Fanfic: Eu odeio amar você | Tema: Original
– Que pessoas mal educadas. – Nicole exclamou em alto e bom som.
– Escuta aqui Polly Pocket porque você não pega esses peitos de plástico e se manda daqui?
– João?!
– Desculpa Nick, você esta sendo muito desagradável, tenho que concordar com a Laura.
– Espero por você no carro quero ir embora agora mesmo. – ela murmurou, tentando se manter inabalável.
– Me dá cinco minutos? E eu acompanho você.
A loira exuberante mostrava-se tão indignada que provocou uma breve risada, infelizmente ela não era páreo para minha irmã e eu:
– Que dia hein? – suas mãos se encaixaram no bolso detrás da calça.
– Desculpe pelos transtornos! – mantive meu olhar fixo em uma almofada azul, sobre o sofá.
– Foi divertido, me senti como antes, quando eu fazia parte dessa família.
– Mas você ainda é. – Laurinha sorriu.
– Como esta seu filhinho?
– Lindo e saudável, é uma pena que esteja dormindo.
– Tudo bem, eu volto numa próxima vez para fazer uma visita – eles se abraçaram formalmente sequer aparentavam ser o casal de namorados que eu estava acostumada a ver há alguns anos atrás – Felipa meu anjo não vai me dar um abraço?
– Claro. – porque era tão constrangedor?
– Humpf... Você é um problema para mim. – ele sussurrou no meu ouvido acredito que apenas eu tenha escutado.
Certos cheiros me despertavam velhas memórias e por que eu me sentia como se estivesse com taquicardia? Seria possível que eu estivesse sofrendo um infarto? Sorri tranquilamente, mas por dentro algo estava errado – eu sentia o magnetismo entre nós – o João foi meu primeiro amor e eu tinha completa certeza de que tudo havia passado, talvez seja apenas a beleza rústica dele que sempre me deixou embasbacada, porque o João não ficava feio e velho como os outros caras? Sua idade devia chegar por volta dos quarenta anos, mas ele continuava tão lindo quanto da última vez que o vi, seria cirurgia plástica?! Afinal dona Gisele parecia mais jovem do que nunca:
– Acorda! – Laura estalou os dedos – eu não sabia que ele ainda possui o poder de te fazer virar uma bobona.
– Ridículo esse seu comentário. – revirei os olhos.
– Certo vou fingir que não percebi.
Trim... Trim.. Trim...
– Alô?
– Na minha casa ou na sua?
– Ham?!
– Querida hoje ainda é domingo, a noite vai ser longa esqueceu que amanhã é feriado? Quero te roubar pra mim. – Vitor não se deixava vencer facilmente.
– Desculpa, mas não posso ir.
– Você age como uma adolescente que nunca pode sair e se divertir! – ele tinha razão, enfim eu não costumava burlar as regras da família a todo custo.
– Eu estou cansada.
– Ok, eu não vou brigar, tchau.
– Ei.
– Amanhã nos falamos.
Ele desligou na minha cara? Perfeito era tudo o que eu precisava para completar a minha lista de desgraças diárias, eu só posso ter sido uma pessoa muito má em outra vida, porque não exista uma explicação:
– Criou juízo?
– O quê? – me fiz de desentendida.
– Esse rapaz com quem você anda saindo, ele não presta. – mamãe era a rainha da moral.
– Ele só pode ser muito feio, porque você nunca nos apresentou.
– Vai cuidar do teu filho, trocar uma fralda e para de quere viver a minha vida! – cuspi.
– Veja como você fala conosco Felipa, falamos isso para o seu bem. – minha mãe adorava fazer o melodrama de mulher ofendida.
– Certo já entendi.
Minha família costuma agir comigo como se eu fosse uma garotinha, o mais engraçado é que quando eu preciso de dinheiro sempre escuto que não sou mais criança e mamãe faz questão de frisar a minha idade e dizer que preciso ser responsável, sentei no sofá e fui afundando bem devagarzinho.
…Today I don't feel like doing anything…
…I just wanna lay in my bed…
Meu corpo se movia conforme a melodia soava abafada vindo de algum lugar, enfim estava me animando novamente quando me levantei caminhando em direção à escada, dancei distraidamente:
– I'm gonna kick my feet up, then stare at the fan… Turn the TV on, throw my hand in my pants…
– Tá maluca? Não vai atender o celular?
– Como é? Celular? – mas o meu celular não possuía toque musical, principalmente porque meu Iphone havia sido roubado e papai decidiu que seria melhor eu comprar um celular simples e barato, pois não me ajudaria com o dinheiro – alô?! – e não é que tinha um celular dentro do bolso da minha jaqueta!
– Olá! – a rouquidão de sua voz foi suficiente para fazer meu coração palpitar magicamente, eu subi as escadas e percebi que mamãe me observava.
– É você! – sorri ironicamente.
– Vou esquecer essa sua ironia, ok!
– Como? Como você conseguiu? – deitei em minha cama eu estava absolutamente confusa.
– Se lembra do nosso abraço? – é me lembro.
– Mas? Por quê? – João era o tipo de cara que adorava segredos, nem o tempo conseguiu o fazer mudar.
– Agi por instinto – ele fez uma pausa – eu me senti em casa quando te encontrei.
– Sua noiva vai ficar enciumada, já pensou se ela escuta? – tentei segurar um sorriso enorme que tomava conta do meu rosto.
– Ela esta no banho.
– Mas já? Como assim faz pouco tempo que você saiu aqui de casa.
– Esqueceu que minha casa fica no mesmo condomínio? – eu realmente havia esquecido desse detalhe, João morava há mil metros de nós.
– Engraçado ninguém comentou sobre a volta da sua família.
– Foi uma decisão tomada nas pressas.
– É, legal. – não sabia muito que dizer, eu fiquei apenas me perguntando por que ele queria falar comigo.
– Eu vou me casar – suas palavras foram duras – como nossos amigos e familiares moram no Brasil fica mais fácil realizar uma festa aqui, do que levar todos para Londres.
– É. – meu sorriso desapareceu.
– Que foi? Sua voz soou tão frustrada.
– Quem eu? – droga sempre que eu fico nervosa, minha voz ficava em um tom agudo.
– Sim você, o que foi? Por acaso, ainda tem fantasia sobre nós dois?
– Não seja um babaca! – ele gargalhou, eu não sabia o quanto sentia falta de ouvi-lo até me ver sorrindo junto – bem se era só isso que você queria me dizer, desculpe, mas preciso desligar.
– Onde é o incêndio?
– Eu marquei de sair. – falei despreocupada, checando o relógio no meu pulso.
– Quem é ele? – para quê tudo isso? Parecia até meu pai.
– Não é da sua conta. – cantarolei.
– Quero conhecê-lo. – ele estava sendo autoritário mesmo? Ou tudo não passava de uma brincadeira?
– Ahahaha... Mas não vai mesmo. – gargalhei irônica.
– Então ele existe realmente?!
– É claro que existe, você sabe que eu não preciso mentir sobre caras que ficam a fim de mim, agora tchau!
– Ei você...
Desliguei, minhas mãos estavam tremulas, eu não entendia porque agia assim, isso não fazia sentindo! Foi como se os anos não houvessem passado, eu suava, sorria e ao mesmo tempo tentava controlar isso, me sentia com dezesseis anos novamente.
Autor(a): hevapaula_
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
– Alô. – sua voz era um misto de chateação e tédio. – Preciso de você. – ele respirou profundamente. – Agora você precisa de mim? Desculpe vou está muito ocupado. – Quer que eu implore? – fiz beicinho. – Quem sabe mais tarde quando estiver na minha cama. – agora ele pareci ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 3
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virna Postado em 18/09/2016 - 03:18:58
Continua! Historia bem legal!
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hevapaula_ Postado em 28/06/2016 - 20:39:47
Manuh Ucker já atualizei novos capítulos, não tinha comentários antes por isso parei
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Manuh Ucker Postado em 16/06/2016 - 03:15:43
Vai continuar?