Fanfic: O Caso Herrera. Nua/Entrega Total/Olhos nos Olhos/Raro e Precioso (Adaptada AyA) | Tema: AyA - Ponny

A noite em Londres é incrível. A gente não sai muito, mas tudo que eu precisava era de uma super noitada, de boate em boate. Minha pobre mente estava rodando no máximo, num conflito de emoções, deos e culpa. Precisava dançar, beber rir, mas mais do que isso, precisava esquecer toda essa merda. A vida era muito curta para ficar remoendo as partes mais pesadas, ou ao menos foi isso o que minha terapeuta disse. Tinha sessão com a Dra. Roswel no dia seguinte, as quatro da tarde, é um jantar marcado com o Alfonso logo depois. Era o primeiro passo no acordo de levar as coisas devagar, que fizemos pelo telefone. Ele me disse que queria botar as cartas na mesa - tenho que admitir que gostei disso. A verdade é o que funciona melhor comigo. Não tenho nada para esconder, mas era bom ter mais cuidado em relação ao que eu quero ou não dividir. E não sabia mesmo o quanto poderia dividir com Alfonso. Não havia um mapa, um manual que pudesse me ajudar. Precisava seguir a onda e torcer para não quebrar a cara em um recife.

- Experimenta isso, é magnífico! - Chris me passou um drinque vermelho alaranjado, em um copo alto. - O nome é tocha olímpica.

Dei um gole.

- Hum, bom.

Ficamos olhando Dulce dançar na pista, com um cara que definitivamente não ia se dar bem depois dali. A gente já tinha ido a três clubes até o momento, é os meus pés estavam começando a reclamar. As botas roxas ficavam ótimas com o vestido florido de um ombro só, mas após três clubes, eu estava pronta para trocá-las por meias rodinhas.

- Acho que meu feitiche com botas de caubói está voltando para me assombrar - Brinquei com o Chris, e levantei um pé para ele ver.

- Você tem, tipo, dez pares de botas. Acho sexy, você sabe. Um nu de botas ia render umas fotos deliciosas. Só seu corpo e as botas, não acha? Quero fazer. Posso bolar uma luz bem escura e deixar as botas coloridas. Você tem tantas cores diferentes... Amarelo, rosa, azul, verde, vermelho. Elas vão ficar incríveis. Só arte nada óbvio. Você faz Anny?

- Claro que faço. Se você acha que vão ficar boas... Mas vou querer negociar um termo de liberação de imagem para as minhas botas. - botei a língua para ele. - minha mãe vai ter um infarto.

Fiquei só esperando o comentário sarcastico do Chris.

- O que sua mãe precisa é de uma boa foda por trás. - Chris não me decepcionou.

Caí na gargalhada com a imagem absurda de Clarisse Huntington Portilla Exley dando o c* alguma vez na vida.

- Por*a ninguém falou que precisa ter um orgasmo para engravidar, e tenho certeza que minha mãe só fez sexo com meu pai nessa única vez.

- Acho que você deve estar certa, minha querida. - Chris concordou, ele tinha encontrado minha mãe umas duas vezes, então ele sabia do que estava falando. - Pelo menos ela fez direito nessa única vez e teve você.

Meus pais se separaram quando eu tinha 14 anos - provavelmente por causa da falta de transas regulares e da percepção de que não tinham qualquer interesse um no outro. Mas, para ser justa, os continuaram próximos até eu me formar no colégio. Depois, minha mãe passou a cruzar o Atlântico num pulo, quando dava vontade, e eu adorava deixá-la chocada com os meus amigos, nosso estilo de vida e antipatias em geral, até que ela se cansava e voltava. O marido dela, Frank era muito mais velho que ela é muito mais rico que meu pai, e provavelmente ficava feliz da vida quando ela saía de São Francisco. Duvido que ela transasse com ele. Talvez Frank desse umas boas enquanto ela viajava, mas quem poderia saber? Minha mãe e eu estávamos em lugares diametralmente opostos a maior parte do tempo.

Agora, com meu pai a história era outra. Dos dois, sempre foi a ele que recorri quando precisei. Ele me ligava com frequência e apoiava minhas escolhas. Ele me amava por ser quem eu era. Nas minhas horas mais escuras, ele foi a única razao que me manteve viva. Ficava imaginando o que meu pai ia achar de Alfonso.