Fanfic: Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA) | Tema: Ponny - AyA

- Isto não serve? O Chris gosta.

- Esse tal de Chris tem bom gosto. É um namorado? 

Enquanto pegava os copos para servi-lo, ela respondeu.

- Chris é o marido de Maite. Maite e Chris Chavez do 2B - explicou ela. - Fui jantar com eles está noite e com Frank, o primo excessivamente insuportável de Maite.

- Por isso estava resmungando quando voltou para casa? 

- Eu estava resmungando? - Anahi franziu o cenho, então apoiou-se sobre o balcão e comeu outro biscoito. Resmungar era outro dos hábitos dos quais ela não conseguia se livrar.

- É provável. Essa foi a terceira vez que Maite arranjou um encontro entre mim e Frank. Ele é corretor da bolsa. Trinta e cinco anos, solteiro é bonito, se você for do tipo que aprecia tipos atléticos e másculos. Tem um BMW, um apartamento em Uper East Side, Weschester, uma casa de praia em Hamptons, só usa ternos Armani, aprecia cozinha francesa e tem dentes perfeitos.

Divertindo-se com a maneira como Anahi estava descrevendo o sujeito, Alfonso tomou um gole de cerveja e perguntou: 

- Então por que você já não esta casada com ele e morando em Weschester? 

- Ah, você acabou de descrever o sonho de Maite. E vou lhe dizer por que não quero isso para mim. - Ela comeu outro biscoito.

- Primeiro, não quero me casar ou ir morar em Wescheste. Segundo, é mais importante, eu preferiria a morte a ter que me casar com Frank.

- O que há de errado com o sujeito? 

- Ele... Ele me cansa! - Desabafou ela, com uma careta de desagrado.- Oh, droga, acho que fui indelicada, não? 

- Por que? Soou sincero para mim.

- Sim, estou sendo completamente sincera. - Anahi pegou outro biscoito e o comeu, sentindo-se apenas um pouquinho culpada.

- Ele é uma boa pessoa, mas acho que não leu um livro ou foi ao cinema nos últimos cinco anos. Talvez tenha assistido a alguns filmes selecionados, mas não a um filme para se divertir,mantende? Tudo o que ele sabe fazer é criticar o cinemas tempo inteiro, ou melhor, durante os cinquenta e nove minutos de cada hora em que não fica falando das aplicações da bolsa de valores.

- Eu não conheço o sujeito é já me cansei dele.

O comentário fez Anahi rir e pegar outro biscoito.

- Ele é conhecido por ter mania de olhar o próprio reflexo na colher quando está sentado à mesa - continuou ela - Para se certificar de que continua perfeitamente "irresistivel". É como se não bastasse tudo isso, ele beija como um peixe.

Alfonso arqueou uma sobrancelha.

- Como é isso exatamente? 

- Ah, você sabe... - Anahi fez um biquinho arredondado com os lábios e depois começou a rir. - É impossível imaginar como os peixes beijam, mesmo que eles não façam isso. Mas se beijassem seria como Frank. Quase consegui escapar sem ter de passar pela experiência está noite, mas Maite, como sempre, deu um jeitinho de interferir.

- E não lhe ocorreu simplesmente dizer "não"? 

- Claro que me ocorreu! Todo o tempo! Mas parece que nunca consigo me expressar no momento certo. Maite me adora, e por razões que até a própria razão desconhece, ela também adora Frank. Está convencida de que fornamos um casal perfeito. E você sabe como é quando alguém que você estima começa a fazer este tipo de pressão "para o seu bem". 

p- Não, não sei.

Anahi inclinou a cabeça. Então lembrou-se da sala vazia no apartamento dele. Nenhum móvel, nenhum membro da família...

- A situação se torna muito inconveniente por que você corre o risco de magoar alguém, e isso não me agrada nem um pouco.

- Como está sua mão? - perguntou Alfonso ao vê-la massagear as juntas.

- Ainda está doendo um pouco. Provavelmente terei dificuldade de trabalhar amanhã. Mas tenotarei transformar a experiência em uma boa tira cômica.

- Não consigo imaginar Emily tendo coragem de nocautear um bandido. - disse Alfonso.

- Ei, você le minhas tiras! - exclamou Anahi rindo com satisfação.

- Uma vez ou outra.

 Ela era realmente encantadora, pensou Alfonso, admirando aquele sorriso e o brilho de divertimento nos olhos incrivelmente azuis dela. De súbito, flagrou-se imaginando como seria provar o sabor daqueles lábios rosados.

Era isso que acontecia quando um homem se dava a liberdade de ficar comendo biscoitos de chocolate no meio da noite na casa de uma linda mulher capaz de fazê-lo ver o mundo sob uma nova perspectiva. Uma perspectiva qu, para ele, ainda oferecia riscos.

 - Não tem o tom irônico de seu pai memo gênio artistico de sua mãe, mas tem um talento inusitado para o absurdo.

Anahi riu com indignação.

- Ora, muitíssimo obrigada pela crítica construtiva.

- Não há de quê. - Alfonso pegou o prato que ela havia separado para ele levar, - E obrigado pelos biscoitos.

 Anahi estreitou o okhar enquanto ele se dirigia a porta. Bem, ele iria ver quanto talento ela tinha para o "absurdo" ao longo das próximas tiras.

- Ei! 

Ele parou e olhou para trás.

- Ei o quê? 

- Você tem um nome, apartamento 3B?

- Sim, eu tenho um nome, apartamento 3A. Herrera.

Dizendo isso, levantou  no ar a latinha de cerveja e o prato, em sinal de agradecimento, e saiu, fechando a porta atrás de si.