Fanfics Brasil - 4. Revivendo Eu odeio amar você

Fanfic: Eu odeio amar você | Tema: Original


Capítulo: 4. Revivendo

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Vitor e eu éramos muito mais, mais que apenas uma paixonite de jovens adultos, nós dois sabíamos o que queríamos e como nos sentíamos em relação ao outro, e esta noite eu desejava que ele me levasse às alturas, que cada toque ousado fosse longo e prazeroso.


– Um dia você ainda vai me arrancar um pedaço de pele. – sua voz soou ofegante, eu estava tentando me controlar, não queria que os vizinhos ouvissem, as paredes daquele apartamento pareciam ter sido construídas com areia.


– Estou perdendo o controle. – um gemido baixo saiu de minha garganta.


– O que foi? – ele intensificou os movimentos, oh droga! – você não gosta?


– Muuuuiiito! – ele sorriu se sentindo vitorioso.


– Eu não te quero assim controlada perto de mim – suas mãos percorriam todo o meu corpo, sua voz era rouca e familiar – vamos lá seja uma boa garota – eu o encarei seus olhos castanhos, seu cabelo negro e bagunçado sua barba arranhando meu pescoço João era meu e eu seria dele, arqueei o meu corpo – você me quer?


– Sim.


– Então seja minha.


Sim, sim, sim... Mas?! Mas! João?! E o Vitor?! Como? Eu o encarei, foi um choque a principio tentei gesticular e pedir para que parasse, mas os movimentos foram intensificando, e meu corpo relaxando, minha boca secando, eu havia chegado ao ápice.


– Felipa? Felipa? – Vitor me sacudiu.


– O quê? Que foi? – eu estava transtornada.


– Eu que te pergunto – a luz de um abajur fazendo seus cabelos loiros reluzirem ainda mais em meio ao caos desta noite – você estava gemendo e... – ele respirou profundamente – por que você estava sonhando com o João? – CARALHO!


– Eu? Não! – vamos, pensa rápido – Eu esta... Estava me afogando, na verdade alguém estava me empurrando para o fundo – ele parecia não esta caindo na minha – foi terrível – o abracei forte – pensei que iria morrer. – meu corpo estava tremendo por inteiro.


– Esta tudo bem querida – ele engoliu minha história, glória! – eu estou aqui com você, talvez tenha sido a droga dessa noite.


Vitor me abraçou e eu tentei me acalmar, mas aquele sonho parecia ser tão real que ainda podia sentir as marcas da sua pele em meu corpo, fechei meus olhos buscando por imagens simples, como o sol, o céu azul, o mar, a areia, João todo molhado caminhando na minha direção, mas que merda é essa? Vamos lá concentração! Vitor, Vitor, Vit...


– Bom dia! – ele parecia como um daqueles gatinhos fofos buscando carinho.


– Bom dia. – enterrei meu rosto nos travesseiros.


– Vou sair pra correr, então gostaria de saber se quando eu voltar, ainda vou te encontrar por aqui?


– Não posso! – com certeza vai ser aquele drama dos meus pais, por que eu demorei e blá, blá, blá...


– É triste saber que vou lhe ver apenas no próximo fim de semana.


– É triste saber que só vamos nos ver daqui uns quinze dias – ele pareceu confuso – me traga algo bonito de Paris.


– Merda! Eu tinha esquecido completamente.


– Como alguém se esquece de Paris? – me levantei enrolando meu corpo no lençol da cama.


– Você se esqueceu do aniversário do seu avô. – touchê!


– Não vamos comparar! – tentei retrucar.


– Não me diga que você não considera seu avô importante? – por que será que eu odeio quando estou errada?


– Ok.


Não ouve despedida, nem beijo, tão pouco abraço, melhor assim minha história com ele não era baseado em planejar o futuro juntos, mas sim em viver o presente, eu odeio cobranças, meus pais sugam demais isso de mim, eu preciso dizer cada passo que dou e eu sei muito bem, que isto não é superproteção é inchação de saco mesmo.


– Quanto tempo vai durar essa fase louca?


– Eu estava na casa de umas amigas. – dei de ombros.


– Você devia era sossegar e não ficar correndo atrás desse homem, um homem que ninguém nunca viu, não anda se drogando hein Felipa? – abri a geladeira – Responde! – não disse, ô família C-H-A-T-A!


– Eu pensei que você já fosse maior de idade? – João segurou firme na minha cintura beijando meus cabelos – não se preocupe Lilian eu vou ficar de olho na Felipa.


Mamãe tentou parecer gentil, mas sorriu forçadamente para nós dois, embora eu não quisesse está com ele tão próximo de mim, me senti aliviada pelo tormento ter acabado.


– Obrigada!


– Digamos que você esta me devendo – eu sorri me sentindo como antes, sem ninguém para me deixar envergonhada – está sendo complicado não olhar para o decote da sua camiseta. – falei cedo demais.


– Você nasceu assim ou precisou fazer mestrado para ficar tão idiota? – se ele queria sarcasmo então ele teria sua dose diária.


Eu até entendo que ele tentou me elogiar, mas é tão... Isso não faz sentindo, ele vai se casar com outra e mesmo assim, não desiste de querer me enlouquecer. Subi em direção ao meu quarto, ficar um tempo só me faria bem – trocar de roupa e um bom banho me fariam bem – andei em direção a piscina, talvez vovô tivesse algumas respostas para me dar, ele parecia está muito concentrado no seu notebook:


– Porque eu sou a única que esta surpresa com a chegada do João e dos seus pais?


– Há mais ou menos quinze dias Gisele ligou para sua mãe, ela pediu para que a casa fosse limpa, e que sua mãe recebesse alguns objetos de decoração e roupas de cama.


– E porque ninguém me avisou? – cruzei os braços.


– Querida – ele não me olhou nos olhos uma vez sequer, maldita hora em que lhe ensinei a jogar pôquer online – você anda sempre trabalhando e saindo, janta sozinha, acabou não compartilhando da novidade conosco.


– Só fiquei curiosa, eles parecem até que vieram fugindo.


– Não é nada disso, o que se comenta é que o João e garota loira estavam noivos há muito tempo, e depois de muita pressão, ele teve que ceder, como parte da família e amigos dos dois moram no Brasil, eles tomaram a decisão de voltar para realizar os festejos aqui, satisfeita? – ele me olhou por cima dos óculos.


– Sim. – dei de ombros.


– Agora preciso correr só estou com vinte por cento de bateria. – e não é que ele correu mesmo.


Caminhei em direção à piscina, fazia muito tempo que eu não parava para relaxar e tomar um banho de sol. Mexi na água fazendo pequenos círculos.


– Pensando na vida? – ele se posicionou bem ao meu lado.


– Você não tem casa? – me levantei e sequei minha mão no short.


– Tenho, mas preciso que você me devolva algo que deixei no seu bolso outro dia. – tateei minhas mãos pelo bolso da minha jaqueta.


– Aqui está.


…Today I don`t feel like doing anything…


…I just wanna lay in my bed…


– Mas olha só. – no visor a imagem de Nicole de biquíni, era tão patética.


– Vamos lá, entregue. – ele esticou o braço.


– Alô?


– Quem é? – ela parecia confusa.


– Oi Nicole, sou eu a Felipa se lembra de mim?


– Devolve. – João me agarrou.


– Porque você atendeu o celular do João? – nossa ela estava ficando furiosa.


– É uma história engraçada sabe... – nós caímos na piscina e afundamos feito saco de pedras.


– Droga, o que você estava pensando?


– Você iniciou a brincadeira! Se não queria, me ver atendendo uma ligação sua, não esquecesse o seu celular no meu bolso. – passei a mão no cabelo tentando evitar que os pingos da água caíssem no meu rosto.


– Você não mudou nada, ainda continua ridícula e mimada. – suas palavras foram como um soco no meu estômago.


– E você é um lixo! – tentei nadar em direção à borda, mas ele foi mais rápido e me agarrou pela cintura.


– Nós dois sabemos que isso é mentira – seus lábios se aproximaram dos meus e eu pude sentir seu hálito doce – repita agora que eu sou um lixo!


Meu coração havia parado isso poderia ser possível? Seus lábios tocaram os meus e não foi como o nosso primeiro beijo – foi melhor – ele era gentil, eu senti sua língua explorando minha boca sensualmente – prolongando o toque, o prazer, me fazendo reviver uma lembrança há anos perdida – seus braços apertaram meu corpo tão próximo ao seu, eu podia sentir tudo voltando, cada sentimento reprimido, cada olhar esperançoso, cada lágrima derramada quando ele se foi, é isso mesmo que você quer Felipa? O João vai casar e não vai ser esse beijo que vai impedir este fato.


– Você é um lixo. – minha voz estava entrecortada, juro que não queria chorar, mas foi impossível.


– Eu sei que você gostou.


Pois é, eu havia gostado, mas também não era motivo para continuar, subi as escadas da piscina e corri para os fundos da casa, meu corpo estava pesado, talvez fossem apenas as minhas roupas molhadas, meus batimentos cardíacos pareciam estar se normalizando, fui para área de serviço e tirei toda a roupa, me enrolei em uma toalha e embora eu sentisse que pudesse desabar me movi sobre as escadas numa velocidade absurda.


Escovei meus dentes – eu estava desesperada – sinceramente eu acreditava na hipótese de que o gosto do beijo dele sairia de mim, eu gosto da minha vida do jeito que está e eu não preciso do João de volta, mas por que é tão fácil acreditar que tudo pode ser como antes? Que essa talvez seja a minha chance de continuar de onde paramos.


 



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Autor(a): hevapaula_

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • virna Postado em 18/09/2016 - 03:18:58

    Continua! Historia bem legal!

  • hevapaula_ Postado em 28/06/2016 - 20:39:47

    Manuh Ucker já atualizei novos capítulos, não tinha comentários antes por isso parei

  • Manuh Ucker Postado em 16/06/2016 - 03:15:43

    Vai continuar?


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