Fanfic: Lua Azul AyA
CAPÍTULO TRÊS
Mesmo dormindo até
tarde, ainda sou capaz de sair pela porta e chegar a Chris a
tempo. Acho que é
porque não me leva tanto tempo ficar pronta agora que Riley não
está por aqui para me
distrair. E mesmo quando me incomodava à maneira ela
costumava se
empoleirar no meu armário com seu traje de Halloween enquanto me
interrogava sobre
namorados e criticando minha roupa, desde que eu a convenci a
seguir em frente, de
cruzar a ponte até onde nossos pais e nosso cachorro Buttercup
esperavam, não podia
vê-la.
.
O que quero dizer é
que ela estava certa. Só posso ver os espíritos que ficaram para
trás, não aqueles que
atravessaram.
.
E sempre que penso em
Riley, minha garganta se contrai e meus olhos começam a
coçar, e me pergunto
se alguma vez vou me acostumar com o fato dela ter ido. Quero
dizer, ido de forma
permanente e irreversível. Mas suponho que já Deveria saber o
suficiente sobre
perdidos para perceber que você nunca deixa de surpreender as
pessoas – aprende a
viver através do enorme vazio de sua ausência.
.
Enxugo meus olhos e
paro esperando por Chris, recordando a promessa de Riley, de
que me enviaria um
sinal, algo para mostrar que está bem. E mesmo estando atenta
ao juramente, me
mantendo alerta, atenta a qualquer indício de sua presença – até
agora não consegui
nada.
Chris abre a porta e
justo quando vou dizer Oi, ele levanta sua mão e diz, “Não fale.
Apenas olhe meu rosto
e me diga o que vê. Qual é a primeira coisa que percebe? E não
minta.”
“Seus lindos olhos
castanhos” digo, escutando os pensamentos em sua cabeça e
desejando, não pela
primeira vez, poder mostrar a meus amigos como proteger seus
pensamentos e
mantê-los privados. Mas isso seria divulgar meu poder de ler mentes,
sentir auras,
psiquicamente conhecer segredos, e não posso fazer isso.
Chris balança a
cabeça e entra no carro, aproximando-se do espelho retrovisor e examinando
seu queixo. “Você é
uma droga de mentirosa. Olhe, está bem aqui! Como um farol brilhante e
vermelho, você não
pode ignorar, por isso nem tente fingir que não vê.”
Olho de relance pra
ele enquanto saio da entrada da sua casa, vendo a espinha que se atreveu
a aparecer em seu
rosto, embora seja as unhas pintadas de rosa que me chama atenção.
“Lindas unhas.” Eu
rio.
“É pra minha peça.”
Ele sorri, ainda olhando seu queixo. “Não posso acreditar nisso! É como se
eu estivesse caindo
totalmente justo quando tudo estava caminhando perfeitamente. Os
ensaios estão ficando
ótimos, eu sei todas as minhas falas assim como de todos os outros... eu
achava que estava
totalmente preparado, e agora isto!” ele aponta para seu rosto.
“São só os nervos.”
Digo, olhando pra ele justo quando o sinal fica verde.
“Exatamente.” ele
assente. “O que prova que eu sou um amador. Para os profissionais, os
profissionais de
verdade, não ficam nervosos. Basta entrar na zona criativa e... criar. Talvez
eu
não esteja pronto pra
isso.” Ele me olha, seu rosto tenso de preocupação. “Talvez tenha tido
sorte de ganhar o
papel principal.”
Eu olho de relance
pra ele, recordando como Drina disse que tinha entrado na cabeça do
diretor para que
elegesse Chris. Mas mesmo que isso seja verdade, não quer dizer que ele não
consiga lidar com
isso. Isso não significa que ele não seja o melhor.
“Isso é ridículo.”
Balanço a cabeça. “Muitos atores ficam nervosos, sofre de medo do palco ou
o que seja.
Realmente. Você não vai acreditar na quantidade de histórias que Riley
conhecia...”
eu paro, os olhos
enormes, a boca aberta, sabendo que não posso terminar essa frase. Que
não posso divulgar as
histórias que minha irmãzinha morta me contou espionando as estrelas
de Hollywood. “De qualquer
forma, você não usa, tipo, uma tonelada de maquiagem?
Ele me olha. “Sim.
Então. Qual é o ponto? A peça é na sexta-feira, no qual, para sua
informação, é amanhã.
Isso nunca vai desaparecer até lá.”
“Talvez.” Eu dou de
ombros. “Mas o que eu quis dizer é que você pode usar maquiagem para
cobri-la.”
Chris revira os olhos
e protesta. “Oh, assim eu posso ostentar um enorme farol cor de carne
ao invés disso? Você
já olhou pra essa coisa? Não tem como disfarçar isso. Isso tem DNA
próprio! Está fazendo
sombra!”
Eu estaciono na
escola, no lugar que geralmente uso, ao lado da lustrosa BMW de Alfonso. E
quando olho para Chris
novamente me sinto atraída a tocar seu rosto. Como se meu dedo
indicador estivesse
inexplicavelmente atraído para a ferida em seu queixo.
“O que você está
fazendo?” ele pergunta, se afastando.
“Só... só estava
parada.” Sussurro, sem ter idéia do que estou fazendo, ou por que ainda estou
fazendo. A única
coisa que sei é que meu dedo tem um destino em mente.
“Bem não – toque
nisso!” ele grita, no exato momento que eu faço contato. “Genial, isso é
genial. Agora isso
provavelmente tem o dobro do tamanho.” Ele balança a cabeça e sai do
carro, e eu não posso
evitar sentir-me desapontada ao ver que a espinha ainda continua lá.
Suponho que estava
esperando ter desenvolvido algum tipo de habilidade curativa. Desde que
Alfonso me disse,
logo após eu decidir aceitar meu destino e começar a beber o suco imortal,
que eu poderia
esperar algumas mudanças, qualquer coisa ligada a minhas habilidades
psíquicas super-elevadas
(o que não estava esperando com ansiedade), habilidades físicas
super-elevadas
(algumas poderiam certamente ter alguns benefícios) ou alguma outra coisa
(como a habilidade de
curar os outros, o que tem meu voto já que seria muito legal), eu tenho
estado à espera de
algo extraordinário. Mas até agora, a única mudança são alguns
centímetros a mais, o
que realmente não faz muito por mim a não ser me obrigar a comprar
jeans novos. E isso
provavelmente aconteceria de uma forma ou de outra eventualmente.
Peguei minha mochila
e desci do carro, meus lábios encontrando-se com os de Alfonso no
momento em que ele
apareceu ao meu lado.
“Ok, sério. Quanto
tempo mais isso vai durar?”
Ambos nos separamos e
olhamos para Chris.
“Sim, estou falando
com vocês.” Ele balança os dedos. “Todos esses beijos, e abraços, e não
vamos esquecer dos
sussurros constantes.” Ele entrecerra os olhos.
“Realmente. Pensei
que já haviam superado isso agora. Quero dizer, não me interpretem mal,
estamos todos muito
felizes que Alfonso voltou para a escola, de que vocês tenham se
encontrado novamente,
e que seguramente vão viver felizes para sempre. Mas de verdade,
não acham que já é
tempo de talvez tentar e diminuir um pouquinho? Porque alguns de nós
não somos tão felizes
como vocês. Alguns de nós somos um pouco privados do amor."
“Você está privado do
amor?” eu rio, um pouco ofendida pelo o que acaba de dizer, sabendo
que tem mais a ver
com sua ansiedade com a peça do que com Alfonso e eu. “O que aconteceu
com Holt?”
“Holt?” ele balança a
cabeça. “Nem sequer me fale sobre Holt! Nem sequer vá por esse
caminho, Anahí!” ele
balança a cabeça e se vira, dirigindo-se até Dulce que está na porta
esperando.
“Qual é o problema
dele?” Alfonso pergunta, pegando minha mão e entrelaçando nossos
dedos, me olhando com
os olhos cheios de amor, apesar do que aconteceu ontem.
“Amanhã é a noite de
abertura.” Dou de ombros. “então ele está assustado, tem uma espinha
no queixo, e
naturalmente, decidiu nos fazer responsáveis.” Digo, olhando enquanto Chris
pega Dulce pelo braço
e se dirige para a classe.
“Não vamos falar com
eles.” Ele disse, olhando por sobre os ombros para nós. “Estamos em
greve até que parem
de agir tão apaixonados, ou até que essa espinha desapareça, qualquer
um que vier
primeiro.” Ele confirma, só meio brincando.
Dulce sorriu e foi
com ele, enquanto Alfonso e eu caminhamos para a Aula de Inglês. Passando
justamente em frente
de Stacia Miller que sorri pra ele e tenta me fazer tropeçar.
Mas no momento em que
ela está colocando sua mochila no me caminho, esperando me
humilhar quando eu
cair, a vejo levantar, e eu sinto chocar-se – direto no joelho dela. E mesmo
que eu sinta a dor
também, eu ainda estou contente de ter feito isso.
“Owww!” ela protesta,
esfregando seu joelho e me olhando, mesmo quando não tem
nenhuma evidência de
que eu seja de alguma forma a responsável.
Mas eu só a ignoro e
me sento em meu lugar. Teria sido melhor ignorá-la. Desde que ela fez
com que me
suspendesse por beber no colégio, tenho feito o possível para ficar fora de seu
caminho... Às vezes
não posso comigo mesma.
“Você não Deveria
fazer isso,” sussurra Alfonso, tentando um olhar severo enquanto se inclina
pra mim.
“Por favor. É você
que quer que eu pratique manifestação.” Dou de ombros. “Parece que as
lições estão dando
resultados.”
Ele me olha
balançando a cabeça e disse, “Veja só, é pior do que eu imaginava, porque para
sua informação o que
fez foi psicocinese não é uma manifestação, viu como aquelas lições
estão finalmente
começando a dar resultados."
“Psico... o quê?” eu
envesgo os olhos, sem saber o que o termo significa, embora tenha sido
realmente divertido.
Ele pega a minha mão,
um sorriso no canto dos lábios enquanto diz, “Eu estava pensando...”
Olho para o relógio,
vendo que já passaram 5 minutos desde as nove e sabendo que o Sr.
Robins está deixando
a sala dos professores.
“Sexta à noite. O que
você me diz de ir a algum lugar... especial?” ele sorri.
“Como Summerland?”
olho para Alfonso, meus olhos enormes e brilhantes enquanto meu
pulso se acelera.
Tenho estado querendo voltar a esse lugar mágico e místico. A dimensão
entre dimensões, onde
posso manifestar oceanos, elefantes, e posso mover as coisas maiores
do que projetar
bolsas Prada – só preciso de Alfonso para chegar lá.
Mas ele apenas sorri
e balança a cabeça. “Não. Não Summerland. Embora nós retornaremos
lá, eu prometo. Estava
pensando em algo mais assim como o Montage, ou o Ritz, talvez?” ele levanta as
sobrancelhas.
“Mas a peça de Chris
é na sexta e eu prometi que estaria lá” digo, me dando conta como
convenientemente
havia esquecido a peça quando pensei que se tratava de Summerland. Mas
agora que Alfonso
quer ir a um dos hotéis mais caros – minha memória voltou de imediato.
“Ok, então, que tal
depois da peça?” ele ofereceu. Mas enquanto me olha, quando vê como
hesito, como
pressiono meus lábios procurando uma forma educada de dizer que não, ele
acrescenta. “Ou não.
Só foi uma idéia.”
Olho pra ele de
relance, sabendo que preciso aceitar, que quero aceitar. Escutando a voz em
minha cabeça que diz: Diga sim! Diga sim! Você prometeu que iria dá o passo adiante, sem
olhar
pra trás, essa é sua chance – só vá em frente e faça isso! Apenas! Diga! Sim!
Mas mesmo sabendo que
é tempo de seguir adiante, mesmo amando Alfonso com todo meu
coração, e estou
determinada a deixar seu passado pra trás e dar o próximo passo, o que sai
da minha boca é
totalmente diferente.
“Nós veremos,” digo,
evitando seu olhar e concentrando-me na porta, justo quando o Sr. Robins entra.
Autor(a): theangelanni
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CAPÍTULO 4 . Quando finalmente soa a campainha do quarto período, me levanto da minha mesa e me aproximo do Sr. Muños. . “Você tem certeza que terminou?” ele pergunta, levantando a cabeça e me olhando através da pilha de papéis na frente dele. “Não tem problema se você precisar de mais ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 121
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maaju Postado em 27/01/2012 - 09:40:30
Passei a ler essa série depois que vi suas webs, eu gostei bastante e Lua Azul é muito bom, tem um final intrigante, tô lendo Terra das Sombras, o 5º livro se chama Estrela da Noite e o 6º e último se chama "Infinito" e recomendo que vocês leiam, é muito bom.
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jl Postado em 06/06/2011 - 15:44:24
QUeeeeeeeeeee?
Porque se decepcionou? O.o -
jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:37
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jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:28
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jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:25
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jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:20
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jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:17
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jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:14
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jl Postado em 06/06/2011 - 11:51:10
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