Fanfic: Lua Azul AyA
CAPÍTULO UM
“Feche os olhos e
imagine. Você pode ver?”
Eu confirmo com a
cabeça, com meus olhos fechados.
“Imagine bem na sua
frente. Veja sua textura, forma e cor. Conseguiu?”
Eu rio, retendo a
imagem em minha cabeça.
“Bem. Agora estenda
sua mão e o toque. Sinta seus ombros com a ponta de seus
dedos, segure seu
peso na palma de suas mãos, então combine todos os seus sentidos:
visão, tato, olfato e
sabor. Pode saboreá-lo?”
Eu mordo meu lábio e
suprimo um sorriso.
“Perfeito. Agora
combine isso com o sentimento. Você tem que acreditar que isso
existe bem na sua
frente. Senti-lo, vê-lo, tocá-lo, prová-lo, aceitá-lo, manifestá-lo” ele
disse.
E eu faço isso. Faço
todas essas coisas e quando ele geme, abro meus olhos e vejo por
mim mesma.
“Anahí.” Ele balança
a cabeça. “Era pra você pensar em uma laranja. Isso nem sequer
parece uma laranja.”
“Não, não há nada
frutífero nele.” Eu rio, sorrindo para a minha réplica de Alfonso. A
réplica que
manifestei bem na minha frente, e a versão em carne e osso que tenho ao
meu lado. Ambos
igualmente altos, escuros e tão devastadoramente lindos, que
dificilmente parecem
reais.
“O que vou fazer com
você?” Pergunta o Alfonso real tentando demonstrar um olhar
de desaprovação, mas
falhando miseravelmente. Seus olhos sempre o traindo,
mostrando nada mais
que amor.
“Hmmm...” Eu olho
meus dois namorados: um real e outro conjurado. “Suponho que
poderia vir aqui e me
beijar, mas se estiver muito ocupado irei pedir a ele. Não acho
que ele se
importará.”
Começo a me aproximar
do Alfonso manifestado, rindo quando ele sorri e pisca pra
mim, mesmo quando seu
contorno esteja desaparecendo e em breve terá ido.
Mas o Alfonso real
não ri. Ele apenas balança a cabeça novamente e diz: “Anahí, por
favor. Precisa ser
mais séria. Há muito para te ensinar.”
“Por que tanta
pressa?” dou de ombros, abraçando minha almofada e batendo no espaço ao
meu lado, desejando
que ele se mova de minha mesa para me acompanhar. “Não parece que o que mais
temos é tempo?”
Rio e quando ele me
olha todo meu corpo se aquece, minha respiração se detém em minha garganta e
não posso evitar me perguntar se alguma vez me acostumarei a sua incrível
beleza, sua pele macia de oliva, seu lustroso cabelo marrom, seu rosto perfeito
e seu esbelto e escultural corpo. O perfeito ying escuro para o meu yang louro pálido.
“Eu acho que vai
encontrar em mim uma estudante bastante entusiasmada,” lhe digo enquanto meus
olhos encontram-se com os seus, dois poços de insondável profundidade.
“Você é insaciável,”
ele sussurra, sacudindo sua cabeça e movendo-se junto a mim, tão atraído a mim,
como eu estou por ele.
“Estou tratando de repor todo o tempo
perdido,” murmuro, sempre tão ansiosa por estes momentos, os momentos quando
apenas estamos ele e eu e não tenho que compartilhá-lo com ninguém. Mesmo
sabendo que temos toda a eternidade pela frente não me faz ser menos gananciosa.
Ele se inclina para
me beijar, claramente esquecendo nossa lição. Todos os pensamentos para manifestar,
visão remota, telepatia; todos esses assuntos psíquicos substituídos por algo
muito mais imediato, enquanto ele me coloca sobre a pilha de almofadas e cobre
meu corpo com o seu, ambos fundido como duas videiras desfrutando do calor do
sol.
Seus dedos
serpenteiam embaixo de minha blusa e logo se deslizam por meu estômago até a borda
do meu sutiã enquanto eu fecho meus olhos e sussurro,
“Te amo.” Palavras
que uma vez guardei para mim.
Mas depois de dizê-la
pela primeira vez, é quase tudo o que digo.
Escuto como geme
suavemente enquanto solta o feixe do sutiã, sem muito esforço, tão
perfeito, sem
qualquer desconforto ou nervosismo.
Cada movimento que
faz é tão gracioso, tão perfeito, tão...
Talvez, perfeito até
demais.
“O que há de errado?”
ele pergunta, enquanto me afasto. Sua respiração está entrecortada
enquanto seus olhos
buscam os meus. A área ao redor de seus olhos enrijecendo e contraindo-se
da maneira que estou
acostumada.
“Não há nada de
errado.” Lhe dou as costas enquanto ajeito minha blusa, contente de ter
completado minha
lição de como proteger meus pensamentos, já que é a única coisa que me
permito mentir.
Ele suspira e se
levanta da cama, negando-me o formigamento de seu toque e o calor de seu
olhar enquanto anda
pra lá e pra cá na minha frente, e quando ele pára e me encara,
pressiono meus lábios
sabendo o que está vindo. Nós já passamos por isso antes.
“Anahí, não estou
tentando te pressionar nem nada disso. Realmente, não estou,” ele disse com
seu rosto cheio de
preocupação. “Mas em algum momento você terá que terminar com isso e
aceitar quem sou.
Posso manifestar qualquer coisa que você desejar, enviar-te pensamentos
por telepatia e
imagens cada vez que estamos separados, levá-la a Summerland a qualquer
momento. Mas a única
coisa que jamais poderei fazer é mudar o passado. É só isso.”
Fico parada olhando o
chão, sentindo-me pequena, carente e completamente envergonhada.
Odiando que seja
incapaz de ocultar meus ciúmes e inseguranças, odiando que eles sejam tão
transparentes e
claramente expostos. Porque não importa que tipo de escudo psíquico crie,
não tem efeito. Ele
teve seiscentos anos para estudar o comportamento humano (para estudar
meu comportamento),
contra meus dezesseis.
“Só... Só me dê um
pouco mais de tempo para me acostumar com tudo isso,” lhe digo,
brincando com um fio
solto no meu travesseiro. “Só faz algumas semanas.” Me encolho,
recordando como matei
a sua ex-esposa, eu disse que o amava, e selaria o meu destino
imortal, há menos de
três semanas atrás.
Ele me olha com seus
lábios tensos e olhos duvidosos, e mesmo estando apenas alguns
centímetros de
distância, o espaço que nos separa é tão pesado e preocupante, que parece
como um oceano.
“Me refiro a esta
vida,” lhe digo, minha voz acelerando, tornando-se mais alta, tentando
chegar ao vazio e
aliviar o ambiente. “Como não posso lembrar minhas outras vidas, é tudo o
que tenho. Só preciso
de um pouco mais de tempo. Ok?” Rio nervosamente, meus lábios
sentindo-se dormentes
e desajeitados enquanto os mantenho no lugar, expirando aliviada
quando ele se senta
ao meu lado, levando seus dedos até minha testa, buscando o espaço
onde costumava estar
minha cicatriz.
“Bem, isso é uma
coisa que nunca nós faltará.” Ele suspira, traçando seus dedos na curva da
minha mandíbula
enquanto se inclina para me beijar, seus lábios fazendo uma série de pausas
em minha testa, meu
nariz minha boca.
E quando penso que
ele me beijará outra vez, ele aperta minha mão e se afasta caminhando
diretamente até a
porta e deixando em seu lugar uma linda tulipa vermelha.
Autor(a): theangelanni
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CAPÍTULO DOIS Mesmo Alfonso podendo sentir o momento exato em que minha tia Sabine vira em nossa rua e entra no caminho pra casa, essa não é a razão pelo qual ele se vai. Ele se foi por mim. Pelo simples fato de que ele tem estado atrás de mim durante centenas de anos, procurando-me em todas as minhas reencarnaç&ot ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 121
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maaju Postado em 27/01/2012 - 09:40:30
Passei a ler essa série depois que vi suas webs, eu gostei bastante e Lua Azul é muito bom, tem um final intrigante, tô lendo Terra das Sombras, o 5º livro se chama Estrela da Noite e o 6º e último se chama "Infinito" e recomendo que vocês leiam, é muito bom.
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jl Postado em 06/06/2011 - 15:44:24
QUeeeeeeeeeee?
Porque se decepcionou? O.o -
jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:37
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NÂO ABANDONA ISSoO... ta que tu já abandonou mas pelo amor volta a postar O.O
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jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:28
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jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:20
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jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:17
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jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:14
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jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:10
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