Fanfic: Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA) | Tema: Ponny - AyA

- Eu sei. Foi indelicado de minha parte, mas estou contente por tê-lo feito. Adorei ouvi-lo tocar e nunca teria encontrado Delta se não tivesse vindo até aqui. Estávamos acabando de ...

- Nunca mais faça isso - falou ele, antes de se encaminhar para a saída.

- Ooh ele está mesmo uma fera - Delta riu. - Esse olhar fuzilante é capaz de intimidar qualquer um.

- Preciso pedir desculpas a ele. - declarou Anahi ficando de pé. - não quero que fique bravo com você. 

- Comigo? Mas...

- Voltarei logo - dizendo isso, Anahi deu um beijo estalado na face de Delta, fazendo-a pestanejar de surpresa. - Não se preocupe, vou resolver isso.

Enquanto ela se afastava, Delta ficou observando-a por algum tempo, antes de soltar outra de suas sonoras risadas.

- Não tem ideia de onde está se metendo, menina. E nem meu querido Alfonso - acrescentou, com um brilho de divertimento no olhar.

Do lado de fora, Anahi saiu correndo pela calçada.

- Ei! - gritou para Alfonso, que já estava a certa distância.

Então se repreendeu por não haver sequer perguntado o nome dele a Delta, depois de todo aquele tempo de conversa.

- Ei! - repetiu acelerando a corrida e conseguindo finalmente alcançá-lo. - Sinto muito - começou a falar, segurando a manga da jaqueta dele. - A culpa foi toda minha.

- E quem disse que não foi? 

- Eu não deveria tê-lo seguido. Mas foi um impulso, eu tenho dificuldade de resistir aos impulsos. Sempre tive. Além disso, eu estava irritada por causa do idiota do Frank e ... Bem isso não vem ao caso. Eu só queria .... Poderia diminuir um pouco o ritmo dos passos? 

- Não.

Anahi revirou os olhos.

- Tudo bem, tudo bem. Sei que está desejando que um piano caia sobre a minha cabeça, mas não precisa ficar bravo com a Delta. Nós começamos a conversar e acabamos descobrindo que a mãe dela trabalhou para minha avó e que ela, Delta, conhece meus pais e alguns dos meus primos de sobrenome Grandeau. A partir daí, não para os mais de conversar.

Alfonso parou de repente e olhou para ela.

- Com tantos clubes noturnos em tantas cidades do mundo... - resmungou ele, fazendo-a rir.

- já sei, eu tinha de segui-lo até aquele é fazer amizade justo com sua namorada. Sinto muito.

- Minha namorada? Delta?

Para espanto de Anahi, ele sabia rir. Rir de verdade, fazendo o som grave de sua voz se espalhar pelo ar.

- Por um acaso Delta se parece ser namorada de alguém? Puxa, parece que você veio mesmo de outro planeta.

- Foi apenas uma suposição. Eu só não quis ser indelicada, chamando-a de sua "amante". 

O brilho de divertimento continuou nos olhos dele quando Alfonso voltou a fitá-la.

- Nao deixa de ser uma ideia engraçada, mas a verdade é que aquele homem com quem eu estava tocando é o marido de Delta, um velho amigo meu.

- O homem alto e magro que estava no piando? É mesmo? - mordendo o lábio, Anahi pensou no lado romântico daquele contexto. - Não é lindo? - disse quase para si mesma.

Alfonso se limitou a balançar a cabeça e continuou a andar. 

- O que quero dizer é... - Anahi recomeçou a falar, confirmando a certeza que Alfonso tivera de que ela não havia terminado o raciocínio, e de que, como sempre, não o terminaria tão cedo. - E que percebi que ela foi apenas verificar qual era minha intenção. Para ter certeza de que eu não iria aborrecê-lo entende? Então uma coisa levou a outra, e você sabe como é... Só não quero que fique bravo com ela.

- Não estou bravo com ela. Você por outro lado, já me deu razões mais do que suficientes para ficar bravo.

Anahi pareceu desapontada.

- Bem sinto muito por isso. Prometo que o deixarei em paz, já que isso, aparentemente, é o que parece agradá-lo.