Fanfic: Um Vizinho Perfeito (Adaptada AyA) | Tema: Ponny - AyA

Ver seu beijo ser considerado em uma escala acima de dez não deixava de ser lisonjeiro. Ao ver Anahi reagir apenas com um impotente gesto de mãos, começou a rir. E ainda estava rindo quando desceu a escada em direção a porta da sala.

- Posso entrar agora? - sussurrou Maite, colocando a cabeça no vão da porta entreaberta do estúdio de Anahi.

- Ah meu Deus Maite. O que vou fazer aqui? - aturdida, Anahi colocou um segundo lápis atrás da orelha, derrubando o primeiro sem nem parecer se dar conta disso. - Pensei que não iria haver nenhuma consequencial. Quer dizer, o que há de mal em se deixar levar pelo encantamento de um homem bonito, atraente e irresistível? 

- Deixe-me pensar... - Maite sentou-se diante da mesa de trabalho da amiga. - Nenhum mal! Absolutamente nenhum mal. E se você acabar se apaixonando um pouquinho por ele, isso fará parte do jogo, certo?

- Absolutamnete certo.

- Mas o que fazer quando você vai um pouco além do limite?

Maite franziu o cenho, preocupada.

- Você foi além do limite?

- Acabei de fazer isso - respondeu Anahi.

- Oh, querida. - em um gesto carinhoso, Maite deu a volta pela mesa e abraçou a amiga. - Tudo bem. Acabaria acontecendo, mais cedo ou mais tarde.

- Eu sei, mas sempre pensei que aconteceria mais tarde.

- Todos nós pensamos isso.

- Alfonso não vai gostar de saber que eu me apaixonei por ele. Vai ficar aborrecido com isso. - Apoiando a cabeça no ombro da amiga, Anahi exalou um suspiro trêmulo.

- Também não estou muito contente com isso, mas acabarei me acostumando.

- Claro que sim. Coitado do Frank. - Com um suspiro, Maite afagou o ombro da amiga e se afastou um pouco.

- Ele nunca a interessou de verdade, não é mesmo?

Anahi balançou a cabeça negativamente.

- Sinto muito.

- Ora. - Maite dispensou seu primo preferido com um gesto de mão. - O que vai fazer? 

- Ainda não sei. Para ser sincera, estou pensando em sair correndo e me esconder em algum lugar. - confessou forçando um sorriso.

- Isso é para os covardes.

- Tem razão. Seria uma atitude covarde. E que tal dar tempo ao tempo e ver se isso passa?

Maite balançou a cabeça rindo da ingenuidade da amiga.

- Sua boba. Quando se é atingida pela flecha do cupido, meu bem, a cura não vem assim, tão facilmente.

Anahi respirou fundo.

- Então, que tal irmos fazer compras?

- Agora sim, começou a falar com sensatez. - com um breve gesto de comemoração, Maite se encaminhou para a porta. - Vou ver se a sra. Wolinski pode ficar com Charlie, então enfrentaremos esse problema como mulheres de verdade.

Anahi comprou um vestido novo. Um modelo prego, básico e discretamente colado ao corpo que fez Maite revirar os olhos e dizer.

- Ele está perdido.

Anahi também comprou um bonito par de sapatos pretos com saltos altos, finos e transparentes. Ah, e lingerie também é claro. Do tipo que uma mulher usa quando espera ser admirada por um homem e que o faça sentir vontade de tirá-la. De fato, sentiu um arrepio pelo corpo, ao imaginar Alfonso deslizando aquelas mãos firmes sobre seu corpo, retirando-lhe a lingerie com vagarosa sensualidade. Escolheu um conjunto de lingerie branca para usar sob o vestido preto. Era excitante a ideia de surpreendê-lo .

Depois escolheu flores, velas para o candelabro é um ótimo vinho. Ingredientes delicados para despertar um outro tipo de apetite. Um apetite primitivamente voraz.

Quando chegou em casa, estava mais esperançosa e bem mais calma. Havia algo a ser feito, e pelo menos isso incutiu um foco a seus pensamentos. Sim, queria passar o restante do dia preparando cada detalhe, porque a. Oito teria de ser perfeita.