Fanfic: O Caso Herrera. Nua/Entrega Total/Olhos nos Olhos/Raro e Precioso (Adaptada AyA) | Tema: AyA - Ponny

Uma sombra se mexeu na luz fraca que vinha de trás de mim e chamou minha atenção. Virei a cabeça e meu coração derreteu dentro do meu peito ao ver Anahi de pé do outro lado da porta de vidro, olhando pra mim. Nos encaramos durante um ou dois segundos até que ela abriu a porta e saiu.

- Você tá acordada.

- Você tá aqui fumando.

Botei o cigarro no cinzeiro e abri os braços para ela.

- Você me pegou.

Anahi veio até mim, com uma carinha linda de sono, vestindo uma camiseta azul claro e uma cueca minha. E nada embaixo dela. Puxei-a para baixo, para mim, e ela sorriu um pouco. Dobrou as pernas longas e sentou no meu colo, passando uma por cada lado. Segurou meu rosto com as duas mãos.

- Você tá tao fodido*, Herrera! - os olhos dela se mexeram cheios de curiosidade, como se tentassem me ler. Sabia que era isso o que ela estava fazendo e desejei ser capaz de ver o que ela estava pensando. Só o fato de sentar no meu colo e segurar Meu rosto já me deixava arrepiado, mas era vê-la relaxada e feliz depois de acordar que realmente me agradava.

- Hummmm, você pode me punir se quiser.

Ela se encolheu em mim e passou meus bracos em volta dela.

- No que você estava pensando? Você parecia tão longe daqui, fumando escondido no meio da madrugada.

Respondi com os lábios encostados no cabelo dela, passando a mão para cima e para baixo nas costas dela.

- Estava pensando na sorte. Ter sorte. Ser uma pessoa de sorte. - era a verdade é a razão pela qual ainda respirava, mesmo que não pudesse dividir essa parte com ela ainda. Eu queria, mas não sabia sequer por onde começar esse relato para Anahi. Ela não precisava de mais merda* em cima do que já tinha que carregar por aí.

- E você tem? Sorte?

P- Não tinha. Mas aí o destino mudou para melhor um dia. Aproveitei a bênção que tive e comecei a jogar cartas.

Anahi passou suavemente os dedos por cima do meu peito, provavelmente sem saber o efeito que tinha em mim.

- Você ganhou um monte de torneios. Meu pai contou que foi assim que ele te conheceu.

 Concordei balançando a cabeça, com os lábios ainda colados no cabelo dela.

- Gostei muito do seu pai quando a gente se conheceu. Ainda gosto. Falei com ele hoje a noite.

- e como foi? 

- Mais ou menos como eu imaginei. Os dois falaram o que precisavam e colocamos as coisas nos eixos. Ele sabe sobre a gente. Eu contei. Ele quer a mesma coisa que eu, que você fique segura e feliz.

- Mas eu me sinto segura com você. Sempre me senti. E sei que meu pai te respeita muito. Ele contou que teve que insistir para você pegar o meu caso. Eu só queria que ele tivesse me contado. Preciso saber de tudo o que tá acontecendo, Alfonso. Nunca mais eu posso voltar a ser a vítima que não sabe de nada. Os segredos só me fazem mal, eu não consigo suportar isso agora. Vou querer sempre saber de tudo. Ter acordado naquela mesa, sem saber quem ou que .... Não posso....

- Shhhh, eu sei - interrompi antes que ela ficasse muito mexida. - Me dou conta disso agora.

Virei o rosto dela. Queria ver os olhos dela quando falasse a próxima parte. Ela estava absolutamente linda, olhando para mim, deitada no meu peito, sob aquele céu estrelado. Os lábios dela pediam um beijo, e eu queria estar dentro dela de novo, mas me forcei a falar.