Fanfic: Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA) | Tema: Ponny - AyA

- E terá de ser convincente - salientou ela. - Se formos convincentes, ela se convencerá de que não estou realmente ineteressada em Johnny. Prometo que lhe pagarei mais cinquenta dólares por isso.

Alfonso teve de se esforçar para continuar sério.

- Então, vai me pagar cinquenta dólares para que eu te beije?

- Como um bônus - justificou Anahi. - Farei qualquer coisa para mandar Johnny de volta para nova Jersey. Aja como se estivesse sobre o palco, representando. Isso não precisa significar alguma coisa. Ela ainda está olhando? - perguntou mudando de posição.

- Sim - respondeu Alfonso mesmo sem olhar para a janela da Sra. Wolinsky. 

- Otimo, então vamos lá. Aja com romantismo, está bem? Posicione os braços assim, em torno de mim, incline-se um pouco e ...

- Sei como beijar uma mulher Anahi.

- Claro que sabe. Mas um pouco de ensaio não fará nenhum mal...

Alfonso se deu conta de que a única maneira de fazê-la parar de falar seria agindo. Em vez de circundar os braços em torno dela, puxou-a de uma vez para si. A última coisa que viu antes de seus lábios esmagarem os dela, foram os expressivos olhos azuis se arregalarem de espanto.

Ele estava certo, completamente certo, pensou Anahi. De fato, ele realmente sabia como beijar uma mulher. Teve de se apoiar nos ombros dele para não cair, pois seus pés mal estavam tocando o chão. Então, para seu próprio espanto, deixou escapar um gemido.

Sentia a cabeça zonza, como se, de repente, os dois estivessem em outro lugar, longe das pessoas e do mundo. Seu coração acelerado parecia estar batendo alto a ponto de ser ouvido, e seu corpo se tornara trêmulo, vulnerável ao apelo sensual da proximidade máscula daqule que estava se tornando uma pessoa cada vez mais presente em seus pensamentos mais íntimos.

Era quase como no sonho, pensou Alfonso, só que melhor. Muito melhor. O sabor dos lábios de Anahi era adocicado e único, incapaz de ser resgatado apenas pela imaginação. Depois de saboreá-los com voracidade, afastou-a um pouco, mas somente para verificar se o ar de desejo estava evidente no semblante dela quanto deveria estar no dele.

Anahi ficou olhando para ele, ofegante, ainda com os braços circundando seu pescoço.

- O próximo é meu. - disse ele.

Então Anahi se entregou mais uma vez aquele turbilhao de sensações deliciosas e provocantes. Não protestou quando ele insinuou a língua por entre seus lábios e começou a explorar os recantos mais secretos de sua boça.

Quando ele se afastou pela segunda vez, moveu-se tão devagar que foi quase como se não quisesse soltá-la. Alfonso queria poder tê-la ali mesmo, em meio à penumbra da noite e sob os olhares surpresos, e provavelmente escandalizados, dos transeuntes. Pouco lhe importava que olhassem. Queria saciar aquela sua sede pela energia sensual de Anahi. De fato, só se conteve por saber que uma atitude mais ousada acabaria assustando-a. Ele próprio estava assustado com sua reação. Era como se sempre houvesse guardado um vulcão dentro de si que, de repente, resolvera entrar em erupção.

- Acho que isso será suficiente - disse a ela.

- Suficiente? - repetiu Anahi, como se houvesse acabado de chegar de outro planeta. 

- Suficiente para convencer a Sra. Wolinsky.

- Sra. Wolinsky? - ela balançou a cabeça , tentando ordenar os pensamentos. - Oh, sim, claro. Puxa, você é mesmo muito bom nisso, Herrera.

Um sorriso relutante curvou os lábios dele. A sinceridade de Anahi era realmente encantadora, pensou Alfonso.me perigosamente irresistivel.

- Você também é muito boa nisso, menina - respondeu ele, conduzindo-a em direção a entrada do prédio.