Fanfics Brasil - 2. Velhas Memorias Eu odeio amar você

Fanfic: Eu odeio amar você | Tema: Original


Capítulo: 2. Velhas Memorias

236 visualizações Denunciar


– Que pessoas mal educadas. – Nicole exclamou em alto e bom som.


– Escuta aqui Polly Pocket porque você não pega esses peitos de plástico e se manda daqui?


– João?!


– Desculpa Nick, você esta sendo muito desagradável, tenho que concordar com a Laura.


– Espero por você no carro quero ir embora agora mesmo. – ela murmurou, tentando se manter inabalável.


– Me dá cinco minutos? E eu acompanho você.


A loira exuberante mostrava-se tão indignada que provocou uma breve risada, infelizmente ela não era páreo para minha irmã e eu:


– Que dia hein? – suas mãos se encaixaram no bolso detrás da calça.


– Desculpe pelos transtornos! – mantive meu olhar fixo em uma almofada azul, sobre o sofá.


– Foi divertido, me senti como antes, quando eu fazia parte dessa família.


– Mas você ainda é. – Laurinha sorriu.


– Como esta seu filhinho?


– Lindo e saudável, é uma pena que esteja dormindo.


– Tudo bem, eu volto numa próxima vez para fazer uma visita – eles se abraçaram formalmente sequer aparentavam ser o casal de namorados que eu estava acostumada a ver há alguns anos atrás – Felipa meu anjo não vai me dar um abraço?


– Claro. – porque era tão constrangedor?


– Humpf... Você é um problema para mim. – ele sussurrou no meu ouvido acredito que apenas eu tenha escutado.


Certos cheiros me despertavam velhas memórias e por que eu me sentia como se estivesse com taquicardia? Seria possível que eu estivesse sofrendo um infarto? Sorri tranquilamente, mas por dentro algo estava errado – eu sentia o magnetismo entre nós – o João foi meu primeiro amor e eu tinha completa certeza de que tudo havia passado, talvez seja apenas a beleza rústica dele que sempre me deixou embasbacada, porque o João não ficava feio e velho como os outros caras? Sua idade devia chegar por volta dos quarenta anos, mas ele continuava tão lindo quanto da última vez que o vi, seria cirurgia plástica?! Afinal dona Gisele parecia mais jovem do que nunca:


– Acorda! – Laura estalou os dedos – eu não sabia que ele ainda possui o poder de te fazer virar uma bobona.


– Ridículo esse seu comentário. – revirei os olhos.


– Certo vou fingir que não percebi.


Trim... Trim.. Trim...


– Alô?


– Na minha casa ou na sua?


– Ham?!


– Querida hoje ainda é domingo, a noite vai ser longa esqueceu que amanhã é feriado? Quero te roubar pra mim. – Vitor não se deixava vencer facilmente.


– Desculpa, mas não posso ir.


– Você age como uma adolescente que nunca pode sair e se divertir! – ele tinha razão, enfim eu não costumava burlar as regras da família a todo custo.


– Eu estou cansada.


– Ok, eu não vou brigar, tchau.


– Ei.


– Amanhã nos falamos.


Ele desligou na minha cara? Perfeito era tudo o que eu precisava para completar a minha lista de desgraças diárias, eu só posso ter sido uma pessoa muito má em outra vida, porque não exista uma explicação:


– Criou juízo?


– O quê? – me fiz de desentendida.


– Esse rapaz com quem você anda saindo, ele não presta. – mamãe era a rainha da moral.


– Ele só pode ser muito feio, porque você nunca nos apresentou.


– Vai cuidar do teu filho, trocar uma fralda e para de quere viver a minha vida! – cuspi.


– Veja como você fala conosco Felipa, falamos isso para o seu bem. – minha mãe adorava fazer o melodrama de mulher ofendida.


– Certo já entendi.


Minha família costuma agir comigo como se eu fosse uma garotinha, o mais engraçado é que quando eu preciso de dinheiro sempre escuto que não sou mais criança e mamãe faz questão de frisar a minha idade e dizer que preciso ser responsável, sentei no sofá e fui afundando bem devagarzinho.


…Today I don't feel like doing anything…


…I just wanna lay in my bed…


Meu corpo se movia conforme a melodia soava abafada vindo de algum lugar, enfim estava me animando novamente quando me levantei caminhando em direção à escada, dancei distraidamente:


– I'm gonna kick my feet up, then stare at the fan… Turn the TV on, throw my hand in my pants…


– Tá maluca? Não vai atender o celular?


– Como é? Celular? – mas o meu celular não possuía toque musical, principalmente porque meu Iphone havia sido roubado e papai decidiu que seria melhor eu comprar um celular simples e barato, pois não me ajudaria com o dinheiro – alô?! – e não é que tinha um celular dentro do bolso da minha jaqueta!


– Olá! – a rouquidão de sua voz foi suficiente para fazer meu coração palpitar magicamente, eu subi as escadas e percebi que mamãe me observava.


– É você! – sorri ironicamente.


– Vou esquecer essa sua ironia, ok!


– Como? Como você conseguiu? – deitei em minha cama eu estava absolutamente confusa.


– Se lembra do nosso abraço? – é me lembro.


– Mas? Por quê? – João era o tipo de cara que adorava segredos, nem o tempo conseguiu o fazer mudar.


– Agi por instinto – ele fez uma pausa – eu me senti em casa quando te encontrei.


– Sua noiva vai ficar enciumada, já pensou se ela escuta? – tentei segurar um sorriso enorme que tomava conta do meu rosto.


– Ela esta no banho.


– Mas já? Como assim faz pouco tempo que você saiu aqui de casa.


– Esqueceu que minha casa fica no mesmo condomínio? – eu realmente havia esquecido desse detalhe, João morava há mil metros de nós.


– Engraçado ninguém comentou sobre a volta da sua família.


– Foi uma decisão tomada nas pressas.


– É, legal. – não sabia muito que dizer, eu fiquei apenas me perguntando por que ele queria falar comigo.


– Eu vou me casar – suas palavras foram duras – como nossos amigos e familiares moram no Brasil fica mais fácil realizar uma festa aqui, do que levar todos para Londres.


– É. – meu sorriso desapareceu.


– Que foi? Sua voz soou tão frustrada.


– Quem eu? – droga sempre que eu fico nervosa, minha voz ficava em um tom agudo.


– Sim você, o que foi? Por acaso, ainda tem fantasia sobre nós dois?


– Não seja um babaca! – ele gargalhou, eu não sabia o quanto sentia falta de ouvi-lo até me ver sorrindo junto – bem se era só isso que você queria me dizer, desculpe, mas preciso desligar.


– Onde é o incêndio?


– Eu marquei de sair. – falei despreocupada, checando o relógio no meu pulso.


– Quem é ele? – para quê tudo isso? Parecia até meu pai.


– Não é da sua conta. – cantarolei.


– Quero conhecê-lo. – ele estava sendo autoritário mesmo? Ou tudo não passava de uma brincadeira?


– Ahahaha... Mas não vai mesmo. – gargalhei irônica.


– Então ele existe realmente?!


– É claro que existe, você sabe que eu não preciso mentir sobre caras que ficam a fim de mim, agora tchau!


– Ei você...


Desliguei, minhas mãos estavam tremulas, eu não entendia porque agia assim, isso não fazia sentindo! Foi como se os anos não houvessem passado, eu suava, sorria e ao mesmo tempo tentava controlar isso, me sentia com dezesseis anos novamente.


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): hevapaula_

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

– Alô. – sua voz era um misto de chateação e tédio. – Preciso de você. – ele respirou profundamente. – Agora você precisa de mim? Desculpe vou está muito ocupado. – Quer que eu implore? – fiz beicinho. – Quem sabe mais tarde quando estiver na minha cama. – agora ele pareci ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • virna Postado em 18/09/2016 - 03:18:58

    Continua! Historia bem legal!

  • hevapaula_ Postado em 28/06/2016 - 20:39:47

    Manuh Ucker já atualizei novos capítulos, não tinha comentários antes por isso parei

  • Manuh Ucker Postado em 16/06/2016 - 03:15:43

    Vai continuar?


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais