Fanfics Brasil - CAPÍTULO 9 - DULCE O amor não tem leis (ADAPTADA)

Fanfic: O amor não tem leis (ADAPTADA) | Tema: Rebelde


Capítulo: CAPÍTULO 9 - DULCE

414 visualizações Denunciar


A noite na casa de Anahi foi muito agradável. Como sempre sua mãe me tratava como filha, minha relação com elas era ótima. Acordei um pouco mais tarde, não queria chegar tão cedo na Uckermann naquele dia, então me limitei a cumprir meu horário estabelecido. Acho que mesmo inconscientemente estava tentando adiar aquela conversa, quando me peguei pensando nisso me assustei. Nunca fui mulher de correr de problema, mesmo que o problema fosse a encarnação da beleza e possuísse dois lagos azuis hipnotizantes no lugar dos olhos.



Diego me ligou avisado que Christopher não havia me liberado para ir ao congresso. Não fiquei
surpresa, pois não tinha dúvidas sobre a recusa do Uckermann.



Cheguei ao escritório sem atrasos, mas também não me adiantei. Antes de entrar em minha sala dei uma espiada para ver se o projeto de Barbie estava lá. Eu não estava nos meus melhores dias para lidar com a Patrícia.
Notei somente Nando em sua mesa, ele estava bem mais tranquilo que no dia anterior, deve ter resolvido o seu problema.



– Bom dia, viu passarinho verde hoje? – Nando levantou da mesa e caminhou rapidamente em
minha direção. Pegou-me pela cintura, levei um susto e quando dei por mim ele estava me
girando no ar e beijando meu rosto. Me colocou no chão antes de começar a falar.



– Passarinho verde não, mas um gavião de olhos perigosamente azuis fez meu dia... – ele parou para pensar um pouco – meu dia não, minha vida muito mais feliz.



Sentei atrás da minha mesa ainda pensando no que havia causado a alegria dele.



– Sobre quem você está falando Nando? Desembucha. Adoro boas novidades. – bati palmas,
empolgada.



Ele ficou um pouco mais sério, mas sem deixar de transparecer toda a sua alegria.



– Dulce eu quase não tenho amigos e realmente eu gostei muito de você desde que coloquei os olhos nesse seu sorriso perfeito. E se me permite, gostaria de compartilhar minha alegria contigo, mas acontece que para chegar a esse momento eu preciso te contar algumas coisas da minha vida pessoal. Almoça comigo hoje? O Dr. Diego não está então posso fazer meu próprio horário. – Ele me convidou e eu aceitei prontamente.



– Vou adorar ser sua amiga e eu amo quando os meus amigos estão irradiando felicidade, assim como você está. Mas agora estou morta de curiosidade para saber o motivo dessa alegria toda. Nando mostrou suas covinhas lindas ao me dar um sorriso genuíno.



– A mulher que fisgar o Dr. Uckemann vai ganhar um coração enorme como prêmio.



Fiquei muito confusa com as palavras de Nando sobre Christopher, mas precisava esperar ate o almoço para ouvir toda a história, não acreditava muito no grande coração do Ferraz como o
Nando havia dito.



– Dulce? – virei-me para ver a Ana na porta. –Bom dia querida, o Dr. Uckemann precisa de você.



– Bom Dia. Ok Ana estou indo. Obrigada pelo recado.



Respirei fundo. Aquela conversa seria inevitável, precisava decidir meu futuro na Uckemann e tratar das interferências de Christopher no meu estágio.



Bati na porta e como sempre aguardei autorização para entrar.



– Bom dia, Dulce. Como está? Sente-se.



Como estou? Confusa, eu pensei. Achei que ele viria com cinco pedras na mão.



– Bom dia. Estou bem. Obrigada por perguntar.



Christopher abriu o sorriso. E, eu queria que o chão se abrisse e a terra me engolisse antes que ele visse o efeito que causava em mim.



– Na verdade Dulce te chamei aqui para pedir desculpas.



Ãh? Em? Como? Por quê? Estava mais perdida do que cego em tiroteio com aquela conversa.



– Dr. Uckemann eu pensei bem, e cheguei à conclusão de que sou eu quem lhe devo pedir desculpas, não deveria ter tratado o supervisor do meu estágio daquela forma, e tenho plena consciência caso o senhor quiser me desligar do estágio e reportar insubordinação ao meu orientador estará plenamente nos seus direitos.



– Dulce não se preocupe não faria nenhuma dessas coisas, e sim, eu preciso lhe pedir desculpas por minha atitude. Sempre soube apreciar um bom sexo, e o que fizemos foi... UAU!!! Mas você tomou sua decisão de não repetir aquela noite. Portanto irei respeitá-la.



UAU digo eu!



– Pode aceitar minhas desculpas?



– Tu...Tu... Tudo bem Dr. Uckemann. – comecei a gaguejar, porr/a, desde quando eu gaguejava?



– Se está tudo certo, pode voltar para a sua sala, deve ter muito trabalho a fazer.



Fiquei de boca aberta novamente, desde que entrei pela sala não consegui falar nada do que
planejei, a atitude de Uckermann mudou da água para o vinho. E a arrogância do dia anterior
simplesmente sumiu.



– Antes de ir Christopher, eu gostaria de saber se a decisão de não me deixar participar do
congresso com o Dr. Diego foi tomada sem nenhum tipo de influência pessoal?



Christopher me encarou e em nenhum momento desviou os olhos de mim. Puta que Par/iu, se ele usava esse olhar com as testemunhas que ele interrogava eu queria ficar bem longe de suas vistas quando isso acontecesse.



– Dulce, antes de ser um exı́mio objeto sexual eu sou o manda chuva desse escritório, farei parte de um tribunal do júri na sexta-feira e preciso de sua ajuda. Deve preparar tudo para essa defesa. Apesar dos acontecimentos, sua posição como minha estagiária não mudou. Então não pense que tudo gira em torno do seu mundinho. Preciso de você aqui, outros congressos melhores surgirão, e se eu achar pertinente, será um prazer liberar sua ida, até lá limite-se a obedecer, e eu garanto. Seu relatório será devidamente assinado por mim ao final do estágio.



Engoli um seco. Por essa eu não esperava.



– Obrigada Dr. Uckermann, se precisar de alguma coisa estarei à disposição.



– Eu sei. – ele me deu um sorrisinho torto e eu fiquei intrigada com aquilo tudo.



Saı́ da sala do Uckermann com uma cara visivelmente estranha, porque no caminho de volta, Ana e Sônia me perguntaram se eu estava bem.



Antes de entrar em minha sala dei de cara com a “piriguete” da Patrícia.



– Problemas no paraíso? – ela me perguntou cinicamente.



Oh Céus! Eu devo ter feito “strep-tease” na Santa Ceia. Isso é castigo.



– Não é da sua conta.



Passei como um raio por Patrı́cia. Acomodei-me na minha cadeira e comecei a mexer nos novos processos enviados. Pela primeira vez eu perdi minha concentração. Não estava lidando muito bem com as nuances de humor do Christopher. E sua conversa me deixou de orelha em pé. Será que ele não vai mais insistir? Era essa minha vontade não era? Então porque essa sensação de pé na bunda?



– Dulcinhaaaaaa, planeta terra chamando marteeee. – Nando me tirou dos meus pensamentos
contraditórios.



– Oi Nando, desculpa, pensando no processo. – tentei despistá-lo, mas ele era muito mais
inteligente.



– Claro, deve ser por isso que você destacou a mesma palavra cinco vezes.



Nando apontou com a caneta para o papel em minha mão, e eu pude perceber a tinta da caneta marca texto passando para as outras partes do papel.



– Oh meu pai. Onde estava com a cabeça?



– No furto qualificado é que não era. – Nando sorriu e eu me juntei a ele.



– Hora do almoço, vamos lá?



– Claro só vou pegar a minha bolsa.



No caminho para o elevador passamos pela recepção e encontramos com Christopher conversando com Ana. Ele balançou a cabeça em nossa direção e eu pude ver a troca de olhares entre o Nando e ele.



Só me faltava eu descobrir que Christopher era bissexual.



Caminhamos até um restaurante próximo ao escritório..



– Nando eu já te disse que vou ter uma sı́ncope de curiosidade, então melhor começar a
desembuchar porque temos somente uma hora de almoço.



– Ok. Lá vai. – Nando puxou uma respiração funda e as palavras começaram a sair. – Dulce eu sou gay.



Há. Ahá, eu sabiaaaa, comecei a cantar internamente e juro que se não tivesse em um local
público faria a dancinha da vitória ridícula da Anahi.



Apesar do meu baile interno Nando ainda estava falando.



– Quando eu te disse sobre meu problema, era porque o meu pai descobriu minha condição
sexual e não aceitou ter um filho “bixa” como ele mesmo disse. Eu apanhei muito e fui tão
humilhado. Pensei que nunca mais poderia levantar a cabeça novamente.



– Nando, me desculpe, não tinha noção da gravidade. Mas como você está? E sua mãe não te
defendeu?



Fiquei perplexa com o que acabara de ouvir, preconceito em pleno século XXI, a ignorância desses seres idiotas não tinha limites, ainda mais vindo do pai. Esse deveria proteger seus filhos a todo custo.



– Minha mãe é uma coitada na mão do velho, ele é autoritário e praticamente um homem das
cavernas, nunca a deixou trabalhar, e escolheu a dedo minha faculdade. Agradeço, pois sempre gostei de Direito. Mas muitas vezes tive a vontade de abandonar tudo só para irritá-lo.



As palavras de Nando não faziam sentido, meus pais eram de uma cumplicidade enorme. Com
seus problemas como todos os casais. Mas meu pai era de uma generosidade ímpar.



– Então, continuando e resumindo, era ele quem bancava minha faculdade particular, pois eu não conseguiria pagar a mensalidade e bancar meus livros com a bolsa auxilio da Uckermann. Como você bem sabe nosso curso exige o estágio e as horas complementares, e dessa forma eu não conseguiria trabalhar em outro lugar para me sustentar.



Eu ouvia pacientemente tudo o que o Nando me dizia, mas ainda não estava entendendo onde o Uckermann entrava nessa história.



– E para piorar minha situação, ele me expulsou de casa alegando que eu era uma vergonha para sua família, disse preferir ter um filho morto a um filho homossexual.



– Nando que barra. – eu alcancei a mão dele sobre a mesa e comecei a fazer um carinho como
forma de conforto. – mas e se você tentar um financiamento?



Nando abriu um sorriso maravilhoso e mudou totalmente seu semblante, acho que já descobri
onde o Ferraz entrava nessa história.



– Dulciinha eu não vou precisar de financiamento, hoje fui pedir o desligamento do escritório
diretamente com o Dr. Uckermann, mas saı́ de lá com a promessa de todas as minhas mensalidades pagas e ainda a aquisição de todos os livros até o final dos meus estudos.



Fiquei totalmente sem reação!



– Dulce ele foi de um coração tão grande, de uma generosidade magnı́fica, em momento algum ele duvidou do que estava fazendo. E tem mais, para pagar essa “dı́vida” eu vou trabalhar na Uckermann por um tempo. Possivelmente até esse valor estar quitado, e o impulso disso no meu currı́culo é de outro mundo. Felicidade é o meu nome e alegria sobrenome.



Mesmo diante daquela bomba onde colocava todos os meus xingamentos para o Uckermann debaixo do tapete eu não pude deixar de compartilhar a alegria do meu mais novo amigo.



– Nando eu fico muito, muito, muito feliz por você, realmente não deve ser fácil o que você está
passando, mas admiro sua garra e determinação.



– Você ficou um pouco estranha quando te contei tudo, foi muita informação para assimilar?



– Não. Eu só fiquei um pouco confusa, não esperava essa atitude do Christopher, ele sempre me pareceu tão egoı́sta e preocupado com o próprio umbigo. Generosidade realmente não estava na minha lista de elogios para ele.



– Dulce eu também não esperava essa resposta positiva ao meu problema vinda do Dr. Uckermann. Mas posso te garantir o Christopher nunca foi egoı́sta, pelo contrário nunca vi homem mais preocupado com o bem estar dos outros, sua fama de rigoroso e autoritário é só para impor respeito dentro da empresa, mas ele tem um coração de ouro. Até financiar projeto de combate a drogas para adolescentes carentes ele f inancia, sem contar que pularia na frente de qualquer caminhão para salvar o Dr. Diego. Ele ama o irmão.



Precisava ter uma conversinha com minha amiga Maite e questioná-la de como ela pode
esconder o jogo sobre sua famı́lia daquele jeito. Definitivamente eu não conhecia nada do Dr.
Christopher Uckermann.



E depois daquela chuva de informações, a única coisa que eu poderia fazer era enrolar o meu
rabin/ho e colocá-lo no meio das pernas.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): luvondul

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Depois da minha conversa com a Dulce eu realmente tive a certeza que se tivesse feito psicologia também teria sido um profissional bem sucedido. Principalmente no quesito mente feminina. A ideia de parecer um cara mais tranquilo, junto com o meu pedido de desculpas foi genial. Dulce literalmente ficou muda, eu consegui deixar a menina veneno sem palavras. I ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • juhcunha Postado em 08/04/2016 - 01:26:06

    Nao tem problema posta assim que puder

  • juhcunha Postado em 05/04/2016 - 00:49:18

    Posta mesmo amanha vou esperar

  • juhcunha Postado em 31/03/2016 - 00:40:11

    Esse dois to amando

  • bola Postado em 29/03/2016 - 23:20:51

    Mereçe muito + q comentários adoreiiii a maratona, ja quero + heheheh Top........

  • juhcunha Postado em 29/03/2016 - 20:46:15

    Kkkkk ta muito boa quero mais hots

  • juhcunha Postado em 29/03/2016 - 02:02:28

    Ameiii posta mais


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais