Fanfic: Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA) | Tema: Ponny - AyA

As palavras de Anahi o tocaram de alguma maneira e, por motivos que nem ele mesmo conseguia entender, levaram-no a se acalmar.

- E ouvir isso de você significa que devo recuar? - Perguntou Alfonso, enfiando as mãos nos bolsos, para conter a vontade de tocá-la.

- Significa que quero que você entenda por que estou dizendo "não" mesmo morrendo de vontade de dizer "sim", sendo que ambos sabemos que você poderia facilmente me levar a dizer sim.

A chama de desejo se reacendeu nos olhos dele.

- Sua sinceridade chega a ser perigosa?

- Você precisa que eu lhe diga a verdade - anahi nunca conhecera alguem que precisasse tanto ouvir a verdade. - E não minto para alguém que eu esteja pensando em compartilhar minha intimidade.

Alfonso fitou-a nos olhos, parecendo surpreso com o que ouvira. Tinha noção de que poderia seduzir Anahi, mas usar esse artifício só serviria para arruinar algo que nem ele mesmo ainda estava seguro de que existia.

- Você precisa de tempo. Tem ideia de quanto?

Ela exalou outro suspiro trêmulo, mas acabou curvando os lábios em um sorriso Incerto.

- Não posso dizer com certeza. Mas garanto que você será o primeiro a saber quando eu estiver pronta.

- Então por enquanto vamos ficar apenas com isso...

Anahi se surpreendeu quando ele se aproximou e roçou os lábios nos dela. Ela manteve os olhos abertos, esforçando-se para não se render as sensações. Porém, foi impossível ignorar a onda de calor que invadiu seu corpo.

- Hum... Sim, acho que, provavelmente isso vá funcionar.

- Vamos esperar uma semana. - sugeriu Alfonso, aprofundando o beijo ao ponto de levar Anahi a se afastar Subtamente. Ao fazê-lo ela levou a mão ao peito dele.

- Duas semanas.

A última coisa que Alfonso esperava fazer em um momento de desejo tão intenso era começar a rir.

- Não sei se aguentarei, mas poderei tentar.

- Ótimo.

Enquanto Anahi se esforçava para recuperar o fôlego, ele pegou novamente a cerveja.

- Bem, com toda essa... - ela gesticulou, esforçando-se para encontrar as palavras certas. - Não sei se preparo alguma...

- Comida? - sugeriu Alfonso, lisonjeado pela maneira como seu beijo a afetara.

- Comida, isso mesmo. Bem, pensei em preparar...

Alfonso ficou esperando que Anahi terminasse a frase, mas Anahi se limitou a levar as mãos as têmporas e olhar para o fogão.

- O jantar?

- Isso. Isso mesmo, o jantar. Engraçado como as palavras nos escapam de vez em quando, não? Vou preparar o jantar. Quer ficar para o jantar? 

Alfonso tomou um gole de cerveja e encostou o quadril na pia.

- Posso vê-la cozinhar?

- Claro. Pode se sentar ali e até me ajudar a picar alguns legumes, se quiser.

- Está bem. - Pensando na visão interessante que teria, Alfonso deu a volta pelo balcão e sentou-se em um banquinho, diante dela.

- Você cozinha muito?

- Sim, acho que sim. Gosto de cozinhar. Para mim, cozinhar é um processo inesperado, com todos aqueles ingredientes envolvidos, o calor e o tempo corretos, a mistura de aromas, texturas e sabores...

- Alguma vez já cozinhou nua?

Anahi estava inspirando o aroma de um maço de manjericão mas parou de repente.

- Alfonso, isso foi uma piada? Se foi, não imagina quanto estou orgulhosa de você. Nunca o vi fazer uma piada.

- Não, não foi uma piada. Estou falando sério.

Ela riu, surpreendendo-o ao se inclinar e dar-lhe um beijo estalado nos lábios. Aquela imprevisibilidade de Anahi era o que mais o enfeitiçava. Tanto que o levou a sorrir.

- E enato? Costuma fazer isso?

- Nunca quando estou dourando pedaços de frango, que é o que pretendo fazer.

- Tudo bem. Tenho uma ótima imaginação.

Ela riu novamente, mas limpou a garganta ao notar o brilho de sedução nos olhos dele.

- Acho que quero um pouco de vinho. Você quer? Ah claro, cerveja.

Em silêncio tirou a garrafa de vinho da geladeira e voltou-se para ele rindo.

- Terá de parar com isso.

- Parar com o que?

- De me fazer sentir como se eu estivesse nua. Vá por uma música no aparelho de som, para ouvirmos. - sugeriu, indicando a sala com um gesto. - Oh, e também abra uma janela, porque está meio quente aqui. Depois me dê algum tempo para voltar a pensar direito e poder pensar em algo para dizer.

- Você nunca teve problemas para falar.