Fanfic: Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA) | Tema: Ponny - AyA

Alfonso se sobressaltou.

- S-sim. Ouça anahi... - ele entrou no estúdio.

- Meu Deus como consegue trabalhar com todo esse barulho?

Ele mal levantou a vista do papel.

- Que barulho? Ah, esse. - Pegou outro lápis e continuou desenhando, como que aquecida daquele que se encontrava atrás de sua orelha. - Gosto de ouvir música enquanto trabalho, mas passo a maior parte do tempo sem ouvir nada.

O aposento tinha uma aparência eficiente e criativa. O modo como Anahi ocupava a sala, porém, não transmitia um aspecto de eficiência. Sentada à mesa de desenho, com as pernas cruzadas sob o corpo, exibindo parte dos pés com as unhas pintadas de cor de rosa, o lápis atrás da orelha e duas argolas de tamanhos diferentes, ela era a própria imagem do inusitado. Perigosamente sexy, pensou Alfonso.

Curioso, aproximou-se por trás de Anahi e espiou que ela estava fazendo. Uma atitude que o deixaria furioso se fosse ele quem estivesse trabalhando.

- Para que sevem todas essas linhas azuis? - perguntou a ela.

- Para marcar a escala e a perspectiva. Fazer isso requer alguns cálculos, antes de se começar o trabalho propriamente dito. Trabalho com tiras de cinco quadrinhos. - explicou ela, sem parar de fazer os esboços. - Costumo colocá-los no papel dessa maneira, trabalhar o tema da piada e desencolvê-lo de modo que ele tenha começo, meio e fim dentro dos cinco quadrinhos.

Alfonso continuou observando em silêncio. Satisfeita com o resultado do primeiro quadrinho, Anahi passou para o seguinte é continuou a falar.

- Primeiro faço esse tipo de esboço para ver se a ideia vai dar certo. É uma espécie de ensaio, para que eu tenha realmente certeza de que o tema poderá ser desenvolvido nos cinco quadrinhos. Feito isso, começo a desenhar mais detalhes, antes de fazer o contorno e de pintá-lo.

Alfonso franziu o cenho, observando o primeiro esboço com mais atenção.

- Por acaso este sou eu?

-Hum... Por que não se senta? Está bloqueando a luz.

- O que ela está fazendo ali? - ignorando a sugestão, ele apontou o segundo quadrinho. - Está me espionando? Você esta me espionando? 

- Nao diga tolices. Nem há uma escada de incêndio em seu quarto.

Ela olhou para o espelho e fez várias expressões faciais, antes de recomecar a desenhar.

- E quanto a isso? - perguntou Alfonso, mostrando o jornal a ela.

- Isso o que? Puxa, seu perfume é maravilhoso - disse Anahi, voltando-se para ele e inalando seu perfume. - Que sabonete é esse?

- Vai pôr esse sujeito tomando banho nos próximos quadrinhos? - quando Anahi apertou os lábios, como que considerando a questão, Alfonso balançou a cabeça negativamente.

- Nem pensar. Achei até divertido quando você começou essa paródia a meu respeito, mas...

Ele se interrompeu ao ouvir a porta da sala se abrir e fechar, no andar de baixo. - Quem é? - perguntou a ela.

- Provavelmente Maite e Charlie. Então se reconheceu nos quadrinho? - Anahi parou de desenhar e olhou para ele, com um sorriso. - Algumas pessoas nem se reconhecem sabia? Talvez por não terem autoconsciência suficiente. Mas tive a impressão de que você se reconheceria assim que visse os desenhos. Oh, olá maite! E aí está Charlie.

- O-oi - balbuciou Maite.

Deparar-se com um belo homem com o peito nu não era uma questão fácil nem mesmo para uma mulher casada e feliz no casamento.

- Hum, oi - repetiu ela - estamos atrapalhando alguma coisa.

- Não. Alfonso veio apenas me fazer algumas perguntas a respeito dos quadrinhos.

- Oh, adorei esse novo personagem - afirmou Maite. - Ele deixou Emily maluquinha! Mal posso esperar para ver o que vai acontecer em seguida.

Ela começou a rir quando Charlie soltou um "Pa!" e estendeu os bracinhos na direção de Alfonso.

- Ele chama todo homem de "Pa". Christian não gosta muito quando o vê fazer isso, mas Charlie nem se importa som as reprimendas do pai. Já está demonstrando que vai ter personalidade forte. - acrescentou ela, com um sorriso de mãe orgulhosa.