Fanfic: O Caso Herrera. Nua/Entrega Total/Olhos nos Olhos/Raro e Precioso (Adaptada AyA) | Tema: AyA - Ponny
Naquela tarde, Anahi ligou para o meu celular. Perdi a chamada por causa de uma reunião idiota. Queria matar os imbecis que tomaram meu tempo, mas preferi ouvir a caixa postal.
- Alfonso, eu... eu recebi sua carta - a voz dela soava frágil e o desejo de correr para encontrá-la era tão grande que não sei como consegui me controlar. - Obrigada por mandar. As flores são lindas também. Eu só queria te dizer que conversei com meu pai e ele me disse umas coisas...
Anahi não conseguiu se segurar. Dava para ouvir o som do choro abafado. Saber que ela chorava partia meu coração.
- Preciso desligar. Mais tarde a gente se fala. - Ela falou essa parte bem baixinho. E, antes de desligar, se despediu - Tchau Alfonso.
Apertei os botões do celular com tanta força que achei que fosse quebrar o vidro do aparelho quando retornei a ligação, rezando para que ela atendesse e falasse comigo. O tempo passava inacreditavelmente devagar enquanto a ligação não se completava. Um, dois, três toques. Meu coração batia forte e eu sentia falta de ar.
- Oi. - uma só palvara. Mas era a voz dela é se dirigia à mim. Dava para ouvir algum barulho ao fundo. Tráfego, talvez.
- Anahi, como você esta? Escutei seu recado. Eu tive uma reunião... - Parei, me dando conta de que estava falando demais. Me obriguei a calar a boca e desejei desesperadamente um cigarro de cravo.
Do outro lado da linha, ela respirava pesado.
- Alfonso, você disse para eu ligar se alguma coisa estranha acontecesse....
- O que aconteceu? Você está bem? Onde você está agora? - senti meu sangue gelar ao ouvir as palavras dela. - Você está na rua?
- Tô dando uma corrida. Tive que sair para me distrair, esfriar a cabeça.
- Eu vou até aí. Me diz onde você está.
Anahi ficou em silêncio. Eu podia ouvir os carros passando perto dela e odiava ser obrigado a imaginar como ela estaria naquele instante. Sozinha na rua. Vulneravel. Desprotegida.
- Me diz por favor? Tenho que te ver. A gente precisa conversar. E quero saber o que te assustou o suficiente para me deixar aquela mensagem antes - mais silêncio - Linda, não posso ajudar se você não deixar.
- Você assistiu? - a voz dela estava diferente, ríspida.
- Assisti o que? - juro que só queria ir até onde ela estava e abraça-la. A princípio, a pergunta dela não fez sentido. Entretanto, o silêncio do outro lado me ajudou a entender do que ela falava.
- Você assistiu, Alfonso? Responde a minha pergunta
- O vídeo pornô com você e o Oakley? Claro que não, porra*! - só a pergunta já me irritava. - Por que eu ia fazer uma coisas dessas?
- Aquilo mal pode ser chamado de porno! - gritou ela na minha orelha. Meu peito doía como se tivessem enfiado uma faca nele.
- Vom, foi isso que o seu pai me disse que era! - gritei de volta, confuso com as perguntas e completamente perdido nessa conversa doida. Se pudesse falar com ela pessoalmente, chegar perto dela, fazer com que ela olhasse nos meus olhos e me ouvisse, eu poderia ter uma chance. Mas essa discussão fragmentada não estava levando a gente a lugar nenhum. Tentei de novo, num tom mais controlado. - Anahi, por favor me deixa ir até aí.
Anahi começou a chorar de novo. Dava para ouvir os soluços, abafados pelo barulho do trânsito. Não gostava de saber que ela estava correndo sozinha. Os carros passando na rua, os homens a olhando....
P- O que ele te disse, Alfonso? O que é que meu pai falou de mim?
- Não quero falar disso pelo telefone...
- Fala agora! - ordenou e, em seguida, silêncio.
Fechei meus olhos com relutância, sabendo que ela não aceitaria menos do que a verdade nua e crua e detestando ser obrigado a contar tudo a ela. Como começar? Não tinha outro jeito senão entrar de cabeça. Fiz uma prece silenciosa a minha mãe, pedindo que me desse forças.
- Ele me contou que você e o Oakley saiam na época do colégio. Que, quando vocês tinham uns dezessete anos, ele gravou escondido um vídeo de vocês transando e espalhou por aí. Você largou a escola e teve problemas depois disso. O senador mandou o filho pro Iraque e você veio pra cá estudar e começar de novo. Agora, o senador quer se eleger vice presidente e vai fazer de tudo pra ninguém ver o vídeo, pra ninguém saber de nada. Seu pai me disse que um dos amigos do Oakley morreu há pouco tempo em circunstâncias bem suspeitas é que ele ficou preocupado que as pessoas ligadas ao vídeo pudessem estar na mira, incluindo você. Foi o suficiente pra ele me ligar e me pedir um favor, que eu tomasse conta de você e prestasse atenção caso alguém tentasse se aproximar.
Autor(a): karolkah 🐝
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O que eu daria por um cigarro agora.... O silêncio do outro lado da linha era doloroso, mas, após alguns instantes que pareceram intermináveis, escutei o agradavel som das palavras que eu queria que ela dissesse. Palavras com as quais eu saberia lidar. Algo que eu compreendia e podia ajudar. - Isso me da medo. Senti uma onda de alívio ao ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 39
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ari.grega Postado em 11/07/2018 - 10:59:51
Pela datá foi último comentário acho que está abandonada..Será que não terão mais posts...
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ari.grega Postado em 11/07/2018 - 08:12:43
Continua postando...Por favor
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lara_rbd Postado em 29/11/2016 - 05:03:06
Ueé cade você? Continua pleace, to amando essa fic*
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Feponny Postado em 09/11/2016 - 09:43:29
Ebaaaaa que bom q vc está aqui, posta maissss
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annykiss Postado em 06/11/2016 - 02:41:52
CONTINUA E QUE ÓTIMO QUE VC VOLTOU :)
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annykiss Postado em 06/11/2016 - 02:40:41
Ai, eles voltaram S2 (deixando de ser uma leitora fantasma)
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Feponny Postado em 31/10/2016 - 21:51:04
Amei a web, mas fiquei triste q já faz meses que vc n posta
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Feponny Postado em 31/10/2016 - 21:50:26
Uppppppppppppppp
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sra.herrera Postado em 05/06/2016 - 02:41:37
Continua amei a fanfic
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franmarmentini♥ Postado em 27/05/2016 - 23:09:09
:( ele escrevendo carta....q lindo isso...