Fanfics Brasil - CAPITULO UM - parte II DELÍCIA - HOT

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Capítulo: CAPITULO UM - parte II

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- Sr. Herrera - repetiu ela, sabendo que ele não era um professor substituto. Por que então estava falan­do daquela maneira, dando ordens, invadindo o mundo dela? - Talvez você devesse apanhar sua galinha.


Ela encarou aqueles olhos verdes novamen­te, num desafio mudo.


- Tudo bem - disse ele com um sorriso tão amplo que iluminou a sala inteira, e fez Anahí esquecer-se das crianças, da galinha, do próprio nome.


Mas finalmente o reconheceu. Com um rápido movimento, ele se dirigiu para onde estava a galinha.


- Venha aqui, McNugget - murmurou, pegando a ave nos braços. Em segundos, ela estava trancada em uma gaiola de plástico sobre o balcão da cozinha.


- Alfonso Herrera? - disse ela. Não. O homem não era um professor substituto.


- Ele é aquele famoso chef da televisão, Srta. Portilla - contou-lhe Jimmy. - Minha mãe assiste ao seu pro­grama todas as terças-feiras.


Alfonso Herrera. Chef renomado, celebridade como autor de livros de culinária, dono de um dos mais caros e refinados restaurantes de Londres. Ela assisti­ra ao programa dele, algumas vezes. E havia notado que o homem era atraente, mas todo mundo na televi­são parecia atraente.


Ali, ao vivo, ele parecia diferente. Muito mais... real. E um milhão de vezes mais sexy. Tentou respirar profundamente para se acalmar, mas a ação a fez sen­tir de novo o leve aroma de limões frescos. O que não a ajudou em nada.


- O que você está fazendo aqui, na Elite Way School? - perguntou. - E por que trouxe uma galinha?


- Até você assustar McNugget, eu a estava usando para mostrar às crianças de onde vem o verdadeiro café-da-manhã.


Anahí duvidava que muitas crianças daquela sala tivessem um ovo quente no café-da-manhã. Era mais provável que a maioria não tivesse nem mesmo leite.


Muitos dos alunos da Elite Way School vinham de famílias de baixa renda, das quais ambos os pais tinham de traba­lhar, isso quando possuíam pai e mãe. Para muitas crian­ças, o almoço da escola era a principal refeição do dia.


O renomado chef estava agora lhe sorrindo com aqueles dentes brancos e perfeitos e olhos brilhantes esverdeados. Anahí cerrou os punhos porque o homem era ma­ravilhoso e porque tudo nele esperava que ela lhe de­volvesse o sorriso.


- Crianças - disse ela com firmeza -, voltem para os seus lugares.


Relutantemente, os alunos voltaram aos seus assen­tos enquanto conversavam entre si. Alfonso Herrera ficou onde estava, ainda sorrindo, ainda fitando-a. Uma celebridade da TV, esperando que o mundo desmoro­nasse a seus pés.


E, naturalmente, Anahí queria isso. Porque sempre se empolgava por homens altos, com classe, seguros de si e com sotaque britânico. Mas o caos vinha dessa direção. Havia riscos e perigo. A vida in­teira fora uma lição para resistir à vontade de seguir seus impulsos.


E o impulso de tocá-lo agora era o mais forte que já havia sentido na vida.


Ela cruzou os braços para garantir que as mãos não tremessem.


- Não assustei sua galinha - disse finalmente. - En­tretanto, se ela se assusta com tanta facilidade, você não deveria trazê-la para dentro de uma escola.


- Assusta-se com facilidade. Isso é quase uma de­finição do dicionário para a palavra "galinha" - disse ele. - E tem de admitir que as crianças estão se diver­tindo - acrescentou. - Você não está?


Ela empertigou-se.


- Suponho que este exercício tenha alguma espécie de valor educacional...


- Divertimento não é o suficiente, Srta. Portilla? Pre­cisamos de um objetivo educacional para tudo? Algo que possa ser testado e avaliado?


As palavras eram provocantes. Desde quando um cozinheiro era especialista em educação?


- Esse é seu ponto de vista - argumentou ela. - Tal­vez devêssemos acrescentar "perseguir uma galinha" no currículo escolar.


Ele riu de um jeito tão sexy que ela teve de desviar o olhar antes que se entregasse. Mas os olhos pousaram nas mãos de Alfonso Herrera novamente.


E ela não teve apenas vontade de tocá-lo. Queria que ele a tocasse. Queria que uma daquelas mãos a agarras-se pelo quadril. Que a outra deslizasse pela cintura, sob a blusa... Que a palma lhe tocasse os seios.


Tudo bem. Ou os genes caprichosos de seus pais tinham, de repente, feito efeito nos seus 26 anos de idade, ou perdera o juízo. Não conhecia aquele homem. Tampouco já experimentara uma de suas receitas. E estava numa sala de aula cheia de crianças. Precisava se controlar.



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Autor(a): annypoyson

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Comentários do Capítulo:

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  • taynacolucci Postado em 14/06/2020 - 11:12:10

    não abandona :(


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