que o da recepção e, por isso, precisava de mais alguns minutos para ligar. Ela aproveitava aquele tempo para ler as principais manchetes e terminar seu café.


Meia hora depois, enquanto ela escrevia rapidamente em seu bloco de notas, Raven bateu na porta e colocou apenas sua cabeça para dentro. “O primeiro cliente chega em vinte minutos. O senhor Gorrel. A senhora Perci remarcou para esta tarde. Isso lhe dá duas horas de espaço na agenda.”


Dulce acenou em agradecimento, nunca desgrudando os olhos das anotações. “Obrigada. Vou aproveitar para investigar a casa que a pobre senhora LaGuarda mencionou.” Era seu mais novo caso de traição. Era o que mais caía na sua mesa e o que mais lhe rendia dinheiro também. Afinal, se ela desvendou sua própria esposa, podia desvendar outros casais.


Depois de cumprir a primeira parte de seu dia, Dulce voltou ao escritório carregando mais um jornal e dois cafés da lanchonete da frente. Ela deixou um em cima da mesa de Raven, que não estava por lá, e foi até seu escritório, onde fechou a porta e conectou a câmera em seu computador. A casa que vira era simples, mas o endereço a perturbava.


Era perto, algumas quadras apenas, do motel onde descobrira sua esposa dormindo com um homem. Em sua defesa, ela nunca havia desconfiado de sua amada esposa e descobriu tudo por acidente. Depois de ligar para Maite pedindo se ela queria que levasse o jantar no caminho de volta, ela ainda tinha que terminar uma investigação sobre um homem acusado de vender drogas na frente de um motel, o que estava auxiliando em alguns estupros cometidos na proximidade. Ela estava tirando fotos do suspeito quando viu um carro preto, e duas vezes mais caro que o seu, estacionando na frente do estabelecimento. Um homem de terno saiu e, com seus anos de treinamento em dedução, ela logo descobriu que ele devia ser um advogado ou um contador. Pelo seu carro, decididamente a primeira opção.


Dulce não estava realmente interessada no homem, até ver uma mulher deixar o outro lado. Foi o vestido vermelho que lhe chamou atenção. Era o mesmo vestido que dera à sua esposa em seu segundo ano de casamento, consumado apenas algumas semanas antes. Suas habilidades de investigação não demoraram para juntar os pontos e reconhecer a mulher. Era sua esposa. Em um motel. Com um homem.


Em poucos minutos, conseguiu informações com o manobrista e com o atendente, que deixou a ficha de entrada em cima da mesa enquanto se virava para pegar algo na gaveta por uma nota de 50.


Alfonso Herrera.


Mais rápido que seu celular permitia, ela levantou mais informações sobre ele e, sem demorar muito, descobriu seu endereço. Foi para lá rapidamente. A esposa do homem estava prestes a sair de casa, Dulce notou, entre lágrimas e soluços abafados. Ela se aproximou, contou quem era, como chegara até ela, e ofereceu-lhe um drink.


Em sua defesa, mais uma vez, ela não planejava dormir com a mulher do cara. Ela só estava com uma galhada pesando suas decisões e um bom vinho correndo em seu sangue. Assim como a mulher aos prantos sentada ao seu lado. Foi só quando a mulher se atirou em seu colo que o pensamento veio à sua mente e, de alguma forma, parecia a vingança perfeita.


Acabou sendo mais do que isso. A mulher, Anahi – um belo nome - era gentil e inteligente, o que deixou-a impossibilitada de tratá-la apenas como uma vingança. Apesar de dar aquele telefonema fatídico, Dulce ainda não sentia que sua noite fora apenas uma forma de afetar o homem como ele a havia afetado.


Dulce balançou a cabeça bruscamente ao perceber sua linha de pensamento. Já fazia dois anos, ela nunca mais soube daquelas duas pessoas. Pelo que ouviu, o casal se mudou algum tempo depois, mas ela não se interessou o suficiente para ir atrás. O assunto entre eles estava encerrado, por isso não havia motivos para voltar a pensar naquela história.


O relógio já marcava uma da tarde quando a porta de seu escritório foi quase arrancada das dobradiças. Maite era um furacão por onde passava. Raven vinha em seus calcanhares, fazendo pedidos para que ela se retirasse. Sabia muito bem o que aquela mulher causava à sua chefe toda vez que aparecia.


“Está tudo bem, Raven.” Dulce garantiu com delicadeza. A garota lhe lançou um olhar perplexo. “Sério. Pode ligar à senhora Perci e se certificar que ela não se esqueça de nosso compromisso mais uma vez?” Raven apenas assentiu e deixou a sala, fechando a porta atrás de si. “O que foi?” Dulce perguntou sem rodeios.


Maite cruzou os braços. “É bastante injusto que eu tenha que invadir este local, não acha?”


“Não realmente. O que quer?”


Sua ex-mulher suspirou com pesar. Parecia doer-lhe fisicamente suas próximas palavras. “Preciso de sua ajuda.”


Dulce levantou uma sobrancelha, pega de surpresa. Ela imaginou que a mulher havia voltado para solicitar um aumento na pensão – como se já não ganhasse o bastante. “É mesmo? E no que posso ser útil?”


“Preciso que localize alguém para mim.”


Dulce conteve uma risada. Maite foi sempre a primeira que zombou de seu trabalho sem muitas garantias de remuneração e ali estava ela, anos depois, pedindo seus serviços. “Quem?”


“Eu vou pagar.”


“Isso quer dizer que eu vou pagar. Você vive com meu dinheiro.” Dulce rebateu. “Quem?” Repetiu.


“Eu também trabalho, esqueceu?”


“Quem?” Era a terceira e última vez. Se a mulher ignorasse sua pergunta de novo, Dulce faria o favor de retirá-la de seu escritório sozinha.


Maite suspirou. “Alfonso Herrera.”


 


Então?...



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Autor(a): chavinonyportinon

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Muitíssimo obrigada pelos primeiros comentários e favoritos! Bem-vindas lana_navarro e claricenevanna :) “Não.” Foi a resposta rápida de Dulce. Não importa o quanto precisava de um novo computador e uma câmera que não anunciasse sua presença em qualquer lugar. Ela não iria se sujeitar àquilo. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 24



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  • Scorpion_Blue Postado em 20/06/2020 - 06:37:15

    Caraca, eu amei essa Fic mana❤️😍❤️

  • Julia Klaus Postado em 03/04/2016 - 17:48:41

    Enfim q pena q acabou! Adorei ler! Parabéns pela escrita =) !!!

  • Julia Klaus Postado em 03/04/2016 - 17:43:10

    Más caramba essa Anahi é porreta hein...xonou a primeira vista na Dul...Uau... oO

  • Julia Klaus Postado em 02/04/2016 - 20:45:26

    Uau...Christian safadenho querendo a grana hauhauahauhau q amigo hein... Dulce é demais, fera hein hehehe

  • Julia Klaus Postado em 31/03/2016 - 08:47:38

    Más gente Dulce já quase elucidando o caso...Anahí no desespero kkkk. Dul fez direitinho a 3 anos. =)

  • anna_aya Postado em 30/03/2016 - 15:04:46

    OIII, Er' amei sua fic!!! Favoritei hoje cedo e já li toda. kkkkkk Quero saber se posso adapta-la para Portirroni..

    • huntfeld Postado em 17/07/2022 - 13:44:14

      Ela autorizou?

  • buttahbenzoayd Postado em 24/03/2016 - 13:09:52

    Eu não acredito que já ta acabando :(

  • Julia Klaus Postado em 23/03/2016 - 15:08:23

    Não duvido q a Maite tenha matado o Alfonso... foi tarde este traste kkkk. Enfim Anahí não é totalmente eliminável, nem sei se essa palavra existe kkkk Enfim adorando *_*

  • Julia Klaus Postado em 20/03/2016 - 17:49:50

    Estou fascinada com a escrita hahaha. Adorando... E continuaaaaaaaa *_*

  • Julia Klaus Postado em 20/03/2016 - 16:30:42

    Uau q historia legal hahahaha


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