Fanfics Brasil - Capítulo 196 - Devorador de Almas Os Cinco Selos

Fanfic: Os Cinco Selos | Tema: RPG


Capítulo: Capítulo 196 - Devorador de Almas

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Uriel observou o anjo caído sendo engolido pelo turbilhão de almas e sentia seu poder crescente. Pelo jeito, não conseguirei guardar forças para uma possível batalha futura, ela pensou.


Subitamente, o turbilhão se dissipou em uma forte onda de energia.


O corpo de Azrael estava completamente imbuído em almas azuis, que ondulavam, entrelaçavam-se e gemiam em agonia. Seu rosto, até então oculto, era etéreo, emanando um forte brilho azul; e seus longos cabelos de energia ondulavam levemente. As lâminas de sua foice foram completamente incorporadas por uma luz branca-azulada.


Ele ergueu a foice e arremessou com ímpeto em direção a Uriel, que rolou para o lado, porém fora arremessada pela força gerada do impacto contra a parede. Azrael imediatamente recuperou sua arma e avançou, girando-a e atacando, alternando-a entre suas mãos. A arcanjo, com dificuldades, mantinha sua guarda alta, aparando todos os golpes seguidos, mas sendo cada vez mais pressionada para trás e sem chances de contra-ataque. No entanto, um dos ataques a desestabilizou, e próximo golpe do anjo caído veio com força, atingindo-a no centro do torso, com a lâmina penetrando na armadura até sua carne. Uriel grunhiu e moveu sua espada para contra-atacar, mas Azrael a ergueu e jogou para o outro lado do salão.


A anjo rolou pelo chão e se pôs de pé, observando rapidamente o sangue fluindo do rasgo em sua armadura prateada.


— Falso-vidro — ele dizia —, um minério poderoso para forjar lâminas. Contudo, também não esperava que iria penetrar na armadura de um arcanjo tão facilmente.


— Essa informação seria útil caso eu tivesse perguntado.


— Unf. As palavras desnecessárias dos Selos já culminam em sua mente?


— Talvez.


A névoa gélida tomou conta da espada da Uriel, e ela disparou um corte revestido pelo frio. Azrael concentrou as almas na foice e disparou em direção ao corte, dissipando-a em uma explosão álgida.


Uriel ergueu o olhar e viu o anjo caído caindo em sua direção. Ela se jogou para o lado, e a lâmina se cravou no chão violentamente. Azrael concentrou as almas e rasgou o solo de dentro para fora, lançando um turbilhão de almas e detritos. Uma parede de gelo se ergueu no momento seguinte, estilhaçando-se em fragmentos cintilantes com o impacto. Azrael rompeu em meio aos estilhaços e moveu a foice, porém Uriel se preveniu a tempo revestido a região de impacto com seu gelo, sendo assim apenas arremessada sem sofrer danos.


Não queria chegar a isto, mas..., ela pensava, só irá durar poucos segundos.


A arcanjo Uriel ergueu sua espada até sobre a cabeça e vociferou:


Desabroche, Flor do Inverno!


O broto em forma de guarda-mão da espada desabrochou em uma linda flor, emanando uma poderosa nevasca, assim como o próprio corpo de Uriel. O chão sobre ela começou a se congelar, e poucos segundos depois o salão fora completamente dominado pelo gelo. No entanto, Azrael, envolvidos pelas almas, continuava imaculado.


Como?! — ela indagou.


— Ah, Uriel... — ele riu. — Quer algo mais frio do que o toque da morte?


— Tsc.


Cerrando os dentes de fúria, Uriel abaixou a espada, lançando um corte revestido pelo gelo. Azrael deu uma pirueta — o corte rasgou e congelou o solo a centímetros dele — e jogou sua foice, que girou no ar em direção a anjo. Com o bater do pé dela, um espesso muro de gelo se ergueu, e a lâmina se cravou nele.


Quatro pilares gélidos emergiram ao redor do anjo caído e, subitamente, estacas a partir deles se formaram em sua direção. Azrael concentrou as almas em seu corpo e a dissipou em uma explosão, propagando-as pelo salão, obliterando as estacas e os pilares. Ele voou até a foice e quebrou o muro com força bruta, investido contra a anjo. Uriel desviou o ataque com sua espada, mas fora contra-atacada com uma cotovelada no rosto. Ela de um passo para trás, e a lâmina da foice passou assobiando próximo ao rosto. Com a espada, estocou, mas o anjo caído segurou a lâmina com a mão e, ao mesmo tempo, abaixou a foice. Do chão, dois pilares gélidos emergiram e pararam o movimento da foice. Então, imediatamente, Azrael soltou a lâmina e acertou um pontapé na altura da ferida da Uriel, arremessando-a. Ela está mais lenta, pensou ele.


Uriel parou quando chocou as costas contra a parede. Sua bochecha esquerda começou a ser tomada pelo gelo. Concentre-se, pensava ela enquanto o gelo parava de se impregnar, concentre-se. Não posso ser dominada pelo meu próprio poder.


— Entendo. Então nem você consegue suportar o próprio frio. A névoa que você exalava serve mais para igualar sua temperatura com a nevasca da espada do que para intensificá-la. — O Dedo ergueu a foice e começou a girá-la, concentrando as almas. — Necessita de concentração para isso. Consequentemente, dificulta sua movimentação.


— Não preciso me mover tanto. — Ela sorriu.


Com o punho que segura a espada, Uriel bateu contra a parede, e um pedaço irregular de gelo cresceu na área perto do anjo caído, atingindo-o em cheio. Ela bateu o pé, e outro pedaço irregular surgiu, porém do solo, e acertou novamente o anjo, arremessando-o para cima. Ainda no ar, Azrael recuperou-se com as asas e partiu para o contra-ataque. Estacas pontiagudas e outras espessas começaram a emergir do solo e das paredes, impossibilitando o avanço direto dele e causando alguns cortes e impactos. Este terreno é dela, pensou. Repentinamente, Azrael subiu aos céus.


Tenho que matá-lo antes que o florescer acabe, pensou Uriel, preparando-se para erguer voo. A qualquer custo. Então subiu no encalço do traidor.


Azrael deixava um rastro azul de almas no ar, enquanto Uriel congelava o ar ao seu redor e fazia pequeno fragmentos cintilantes de gelo cair.


A foice desceu e a espada subiu, encontrando-se em um poderoso impacto cintilante, gélido e ressoante, colorido ainda mais o céu negro. Os dois começaram a trocar golpes com as lâminas de maneira lenta, porém muito poderosa. A cada encontro, porém, a velocidade do ataque era continuamente aumentada.


Sentido que o frio estava tomando conta de seu corpo, Uriel desviou do último golpe e subiu, voltando a sua concentração. Azrael, porém, não queria que ela conseguisse isso, logo avançou e continuou a sequências de ataques. Eles se moviam pelo ar, alternando os golpes enquanto subiam, desciam e planavam. Quando se afastavam, Uriel disparava cortes revestidos pelo gelo e o Azrael lançava cortes revestidos pelas almas, e as forças se anulavam em explosões cintilantes.


Ora, em um determinado momento, Uriel perdeu o controle sobre seu voo e começou a cair. Ao olhar para as asas, percebeu que boa parte das penas estavam congeladas. Voltando o olhar o anjo caído e arregalou os olhos ao vê-lo descendo em sua direção absorto em almas, preparando-se para o que poderia ser o golpe final. Ela olhou para a espada e depois para a superfície, calculando o tempo de queda. Fechou os olhos e inspirou fundo.


No momento certo, Uriel girou o corpo atingiu o solo com os pés. Subitamente, uma montanha de gelo irrompeu do salão em direção aos céus, atingindo grandes proporções. Azrael, dada sua velocidade de queda, não conseguiu frear a tempo e chocou-se contra a montanha em um impacto poderoso que gerou tremores. Não obstante, a montanha gélida continuou crescendo, recuperando as partes estilhaçadas e engolido o Dedo por completo.


Uriel estava agachada com um joelho tocando o chão e com as mãos repousadas na espada, que estava encrustada. A flor não mais emanava o frio. Seu braço esquerdo estava completamente congelado, assim como uma parte do torso, a coxa esquerda e com uma fina película subindo pelo pescoço até as bochechas. A cada respiração pesada, fumaça exalava da boca.


Com esforço, ergueu-se. A montanha álgida surgiu a partir de seus pés, deixando-a em uma espécie de cúpula.


— Essa batalha fora intensa — disse em um sussurro.


Sons de estalos.


Em seguida, o gelo se estilhaçou em uma forte explosão de almas, que gritavam em agonia. Estilhaços finos e cintilantes gélido caíam no ar como uma chuva em meio a fumaça fria.


Uriel apertava suas costas contra o muro que sobrou da cúpula, assustada. Com os olhos arregalados, seguiu o rasgo no chão, que estava a mínimos centímetros dela, e observou a foice encrustada na parede.


No início do caminho feito pela foice, encontrava-se Azrael, caído no chão de quatro com o lado esquerdo do seu corpo completamente tomado pelo gelo.


Ao vê-lo, Uriel não pensou duas vezes. Ela se esticou até a sua espada a desincrustou do chão, avançando em direção ao anjo caído para finalizá-lo.


Azrael esticou o braço direito com os dedos da mão abertos.


 As runas se acenderam nas lâminas da foice e ela se desprendeu da parede.


A arcanjo não percebeu a foice voltando em sua direção, assim tendo seu braço esquerdo estilhaçado. Uriel gemeu de dor, largou a espada e caiu de joelhos levando a mão no cotoco, sentindo o sangue quente escorrer por entre os dedos.


A foice voltou para a mão de seu portador, que a utilizou como apoio para conseguir se colocar de pé. Com esforço na voz, Azrael disse:


— Erga-se, Uriel. Ainda não acabamos.


Ela fez uma camada de gelo sobre o ferimento, estancando o sangue. Cerrando os dentes de dor e fúria, pegou de volta a espada e encarou, com frieza, o anjo caído.


Os anjos berraram e investiram com dificuldades na movimentação.


Espada e foice se encontraram. As lâminas deslizaram uma sobre a outra soltando faíscas. A foice desceu e a espada subiu, encontrando-se novamente, em um alto ressoar metálico. Uriel forçou sua lâmina, jogando a do inimigo para o lado. Em seguida, acertou o anjo caído com os ombros, desequilibrando-o, e estocou. Utilizando seu pé congelado como apoio, Azrael conseguiu desviar por pouquíssimo da estocada, e contra-atacou golpeando com a foice. Uriel agachou, desviando, e colocou-se de pé enquanto se afastava de maneira cambaleante.


Azrael, porém, continuou girando e atacando com a foice. Uriel manteve a guarda alta, aparando muito bem cada um dos golpes. Habilmente, ela desviou a lâmina para o solo e pisou na haste para incrustá-la. Ela agarrou o punho da espada com força e golpeou. Contudo, Azrael acertou-a com o seu braço esquerdo congelado, estilhaçando-o, mas impedindo o golpe final. Não esperando por isto, ela se desequilibrou, dado passos débeis para trás.


Com velocidade, Azrael ergueu a foice e acertou a mão da anjo com a parte sem fio, e a espada dela voou livremente para cima. No mesmo movimento, ele abaixou a foice e enterrou-a no ombro direito dela. Uriel gritou de dor, agarrou a haste com força e acertou um poderoso pontapé no anjo caído, projetando-o para longe. Uriel, com ímpeto, retirou a lâmina do ombro, girou-a, deu uma pirueta e arremessou-a de volta para o Dedo, acertando-o no meio do peito.


A espada, que oscilava no ar, caiu de volta para a mão de sua portadora. Imediatamente, Uriel investiu com uma estocada, e o anjo caído não teve escolha a não ser ter a lâmina penetrada na barriga. Depois, ela soltou a espada e regrediu poucos passos.


Azrael tentou em retirar a foice em seu peito e, ao notar que a espada estava congelando o restante de seu corpo, desistiu. Ficou com a postura ereta, aguardando a morte.


Por alguns segundos, tudo o que se podia escutar era a respiração pesada e cansada.


— Sempre irei lembrar de você, irmão. — Uriel olhou para onde deveria estar seu braço esquerdo. — Queira eu, ou não.


O gelo se aproximava dos pés e do pescoço do Dedo.


— O que eu disse sobre o Bahamut é verdade. Pergunte a qualquer um dos Selos — ele disse após um tempo, com dificuldade em falar. — Abra os olhos, irmã, mas nunca trilhe o mesmo caminho sinuoso que o meu.


E com estas palavras morreu Azrael; congelado com as costas eretas e ombros altos, sem nenhuma demonstração de arrependimento.


Uma poderosa explosão aconteceu, rompendo o gelo que selava a grande porta do salão. Uriel rapidamente pegou a espada de volta e se preparou para lutar, mas não foi preciso, pois Dante que adentrou — o corpo dele ainda exalava vapor quente.


Eles se entreolharam.


— Como passou pelos demônios no pátio? — perguntou a ele.


— Não encontrei demônio algum neste lugar.


— Estranho... havia centenas deles lá. Você está bem?


— Relativamente. Isto é apenas a consequência do uso indevido da minha Personificação. — Dante se aproximou a passos lentos. — E você?


— Matei mais um de meus irmãos... então, não. Você está muito quente, Dan. Não se aproxime muito. — Ela mostrou o cotoco revestido pelo gelo. — Isto é o que estanca.


— Não se preocupe.


Cuidadosamente, Dante derreteu o gelo em Uriel e, consequentemente, esfriou-se um pouco.


Uma fenda se rasgou no ar perto deles.


— Devemos ir? — perguntou Uriel.


— Sim. Cheguei até aqui entrando em uma fenda. Irei na frente.


— Não precisa. Consigo lutar ainda, se é o que quis dizer.


— Não. Não foi o que eu quis dizer. — Dante avançou para perto da fenda. — Sei que pode. E iremos lutar novamente, caso nenhum dos outros tenha derrotado Lúcifer.


O Selo adentrou no portal e, alguns segundos depois, a arcanjo fez o mesmo.


Continua ♥:p



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Autor(a): TioArcanjo

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • TioArcanjo Postado em 15/11/2016 - 20:41:00

    Yo... Bem, desta vez, irei utilizar o coment para agradecer... AGRADECER MEUS 1OK FUCKINGS VIEWS Obrigado você que está acompanhando essa história... a história de uma pessoa que nunca se imaginou fazendo isso. Quando comecei a escrever essa merda, nem imaginava que chegaria a 1k... Quem imaginaria que alguém que criava essa historia enquanto dormia viraria isso? Enfim, vocês me fizeram acreditar... e, eu acho, que estou conseguido agradar vocês com meus capítulos... Porque né, essa é a unica função desta história... fazer vocês se distraírem com o mundo lá fora. MUITO OBRIGADO POR ESTAR LENDO A MERDA DESTA HISTÓRIA... AMO VOCÊS, SEUS LINDOS E CHEIROSOS <3

  • TioArcanjo Postado em 16/09/2016 - 22:18:08

    Yo, estou aqui apenas para falar para vocês lerem a fanfic &quot;Gastyer&quot;... Admito, ela é de um amigo meu... Mas é foda! Se quiser saber sobre o que é... vai lá para saber, preguiçoso #Dica do Tio

  • TioArcanjo Postado em 01/07/2016 - 20:41:55

    Yo, alguns dias atrás, quarta para ser mais exato, um cara que curti minha história fez uma canção como homenagem: https://fanfiction.com.br/historia/697475/Minhas_Cancoes/capitulo/12/. Entra ae, ficou da hora mesmo, mas não vê só essa, tem outras canções que você vai curtir também, aposto. Obg por terem lido! Fiquem com Buda e não usem drogas! ;)

  • TioArcanjo Postado em 24/06/2016 - 20:19:48

    Finalmente atingimos a marca de mil views em um site (fanfics brasil)! Ao total de todos o sites que eu posto são 2574 views. Para minha primeira fanfic ta bom tilmais *-* Só queria agradecer a vocês que estão acompanhando minha história até aqui, a cada views que vocês me dão. É uma coisa maravilhosa saber que tem gente que gosta da sua história, isso me motiva a cada vez mais estar melhorando a forma de minha escrita. Nunca pensei que uma história que simplesmente ficava apenas imaginando na minha cabeça, fosse chegar a tal. Enfim, muito obrigado por estar lendo essa história... a minha história! Obg por terem lido! Fiquem com Buda e não usem drogas! ;)


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