Fanfics Brasil - 6. Valor de mercado Eu odeio amar você

Fanfic: Eu odeio amar você | Tema: Original


Capítulo: 6. Valor de mercado

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– O que você pensa esta fazendo? – ele encostou-se ao lado da porta.


– Trabalhando oras. – continuei arquivando os papéis.


– Esqueceu que a partir de hoje você trabalha para mim? – homens bonitos não deveriam sorrir nunca, é golpe baixo, me deixam sem... Como é a palavra? Maldição, meu cérebro travou completamente.


– Trabalhar para você? – olhei em seus olhos e logo depois o ignorei – só se me pagarem o dobro.


– Eu aumento seu salário. – me levantei rapidamente batendo as mãos uma na outra.


– Se for assim então estou dentro.


– Vou aumentar dez reais.


– Opa! Desisto. – levantei as mãos em desacordo e voltei aos arquivos.


– Você aceitou e sequer esperou que eu concluísse minha frase. – ele acabava com a graça de tudo com esse sorriso irônico?


– Eu disse que iria trabalhar para você, se eu ganhasse em dobro! Não seja cínico.


– Certo que tal duzentos reais? – propôs.


– Seiscentos? – cruzei os braços.


– Quatrocentos? – foi sua contra proposta.


– Mil reais? – me sentei, tentando checar algo importante no computador, só para ganhar tempo.


– Eu não sou idiota, por um aumento desses, você teria que dormir comigo.


– Então vá à busca de alguém que faça o serviço por menos e que vá para cama de graça. – desdenhei.


– Tudo bem, mil reais, negócio fechado – me coloquei de pé, peguei a minha bolsa e esperei para seguir até a sua sala, mas ele continuou parado em frente à porta, me impedindo de sair.


– Eu pagaria muito mais, você é a única aqui, capaz de me levar a ruina.


Esse homem havia mudado, não era aquele que matinha à distância quando eu estava por perto e nesta brincadeira de gato e rato, eu que estava ferrada! Concentrei-me nas tarefas que uma secretaria pessoal fazia, vale ressaltar que o João me demonstrou da forma mais fácil e sem rodeios, eu tinha que lhe ajudar com os seus horários, agenda, passar e-mails, passar para o computador tudo o que ele me ordenasse e lhe seguir aonde quer ele fosse – essa parte é ridícula – a princípio foi incômodo está o tempo todo com ele, mas como nada aconteceu, relaxei afinal era apenas trabalho.


– Sentimos sua falta no jantar, estava com o modelo? – falei cedo demais, decidi fingir que não escutei – Nicole viajou – e eu com isso? – foi visitar a família no Mato Grosso e entregar os convites do nosso casamento – senti minha garganta se fechar, mas continuei digitando – em três meses estarei viajando novamente para Londres.


– Que bom. – nem sei por que disse aquilo, mas foi o melhor que consegui pensar.


– Você pensa em se casar? – eu sempre mantive uma boa resposta para esse tipo de pergunta, mas o João conseguia manter essa conversa num tom melancólico.


– Não. – permaneci evasiva.


– Você não tem planos? – soltei o teclado e girei na minha cadeira.


– Qual é o seu problema, está trabalhando disfarçado para polícia?


– O que é te custa responder uma simples pergunta como uma pessoa normal? – seu tom de voz se alterou.


– Não existe nada de normal na nossa convivência. – não queria ter que enfatizar o fato dele ter me beijado há poucos dias e fingir amnésia.


– Foi apenas curiosidade, gosto de interagir com as pessoas que trabalho, saber o que lhes dá prazer...


– Eu penso em estudar fora do país, satisfeito? – o interrompi nervosa, depois voltei a encarar o computador.


– Então vai largar o modelo?


– O que você espera? Que eu conte tudo sobre a minha vida? – me irritei – Isso aqui é trabalho e não uma consulta com um analista.


– Desculpe – ele afundou no sofá – a última vez que eu te vi, você era uma garota de cabelos compridos e apaixonada por mim – dei de ombros – agora que nos reencontramos eu não consigo te reconhecer.


– Todos mudam você também mudou – mantive meus olhos fixos na tela – antes gentil e adorável, agora cínico, estranho, artificial, esnobe. – chequei o relógio já estava no meu horário, me levantei e peguei minhas coisas para ir embora.


– Você só não mudou em um detalhe não consegue sustentar o meu olhar por muito tempo – seu corpo estava tão próximo do meu, João chegava a ser mais alto do que eu, sua figura imponente fazia meu corpo gelar – vai ser difícil dizer adeus de novo – sua mão percorreu em torno do meu maxilar – eu gosto dessa nova Felipa, eu gosto de como você me despreza mesmo sabendo que esta afim. – eu não sabia se respirava, se chorava se gritava com ele, eu não sabia de nada.


– Até amanhã.


Minhas pernas estavam tão moles que pensei que fosse desabar, nunca passou pela minha cabeça que um dia arranjaria forças de onde não tinha para continuar caminhando como se nada tivesse acontecido – João vai se casar – repeti isso para eu mesma umas mil vezes, o que um homem que está prestes a se casar quer de mim? Que eu seja o seu presente de despedida de solteiro? Francamente eu não iria aceitar! Quem ele pensa que é? Vai me usar e depois ir embora e eu que fique aqui sofrendo, não isso não vai acontecer novamente.


Dirigi o caminho de volta para casa inquieta, não conseguia parar em uma estação de rádio, ficava zapeando entre elas meu pé friccionava no assoalho do carro, preciso de uma bebida e agora, quando cheguei em casa fui direto para o bar, coloquei uma dose de vodka no meu copo, engoli de uma vez só, como se estivesse bebendo água:


– Começou foi cedo hein? – Laura já estava me encarando posicionando sua mão na cintura, seus cabelos compridos possuíam um tom avermelhado na luz artificial.


– Eu estou precisando, por pouco não atropelei um pedestre.


– Mas como? Você esta bem? Não me diga que atropelou e fugiu? – ela se aproximou.


– Por favor, eu não atropelei ninguém – é nisso que dá mentir – foi tudo muito rápido o sinal estava verde para mim, e o cara teimou em correr, mas deu tudo certo, nada aconteceu. – com meu nervosismo ali diante dos seus olhos, é claro que ela acreditou na minha história.


– Aproveitando que você esta meio tensa, tenho uma notícia incrível para te contar, dona Gisele me chamou para fazer uma festa de boas vindas e comemorar o noivado do João e da Nicole, o que você acha?


– Mas que boa notícia. – bati palmas.


– Não é? – eu estava sendo irônica, mas ela não entendeu e se empolgou mais ainda – e adivinha quem vai cuidar da decoração?


– Você? – não era surpresa, acho que ela deve ter implorado por isso.


– Veja a decoração que eu criei, nossa vai ficar tão lindo. – Laurinha era muito boa com festas e acredito que todos vão gostar do seu trabalho, principalmente os noivos.


 



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Autor(a): hevapaula_

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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A semana passou voando, trabalhar com o João estava exigindo de mim um autocontrole que jamais pensei em ter, a festa seria nesta sexta-feira e eu ainda não tinha um vestido em minha mente, quando cheguei ao meu quarto encontrei uma saia de veludo com uma fenda na lateral da coxa, uma camisa de seda e meus sapatos dourados sob a cama: "Tenho certeza que n&atil ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • virna Postado em 18/09/2016 - 03:18:58

    Continua! Historia bem legal!

  • hevapaula_ Postado em 28/06/2016 - 20:39:47

    Manuh Ucker já atualizei novos capítulos, não tinha comentários antes por isso parei

  • Manuh Ucker Postado em 16/06/2016 - 03:15:43

    Vai continuar?


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