Fanfic: Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA) | Tema: Ponny - AyA

- Entendi. - distraidamente Alfonso passou a mão pelos cabelos do bebê.

- Vim apenas esclarecer algumas coisas a respeito do que está acontecendo nos quadrinhos. - explicou ele, voltando-se novamente para Anahi.

- Pa! - Charlie repetiu, estendendo os bracinhos mais uma vez para Alfonso, com um sorriso sonolento.

- Quão próximo da realidade é o seu trabalho? - indagou Alfonso, pegando o bebê no colo, em um gesto automático.

Anahi se comoveu com a cena.

- Own você gosta de crianças.

- Não. Costumo jogá-las pela janela do terceiro andar sempre que tenho uma chance. - respondeu ele, com impaciência. Então começou a rir quando Maite lhe lançou um olhar apavorado. - Relaxe, ele está seguro. Meu interesse é saber o que significa isso aqui - acrescentou, apontando para o jornal e ajeitando Charlie no colo.

- Oh, o detalhe da "escala" - respondeu Anahi. - Bem, essa é realmente a primeira parte. As duas conversarão sobre a segunda parte amanhã. Acho que vai ficar bom.

- Eu e Christian caímos na gargalhada quando Lemos isso essa manhã. - comentou Maite, mais relaxada ao ver Alfonso acariciando o bebê já adormecido em seus braços.

- Você desenhou duas mulheres... 

- Emily e Cari. - disse Anahi.

- Agora sei quem elas são. - respondeu Alfonso, estreitando o olhar para ela e Maite. - Elas estão falando... Não - corrigiu-se. - Estão classificando a maneira como Herrera beijou Emily alguns dias antes! - bradou indignado.

- Hum-hum - confirmou Anahi. - Então Christian se divertiu? - perguntou ela a amiga - Fiquei pensando se os homens também iriam entender ou se essa sequência seria mais compreendida apenas pelas mulheres.

- Oh, sim, ele morreu de rir.

- Com licença. - com o que lhe restava de paciência, Alfonso levantou a mão. - Eu só gostaria de saber se vocês duas ficam comentando seus encontros íntimos e classificando-os com notas de um a dez, antes de oferecer isso para o público americano se divertir durante o jejum.

- Classificando? - Anahi arregalou os olhos para ele, com ar inocente. - Pelo amor de Deus Alfonso, isso é apenas uma tira cômica de jornal. Está levando esse assunto a série demais.

- Então essa história de "não existir escala" é apenas uma piada? 

- O que mais poderia ser?

Ele a observou por um instante.

- Não quero correr o risco de quando finalmente fizer amor com você, ter que passar depois pela situação desagradável de ver meu desempenho ser avaliado nas tiras cômicas do jornal pela manhã.

- Oh-oh. Oh bem. - Maite levou a mão ao peito, parecendo embaraçada.

- Acho que vou levar Charlie para tirar uma soneca no sofá lá de baixo.

Dizendo isso, tirou o bebê com cuidado dos braços de Alfonso e se retirou em seguida.

- Francamente Alfonso - disse Anahi, rindo e tamborilando o lápis sobre a mesa. - Esse evento seria digno de ir parar no caderno especial do jornal de domingo.

- Isso é uma ameaça ou uma brincadeira? - quando ela apenas riu, ele se aproximou perigosamente e beijou-a nos lábios. - Mande sua amiga embora e descobriremos logo, logo.

- Não. Não quero que ela vá embora. Fo pensando que ela poderia aparecer a qualquer momento que não o beijei assim que voce chegou.

Alfonso estreitou o olhar.

- Está querendo me provocar?

- Não exatamente - respondeu ela, sentindo a pulsação acelerada. - Precisa  ir agora. Depois de tanto tempo de trabalho, encontrei uma distração com a qual não consigo lidar, e essa distração é você.

Sem dar ouvidos ao pedido, Alfonso se inclinou mais uma vez e beijou-a nos lábios. 

- Quando falar disso... - ele capturou o lábio inferiro dela delicadamente entre os dentes e provocou-a com sensualidade. - Espero que sua descrição seja precisa.

Dizendo isso, dirigiu-se a porta e virou-se uma última vez para ela, fitando-a por sobre os ombros.

- Sem escala? - perguntou ele dando-se conta de que até gostara da brincadeira.