Fanfics Brasil - 5. Dia a dia Eu odeio amar você

Fanfic: Eu odeio amar você | Tema: Original


Capítulo: 5. Dia a dia

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Trum... Trum... Trum...


O despertador do meu celular funcionava no modo vibratório, não gostava de ser acordada com algum barulho inconveniente, como pode ser tão cedo? Eu tinha acabado de ir dormir, se não soubesse o horário que eu tinha ido me deitar não acreditaria que estive dormindo por nove horas seguidas, porque será que quanto mais eu durmo, mais sono eu tenho? E mesmo morrendo de preguiça me levantei, hoje era dia de trabalho – que eu odeio, para enfatizar! – apesar de ter graduação em publicidade, arranjar trabalho é difícil, o mercado exige experiência, mas se você tem um bom currículo eles não aceitam, pois não necessitam de pessoas com vício do emprego anterior, é complicado querer vencer profissionalmente nos dias atuais, por sorte papai se apiedou de mim, não é o melhor trabalho do mundo e o que importa é que estou conseguindo sobreviver, criei uma poupança ano passado com o objetivo de estudar fora do país, bem, eu irei viajar para onde o meu dinheiro der, provando a todos que eu sou responsável e posso me cuidar sozinha.


Cheguei cedo para trabalhar como sempre faço, tomei meu café da manhã conferindo os arquivos do dia, contas para arquivar, arquivos para colocar no Excel – é eu sou a garota dos arquivos, aquela que tira cópias e impressões – no entanto quase ninguém vem a minha minúscula sala então aproveito parte do dia para ficar na internet com meus amigos, afinal eu mereço ser filha do dono não tem nenhuma vantagem, ganho um salário mínimo, indigno de alguém com um diploma como o meu – fiz vários cursos me aperfeiçoei tanto para ser um quebra galhos – raramente vejo a luz do sol – sem janelas – e quando o ar condicionado quebra é como estar no inferno.


– Juro que não acreditei quando me contaram que você trabalha aqui. – eu estava sentando no chão organizando alguns papéis de pagamento de despesas e fornecedores.


– Você esta me seguindo?! – falei com um dos papéis preso a minha boca.


– Eu vou trabalhar com seu pai é uma boa oportunidade já que estou passando essa temporada pela cidade – ele me observou ali sentada no chão e eu me senti tão envergonhada que me levantei rapidamente – isso é um castigo?


– Castigo? É o que paga a minha fiança. – tentei fazer piada, porém não funcionou e eu desejei ser um avestruz, não eu queria ter uma pá e cavar um buraco agora nesse chão e me enterrar para sempre, já basta ser chamada de incompetente pelos funcionários do meu pai agora eu teria o João para fazer o mesmo.


– Tenha um bom trabalho.


Ele não me deu tempo para lhe desejar o mesmo e na verdade tudo o que eu mais queria era sumir do planeta depois desse encontro, no restante do dia evitei caminhar pelos corredores, almocei dentro da minha sala com a porta trancada, aproveitei para tirar um cochilo com a cabeça apoiada no meu travesseiro secreto – eu matinha escondido na última gaveta do ficheiro, no fim dos arquivos de pagamentos – e sendo sincera eu não via a hora de chegar o fim do expediente. Eu já estava girando a chave do meu carro quando meu pai bateu algumas vezes no vidro:


– Oi!


– Amanhã você começa a trabalhar para o João. – pisquei algumas vezes confusa.


– Como é? – me remexi no banco do carro.


– Ele esta precisando de uma assistente e como o seu trabalho não leva o dia todo, você pode ajudá-lo.


– Mas... – ele deu meia volta e seguiu caminhando em direção ao seu carro, não me dando uma alternativa para uma contra proposta.


Percebi que não estava indo para casa quando cheguei ao apartamento do Vitor, ele me deixou com as chaves para entregar a diarista, deitei em sua cama, enterrando meu rosto no roupa de cama, buscando sentir o seu cheiro e entender de uma vez por todas que somente aqui eu estou confortável e segura


Trim... Trim... Trim...


CARALHO!


– Oi! – tentei manter a calma.


– Onde você está? – Laura parecia um cão farejador.


– Estou na fila do cinema e não sei que horas vou voltar.


– Certo era só pra avisar que vamos jantar na casa do João. – ótimo faça isso, aproveite e tente conquistá-lo.


– Eu vou jantar no shopping. – me virei na cama, tentando encontrar uma posição melhor para ficar.


– Ok tchau.


Não sabia o que fazer, meus pensamentos estavam incoerentes, tudo parecia estranho, difícil de processar e quando se está só parece que as coisas pioram, comecei a andar de um lado para o outro, Vitor tinha um espelho gigante entre a sala e o quarto, me observei por um instante, talvez eu devesse começar uma dieta, eu nunca fui gorda, mas do jeito que continuava comendo chegaria aos cem quilos rapidamente, eu vestia uma legging por baixo do vestido, nesse caso calcei meus tênis de corrida e peguei uma camiseta emprestada no guarda roupa do Vitor, quem sabe uma hora de caminhada me fizesse bem? Coloquei meus fones de ouvido e tentei me concentrar na música.


E quando eu estiver triste...


Simplesmente me abrace,


Quando eu estiver louco...


Subitamente se afaste,


Quando eu estiver fogo...


Suavemente se encaixe.


Trim... Trim... Trim...


– Como está minha criança? – ouvir sua voz me deixou tão confortável comigo mesma.


– Com saudades! – eu estava fazendo birra – como foi seu voo?


– Foi como ir para cama com você, um pouco turbulento. – gargalhei, chamando a atenção de alguns senhores que passaram por mim.


– Eu espero que nenhuma aeromoça tenha aproveitado da situação.


– Talvez meu cinto tenha sido checado além do necessário. – seu tom de voz soou em um tom grave.


– Hoje eu estive no seu apartamento, sua cama é tão fria e sem vida. – entrei no seu jogo.


– Felipa entenda que para mim é muito difícil tentar retornar ao Brasil ao mesmo tempo em que acabo de chegar à França.


– Tudo bem eu terei paciência, se me comportar quem sabe eu ganhe um presente.


– Sim, eu serei o seu presente. – uma risada divertida foi tudo o que eu ouvi.


– Por favor, nada de embrulhos, me basta uma fita vermelha.


– Querida, eu preciso dormir, e não ser tentado uma hora dessas. – gargalhei.


– Descanse, trabalhe muito e quando voltar eu estarei aqui. – fiquei em silêncio.


– Também estou sentindo sua falta.


– Até logo.


– Tchau. – em nossas despedidas a emoção, não existia, agíamos como duas pedras de gelo dentro de um copo vazio.


 



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Autor(a): hevapaula_

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– O que você pensa esta fazendo? – ele encostou-se ao lado da porta. – Trabalhando oras. – continuei arquivando os papéis. – Esqueceu que a partir de hoje você trabalha para mim? – homens bonitos não deveriam sorrir nunca, é golpe baixo, me deixam sem... Como é a palavra? Maldição, me ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • virna Postado em 18/09/2016 - 03:18:58

    Continua! Historia bem legal!

  • hevapaula_ Postado em 28/06/2016 - 20:39:47

    Manuh Ucker já atualizei novos capítulos, não tinha comentários antes por isso parei

  • Manuh Ucker Postado em 16/06/2016 - 03:15:43

    Vai continuar?


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