Fanfic: O Caso Herrera. Nua/Entrega Total/Olhos nos Olhos/Raro e Precioso (Adaptada AyA) | Tema: AyA - Ponny

Chris se afastou para conversar com um louro gato e eu fiquei bebericando minha tocha olímpica.

- Ei, garota, essas suas botas são uma belezura! - um cara grandalhão, de botas também, jeans e um cinto com a fivela do formato e do tamanho do estado do Texas se aproximou da minha mesa. Americano, com certeza. Milhares de pessoas estavam vindo a Londres para os jogos olímpicos e esse cara definitivamente parecia ser virgem de Europa.

- Obrigada, coleciono botas de caubói. - sorri para ele.

- Coleciona caubóis é? - passou os olhos devagar por mim, de alto a baixo. - Então acho que estou no lugar certo.

Sentou-se ao meu lado, aquele corpo enorme ocupando muito espaço no sofá. 

- Posso ser caubói se você quiser - cochichou no meu ouvido, com hálito de álcool. - E você pode montar em mim.

Escorreguei no sofá para mais longe e me virei.

- Qual seu nome meu amor? 

- Meu nome é Não estou interessada. - Encarei-o seria. - E o nome do meio é Você Só pode estar de sacanagem, seu porco bêbado.

- Isso é jeito de ser simpática com os visitantes americanos que vieram para cá lá do Texas? - O ruivão se aproximou e botou o braço nas costas do sofá, colando a perna na minha, a respiração dele soprando no meu rosto. - Você não sabe o que está perdendo.

- Acho que posso imaginar. - Afastei-me o quanto pude e escorreguei ainda mais no sofá- Não ensinam boas maneiras no Texas, ou será que as garotas de lá gostam de bêbados insuportaveis que fazem propostas indecentes em público?

O ruivão não pegou a dica, ou talvez estivesse bêbado demais para entender minha pergunta, porque ele agarrou minha mão e ficou de pé, me puxando também.

- Dança comigo gata.

Recuei, mas o puxão foi tão forte que não consegui ficar no lugar. Ele era como um homem das cavernas peludo, me apertando contra o corpo dele e forçando o caminho para a pista de dança. A mão dele cobriu a minha bunda e começou a puxar de leve a minha saia. Foi aí que eu levantei a bota e pisei no pé dele, com toda a minha força.

- Tira a mão da minha bunda, antes que as suas bolas virem dois pompons nas minhas botas. Você tem duas bolas e eu tenho duas botas, uma para cada. - Dei um sorriso falso.

Ele grunhiu e apertou os olhos. Dava para ver que estava avaliando se eu falava sério ou não, até que se afastou.

- Sua piranha inglesa! - ele balbuciou e foi se embrenhando pela multidão, provavelmente para incomodar outra pobre mulher.

- Sou americana, seu escroto! Mas da parte boa do país! - gritei, antes de me virar e dar de cara com um peitoral de outro homem. Um peitoral com o qual eu já tinha me encontrado antes. Um corpo que trazia de volta aquele cheiro intoxicante. Alfonso.

Ele não parecia feliz. Franziu a testa, enquanto acompanhava com os olhos a retirada do ruivão, e depois a mim. Alfonso botou a mão nas minhas costas e me empurrou em direção a uma mesa. Sabia que ele estava zangado. Mas mesmo irritado, ele continuava lindo, de camisa preta, jeans escuro e aquele olhar sério.

- Por que você esta aqui Alfonso?

- Ainda bem que estou não acha? Aquele gorila estava em cima de você, com as patas na sua bunda... Não quero nem pensar o que ele poderia fazer em seguida. - Ele me encarou fixamente, os maxilares travados, os lábios tensos.

- Acho que me saí muito bem com ele... - Alfonso pegou meu rosto com as mãos e me beijou, me prendendo com a boca, empurrando a língua para dentro, exigindo que eu o beijasse de volta. Eu fiz claro, sentindo o gosto de menta e cereja. Mesmo que quisesse negar o beijo, dizer não ao Alfonso era quase impossível. Eu sempre o queria. Ele apertava todos os meus botões certos, e essa era a razão pela qual ele era tão perigoso.

- Olha para você - falou devagar, os olhos dele estudando minha roupa e depois meu rosto. - É um milagre que não tenha uns 50 babacas tentando dar em cima de você.

- Nem, só dois. O ruivão e você.

- Quem? - ele apertou os olhos.

Era a minha vez de questioná-lo.

- O Chris estava comigo até poucos minutos atrás e vou deixar essa passar. - Cruzei os braços logo abaixo dos meus seios. - Nem era pra você estar aqui, né? Ou melhor, como você sabia que eu estava exatamente nessa boate? Você esta me seguindo, por acaso?

Alfonso passou a mão pelo cabelo e desviou o olhar. Uma garçonete loira oxigenada apareceu do nada, dando risinhos enquanto anotava o pedido dele. Tenho certeza de que a senhorita Sex On The Beach não hesitaria um minuto, caso ele pedisse para ela sentar no colo dele. Sério, como Alfonso conseguia vir a um lugar desses sem que as mulheres começassem a se jogar aos pés dele?

Quando Alfonso me perguntou se queria alguma coisa do bar, simplesmente balancei a cabeça e mostrei o drinque que o Chris tinha me dado.  A garçonete me lançou um olhar enquanto se afastava, balançando os quadris.

- O que eu faço da vida Anahi? - a voz dele estava calma, e devo dar-lhe o devido crédito por ter ignorado solenemente a bunda dela, mesmo balançando na cara dele, como se fosse a bandeira olímpica. Enquanto falava, os olhos dele analisavam cada pedaço da pista de dança.

- Você é dono da Herrera Security Internacional, e por isso tem a seu dispor todas as ferramentas para seguir suas peguetes? - respondi, sarcasticamente.

Ele virou para mim é o olhar dele pareceu atravessar meu corpo.

- Faz tempo que você não é mais uma peguete, minha linda - ele se inclinou, os lábios encostando na minha orelha. - Desde que transamos na minha cama, você passou a desbravar territórios desconhecidos. Pode acreditar.