Fanfic: Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA) | Tema: Ponny - AyA

A visão foi sensual demais para sua paz de espírito, pensou Alfonso. Anahi estava vestida com um camisão branco e com uma calça justa de um bonito tom de azul claro. Porém, o detalhe mais provocante era o fato de ela estar descalca. A visão dos pés delicados, com as unhas pintadas de cor de rosa, provocou-me uma onda de excitação. As preferências exóticas de Anahi, como aquela de usar brincos de argola em uma orelha e uma simples pedrinha de brilhante na outra, deixavam-no quase sempre encantado. Anahi era uma surpresa constante. Deliciosamente inesperada.

Quando ela se virou para continuar esvaziando o pacote de compras, Alfonso lhe segurou o pulso com a mão que se encontrava livre.

- Estamos de bem novamente?

- Parece que sim.

- Então há algo mais que preciso lhe dizer. - Ele colocou a garrafa de cerveja sobre a pia. - Sonhei com você.

Foi a vez de Anahi sentir a boça secar.

- O que?

- Sonhei com você - repetiu Alfonso se aproximando dela o suficiente para que Anahi se encostasse contra a parede.

Pelo menos dessa vez era ela que estava contra a parede, não ele, pensou Alfonso.

- Sonhei que estava tocando você. - Sem desviar os olhos dos dela, ele roçou a ponta dos dedos sobre os seios dela.

- E acordei sentindo o sabor dos seus lábios.

- Ah, meu Deus.

- Você disse que sentiu algo quando a beijei, e que achou que eu também havia sentido. - Enquanto falava, foi deslizando as mãos devagar até os quadris dela. - Você estava certa.

Anahi engoliu em seco, sentindo as pernas trêmulas.

- Estava? 

- Sim. E quero sentir aquilo novamente.

Ela se endireitou junto a parede quando ele se aproximou mais.

- Espere.

Alfonso parou os lábios a centímetros dos dela.

- Por que?

- Anahi não soube ao certo o que dizer.

- Eu não sei.

Os lábios dele se curvaram em um de seus raros sorrisos.

- Mande que eu pare quando achar que deve. - sugeriu ele, antes de tomá-la nos braços.

Foi a mesma coisa de antes. Anahi não tinha certeza de que voltaria a sentir todas aquelas sensações maravilhosas se Alfonso voltasse a beijá-la, mas foi exatamente isso o que aconteceu. No entanto, era como se todo seu ser estivesse preparado e superando por aquele turbilhão de sensações.

maite tinha razão, pensou ela. Alfonso havia arrasado sua vida. Nunca conseguiria exigir menos do que aquilo.

Linda, receptiva, doce, carinhosa... Anahi era tudo isso. Tudo aquilo que ele havia esquecido de que tanto precisava estava bem ali, em seus braços, concluiu Alfonso.

Queria tê-la para si. E com uma urgência que nem mesmo ele esperava sentir.

- Auero beijá-la, Anahi. - Disse com a voz rouca. Roça do os lá iós sobre a curva sensível do pescoço delicado, acrescentou: - aqui, bem aqui...

- Não.

Aquela era a última coisa que ela esperava ouvir sair de seus próprios labios, com as mãos de Alfonso passeando por seu corpo e levando-a a desejar ir além, muito  ais além. Ainda assim, porém, ouviu-se repetir:

- Não, espere.

Alfonso levantou a cabeça, fitando-a com os olhos enevoados de desejo.

- Por que?

- Porque eu ... Anahi se interrompeu com um gemido, quando Alfonso pousou a mão em concha sobre um de seus seios.

- Eu te quero Anahi, - Sussurrou ele, junto ao ouvido dela. - E sei que você me quer.

- Sim, mas... - ela abriu e fechou as mãos sobre os ombros dele, lutando contra a onda de desejo que a estava invadindo. - Há certas coisas que não me permito fazer por impulso. Sinto muito, mas essa é uma delas.

Anahi exalou um suspiro trêmulo. Alfonso estava muito perto, pensou, observando os detalhes daquele rosto bonito. Perto demais.

- Não se trata de um jogo, Alfonso.

Ele arqueou uma sobrancelha, surpreso por ela haver sito tão perspicaz em deduzir seus pensamentos.

- Não? Nao. - Afirmou em seguida, entendendo o que ela quisera dizer. - Você não aceitaria esse tipo de jogo, não é?

Alguem aceitaria antes dela. E provavelmente magoara Alfonso por isso, deduziu ela, lamentando por ele.

- Não sei, nunca agi assim antes.

Ele deu um passo para trás e se afastou, parecendo recobrar o controle enquanto ela continuava trêmula.

- Preciso de um tempo antes de me sentir suficientemente segura para compartilhar minha intimidade com outra pessoa. Fazer amor é uma espécie de presente que não deve ser banalizado. Pelo menos na minha opinião.