Fanfic: Os Cinco Selos | Tema: RPG
Aiken e Lua finalmente puderam ver a luz do dia novamente.
O fim da caverna se deu nas ruinas do que um dia já foi uma arena. No que restou da arquibancada, estavam alguns canibais. Em uma parte mais alavancada, estava o líder dos canibais em uma espécie de trono – muito mal feito, por sinal. Diferente de seus súditos, sua máscara era de um lado de pele e o outro de um tecido preto. Com o manejar de mão de seu líder, dois anões correram até dois gigantes tambores e começaram a tocá-los em um ritmo contínuo. Houve o barulho de correntes, e a parede do outro lado da arena começou a deslocar-se para cima. De lá, saíram quatro canibais altos e musculosos que cobriam o rosto com a máscara de tecido preto. Cada um deles segurava uma arma: espada de dois gumes, alabarda, machado de guerra e uma maça pontiaguda.
– Somos entretenimento – disse Aiken, sacando suas espadas negras.
– Meus pais sempre me ensinaram que brincar com a comida é feio – Lua brincou, girando sua espada curva.
Aiken disparou em corrida pela direita, e dois dos mascarados fizeram o mesmo. O canibal que empunha uma espada foi o primeiro a atacar, e com um golpe direto e pesado. O Selo da Fome bloqueou o ataque cruzando suas katanas, e, ao perceber que o canibal do machado de guerra estava o flanqueando, imediatamente soltou para trás o mais longe que conseguiu.
Insatisfeito, o canibal da espada rapidamente alcançou o Selo e começou uma sequência intensa de golpes com a espada, onde Aiken não conseguia fazer nada além de bloquear esquivar. A sequência de golpes terminou com Aiken sendo atingido por um chute no estômago, fazendo-o sair rolando pelo chão. De imediato, Aiken se colocou de pé e olhou o canibal do machado saltar em sua direção.
Praguejando mentalmente, ele decidiu seguir a linha prateada.
Aiken saltou girando o corpo.
O canibal descia, enquanto o Selo subia.
A lâmina do machado talhou superficialmente o braço esquerdo do Aiken, entretanto metade da lâmina esquerda do Aiken transpassou horizontalmente o torso do homem e a katana direita – graças ao giro – cortou metade da cabeça.
Admirando a brutalidade, os canibais que assistiam a luta entorpeceram-se.
Não muito distante, Lua encarava seus adversários. O da alabarda foi o primeiro a partir ao ataque, e ela também avançou. Quando estavam próximos, Lua deslizou no chão, passando por baixo das pernas do homem. Contudo, o canibal que segurava a maça veio logo atrás, desferindo um ataque de cima para baixo. Colocando sua espada na horizontal, Lua bloqueou o pesado golpe, mas o canibal ainda pressionava a maça contra ela.
Raios verdes dançaram pelo corpo da Lua, fazendo-a abrir um sorriso.
– Delírio – ela sussurrou.
Os raios verdes tomaram o corpo dela e ela sumiu, reaparecendo acima do canibal. Ainda no ar, Lua desferiu um golpe largo com sua espada, decapitando o homem com um só golpe. O corpo caiu no chão e cabeça rolou, e Lua pousou em cima do morto.
– Finalmente a droga parou de surtir efeito.
Ela escutou os canibais que assistiam gritarem em êxtase. Lua olhou para o Aiken, e o viu no ar caindo abertamente para um canibal que empunhava a espada.
Preciso ajudá-lo. Delírio.
Os raios verdes novamente dançaram pelo corpo da Lua, fazendo-o a sumir em seguida. Graças a isso, o canibal da alabarda errou o ataque e cravou a lâmina no corpo morto de seu parceiro.
Lua reapareceu pousando em cima da cabeça do canibal que utiliza a espada.
– Vamos trocar! – disse para Aiken.
Ela colocou a espada deitada um pouco acima da cabeça, e Aiken utilizou como chão para atirar-se em direção ao canibal da alabarda.
Enquanto estava no ar, Aiken atirou sua katana esquerda em direção ao seu inimigo. Não esperando por isso, o canibal teve que usar a alabarda para brandir contra a espada, dando brecha o suficiente para o Selo perfurar o coração dele com a katana direta.
Lua saltou para o solo. Ela sorriu e provocou o canibal gesticulando com os dedos para ele atacar, e foi o que ele fez. O canibal seguro o cabo da espada com as duas mãos e atacou, mas cortou o ar. Lua se teletransportou para trás do canibal e o decapitou em um golpe.
Os espectadores se silenciaram.
Aiken se aproximou da Lua, que retirava o sangue de sua lâmina.
– Entendi porque sua espada é curva – comentou Aiken. – Para facilitar na decapitação, certo?
– Exato.
Houve o ressoar de trombetas – os anões a tocavam. Lua e Aiken perceberam a tensão vindo das arquibancadas.
Junto com o barulho de correntes, a parede começou a levantar novamente, mas antes que fosse aberta por completa, um demônio gigantesco a quebrou. A aberração andava sobre quatro patas. Suas orelhas eram pontiagudas; seu nariz era apenas dois orifícios; seus dentes eram podres e tortos; tinha olhos totalmente negros; e sua pele era cinzenta e enrugada.
– Lyu, acho melhor irmos agora – Lua disse.
Quando olhou para ele, percebeu que Aiken fintava a criatura com um sorriso sádico.
Aiken sentiu algo estranho ao ver aquela aberração, como se fosse um desejo de.., devorá-lo.
Lua viu a íris de cada olho do Aiken começarem a cintilar. As chamas prateadas tomaram o corpo dele, e ela teve que se afastar um pouco. O selo da Fome flexionou os joelhos – suas katanas negras já estavam em punho.
– Espere! – pediu Lua, inutilmente.
Aiken avançou para cima do demônio em uma velocidade que surpreendeu Lua. A monstruosidade tentou pisar no Selo, mas Aiken desviou para a direita com um salto – o chão se fragmentou com o impacto. Com as katanas envolto em chamas prateadas, Aiken girou o corpo e cortou a espessa pata dianteira esquerda do demônio. A criatura berrou enquanto litros de sangue coloriam o chão.
O selo da Fome não parou por aí. Avançou até a perna esquerda traseira e a cortou também, fazer o demônio tombar no chão enquanto berrava de dor e sangrava muito. Aiken subiu e cravou suas duas lâminas no pescoço da aberração, descendo até o chão rasgando-o e silenciando-o.
As chamas prateadas em Aiken apagaram-se.
Lua não sentiu medo ao ver aquela cena, sentiu admiração. Vê-lo acabar com um demônio daquele tamanho tão rápido fez seu coração bater mais rápido.
Quando olhou para o lado, Lua viu que os canibais restantes estavam indo atacar Aiken, e ele já estava pronto para atacá-los. Os raios verdes envolveram o corpo dela.
Aiken se surpreendeu quando a Lua se materializou em sua frente.
– Vamos embora daqui – ela disse, colocando a mão esquerda no rosto dele e puxando-o para selarem os lábios.
Os raios verdes que percorriam no corpo dela começaram a percorrem em Aiken também, então sumiram.
Quando Aiken abriu os olhos, encontrou os olhos azuis de Lua... e diversos demônios atrás dela.
– Para onde cê nos levou? – ele perguntou.
– Arcádia.
– A cidade livre de demônios?
– Isso.
– Pode crê. Então... aquilo é...? – Aiken apontou com a cabeça.
Lua olhou por cima do ombro e viu diversos demônios de costas para os dois. Ela voltou seus olhos, agora arregalados, para o Aiken e deu uma risada nervosa.
– Talvez me teletransportar te beijando me fez pensar em... coisas... além do reino, o que acabou me desconcentrando e trazendo nós aqui – explicou, sorrindo.
– Ah.
Chamas verdes que incineravam os demônios começaram a vir em direção aos dois. Rapidamente, Aiken puxou Lua para trás de si e postou suas katanas envolto em chamas prateadas a frente. Um pesado machado vermelho brandiu contra suas lâminas, fazendo-o deslizar alguns centímetros para trás. Aiken observou a mulher ruiva e de olhos verdes a sua frente.
Chamas verdes e prateadas se entrelaçavam.
Aiken e Pietra se encaravam com olhos semicerrados.
– Eu te conheço? – perguntaram um ao outro, ao mesmo tempo.
Continua :p
Curiosidades:
Canibais: o canibalismo ganhou força com a ascensão do Bahamut. Bahamut não só destrói a raça humana, mas também destrói qualquer outro ser e habitats – graças ao seu poder de destruição –, criando assim, um desequilíbrio na cadeia alimentar. Com sua alimentação comprometida, os animais têm que se adaptar de alguma forma, e algumas espécies acabam aderindo ao canibalismo, assim como os humanos, e o desiquilíbrio só aumenta.
Autor(a): TioArcanjo
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Pietra Entre o frio de congelar os ossos, a quente e intensa bola de chamas verdes caia em direção a espessa neve. Quando tocou o solo, a neve em amplo raio se derreteu, demonstrando o chão de pedra em que ali jazia. A neve caia intensamente, transformando tudo além do que as chamas da Pietra tocaram em um mar branco. Não demorou ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 4
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TioArcanjo Postado em 15/11/2016 - 20:41:00
Yo... Bem, desta vez, irei utilizar o coment para agradecer... AGRADECER MEUS 1OK FUCKINGS VIEWS Obrigado você que está acompanhando essa história... a história de uma pessoa que nunca se imaginou fazendo isso. Quando comecei a escrever essa merda, nem imaginava que chegaria a 1k... Quem imaginaria que alguém que criava essa historia enquanto dormia viraria isso? Enfim, vocês me fizeram acreditar... e, eu acho, que estou conseguido agradar vocês com meus capítulos... Porque né, essa é a unica função desta história... fazer vocês se distraírem com o mundo lá fora. MUITO OBRIGADO POR ESTAR LENDO A MERDA DESTA HISTÓRIA... AMO VOCÊS, SEUS LINDOS E CHEIROSOS <3
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TioArcanjo Postado em 16/09/2016 - 22:18:08
Yo, estou aqui apenas para falar para vocês lerem a fanfic "Gastyer"... Admito, ela é de um amigo meu... Mas é foda! Se quiser saber sobre o que é... vai lá para saber, preguiçoso #Dica do Tio
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TioArcanjo Postado em 01/07/2016 - 20:41:55
Yo, alguns dias atrás, quarta para ser mais exato, um cara que curti minha história fez uma canção como homenagem: https://fanfiction.com.br/historia/697475/Minhas_Cancoes/capitulo/12/. Entra ae, ficou da hora mesmo, mas não vê só essa, tem outras canções que você vai curtir também, aposto. Obg por terem lido! Fiquem com Buda e não usem drogas! ;)
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TioArcanjo Postado em 24/06/2016 - 20:19:48
Finalmente atingimos a marca de mil views em um site (fanfics brasil)! Ao total de todos o sites que eu posto são 2574 views. Para minha primeira fanfic ta bom tilmais *-* Só queria agradecer a vocês que estão acompanhando minha história até aqui, a cada views que vocês me dão. É uma coisa maravilhosa saber que tem gente que gosta da sua história, isso me motiva a cada vez mais estar melhorando a forma de minha escrita. Nunca pensei que uma história que simplesmente ficava apenas imaginando na minha cabeça, fosse chegar a tal. Enfim, muito obrigado por estar lendo essa história... a minha história! Obg por terem lido! Fiquem com Buda e não usem drogas! ;)