Fanfic: Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA) | Tema: Ponny - AyA

Anahi sorriu novamente para ele, que não resistiu ao impulso de observar aqueles lábios polpudos e convidativos.

- Você é muito bom no que faz - continuou ela - aposto que conseguirá arranjar um bom emprego logo, logo.

Divertindo-se com o comentário dela, Alfonso levantou a taça novamente sugerindo um brinde. Então a Srta. Anahi Puente, pensava que ele era um músico desempregado? Bem, melhor assim.

- As oportunidades vem e vão - foi tudo que ele falou.

- Você toca em festas particulares? - Subtamente animada, ela se inclinou sobre a mesa. - Conheço uma porção de gente e há sempre alguém oferencendo uma festa.

- Imagino que isso seja mesmo muito comum no seu círculo social - ironizou ele.

- Posso divulgar seu nome, se quiser. Importa-se de viajar? 

- E para onde eu iria? 

 - Alguns dos meus parentes são donos de hotéis - explicou Anahi - Atlantic City não fica muito longe daqui. Acho que você não tem carro, certo? 

Alfonso teve vontade de rir, lembrando-se do seu Porche novinho guardado em uma garagem da cidade.

- Não aqui comigo.

Anahi sorriu, mordiscando um pedaço de pão.

- Bem, de qualquer forma, não é dificil se deslocar de NY para Atlantic City.

Por mais divertido que aquilo estivesse sendo, Alfonso achou melhor amenizar um pouco as coisas.

- Anahi não preciso de alguém para administrar minha vida.

Ela fez uma careta.

- Eu sei. Esse é um dos maus hábitos dos quais não consigo me livrar. Eu me envolvo demais com as coisas. Depois fico aborrecida quando outras pessoas se metem na minha vida. Como a Sra. Wolinsk, atual presidente do partido "vamos encontrar um presidente para Anahi". Isso me deixa furiosa.

- Porque você não quer um pretendente - afirmou Alfonso.

- Oh, sei que encontrarei um no devido tempo. Vir de uma família grande meio que nos predispõe ... A mim, pelo menos... A querer ter matambre. Mas ainda há muito tempo para isso. Gosto de morar na cidade grande é de fazer aquilo que quero quando quero. Detestaria ter de me submeter a horários rgidos, o que, definitivamente, não combina com meu trabalho de criação. Não que meu trabalho não exija um certo tipo de disciplina,mas sou eu quem a faz, do meu jeito. Como acontece com sua música, imagino eu.

- Creio que sim. - anuiu Alfonso.

O trabalho dele raramente se tornava um prazer, como o dela parecia ser. Mas sua musica, sem dúvida, era feita por prazer.

- Ei, Herrera - começou ela, com outro de seus sorrisos marotos - quantas vezes você realmente já se soltou e respondeu a uma pergunta com mais do que três frases curtas em uma mesma conversa?

Alfonso comeu o último pedaço de almôndega de seu prato e olhou para ela.

- Gosto do mês de novembro. Geralmente, falo muito mais em novembro. É o tipo de mês de transitoriedade que faz com que eu me sinta mais filosófico.

- Três de uma única tacada, e todas inteligentes - sorriu para ele - Você tem um senso de humor escondido em algum lugar não tem? - antes que ele pudesse responder, ela se recostou na cadeira e perguntou: - quer sobremesa? 

- Claro que sim.

Anahi sorriu.

 - Tudo bem, mas não peça o tiramisu, porque serei forçada a lhe implorar um pedaço, depois dois e então terminarei comendo metade dele e provavelmente entrarei em coma.

Sem desviar os olhos dos dela, Alfonso fez um sinal para o garçom, com a autoridade casual de um homem acostumado a dar ordens. Aquilo fez Anahi franzir o cenho.

- Tiramisu - pediu ele, sem hesitar - e dois garfos - acrescentou fazendo Anahi rir alto - talvez entrando em coma, você fale menos.