Fanfic: O Caso Herrera. Nua/Entrega Total/Olhos nos Olhos/Raro e Precioso (Adaptada AyA) | Tema: AyA - Ponny

- Você não se abre muito, senhor Herrera.

- Se eu te contar mais, vou ter que te matar, e isso ia quebrar a minha promessa.

- Que promessa? - perguntei, inocente.

- Que não sou um serial killer - respondeu, enquanto botava mais um pedaço de carne dentro daquela boça linda, e começava a mastigar.

- Graças aos deuses! Não gosto da ideia de dividir um prato de carne com um assassino.

Alfonso engoliu e sorriu de novo para mim.

- Muito engraçado, senhorita. Você é muito espertinha.

- Obrigada, senhor Herrera, faço o meu melhor. - Ele me desmontava  tão facilmente com seu charme, que eu realmente me esforçava para mantê-lo ligado. Alfonso  conseguia virar a conversa a seu favor em um instante. - O que  você faz na sua empresa? 

- Segurança, principalmente, para o governo britânico e alguns pouco clientes particulares internacionais. Neste momento, estamos enlouquecidos com as olimpíadas. Com tanta gente vindo para Londres, especialmente nesse cenário pos 11 de setembro... É um desafio.

- Aposto que sim.

Alfonso apontou para minha salada com a faca.

- Trago você ao melhor restaurante da cidade para se comer um belo filé de primeira e o que você faz? - balançou a cabeca em reprovação.- Você pede uma salada.

Eu ri.

- Tinha pedacinhos de filé nela. Não importa, não consigo evitar. Detesto ser previsível.

- Você é muito boa nisso. - Piscou o olho para mi. E pegou mais um pedaço de bife.

- Posso fazer uma pergunta pessoal Alfonso? 

- Tenho a sensação de que você vai fazer de qualquer jeito - respondeu, seco.

Sinceramente, queria saber. Essa impressão já vinha se formando na minha cabeça havia uns dois dias.

- Você coleciona quadros de nu ou outra coisa assim? - baixei os olhos para o meu prato

- Não - respondeu imediatamente - Estava fazendo a segurança da galeria naquel noite. Havia alguns convidados importantes lá, achei melhor fazer uma aparição, sabe? Tenho empregados para o trabalho de campo. Mas estou muito feliz em ter ido, porque vi sua foto. - A voz dele soou leve, divertida. - Eu fiquei com vontade de ter pra mim, então comprei.

Podia sentir os olhos dele me chamando. Levantei os meus.

- E foi aí que você entrou Anahi.

- Ah! 

- Alias, eu ouvi você é Christian comentarem sobre a minha mão. - Deu uma batidinha na orelha. - Aparelhos de segurança fazem parte do meu trabalho.

Deixei o garfo cair no prato e devo ter saltado pelo menos 20 centímetros na cadeira. Ele sorriu e ficou impassível, sexy demais para estar ali comigo. Estava tão morta de vergonha que queria sair correndo pela porta.

- Sinto muito que tenha ouvido.

- Não sinta Anahi. Evito mesmo usar a mão para me aliviar, especialmente quando existem outras opções tão mais adoráveis. - Pegou no meu queixo e senti a temperatura do corpo subir no mesmo instante. Opa... Respira, Anahi, respira. - Como você.

E continuou, sussurrando:

- Quero você de verdade. Debaixo de mim. Quero gozar com você. - Não afastou os olhos dos meus nem por um instante. Tampouco soltou meu queixo. Ele segurou firme, para ter certeza de que eu estava prestando atenção.

- Por que, Alfonso? 

Ele passou o polegar pela linha do meu maxilar. 

- Por que alguém quer alguma coisa? É simplesmente a maneira como meu corpo reage a você. - Revirou os olhos e pude ver aquele olhar de tesão. - Vem para casa comigo. Fica comigo hoje a noite, Anahi. Deixa eu te mostrar.