Fanfic: Lua Azul AyA

CAPÍTULO 5

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“O que acontece entre
você e o novo garoto?” Dulce pergunta, nos atrasando quando

todos os demais se
dirigem a classe.

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“Nada.” Agarro sua
mão e a forço a andar, uma energia que derrama diretamente em

mim enquanto olho
para Roman, Chris e Alfonso que sorriem e continuam como se

fossem velhos amigos.

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“Por favor.” Ela
revira os olhos. “É tão óbvio que não gosta dele.”

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“Isso é ridículo.”
Digo, meus olhos focaram Alfonso, meu namorado magnífico e

glorioso /
companheiro de alma / companheiro eterno / companheiro (realmente

tenho que encontrar a
palavra exata) que mal falou comigo esta manhã em inglês. E

espero que não seja
devido a razão que eu penso – devido ao meu comportamento

ontem e minha recusa
que cometi neste fim de semana.

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“Sou totalmente
séria.” Ela me olha. “É como – é como se você odiasse pessoas novas

ou algo assim.” No
qual resultou sair muito mais amável que as verdadeiras palavras

em sua cabeça. Pressiono
meus lábios juntos e olho fixamente para frente, oposição

(resistência), o
impulso de revirar os olhos.

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Mas ela apenas me
olha determinada, com as mãos na cintura, seus grandes olhos

revirando sob uma
flamejante franja de seu cabelo. “Porque se eu me lembro bem, e

sabemos que lembro,
você odiou Alfonso na primeira vez que ele veio a esta escola.”

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“Não odiei Alfonso,”
digo, entrecerrando meus olhos apesar da minha recente

negativa. Pensando: Correção,
só tive a aparência de odiar Alfonso. Quando a verdade

é,
eu o amei durante aquele tempo inteiro... Bem, exceto naquele curto período em

que
eu realmente o odiei. Mas de todos os modos, ainda assim, eu o amei. Apenas não

quis
admitir isso...

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“Um, me desculpe, mas
eu imploro para diferenciar.” Disse ela, enquanto

artisticamente o
cabelo preto cai em seu rosto. “Lembra como você não o convidou

para sua festa de
Halloween?”

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Eu suspiro,
completamente aborrecida por tudo isto. Todo o que quero fazer é ir pra

aula para então
pretender prestar atenção enquanto falo telepaticamente com

Alfonso.

“Sim, e se você
lembra isto foi também à noite em que ficamos” digo finalmente, contudo, no

segundo que sai, eu
lamento. Dulce nos encontrou do lado de fora na piscina, e fez seu

coração partir. Mas
ela simplesmente ignorou isso.

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Mais determinada em
fazer seu caso do que visitar esse passado particular. “Ou talvez você

esteja com ciúmes
porque Alfonso tem um novo amigo. Você sabe, alguém à exceção de você.”

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“Isso é ridículo,”
digo, embora isso tenha saído muito rápido para acreditar. “Alfonso tem

muitos amigos.” Eu
acrescento, mesmo quando nós duas sabemos que é mentira.

Ela me olha,
pressionando seus lábios, completamente imóvel. Mas agora que chegamos

muito longe, não
tenho mais opção, só continuar, então digo, “Ele tem você, Chris, eu...” e
eu.

Eu penso, mas não
querendo dizer, porque essa é uma triste, pequena lista, que é exatamente

seu argumento. E a
verdade é, Alfonso nunca está com Dulce e Chris a não ser eu esteja lá

também. Ele gasta
cada momento livre comigo. E as vezes que não estamos juntos ele envia

uma corrente estável
de pensamentos e imagens para compensar a distância. É como se

estivéssemos sempre
conectados. Eu tenho que admitir gostar desse jeito. Como se só com

Alfonso eu posso ser
eu mesma – escutar os pensamentos, sentir as auras, ver espíritos. Só

com Alfonso eu posso
baixar a minha guarda e ser eu mesma.

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Mas quando olho para Dulce,
não posso ao menos me perguntar se talvez ela tenha razão.

Talvez eu seja
ciumenta. Talvez Roman realmente seja apenas um garoto normal e legal que se

mudou para uma nova
escola e só que fazer alguns novos amigos – diferente da ameaça

assustadora que penso
que ele seja. Talvez realmente me tornei paranóica, ciumenta e

possessiva que
automaticamente penso que só porque Alfonso não está focado em mim como

no geral está, estou
a ponto de ser substituída. E se este é o caso, bem, essa é uma maneira

muito patética de
admitir.

Então apenas balanço
a cabeça e fabrico um sorriso quando digo, “Outra vez, ridículo. Tudo

isso é seriamente
ridículo.” Então trato de olhar como se eu realmente acreditasse nisso.

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“Sim? Bem, então, e
quanto a Drina? Como explica aquilo?” Ela sorri com satisfação e diz,

“Você a odiou no
momento em que a viu, e não tente negar isso. E então, uma vez que você

descobriu que ela
conhecia Alfonso, você a odiou ainda mais.”

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Contraio-me quando
ela diz isso. E não só porque seja verdade, mas porque ouvir o nome da

ex-esposa de Alfonso
sempre me fazia contrair-me. Não posso fazer nada, simplesmente é

assim. Mas não tenho
nem idéia de como explicar isso a Dulce. Tudo o que ela sabe é que

Drina fingiu ser sua
miga, livrou-se dela em uma festa, e depois desapareceu pra sempre. Ela

não tem nenhuma
memória de que Drina tentou matá-la com uma pomada venenosa que ela

usou naquela tatuagem
assustadora que recentemente havia sido removida de seu pulso,

nenhuma memória de...

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Ah,
meu Deus! A pomada! Roman deu uma pomada a Chris para sua espinha! Eu sabia que

tinha
algo de estranho nele. Sabia que eu não estava criando isso!

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“Dulce, que aula Chris
tem agora?” pergunto, meus olhos explorando o campus, incapaz de

encontrá-lo e também
uma grande pressa de usar a tele-detecção, que eu ainda não

dominava.

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“Acho que é inglês,
por quê?” ela me olha estranhando.

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“Nada. Só... Eu tenho
que correr.”

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“Tudo bem, como
quiser. Mas só você já sabe. Eu ainda penso que você odeia pessoas novas”

ela grita.

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No entanto, hesita
atrás de mim. Eu já havia ido.

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Eu passo através do
campus, focalizando a energia de Chris e tentando sentir a aula que ele

está. E enquanto dou
a volta no canto e vejo uma porta a minha direita, sem pensar, eu passo

por ela.

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“Posso ajudá-la?” o
professor pergunta, afastando-se a mesa, segurando um pedaço quebrado

de giz branco na mão.

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Estou de pé diante da
sala, olhando de relance os seguidores de Stacia que tiram sarro de mim

enquanto luto para
recuperar meu fôlego.

“Chris,” aponto,
ofegando. “Tenho que falar com Chris. Isso só levará um segundo.” Eu

prometo. Quando o
professor cruza os braços e me dá um olhar de dúvida. “É importante,”

acrescento, lançando
um olhar para Chris que agora fecha os olhos e balança a cabeça.

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“Presumo que você
tenha um passe?” o professor pergunta, uma pessoa insistente pelas

regras.

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E mesmo sabendo que
isso, muito bem, poderia acabar alienando-o e trabalhar contra mim,

não tenho tempo para
ficar presa em toda essa papelada, a burocracia da escola é feita para

nos manter todos
salvos – mas é o que realmente, neste momento, está me impedindo de

lidar com um problema
que é claramente de vida ou morte!

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Pelo menos poderia
ser.

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Não estou certa.
Embora eu gostaria de uma oportunidade para descobrir. E estou tão

frustrada, que
simplesmente balanço minha cabeça e digo, “Escute, você e eu sabemos que

não tenho um passe,
mas se você só me fizesse o favor de me deixar falar com Chris lá fora

um segundo, prometo
enviá-lo exatamente de volta.”

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Ele me olha, mesmo
sua mente filtrando todas as alternativas, todos os caminhos diferentes

que isto poderia
chegar: me expulsar, me escoltar até minha aula, me escoltar até a sala do

diretor Buckley –
antes olhando de relance para Chris quando ele diz: “Bem, que seja rápido.”

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E no segundo que nos
dirigimos para o corredor e a porta se fecha atrás de nós, olho para

Chris e digo, “Me dê
a pomada.”

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“O quê?” ele fica
boquiaberto.

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“A pomada. Aquela que
Roman de teu. Me dê. Tenho que vê-la.” Lhe disse.

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Estendendo a mão e
mexendo meus dedos.

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“Você está louca?”
ele sussurra, olhando ao redor mesmo quando há só tapetes de parede a

parede, paredes de
cor cinza-claro, e nós.

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“Você não tem idéia
de como isso é sério,” eu lhe digo, meus olhos nos seus, não quero

assustá-lo, mas se
tenho que fazer isso. “Agora vamos, não tenho o dia todo.”

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“Está na minha
mochila.” Ele dá de ombros.

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“Então, vá buscá-la.”

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“Anahí, de verdade, o
que...?”

Simplesmente cruzo
meus braços e confirmo. “Vamos. Vou esperar aqui.”

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Chris balança a
cabeça e desaparece dentro da sala. Surgindo um momento depois com uma

expressão azeda e um
pequeno tubo branco na mão. “Aqui está. Feliz agora?” ele jogou pra

mim.

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Pego o tubo e o
examino, virando-o entre meu polegar e o indicador. É de uma marca que

reconheço, de uma
loja que freqüento. Não entendo como pode ser.

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“Você sabe, no caso
de ter esquecido, minha peça é amanhã, e realmente não preciso de todo

drama e o stress
extra nesse momento, então se não se importa...” ele estende a mão,

esperando que eu
devolva a pomada para poder voltar a aula.

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Só não estou disposta
a entregá-lo ainda. Estou procurando algum tipo de furo de agulha de

pressão ou marca,
algo que prove ter sido manipulado, que não é o que parece.

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“Quero dizer, hoje no
almoço quando vi como você e Alfonso atenuou todo o negócio

romântico, eu estava
pronto para o alerta cinco de você, mas agora é como se você

substituísse isso por
alguma coisa pior. Quero dizer, sério, Anahí. Tire a tampa e use-o ou me

devolva.”

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Mas não devolvi. Pelo
contrário, fecho meus dedos o redor e tento ler sua energia. Mas isso é

simplesmente uma
pomada para espinha. Do tipo que realmente funciona.

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“O que estamos
fazendo aqui?” ele me olha franzindo o cenho.

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Eu me encolho e
devolvo o tubo. Dizer que estou envergonhada seria colocar as coisas muito

suaves. Mas quando Chris
coloca o tubo no bolso e se dirige para porta, não posso dizer

menos que, “Então
você notou?” as palavras parecendo quentes e pegajosas em minha

garganta.

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“Notei o quê?” ele
para, claramente irritado.

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“A, um, a ausência de
todo o negócio romântico?”

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Chris se vira,
revirando os olhos em exagero antes de nivelar seu olhar com o meu. “Sim, eu

notei. Pensei que
estavam levando minha ameaça a sério.”

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Eu olho pra ele.

“Esta manhã – quando
disse que Dulce e eu estávamos em greve até que vocês parassem com

todos esses seus...”
ele balança cabeça. “Que seja. Eu posso, por favor, voltar pra aula?”

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“Desculpe.” Eu
assento. “Desculpe por todas as...”

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Mas antes que eu
pudesse terminar, ele já tinha ido, fechando a porta firmemente entre nós.